01/05/2011
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14h09
Turismo "popular" garante ida de gente comum ao espaço em 2012
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GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
Dez anos após a primeira ida de um turista ao espaço, a atividade parece
que finalmente vai decolar. Se a previsão de analistas, inclusive da
Nasa, for confirmada, o Cosmos será invadido por turistas no fim do ano
que vem.
Mesmo sem data confirmada, os pacotes para viagens espaciais já são
amplamente divulgados. Nos EUA, eles estão disponíveis até em um site de compras coletivas.
Em meio a pacotes com destinos tradicionais, como Caribe e Nova York,
está a oferta espacial: por US$ 85 mil (desconto de US$ 15 mil) dá para
garantir a passagem na nave Lynx, da XCOR.
Os projetos envolvem vôos curtos com o "gostinho" do espaço: flutuação e visão da circunferência da Terra.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
O filão também interessou empresários como o dono do grupo Virgin, o
britânico sir Richard Branson. Batizado de Virgin Galactic, o braço
espacial do conglomerado pretende levar passageiros para um passeio
suborbital de cerca de seis minutos.
Embora tudo ainda esteja em fase de testes, mais de 400 pessoas toparam
deixar depósitos de até US$ 20 mil (R$ 31,4 mil) para garantir o direito
à viagem.
A passagem para o voo, que ao todo deve durar cerca de duas horas, custará, a princípio, US$ 200 mil.
PECHINCHA
Pode parecer caro, mas é uma pechincha perto do que os turistas
espaciais têm pagado até agora: de US$ 20 milhões a US$ 35 milhões.
O preço proibitivo, o treinamento necessário e a competição por assentos
na nave russa Soyuz (a única que oferece o "serviço") fizeram desse um
clubinho restrito.
Desde abril de 2001,quando o californiano Dennis Tito foi o primeiro
turista espacial, até agora, apenas sete pessoas viajaram assim.
Esses primeiros voos, no entanto, foram bem mais complexos e longos do
que os pretendidos pela Virgin e outras empresas,que devem chegar só à
"beiradinha" do espaço (altitude de 100 km).
Embora já se possa experimentar a escuridão e um ambiente de
microgravidade, a experiência deve ser bem diferente da vista nas
imagens de astronautas.
Além do público em geral, os cientistas também estão comemorando a
popularização do espaço. Para ter uma pesquisa testada fora da Terra,
normalmente é preciso enfrentar uma longa fila, além de ter de
demonstrar seguidamente a importância do experimento.
Com as viagens comerciais será possível fazer os testes com mais facilidade.
Estudos já projetam que pelo menos um terço da renda das companhias espaciais virá de projetos científicos.
A Nasa também aposta na ideia para levar seus astronautas até a ISS
(Estação Espacial Internacional) depois da aposentadoria de sua frota de
ônibus espaciais, prevista para este ano.
No mês passado, a agência liberou US$ 270 milhões para quatro empresas privadas darem continuidade a seus projetos no espaço.
O administrador da agência, Charles Bolden, afirmou que é "crítico e
urgente que empresas americanas assumam esse transporte". Enquanto isso
não ocorre, os EUA precisam pagar pela "carona" na Soyuz russa.
FONTE: Folha.com/Ciências
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