Inversão dos polos magnéticos da Terra
Causa: Geológica
Tipo: Global e tolerável
Já aconteceu antes? Sim, muitas vezes
Tipo: Global e tolerável
Já aconteceu antes? Sim, muitas vezes
De tempos em tempos, norte e sul trocam de lugar. O campo magnético que
envolve a Terra, e que estabelece a direção para onde apontam as
bússolas, já sofreu centenas de inversões ao longo da história - e tende
a continuar sofrendo. Isso acontece por causa da movimentação constante
do ferro líquido presente no núcleo do planeta, criando correntes
eletromagnéticas que estabelecem a localização dos polos. Quando o norte
e o sul magnéticos se invertem, isso não tem nenhuma consequência na
formação geológica da Terra, que continua a girar com seus eixos no
mesmo local. Essas inversões não têm uma regularidade precisa, mas
costumam acontecer com uma média de 200.000 ou 300.000 anos de
intervalo. A última ocorreu há cerca de 780.000 anos, e existem alguns
sinais de que a próxima pode estar começando a acontecer. Desde o começo
do século 19, o polo norte já se moveu cerca de 1.000 quilômetros em
direção ao norte geográfico. E sua velocidade tem aumentado: hoje ele se
move 64 quilômetros por ano.
Os pesquisadores não sabem ao certo o que acontece com o campo
magnético durante uma inversão, mas a maioria dos estudos mostra que ele
sofre uma redução em sua intensidade durante a mudança. Como o campo
magnético terrestre protege a humanidade dos efeitos da radiação solar –
que poderia causar queimaduras, cânceres, afetar as comunicações e
levar à morte espécies inteiras de animais – seu enfraquecimento pode
deixar a Terra vulnerável a tempestades solares e outros tipos de
fenômenos. No entanto, a maioria dos cientistas diz que é impossível que
o campo desapareça por completo durante a inversão. Mesmo enfraquecido,
ele seria capaz de proteger os seres humanos dos piores efeitos.
De qualquer forma, o campo deve permanecer relativamente intacto
durante os próximos séculos. Se a inversão dos polos parece estar
próxima, isso só pode ser percebido na escala de tempo geológica. Os
cientistas estimam que uma inversão completa pode durar dezenas de
milênios, e o campo magnético pode demorar mais de 10.000 anos para
atingir sua intensidade mínima. Além disso, os estudos de evidências
fósseis mostram que a inversão dos polos não está relacionada com as
extinções em massa que aconteceram no passado. Logo, os danos que ela
provoca são, no máximo, temporários.
FONTE: Revista Veja/Ciência
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