08/01/2013
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07h10
DA AFP
O aventureiro britânico Ranulph Fiennes zarpou, nesta segunda-feira, da
Cidade do Cabo com destino à Antártida para uma grande aventura em que
cruzará durante o inverno o continente gelado apenas com seu par de
esquis.
Aos 68 anos, Fiennes pretende percorrer uma distância de 4.000
quilômetros em seis meses e rejeitou qualquer tipo de ajuda e até mesmo a
possibilidade de ser resgatado.
O britânico e outros cinco aventureiros que o acompanham nesta
empreitada viajam a bordo do navio S.A. Agulhas de bandeira
sul-africana, que deve levá-los até a baía Crown no final de janeiro.
A expedição terá início em março e representará um dos últimos desafios polares a uma altitude de 3.000 metros.
A meta é percorrer 35 km por dia para chegar ao ponto final McMurdo Sound em setembro.
Segundo Fiennes, esta é a primeira tentativa de atravessar o sexto
continente durante o inverno, onde as temperaturas alcançam mínimas de
90 graus abaixo de zero.
Associated Press | ||
O aventureiro Ranulph Fiennes posa a bordo do navio S.A. Agulhas, na Cidade do Cabo |
Durante o inverno, as montanhas geladas da Antártida ficam mergulhadas na escuridão.
"Fazemos expedições há 40 anos e batemos muitos recordes no mundo. Na
Antártida, já quebramos dois, em 1979 e em 1992, mas foram durante o
verão. Ninguém nunca fez viagens no inverno, partimos em direção ao
desconhecido", declarou Fiennes à AFP.
Aos 65 anos, Fiennes escalou o monte Everest e é considerado pelo livro
Guinness dos recordes o "maior explorador ainda em vida".
Uma vez iniciada a aventura, o grupo não terá a possibilidade de ser
socorrido, pois durante oito meses os navios não navegam no continente
gelado.
"Vamos levar mantimentos suficientes para um ano e teremos ainda um
médico na nossa equipe. Utilizaremos todos os dispositivos conhecidos de
calefação e novos aparelhos respiratórios", ressaltou.
A caravana foi batizada como "A viagem mais fria" e tem um objetivo
humanitário: arrecadar US$ 10 milhões que serão doados à organização
britânica "Seeing is Believing" para ajudar aos cegos.
FONTE: Folha.com/Turismo
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