Evolução
Cientistas australianos avaliaram quais características alteravam a atratividade do corpo masculino. As mulheres preferiram os tamanhos maiores
As voluntárias avaliaram 343 figuras masculinas
diferentes, que variavam em sua altura, tamanho do pênis e proporção
entre ombros e cintura
((PNAS/Reprodução))
Um novo estudo publicado nesta segunda-feira na revista PNAS mostra
que, sim, o tamanho importa. Pesquisadores da Universidade Nacional da
Austrália analisaram a reação de um grupo de mulheres a 343 formatos de
corpos masculinos diferentes e descobriram que existem algumas
características que deixam um homem mais atraente, entre elas o tamanho
do pênis.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Penis size interacts with body shape and height to influence male attractiveness
Onde foi divulgada: periódico PNAS
Quem fez: Brian S. Mautz, Bob B. M. Wong, Richard A. Peters e Michael D. Jennions
Instituição: Universidade Nacional da Austrália
Dados de amostragem: 105 mulheres australianas que avaliaram 343 imagens de corpos masculinos com altura, proporção entre ombro e cintura e tamanho de pênis diferentes
Resultado: Ao analisar os dados, os pesquisadores descobriram que as três características importavam para medir o quanto uma mulher considerava o corpo de um homem atraente
O tamanho médio do órgão sexual masculino costuma variar de espécie
para espécie. Entre os humanos, por exemplo, ele é maior do que nos
outros grandes primatas, seus parentes evolutivos mais próximos. O
gorila, por exemplo, apesar de poder chegar até os dois metros de
altura, tem um pênis de apenas quatro centímetros (o humano, flácido,
tem um tamanho médio de 9 centímetros e de 14 centímetros ereto). Essa
variação costuma ser explicada pela taxa de sucesso que os diferentes
tipos de pênis têm na hora da fertilização: a evolução tenderia a
selecionar os órgãos sexuais responsáveis pelos maiores índices de
sucesso reprodutivo. Os pesquisadores, no entanto, dizem que o tamanho
da genitália masculina também pode ser produto de uma seleção sexual, e a
preferência feminina teria, nesse caso, ajudado a selecionar pênis cada
vez maiores na espécie humana.
Para descobrir se as mulheres realmente consideram que tamanho é
documento, pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália
realizaram uma pesquisa com 105 voluntárias heterossexuais de seu país.
Elas foram apresentadas a uma série de figuras masculinas geradas por
computador, cada uma variando em três características: tamanho do pênis
(em estado flácido), altura e proporção entre ombros e cintura
(pesquisas anteriores já haviam mostrado que homens com altos valores
nas duas últimas características são mais atraentes). As figuras
mostravam sete variações em cada uma dessas características, fornecendo,
ao todo, 343 formatos diferentes de corpo. As mulheres tinham de
avaliar cada figura conforme sua atratividade, ajudando assim os
pesquisadores a descobrir quais características eram mais importantes.
Como resultado, descobriram que a característica mais importante para um homem ser considerado atraente é a proporção entre o tamanho dos ombros e a cintura. Em seguida, aparecem empatados a altura e o tamanho do pênis. Essas características também se relacionam entre si, e as mulheres consideraram o tamanho da genitália mais importante entre os homens mais altos e com maiores proporções entre ombro e cintura.
Seleção sexual - A pesquisa fornece indícios de que o tamanho do pênis flácido pode afetar no quanto uma mulher considera um determinado homem atrente. Os pesquisadores perceberam, no entanto, que a atratividade não variava de forma constante conforme o tamanho do pênis mudava. Nos tamanhos menores, cada aumento no órgão proporcionava um grande acréscimo na atratividade masculina. Mas, a partir dos 7,6 centímetros — tamanho menor do que a média da espécie humana — os aumentos sucessivos vão se tornando cada vez menos importantes.
Como resultado, descobriram que a característica mais importante para um homem ser considerado atraente é a proporção entre o tamanho dos ombros e a cintura. Em seguida, aparecem empatados a altura e o tamanho do pênis. Essas características também se relacionam entre si, e as mulheres consideraram o tamanho da genitália mais importante entre os homens mais altos e com maiores proporções entre ombro e cintura.
Seleção sexual - A pesquisa fornece indícios de que o tamanho do pênis flácido pode afetar no quanto uma mulher considera um determinado homem atrente. Os pesquisadores perceberam, no entanto, que a atratividade não variava de forma constante conforme o tamanho do pênis mudava. Nos tamanhos menores, cada aumento no órgão proporcionava um grande acréscimo na atratividade masculina. Mas, a partir dos 7,6 centímetros — tamanho menor do que a média da espécie humana — os aumentos sucessivos vão se tornando cada vez menos importantes.
Os índices de atratividade também estiveram relacionados ao biotipo da
mulher que avaliava as figuras. Quanto mais alta fosse a voluntária,
mais importância ela dava à altura masculina. Também houve uma pequena
tendência de as mulheres mais obesas daram mais importância ao tamanho
do órgão sexual.
Os cientistas dizem ser difícil explicar as origens dessas preferências femininas, que podem ter causas tanto culturais quanto biológicas. Mas concluem que, independente do mecanismo por trás disso, o resultado do estudo apoia a hipótese de que as escolhas de companheiros por parte das mulheres pode ter levado à evolução de maiores pênis nos seres humanos. É importante ressaltar que essa preferência tem origens pré-históricas, quando os humanos e seus ancestrais não usavam roupas.
Os cientistas dizem ser difícil explicar as origens dessas preferências femininas, que podem ter causas tanto culturais quanto biológicas. Mas concluem que, independente do mecanismo por trás disso, o resultado do estudo apoia a hipótese de que as escolhas de companheiros por parte das mulheres pode ter levado à evolução de maiores pênis nos seres humanos. É importante ressaltar que essa preferência tem origens pré-históricas, quando os humanos e seus ancestrais não usavam roupas.
FONTE: Revista Veja/Ciência
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