domingo, 30 de maio de 2010

A FLORESTA DA CAATINGA NO RIO GRANDE DO NORTE (Brasil)

 A CAATINGA.

O Rio Grande do Norte apresenta uma cobertura vegetal pouco diversificada, com 80% do território contemplado pela vegetação da CAATINGA (inserido no semi-árido). Nos 20% restantes ocorrem a Floresta Estacional Semi-caducifólia; a Floresta Ombrófila (Mata Atlântica), os Manguezais, os Brejos de Altitudes e os Carnaubais. A formação vegetal da caatinga, de acordo com as características ligadas ao maior ou menor grau de xerofitismo, compreende dois tipos: a Caatinga Hiperxerófila e a Caatinga Hipoxerófila que recobrem cerca de 60% e 20%, respectivamente, da superfície estadual.
Cereus jamacuru - Mandacaru, cardeiro - Cactácea
A palavra caatinga, de origem tupi, significa mata branca. A razão para esta denominação reside no fato de apresentar-se a caatinga verde somente no inverno, a época das chuvas, de curta duração. No restante do ano a caatinga, inteiramente, ou parcialmente, sem folhas, apresenta-se clara; a vista penetra sem dificuldade até grande distância, perscrutando os caules esbranquiçados que na ausência da folhagem dão o tom claro a essa vegetação. É esse aspecto claro o que mais perdura, pois a seca persiste por muito mais tempo; em certas ocasiões pode prolongar-se por nove meses ou mais, e, em alguns casos, nada chove durante anos sucessivos. As temperaturas são, em geral, muito elevadas, as umidades relativas médias são baixas, e as precipitações pluviométricas médias anuais situam-se entre 250 e 500 mm aproximadamente. Há lugares em que chove menos. A duração da estação seca também é muito variável, em geral superior a 7 meses. As chuvas ocorrem no inverno que não é a estação fria, mas é a menos quente. O verão é muito quente. O nordestino usa a palavra inverno não para indicar a época fria (que não existe), mas para designar o período das chuvas. É característica da caatinga não só a escassez mas também a irregularidade da precipitações pluviais.


Visão da Caatinga na Época de Estiagem
Os solos são de origem variável. Quanto ao seu potencial químico, são tidos, em geral, como férteis. Do ponto de vista físico, via de regra apresentam boa permeabilidade e são bem arejados. À superfície ocorrem, com freqüência, fragmentos de rochas, de tamanhos variáveis, testemunhando intenso trabalho de desagregação mecânica. Os rios raramente são perenes. Geralmente "cortam" (isto é, secam, interrompem seu curso) no verão, mesmo rios caudalosos no inverno. Nos vales a água pode-se acumular num lençol subterrâneo. Os poços ou cacimbas construídos pelo homem para reservarem água para a estação seca contêm, em geral, água salobra, que, na maioria das vezes, não pode ser utilizada nem mesmo pelos animais. A água salobra também pode persistir durante a seca, no leito dos rios, em depressões chamadas caldeirões.

Visão da Caatinga na Época das Chuvas

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