segunda-feira, 21 de junho de 2010

CAÇADOR COLETOR

Caçador-coletor

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O homem foi um caçador-colector (português europeu) ou caçador-coletor(português brasileiro) (AO 1990: caçador-coletor) (a forma caçador-recolector(português europeu) ou caçador-recoletor (português brasileiro) (AO 1990: caçador-recoletor) também é usada) até à revolução neolítica, e a caça e a colectaHomo sapiens. Estas actividades foram herdadas directamente do mundo animal, particularmente dos primatas. Caçadores-recolectores de caça obtêm mais na recolha que na caça; até 80% da comida é obtida por recolecção.[1] foram os primeiros modos de subsistência do
Estes modos de subsistência consistem na recolha da natureza do que ela fornece espontaneamente. Precedem a pecuária e a agricultura, e podem dar origem ao nomadismo, se as manadas que fornecem a subsistência principal se deslocam ou se os recursos do território se esgotam.
As descobertas arqueológicas sustentam a hipótese de que, há vinte mil anos, todos os seres humanos eram caçadores-colectores. Hoje ainda subsistem caçadores-colectores no Ártico e nas florestas tropicais úmidas, onde outras formas de subsistência não são possíveis. A maior parte desses grupos teve ancestrais agricultores, que foram empurrados para zonas periféricas no decorrer de migrações e de conflitos. Estima-se que estas comunidades desaparecerão dentro de algumas dezenas de anos.

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[editar] Modo de vida

Bagas silvestres da floresta de Sumatra.
São utilizados apenas os materiais disponíveis na natureza para a construção de abrigos, dando preferência para os naturais, que necessitem de poucas transformações. Estes abrigos destinam-se à proteção contra intempéries e predadores.
A grande maioria das sociedades de caçadores-colectores é nômade. Normalmente, os recursos de uma área são rapidamente esgotados, tornando impossível a fixação permanente dos grupos humanos. Existem, no entanto, excepções, como no caso dos Haida da Colúmbia Britânica, que puderam sedentarizar-se numa região suficientemente rica.
As populações de caçadores-colectores são pouco densas. Com efeito, uma mesma região explorada com agricultura permite alimentar uma população 60 a 100 vezes superior que o modo de vida de caça e colecta.
As sociedades de caçadores-colectores tendem a não possuir estruturas sociais hierarquizadas, mas nem sempre assim acontece. Sendo nómadas, quase nunca têm a possibilidade de armazenar excedentes alimentares. Por essa razão, não podem suportar os dirigentes, artistas ou funcionários a tempo inteiro. Assim, é possível dividir as sociedades de caçadores-colectores em duas tendências, de acordo com o modo de redistribuição:
  • as sociedades igualitárias com uma redistribuição imediata;
  • as sociedades não-igualitárias, com uma redistribuição retardada.
As primeiras consomem a sua produção em um dia ou dois; as outras armazenam os seus excedentes.
Nas sociedades igualitárias, os sistemas familiares são diferentes das sociedades de cultivadores, de criadores, de pastores ou sociedades industriais.

[editar] Caçadores-colectores e sociedades agrícolas

As formas sociais dos caçadores-colectores colidiram violentamente após a invenção da agricultura, há 10 000 anos, com as sociedades de pastores ou agrícolas. Consideradas como parasitas, acabavam por desaparecer a maior parte das vezes ou eram escorraçadas para terras estéreis. A colonização e a industrialização aceleraram este processo.
Se o século XIX encarou este modo de vida com desprezo, considerando-o primitivo, apercebemo-nos hoje que ele permitiria uma forma de vida em harmonia com o ambiente. Há mesmo quem o considera o modo de vida ideal.

FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.

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