quarta-feira, 16 de junho de 2010

INDIOS DO BRASIL (Bororos)

Bororos

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Cerimônia fúnebre de índios bororo
Os Bororos são uma tribo indígena brasileira do estado do Mato Grosso e também é o nome da língua falada por essa tribo. Seu tronco linguístico é o Macro-Jê, autodenominada Boe. Os Bororo também são conhecidos pelos nomes de "Coroados" ou "Parrudos".

Índice

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[editar] Etimologia

O nome Bororós é na verdade um nome dado pelo homem branco. Nome esse surgido quando os exploradores perguntaram qual o nome da tribo e o indígena teria entendido o nome do local onde estavam, e eles estavam no Bororó = Pátio da Aldeia.

[editar] Características gerais

Os Bororos habitam a região do planalto central de Mato Grosso e estão distribuídos em cinco terras indígenas demarcadas: Jarudore, Meruri, Tadarimana, Tereza Cristina e Perigara. Sua população atualmente é de cerca de 2000 indivíduos, que são tradicionalmente caçadores e coletores, porém adaptaram-se à agricultura, da qual extraem sua subsistência. Destacam-se pela confecção de seus artesanatos de plumagem (cocar e braçadeiras em pena) e também pela pintura corporal em argila.

[editar] História e distribuição

Os antigos bororos distribuíam-se por extensa região, compreendida entre a Bolívia, a oeste; o rio Araguaia, o rio das Mortes, ao norte; e o rio Taquari, ao sul.
Os bororos ocidentais, extintos no fim do século passado, viviam na margem leste do rio Paraguai, onde os jesuítas espanhóis fundaram missões. Muito amigáveis, serviam de guia aos brancos, trabalhavam nas fazendas da região e eram aliados dos bandeirantes. Desapareceram como povo tanto pelas moléstias contraídas quanto pelos casamentos com não índios.
Os bororos orientais habitavam tradicionalmente vasto território que ia da Bolívia, a oeste, ao rio Araguaia, a leste e do rio das Mortes, ao norte, ao rio Taquari, ao sul. Ao contrário dos bororo ocidentais, eram citados nos relatórios dos presidentes da província de Cuiabá como nômades bravios e indomáveis, que dificultavam a colonização. Foram organizadas várias expedições de extermínio. Estimados na época em dez mil índios, os bororos sofreram várias guerras e epidemias, com uma história de muita resistência ao avanço das frentes e expansão de territórios, até sua pacificação, no fim do século XIX, quando foram reunidos nas colônias militares de Teresa Cristina e Isabel e estimados pelas autoridades em cinco mil pessoas. Entregues aos salesianos para catequese, em 1910, os bororos somavam dois mil índios. Em 1990, com uma população de aproximadamente 930 pessoas, vivem no estado do Mato Grosso.

[editar] Organização social

A tribo obedece a uma organização social rígida. A aldeia é dividida em duas partes – "exare" e "tugaregue" – que, por sua vez, se subdividem em clãs com deveres muito bem definidos. Eles reconhecem a liderança de dois chefes hereditários que sempre pertencem à metade exare, conforme determinam seus mitos. Dentro de cada clã há uma comunhão de bens culturais (nomes, cantos, pinturas, adornos, enfeites, seres da natureza) que só podem ser usados pelos membros desse determinado clã, a não ser que este direito seja participado a outras pessoas em "pagamento" por favores recebidos.
Praticam diversos rituais como:
  • a "Festa do Milho", para celebrar a colheita do cereal, que é um alimento importante na nutrição dos índios;
  • a "Perfuração de Orelha e Lábios";
  • o "Ritual do Funeral", uma celebração sagrada para todos que se consideram índios.
O funeral dos Bororo é o que mais chama atenção pela complexidade, podendo durar até dois meses. A morte de alguém pode provocar mudanças ou reforçar as alianças.

FONTE: Wikipédia a Enciclopédia Livre.

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