Martins
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Município de Martins | |||||
"Princesa Serrana" "Campos do Jordão do RN" | |||||
| |||||
[[Madrugava no Céu. Vinha perto a manhã, Quando São Pedro abriu serenamente, A Porta Eterna, branca de luar. Amparado num véu de nuvem alvinitente, Róseo qual maçã, Um anjinho esperava a soluçar. - Entra - disse-lhe o Santo. - Por que choras tanto?! - Senhor, eu quero voltar! - Voltar? Queres voltar do Céu, anjinho à toa?! E a terra onde vivias era assim tão boa?! - A terra onde eu vivi é tão formosa, Como não pode haver recanto igual. A natureza ali, feita de rosas, É u'a perene festa tropical! Ela é tão alta! Lembra uma palmeira erguida Muito bela e sobranceira Por sobre as outras terras qual rainha! O Céu que a cobre é feito só de estrelas, Vendo-se aqui e ali uma fitinha De espaço muito azul, como a tecê-las. À margem da lagoa cristalina Ergue-se, altiva e pequenina, Uma ermida à Virgem do Rosário. Nos pomares e jardins, em desadorno, Cantam nuvens douradas de canários, De pintassilgos e de encantos d'ouro. Tempestades de loucos furacões Que revolvem os campos dos sertões Não alcançam o azul da serrania! A brisa é tão cheirosa e tão macia, Que parece soprada pelos lírios! O próprio sol é branco como os círios, A árvore da vida ali vive a cantar! No Céu também é bom, mas... deixa-me voltar! E o Santo pescador, bondoso e comovido, Lembrando-se talvez de sua Canaã, Como a sentir o coração ferido de saudade, Fitando o espaço que a manhã já dourava de luz Falou com piedade: - Tu voltarás, meu filho! Eu direi a Jesus Da saudade que tanto te consome Mas... essa terra... esse outro Céu... Qual o seu nome?! Nisto Jesus chegando de repente E ouvindo o interrogar do seu discípulo, Sorrindo, respondeu paternalmente: - Essa relíquia, Pedro, é no Brasil; Num pequenino Estado lá no Norte, Em recanto feliz, pus toda sorte de belezas. As "Maravilhas das Mil e Uma Noites" Não valem seus jardins! Essa terra de sonho e de poesia, Que tem a inicial a mesma de Maria, Seu nome é doce... chama-se: MARTINS!|Hino]] | |||||
Aniversário | |||||
---|---|---|---|---|---|
Fundação | 1841 | ||||
Gentílico | martinense | ||||
Lema | |||||
Prefeito(a) | Maria José de Oliveira "Mazé" Costa (DEM) (2009 – 2012) | ||||
Localização | |||||
| |||||
Unidade federativa | Rio Grande do Norte | ||||
Mesorregião | Oeste Potiguar IBGE/2008 [1] | ||||
Microrregião | Umarizal IBGE/2008 [1] | ||||
Região metropolitana | |||||
Municípios limítrofes | Umarizal e Viçosa (ao norte), Antonio Martins, Serrinha dos Pintos (ao sul), Lucrécia e Frutuoso Gomes (a leste) e Portalegre (a oeste) | ||||
Distância até a capital | 377 km | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 171 km² km² | ||||
População | 8.386 hab. est. IBGE/2009 [2] | ||||
Densidade | 44,6 hab./km² | ||||
Altitude | 740 m | ||||
Clima | tropical | ||||
Fuso horário | UTC-3 | ||||
Indicadores | |||||
IDH | 0,694 (RN: 19°) – médio PNUD/2000 [3] | ||||
PIB | R$ 21.657 mil IBGE/2005 [4] | ||||
PIB per capita | R$ 2.858,00 IBGE/2005 [4] |
Martins é um município localizado no interior do estado brasileiro do Rio Grande do Norte. Localiza-se numa altitude de 745 metros, a 377 km da capital estadual, Natal. Cidade serrana localizada no sopé das Serras de Martins, é considerada a "Princesa serrana" ou a "Campos do Jordão do Rio Grande do Norte", devido ao seu clima e ar puro agradável em contraste com o clima semi-árido de outras regiões do interior do estado.
Além da paisagem natural, Martins também é lembrada pelo seu festival gastronômico, considerado o maior festival em gastronomia de rua do Brasil[5], pela Casa de Pedra, uma caverna com 100m de comprimento, e pela festa da padroeira, Nossa Senhora da Conceição, que se realiza em dezembro.
Com uma economia baseada na agricultura, pecuária do leite e corte e no ecoturismo, possui uma área territorial de 171 km², de acordo com o IBGE2009 sua população é de 8.386 habitantes. (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano
Índice[esconder] |
[editar] História
Em 20 de julho de 1736, Aleixo Teixeira, capitão-mor da Aldeia de São João do Apodi dos Tapuias Paiacus (atual Apodi), recebeu a carta de data da sesmaria de terras no alto da serra conhecida como Serra do Campo Grande (assim chamada em virtude da proximidade da povoação de Campo Grande), posteriormente conhecida como Serra da Conceição.
Seis anos depois, Francisco Martins Roriz, habitante da Ribeira do Jaguaribe, na capitania do Ceará-Grande, fundou, no alto da serra ainda inabitada, uma fazenda, que passou a ser conhecida pelo nome de seu proprietário. A denominação logo passou à de todo o conjunto da Serra (Serra do Martins).
Graças ao seu desenvolvimento vagaroso, mas contínuo, a povoação do alto da serra tornar-se-ia, um século depois, Vila e Município, com o nome de Maioridade (Lei Provincial n. 71, de 10 de novembro de 1841), a segunda vila do extremo ocidental da Província do Rio Grande do Norte, assim nomeada em homenagem à maioridade antecipada do Imperador Dom Pedro II, ocorrida no ano anterior. A Comarca de Maioridade seria instalada no ano seguinte, sendo a terceira de toda a Província (após a Comarca do Rio Grande do Norte, com sede em Natal, separada da Comarca da Paraíba em 1818, e a Comarca de Açu).
O novo município estendia-se por metade de todo o extremo oeste da Província do Rio Grande do Norte, limitando-se ao norte com o de Apodi, a oeste com o de Portalegre, e a sul e a leste com os municípios paraibanos de Sousa e Catolé do Rocha, respectivamente.
Em 1847, o Município passa a ser denominado Cidade da Imperatriz, em homenagem à Imperatriz D. Teresa Cristina. A alteração do regime, com a Proclamação da República, leva ao resgate do nome antigo e definitivo do Município, que passa a ser denominado Martins em 1890.
[editar] Turismo
Uma bela imagem a partir da serra encanta a muitos turistas que visitam Martins, e desfrutam de um ar puro, fresco e um clima frio no meio do sertão. Martins destaca-se no turismo, tendo como principal evento a Feira de Gastronomia, uma das maiores do Estado. Com um clima típico de serra, em uma média de 19°C, é o melhor lugar para descansar em chalés, relaxar um pouco na piscina e refletir a paisagem que os hotéis de Martins oferecem.
- Pontos turísticos
- Mirante das Carrancas
- Mirante do Canto
- Casa de Pedra - A segunda maior caverna em calcário do mundo
- Igreja Matriz
- Prédio do Museu
- Pedra Rajada
- Pedra do Sapo
- Lagoa do Rosário
- Museu Junior Marcelino
[editar] Geografia
Dos mais de 1.000 km² que possuía no momento de sua fundação como Vila da Maioridade, em 1842, Martins encontra-se hoje reduzida, após sucessivas cisões, apenas à sede municipal (ao redor da antiga Matriz de Nossa Senhora da Conceição), áreas semi-urbanizadas adjacentes e áreas rurais em um total de 171 km² localizados quase exclusivamente no alto da serra homônima, entre 690 e 800 m de altitude.
Nenhum comentário:
Postar um comentário