Butão
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Dru Gäkhap ou Brug rGyal-Khab (Wylie) Reino do Butão | |
Hino nacional: Druk tsendhen ("Reino do Dragão do Trovão") | |
Gentílico: Butanês, butanense[1], butani[1], butâni[1] | |
Localização do Butão | |
Capital | Thimphu |
Cidade mais populosa | Thimphu |
Língua oficial | Butanês (Dzonga) |
Governo | Democracia, Monarquia constitucional |
- Rei | Jigme Khesar Namgyal Wangchuck |
- Primeiro ministro | Lyonpo Jigme Thinley |
Independência | da Índia |
- Data | 8 de agosto de 1949 |
Área | |
- Total | 47000 km² (131.º) |
População | |
- Estimativa de 1991 | 1.598.216[2]139.º) hab. ( |
- Densidade | 45 hab./km² |
PIB (base PPC) | Estimativa de 2007 |
- Total | US$ 4,39 bilhões USD (160.º) |
- Per capita | US$ 5.477 USD (117.º) |
Indicadores sociais | |
- IDH (2007) | 0,619[3] (132.º) – médio |
- Esper. de vida | 65,6 anos (133.º) |
- Mort. infantil | 45,0/mil nasc. (131.º) |
- Alfabetização | 47,0% (165.º) |
Moeda | Ngultrum; Rupia indiana (BTN; INR ) |
Fuso horário | (UTC+6) |
Cód. ISO | .bt |
Cód. telef. | +975 |
O Butão (em butanêstransl. Druk Yul, "Terra do Dragão") é um pequeno e fechado reino nos Himalaias, encravado entre a China, a norte e oeste, e a Índia, a leste e sul. A sua capital é Thimphu. འབྲུག་ཡུལ་,
Índice[esconder] |
[editar] História
A tradição situa o início da sua história no século VII, quando o rei tibetano Songtsen Gampo construiu os primeiros templos budistas nos vales de Paro e de Bumthang. No século VIII, é introduzido o budismo tântrico pelo Guru Rimpoché, "O Mestre Precioso", considerado o segundo Buda na hierarquia tibetana e butanesa.
Os séculos IX e X são de grande turbulência política no Tibete e muitos aristocratas vieram instalar-se nos vales do Butão onde estabeleceram o seu poder feudal.
Nos séculos seguintes, a actividade religiosa começa a adquirir grande vulto e são fundadas várias seitas religiosas, dotadas de poder temporal por serem protegidas por facções da aristocracia. No Butão estabeleceram-se dois ramos, embora antagônicos, da seita Kagyupa. A sua coexistência será interrompida pelo príncipe tibetano Ngawang Namgyel que, fugido do Tibete, no século XVII unifica o Butão com o apoio da seita Drukpa, tornando-se no primeiro Shabdrung do Butão, "aquele a cujos pés todos se prostram". Ele mandaria construir as mais importantes fortalezas do país que tinham como função suster as múltiplas invasões mongóisEstêvão Cacella, o primeiro europeu a entrar no Butão. Este missionário jesuíta português, que viajou através dos Himalaias em 1626, encontrou-se com o Shabdrung Ngawang Namgyel e no fim de uma estadia de quase oito meses escreveu uma longa carta do Mosteiro Chagri relatando as suas viagens. Este é o único relato deste Shabdrung que resta[4]. A partir do seu reinado estabeleceu-se um sistema político e religioso que vigoraria até 1907, em que o poder é administrado por duas entidades, uma temporal e outra religiosa, sob a supervisão do Shabdrung. e tibetanas. O relato da época foi feito por
Desde sempre que o Butão só mantinha relações com os seus vizinhos na esfera cultural do Tibete (Tibete, Ladakh e Sikkim) e com o reino de Cooch Behar na sua fronteira sul. Com a presença dos ingleses na Índia, no século XIX, e após alguns conflitos relacionados com direitos de comércio, dá-se a guerra de Duar em que o Butão perdeu uma faixa de terra fértil ao longo da sua fronteira sul. Ao mesmo tempo, o sistema político vigente enfraquecia por a influência dos governadores regionais se tornar cada vez mais poderosa. O país corria o risco de se dividir novamente em feudos.
Um desses governadores, o "Penlop" de Tongsa, Ugyen Wangchuck, que já controlava o Butão central e oriental, conseguiria dominar os seus opositores de Thimbu e, assim, implantar a sua influência sobre todo o país. Em 1907 seria coroado rei do Butão, após consultas ao clero, à aristocracia e ao povo, e com a aliança dos ingleses. Foi assim criada a monarquia hereditária que hoje vigora.
[editar] Geografia
O Butão é uma nação muito montanhosa, de interior, situada na Ásia. Os picos do norte atingem mais de 7.000 m de altitude, e o ponto mais elevado é o Gangkhar Puensum, com 7.570 m, que nunca foi escalado. A parte sul do país tem menor altitude e contém vários vales férteis densamente florestados, que escoam para o rio Bramaputra, na Índia.
A maioria da população vive nas terras altas centrais. A maior cidade do país, a capital Thimphu (população de 50.000 habitantes), situa-se na parte ocidental destas terras altas. O clima varia de tropical no sul a um clima de invernos frescos e verões quentes nos vales centrais, com invernos severos e verões frescos nos Himalaias.
[editar] Demografia
A cultura do Butão já foi definida como sendo, simultaneamente, patriarcal e matriarcal e o membro que detém a maior estima é considerado o chefe da família. O Butão também já foi descrito como tendo um regime feudal caracterizado pela ausência de uma forte estratificação social.
Nos tempos pré-modernos existiram três grandes classes:
- A comunidade monástica, a liderança da qual veio da nobreza;
- Os empregados civis leigos, que dirigiam o aparato governamental e
- Os agricultores, a maior classe, que vivia em aldeias autossuficientes.
[editar] Política
O Butão é uma monarquia constitucional. O chefe religioso do Reino, o Je Khenpo, goza de uma importância quase idêntica à do rei.
Depois de um histórico discurso do rei Jigme Singye Wangchuck, no dia nacional, em Dezembro de 2006, abdicando a favor do seu filho e anunciando a realização de eleições democráticas, os butaneses foram às urnas a 24 de Março de 2008, terminando assim mais de um século de monarquia absoluta [5].
[editar] Símbolos nacionais
A bandeira nacional está dividida diagonalmente desde a esquina inferior esquerda até à esquina superior direita, formando assim dois triângulos. O superior amarelo e o inferior cor-de-laranja. Ao centro está um dragão branco olhando para o exterior da bandeira. O dragão apresentado na bandeira, Druk o dragão do trono, representa o nome do Butão em tibetaniano, que é "A Terra do Dragão" (Druk Yul). O dragão possuí joias nas suas garras que representam a abundância. O amarelo por sua vez representa a monarquia secular e o laranja a religião budista.
O brasão de armas mantém vários elementos da bandeira do Butão, ligeiramente diferentes dos originais, e contém muito simbolismo budista. A designação oficial é: "O emblema nacional, contido num círculo, é composto por um duplo diamante-raio (dorji) colocado acima de um loto, encimado por uma joia e emoldurado por dois dragões. O raio representa a harmonia entre o poder secular e o poder religioso. O lótus simboliza pureza, a joia manifesta o poder soberano, e os dois dragões, macho e fêmea, defendem o nome do país que proclama com a sua grande voz, o trovão".
Druk tsendhen ("Reino do Dragão do Trovão") é o hino nacional do Butão. Com música de Aku Tongmi e letra de Gyaldun Dasho Thinley Dorji, foi adoptado em 1953.
[editar] Subdivisões
O Butão, para finalidades administrativas, está dividido em quatro dzongdeydzongkhang (distritos). Os distritos (20 no total) estão divididos em dungkhanggewog e são administrados pelo gup que é eleito pelo povo. Os distritos do Butão são os seguintes: (zonas administrativas). As zonas administrativas estão divididas em (subdistritos). No nível básico os grupos de vilas formam um círculo eleitoral chamado
[editar] Economia
O Butão tem sua economia essencialmente baseada na agricultura, extração florestal e na venda de energia hidroelétrica para a Índia. A agricultura, essencialmente de subsistência, e a criação animal, são os meios de vida para 90% da população. É uma das menores e menos desenvolvidas economias do mundo.
Em 2004, o Butão foi o primeiro país do mundo a banir o fumo e a venda de tabaco.
[editar] Cultura
A cultura do Butão já foi definida como sendo, simultaneamente, patriarcal e matriarcal e o membro que detém a maior estima é considerado o chefe da família. O Butão também já foi descrito como tendo um regime feudal e caracterizado pela ausência de uma forte estratificação social.
Nos tempos pré-modernos existiram três grandes classes:
- A comunidade monástica, a liderança da qual veio a nobreza;
- Os empregados civis leigos, que dirigiam o aparato governamental;
- E os agricultores, a maior classe, que vivia em aldeias autossuficientes.
FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
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