Sem religião
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Sem religião, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), são pessoas que não clamam afiliação reliosa, o que incluem muitos ateístas, agnósticas ou deístas. De acordo com o último Censo do IBGE, o Brasil tem cerca de 13 milhões de pessoas sem filiação religiosa (7,4% da população).[1]
Índice[esconder] |
[editar] Diversidade religiosa e filosófica
[editar] Brasil
No Brasil, nos últimos anos, houve uma sensível diminuição dos católicos nominais, um aumento percentual das outras religiões, especialmente as religiões pentecostais, e a ampliação, e consolidação, de valores seculares laicos que se opõem frontalmente a um estilo de vida religioso[carece de fontes]. De fato, isso tem causado mudanças na sociedade brasileira, até então adaptada a uma hegemonia quase incontestável da Igreja Católica Romana. Era o catolicismo romano, outrora, a principal formuladora da ética e da moral social. Contudo, atualmente, ela vem sendo cada vez mais questionada (até pelos próprios católicos) no tocante a sua ideologia religiosa. Dentro desta perspectiva, surgem novas formas de codificar a moral, a ética, e de experimentar o "mundo transcendental"[carece de fontes].
[editar] Portugal
Em Portugal, há uma crescente secularização da sociedade[carece de fontes], com a liberdade religiosa sendo garantida pela Constituição portuguesa de 1976. A posição religiosa dos políticos tem pouca importância para os eleitores.[carece de fontes]
[editar] África lusófona
Nos países lusófonos da África, o catolicismo é predominante, mas divide espaço com as religiões pentecostais, e as crenças nativas, em Angola, Cabo Verde, Moçambique, e São Tomé e Príncipe, havendo algum sincretismo religioso. Em Guiné-Bissau, o catolicismo é bem minoritário, e as crenças nativas e o islamismo predominam. A liberdade religiosa é garantida pela Constituição destes países, bem como o conceito de Estado laico. A posição religiosa dos políticos costuma ser pouco importante para os eleitores, e cresce a secularização dos costumes sócio-culturais.
[editar] Ásia lusófona
Em Macau, na China, predomina o budismo, com a presença de minorias católicas e protestantes. No estado indiano de Goa, o catolicismo é minoritário. Contudo, há um conjunto arquitetônico de Igrejas e Conventos de Goa , que são consideradas pela Unesco como de relevância histórica. Também há liberdade religiosa, que é garantida por lei, sendo o papel da religião secundário. Em Macau, há um sincretismo entre o budismo e crenças populares chinesas, e nenhuma interferência religiosa nos assuntos típicos do Estado (como preconiza o Partido Comunista Chinês).
[editar] A desfiliação religiosa no Brasil
No Brasil, ainda há certo constrangimento das pessoas (em especial, nas classes menos abastadas) de se afirmarem, socialmente, como sem religião ou não-religiosos[carece de fontes]. Embora a maior parte da população seja nominalmente católica, muitos declaram-se católicos mas raramente participam dos serviços religiosos.
[editar] Estado laico
A atual Constituição brasileira de 1988 diz[2]:
Artigo 5° (Caput). IV- é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; VIII- ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei. Artigo 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I- estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. A Constituição brasileira de 1988 instituiu uma total divisão entre a religião (seja ela qual for) e o Estado, consolidando o conceito de Estado laico. O governo instituído, democraticamente, não pode favorecer, nem interditar, as atividades de religião alguma. Além disso, não pode impor uma religião específica aos seus cidadãos, nem discriminá-los em razão de não seguirem a ideologia religiosa majoritária. Contudo, tal princípio constitucional, o conceito de Estado laico, já é bem antigo no Brasil, pois foi a Constituição de 1891 que o instituiu. |
Artigo 72 (Caput) §7°- Nenhum culto ou igreja gozará de subvenção oficial, nem terá relações de dependência ou aliança com o Governo da União ou dos Estados. |
[editar] Diferenças conceituais
O termo "sem religião" não é do agrado de todos os integrantes deste segmento. Há aqueles que preferem o termo "não-religioso" (considerado menos ofensivo), e há aqueles que preferem especificar a sua postura filosófica, identificando-se, explicitamente, como ateus, agnósticos ou deístas. Contudo, há diferenças filosóficas entre os principais grupos de não-religiosos.
[editar] Sem Religião
É qualquer pessoa que não se considera adepta de alguma religião formal. Não exclui a possibilidade de uma pessoa sem religião possuir uma cosmovisão religiosa. Um exemplo disso é a autora Karen Armstrong que se define como "monoteísta freelance."
[editar] Agnósticos
Os agnósticos entendem que as questões metafísicas (ou transcendentais) não são passíveis de análise pela razão humana. O agnóstico se exime das questões religiosas, preferindo ficar neutro. Ou seja, ele não "rejeita", nem "aceita", apenas isenta-se deste tipo de questão.
[editar] Ateus
Os ateus negam a existência de qualquer deus. Os ateus podem ser materialistas, isto é, não acreditam na existência de deus algum, nem da alma humana, nem qualquer outro tipo de coisa que não seja material, ou podem negar a existência de deuses mas podendo eventualmente aceitar certas idéias imateriais como a alma humana. Algumas religiões como o jainismo e o budismo são religiões ateístas.
[editar] Deístas
Os deístas acreditam na existência de um Ser Superior (ou Deus), e defendem que a existência de Deus pode ser compreendida por intermédio da razão. Contudo, os deístas, geralmente, não seguem qualquer religião denominacional. Para o deísta, as pessoas devem assumir a responsabilidade pelos seus atos, e procurarem a felicidade nesta vida terrena, ao invés de aceitarem os tormentos das injustiças sociais em procura de uma vida eterna de caráter duvidoso. Os conceitos de "inspiração" e "revelação divina" não são negados, mas o deísta entende que estes acontecimentos são pessoais e específicos para quem os recebeu - se realmente os recebeu.
[editar] Personalidades não-religiosas
Na atualidade, encontramos em diversos segmentos sociais pessoas que assumem uma postura não-religiosa. Isto não necessariamente significa a promoção de preconceitos àqueles que estão filiados às religiões convencionais; porém, é um indicativo que a desfiliação religiosa é um processo crescente e cada vez mais perceptível. Os motivos da desfiliação podem ser os mais variados.
- Agostinho Neto, primeiro presidente de Angola.
- Arnaldo Jabor, cineasta e escritor brasileiro.
- Bertrand Russell, filósofo e matemático inglês.
- Camila Pitanga, atriz brasileira.
- César Maia, ex-prefeito da cidade do Rio de Janeiro.
- Che Guevara, lider político argentino.
- Dias Gomes, autor brasileiro de novelas.
- Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil.
- Francisco Milani, ator brasileiro.
- Friedrich Nietzsche, filósofo alemão.
- Graciliano Ramos, escritor brasileiro.
- Machado de Assis, escritor brasileiro.
- Marcelo Gleiser, físico brasileiro.
- Luis Carlos Prestes, político brasileiro.
- Mario Lago, ator brasileiro.
- Oscar Niemeyer, arquiteto brasileiro.
- Paulo Autran, ator brasileiro.[4]
- Ruth Cardoso, socióloga e ex-primeira dama do Brasil.
FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
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