Lucy (fóssil)
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Lucy é um fóssil de 3,2 milhões de anos descoberto em 1974 pelo professor Donald Johanson e pelo estudante Tom Gray em Hadar, no deserto de AfarEtiópia)[1] quando uma equipe de arqueólogos fazia escavações. Chama-se Lucy por causa da canção "Lucy in the Sky with Diamonds" da banda britânica 'The Beatles', e por terem definido-a como uma fêmea. (
Em 1924, na África do Sul, o pesquisador australiano Raymond Dart descobriu um crânio com tamanho intermediário entre o dos humanos e o dos chimpanzés. Ele denominou a nova espécie de Australopithecus, que significa "macaco do sul".
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[editar] Descoberta
Geólogo francês, Maurice Taieb descobriu a Formação Hadar em 1972. Ele então formou o International Research Expedition Afar (IARE), convidando Donald Johanson, um antropólogo americano, fundador e director do Instituto de Origens Humanas da Universidade Estadual do Arizona, Mary Leakey,arqueóloga britânica, e Yves Coppens, um paleontólogo francês agora baseado no Collège de France para co-dirigir a investigação. Uma expedição foi formada com quatro americanos e sete participantes franceses, e no outono de 1973 a equipe procurou em Hadar, Etiópia por fósseis e artefatos relacionados à origem dos seres humanos.
Em novembro de 1973, perto do final da temporada do primeiro campo, Johanson reconheceu um fóssil da extremidade superior da tíbia, que tinha sido cortado ligeiramente na frente. A extremidade inferior do fêmur foi encontrado próximo a ele, e quando ele reuniu as partes junto ao ângulo da articulação do joelho mostrou claramente que este fóssil, referência AL 129-1, fora um hominídeo que andava ereto. Com mais de três milhões de anos, o fóssil era muito mais velho do que qualquer outro conhecido na época. O local ficava a cerca de dois quilómetros e meio do local em que posteriormente eles encontraram "Lucy".
A equipe voltou para a segunda temporada de campo, no ano seguinte e encontraram mandíbulas de hominídeos. Então, na manhã do dia 24 de novembro de 1974, perto do rio Awash, Johanson desistiu de atualizar suas notas de campo e juntou-se ao aluno de pós-graduação, Tom Gray do Texas, e foram em seu Land Rover para o local 162 para buscar por fósseis de ossos. [10]
Donald Johanson e Tom Gray passaram algumas horas nas planícies áridas e quentes, explorando o terreno empoeirado, então Johanson teve a intuição de fazer um pequeno desvio em seu caminho de volta para o Land Rover para olhar no fundo de um pequeno barranco que tinha sido verificada pelo menos duas vezes antes por outros trabalhadores. À primeira vista, não havia praticamente nenhum osso na vala, mas quando eles viraram para sair, um fóssil chamou a atenção de Johanson, um fragmento de osso do braço deitado na encosta. próximo a ele havia um fragmento da parte de trás de um crânio pequeno. Eles notaram uma parte do fêmur (osso da coxa) a alguns metros (cerca de 1m) de distância. Procurando mais além, eles encontraram mais e mais ossos sobre a encosta, incluindo vértebras, uma parte da pélvis, indicando que o fóssil era do sexo feminino, costelas e pedaços de mandíbula. Eles marcaram o local e retornaram ao acampamento, satisfeitos por encontrar tantas peças aparentemente de um único hominídeo
Na parte da tarde, todos na expedição estava na valeta, seccionando o local e preparando para a cuidadosa coleta que supodtamente levaria três semanas. Naquela primeira noite, eles celebraram no campo, ficando acordados a noite toda, e em algum momento durante a noite, o AL fossil 288-1 foi apelidado de Lucy, por causa da canção dos Beatles "Lucy in the Sky with Diamonds", que fora tocada alto e repetidamente em um gravador no acampamento. [12]
Durante as três semanas, várias centenas de partes de fragmentos de ossos foram encontrados, sem duplicações, confirmando a sua especulação original de que eram de um esqueleto. Conforme a equipe analisou o fóssil mais detalhadamente, eles calcularam que surpreendentes 40% do esqueleto de um hominídeo foram recuperados, um feito surpreendente no mundo da antropologia. Normalmente, apenas fragmentos fósseis são descobertos, raramente crânios ou costelas são encontrados intactos. Johanson considerava que era do sexo feminino baseando-se no osso pélvico e sacro completo indicando a largura da abertura pélvica. [12] Lucy foi de apenas 1,1 m (3 pés 8 polegadas) de altura, pesava 29 kg (65 lb) e se parecia de certa forma com um Chimpanzé-comum, mas, embora a criatura tivesse um cérebro pequeno, a pélvis e ossos das pernas eram quase idênticos na função com os de humanos modernos, mostrando com certeza que esses hominídeos tinham caminhado eretos. [13] Com a permissão do governo da Etiópia, Johanson trouxe o esqueleto de para Cleveland, onde foi reconstruído por Owen Lovejoy. Ele foi devolvido de acordo com o contrato cerca de 9 anos mais tarde. Lucy como um fóssil hominídeo significativamente a atenção ao público, tornando-se quase um nome bem conhecido na época.
Futuras descobertas de espécimes afarensis ocorreram durante a década de 1970 dando aos antropólogos uma melhor apreciação do intervalo de variabilidade e dimorfismo sexual das espécies.
Lucy deixou de ser o esqueleto de hominídeo mais antigo após a descoberta de um novo fóssil da espécie Ardipithecus ramidus, que viveu há 4,4 milhões de anos.[2]
[editar] Pos-cranial
Uma das características mais notáveis de Lucy foi possuir um joelho virado,[3]andar ereto. Sua cabeça femural era pequena e seu pescoço femural era curto, sendo ambas características primitivas. Seu grande trocanter (no Brasil trocanter maior, no entanto, era claramente derivado, sendo curto e similar ao humano ao invés de mais alto que a cabeça femural. A taxa de extensão de seu úmero para o fêmur era de 84.6% comparada aos 71.8% dos humanos modernos e os 97.8% dos chimpanzes comuns, indicando que ou os braços de A. afarensisvértebra lombar, outro indicador de bipedalismo habitual que indicava que ela normalmente se movimentava por começavam a encurtar, ou as pernas estavam ficando mais longas , ou que as duas coisas estavam ocorrendo simultaneamente. Lucy também possuia uma
[editar] Zona Pelvica
Johanson conseguiu recuperar a osso do quadril e o sacro. Apesar do sacro estar bem preservado, o osso do quadril estava distorcido, levando a duas recostruções diferentes. A primeira reconstrução tinha pouca expansão ilíaca e virtualmente nenhuma "wrap" anterior, criando um ílio que lembrava muito o de um macaco. No entanto, esta reconstrução se mostrou errônea, já que o rami púbico superior não seria capaz de se conectar se o ílio direito fosse idêntico ao esquerdo. Uma reconstrução posterior feita por Tim White mostrava uma ampla expansão ilíaca e um wrap anterior bem definido, indicando que Lucy tinha uma distância acetabular interna extraordinariamente ampla e um rami púbico superior extraordinariamente longo. Seu arco púbico tinha mais de 90º, semelhante às fêmeas atuais. Seu acetábulo, no entanto, era pequeno e primitivo.
[editar] Crânio
A evidência cranial recuperada de Lucy é bem menos derivada que sua pós-craniana. A parte superior do seu crânio é pequena e primitiva, enquanto que ela possui mais caninos espatulados que os macacos. A capacidade cranial ficava entre 375 e 500 ml.
[editar] Exposições
Lucy está preservada no Museu Nacional da Etiopia em Addis Abeba, Ethiopia. Uma réplica está exposta no lugar do esqueleto original .
Uma imitação do esqueleto original em sua forma reconstruida permanece em esposição no Museu de História Natural de Cleveland.[4]
Um diorama do Australopithecus afarensis e outros precursores humanos mostrando cada espécie em seu habitat natural e demonstrando as habilidades e comportamentos que os cientistas acreditam que eles possuiam está disposto no Hall de Evolução e Biologia Humana no Museu Americano de História Natural em Nova York.
Uma réplica do esqueleto de Lucy e sua reconstrução está exposto no Field Museum em Chicago .
[editar] Tour EUA
Uma exposição de 6 anos que ocorreu nos Estados Unidos, denominada Lucy’s Legacy: The Hidden Treasures of Ethiopia(O Legado de Lucy:Tesouros Ocultos da Etiopia), mostra não só o fóssil de Lucy como também mais de 100 artefatos desde os tempos antigos até hoje. O tour foi aprovado pelo governo tíope e organizado com a colaboração do Museu de Ciência Natural de Houston, onde esteve em exposição de 31de agosto de 2007 until 1 de setembro de 2008, junto com um filme Digital em um Dome Theater (Planetario) sobre as origens de lucy chamado Lucy’s Cradle, the Birth of Wonder, com música de Shai Fishman, gravada e produzida no Fish-i Studios - http://www.fish-i.com.[5][6] The Departamento de Estado dos EUA também aprovou o tour. Houve controvésias antecipadas sobre o tour quanto à fragilidade dos espécimes, com vários experts incluindo o paleoantropologista Owen Lovejoy e o antropologista e conservacionista Richard Leakey Uma das propostas do tour é possibillitar a modernização dos museus da Ethiopia.
demonstrando publicamente sua oposição. A Instituição Smithsoniana e o Museu de História Natural de Cleveland estavam entre os museus que se recusaram a hospedar as exibições.[7] O descobridor do fóssil Don Johanson declarou que apesar de se sentir incomodado com a possibilidade de dano ao fóssil, ele não se oposria à exibição de Lucy já que isso ajudaria nos estudos da origem humana. O museu providenciou para que as exposições fossem vistas em outros 10 museus. A exposição ocorreu no Centro de Ciência do Pacifico em Seattle, Washington de 4 de outubro de 2008 a 8 de março de 2009.[6] Em setembro de 2008, entre as exposições em Houston e Seattle, os fósseis foram levados para aUniversidade do Texas em Austin por 10 dias para completar o primeiro CT scande alta resolução do fossil.[8]
Lucy estreou na Discovery Times Square Exposition, uma instalação nova em New York City em 24 de junho de 2009. O Australopithecus afarensis ficou em exposição de 25 de outubro de 2009.[9] Em Nova York, a exibição incluirá Ida (Plate B), a outra metade o recentemente anunciado fóssil Darwinius masilae.[10]
FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
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