Vulcão Merapi entra novamente em erupção e causa 69 mortes na Indonésia
1 hora, 9 minutos atrás
Jacarta, 5 nov (EFE).- Pelo menos 69 pessoas morreram e outras 71 ficaram feridas nesta sexta-feira devido a uma nova erupção do vulcão Merapi na Indonésia, elevando a 113 o número de vítimas fatais desde que a atividade começou, há duas semanas.
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Quase todos os corpos foram encontrados no distrito de Sleman, a maioria no vilarejo de Bronggang, a 15 quilômetros da cratera e situado, portanto, dentro do perímetro de segurança que mais uma vez foi ignorado pelos habitantes, informaram fontes oficiais.
A erupção soou como um trovão durante a madrugada e lançou ao céu colunas de cinzas e fragmentos de rocha de até seis quilômetros de altura, intensificando os rios de lava que descem da montanha e provocando nuvens tóxicas a temperaturas superiores aos 750 graus centígrados.
No centro da ilha de Java, a explosão pôde ser escutada a 20 quilômetros de distância, relataram os vulcanólogos indonésios, que acreditam que a erupção desta sexta-feira foi a mais forte até o momento e muito mais potente do que a primeira, de 26 de outubro, na qual morreram quase 30 pessoas.
"Acreditamos que se trata da maior atividade nos últimos cem anos. É um momento crítico", afirmou Sukhyar, geólogo do Ministério de Energia e Recursos Minerais da Indonésia.
Segundo os relatos de várias testemunhas, dezenas de pessoas com os rostos cobertos de cinzas estão se afastando a pé ou de moto do vulcão, enquanto o Exército efetua evacuações em caminhões cheios de mulheres e crianças.
As equipes de resgate preveem que o número de mortos aumentará porque ainda não puderam chegar a algumas aldeias que continuam em chamas ou cobertas por cinzas fumegantes.
"Encontramos alguns corpos totalmente carbonizados, irreconhecíveis", declarou o comissário Tjiptono, subdiretor da Polícia de Yogyakarta, a maior cidade da região e cujo aeroporto foi fechado para prevenir que a fumaça dificulte a visibilidade dos pilotos dos aviões.
O pequeno hospital de Bronggang está sendo utilizado como necrotério improvisado para dezenas de corpos tirados de suas casas queimadas, enquanto os feridos estão sendo atendidos em um centro médico de Yogyakarta.
Nesta quinta-feira, as autoridades indonésias ampliaram o perímetro de segurança de 15 para 20 quilômetros de raio da cratera e ordenaram que a área seja desocupada imediatamente por todos residentes.
Bronggang estava dentro da nova área de exclusão, mas seus moradores não saíram a tempo de suas casas, ou não foram informados com antecedência suficiente.
Cerca de 100 mil desabrigados estão há vários dias vivendo em acampamentos, a maioria situados em Yogyakarta, desde que há duas semanas o Merapi começou a expelir diariamente lava, gases e cinzas incandescentes.
Mas nem todos temem as erupções e muitos habitantes ignoram o perímetro de segurança, ou por serem idosos e não quererem deixar suas casas, ou por serem camponeses que fogem para cuidar de suas plantações e alimentar o gado.
Os vulcanólogos estimam que a atividade do Merapi, de 2.194 metros de altura e cujo nome significa "montanha de fogo" em idioma javanês, pode se prolongar por meses, mas não deveria haver mais vítimas se as normas fossem respeitadas.
A Indonésia está localizada no chamado "Anel de Fogo", uma área de intensa atividade sísmica e vulcânica, e no mesmo dia em que ocorreu a primeira erupção do vulcão, um terremoto de 7,5 graus provocou um tsunami que causou mais de 400 mortes nas ilhas Mentawai. EFE
FONTE: Yahoo Notícias.
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