quinta-feira, 8 de julho de 2010

GRANDES RIOS DO MUNDO (Amazonas- PERU/BRASIL- América do Sul)

Rio Amazonas

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Amazonas
Mapa da bacia hidrográfica do Amazonas no Brasil

Mapa da bacia hidrográfica do Amazonas no Brasil
Comprimento c. 6.992 [1] km
Posição: 1
Nascente Nevado Mismi,Peru
Altitude da nascente 5 270 m
Débito médio 209 000 m³/s
Foz Oceano Atlântico
Área da bacia 7 050 000 km²
Delta Delta do Amazonas
Afluentes
principais
Rio Napo, Rio Javari, Rio Jandiatuba, Rio Içá, Rio Jutaí, Rio Juruá, Rio Japurá, Rio Tefé, Rio Coari, Rio Piorini, Rio Purus, Rio Negro, Rio Madeira, Rio Manacapuru, Rio Uatumã, Rio Nhamundá, Rio Trombetas, Rio Tapajós, Rio Curuá, Rio Maicuru, Rio Uruará, Rio Paru, Rio Xingu e Rio Jari.
País(es)  Peru
 Colômbia
Brasil
País(es) da
bacia hidrográfica
 Peru
 Colômbia
Brasil
O rio Amazonas é um rio que corta todo o norte da América do Sul, ao centro da Floresta Amazônica. Maior rio da Terra, tanto em volume de água quanto em comprimento (6.937,08 km de extensão), nas cheias, a distância de uma margem a outra pode chegar a 50 km, tem sua origem na nascente do rio Apurímac (alto da parte ocidental da cordilheira dos Andes), no sul do Peru, e deságua no Oceano Atlântico junto ao rio Tocantins no Delta do Amazonas, no norte brasileiro. Ao longo de seu percurso recebe, ainda no Peru, os nomes de Carhuasanta, Lloqueta, Apurímac, Rio Ene, Rio Tambo, Ucayali e Amazonas (Peru). Entra em território brasileiro com o nome de rio Solimões e finalmente, em Manaus, após a junção com o Rio Negro, recebe o nome de Amazonas e como tal segue até a sua foz no Oceano Atlântico.
Por muito tempo acreditou-se ser o rio Amazonas o mais caudaloso do mundo, porém o segundo maior em comprimento (o mais extenso acreditava-se então ser o rio Nilo). Após análise detalhada, técnicos do INPE, todavia, apuraram que o rio Amazonas tem de fato 6.937,08 km de extensão, superando o rio Nilo em cerca de 140km [2][3][4]
Centro da maior bacia hidrográfica do mundo, ultrapassando os 7 milhões de km², a maior parte do rio está inserida na planície sedimentar Amazônica, embora a nascente em sua totalidade seja acidentada e de grande altitude. Marginalmente, a vegetação ribeirinha é, em sua maioria exuberante, predominando as florestas equatoriais da Amazônia.[5]
A área coberta por água no rio Amazonas e seus afluentes mais do que triplica durante as estações do ano. Em média, na estação seca, 110.000 km² estão submersos, enquanto que na estação das chuvas essa área chega a ser de 350.000 km². No seu ponto mais largo atinge na época seca 11 km de largura, que se transformam em 50 km durante as chuvas.

Índice

[esconder]

[editar] Geografia

Fonte de água formadora da Quebrada Carhuasanta localizado a baixo da Nascente do Amazonas Laguna McIntyre, sul do Peru.
Uma pesquisa recente, realizada pelo IBGE em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, com a Agência Nacional de Águas, e o Instituto Nacional Geográfico do Peru (IGN), revelou que o Amazonas tem um comprimento de 6.992 km e mais de mil afluentes, e portanto maior que o Nilobacia hidrográfica é a maior do mundo, com uma superfície de aproximadamente sete milhões de km². O Amazonas é de longe o rio mais caudaloso do mundo, com um volume de água cerca de 60 vezes o do rio Nilo. com seus 6.852 km de extensão, sendo então o mais longo rio do mundo. Sua
Diversas fontes afirmavam que a nascente do rio Amazonas estava nas cabeceiras do rio Marañon. Porém, devido às novas pesquisas, os cientistas peruanos e brasileiros (expedição científica em 2007 com IBGE, INPE, ANA, IGN) descobriram que sua nascente tem por origem a laguna McIntyre no Nevado Mismi ao sul do Peru.[carece de fontes?]
A quantidade de água doce lançada pelo rio no Atlântico é gigantesca: cerca de 209 000 m³/s[6],[carece de fontes?] ou um quinto de toda a água fluvial do planeta. Na verdade, o Amazonas é responsável por um quinto do volume total de água doce que deságua em oceanos em todo o mundo. Diz-se[quem?] que a água ainda é doce mesmo a quilômetros de distância da costa, e que a salinidade do oceano é bem mais baixa que o normal 150 km mar adentro.

[editar] Etimologia e história

Icamiabas [7] é uma palavra tupi que designa o nome dado às mulheres sem homens, ou ainda mulheres que ignoram a lei. Antes de ser batizado de rio Amazonas, o mesmo era chamado de rio das Icamiabas.[7] As icamiabas eram as índias que dominavam aquela região, riquíssima em ouro. Quando Orellana[8] desceu o rio em busca de ouro, descendo os Andes (em 1541) ele era chamado de rio Grande, Mar Dulce ou rio da Canela, por causa das grandes árvores de canela que existiam ali.[7] A belicosa vitória das icamiabas contra os invasores espanhóis foi tamanha que o fato foi narrado ao rei Carlos V, o qual, inspirado nas guerreiras hititas [7] ou amazonas, batizou o rio de Amazonas. Amazonas é o nome dado pelos gregos às mulheres guerreiras.
No livro Matriarchat in Südchina: Eine Forschungsreise zu den Mosuo (Taschenbuch), a autora, Heide Göttner-Abendroth, revela a raiz comum da palavra Ama para a sociedade matriarcal ainda existente na China, no povoado de Moso, cujo significado é mãe, na língua local dos mosos; a palavra ainda encontra a mesma raiz no norte da África, onde também o matriarcado existiu e os quais se auto denominavam amazigh. Por esta razão, a antiga palavra Ama tem o significado de Mãe no sentido mais estrito; no sentido figurativo denomina cultura matriarcal.[9]
Após participar na expedição de 1615 que fundou a cidade de Belém do Pará, entre 1636 e 1638, o português Pedro Teixeira, com mais de mil homens realizou a primeira expedição que subiu o curso do rio Amazonas. Empregando cerca de 50 grandes canoas, partiu de Belém do Pará e alcançou Quito, no Equador. Fundou Franciscana na confluência do rio Napo com o Aguarico, no alto sertão, para delimitar as terras de Portugal e Espanha, segundo o Tratado de Tordesilhas. A viagem foi registrada pelo jesuíta Cristóbal de Acuña em obra editada em 1641.

[editar] Fauna e flora

Vitórias-régias em Belém.
Toda a fauna da selva tropical úmida sul-americana está presente na Amazônia. Os cientistas[quem?] afirmam que ali existem inúmeras espécies de plantas ainda sem classificação, milhares de espécies de pássaros, inúmeros anfíbios e milhões de insetos.
Desde os insetos até os grandes mamíferos como as antas e os veados, répteis como tartarugas, caimões e víboras também ali habitam. Há pássaros e peixes de todas as espécies, plumagens e peles. Nas lagunas ao longo do Amazonas floresce a planta Vitória Régia, cujas folhas circulares chegam a mais de um metro de diâmetro.
Para o aquarismo, trata-se da fonte que proporciona a maior quantidade de espécies de peixes que hoje em dia povoam os comércios e aquários de todo o mundo.

[editar] Pulmão do planeta

Embora alguns[quem?] estudiosos discordem dessa comparação, a floresta amazônica é considerada o pulmão do planeta.[carece de fontes?] Segundo eles, chamar as florestas tropicais de "pulmão do planeta" é um equívoco e há várias motivos contrários a essa comparação, por exemplo:
  • O pulmão é um órgão que absorve oxigênio e elimina gás carbônico, ou seja, "produz" gás carbônico.
  • Outro fato é que a maior parte da produção do oxigênio que respiramos provém de micro-organismos (algas e cianofíceas) e que sua produção de oxigênio por fotossíntese supera em muito o seu consumo pela respiração. Enquanto que nas florestas tropicais o oxigênio produzido pela fotossíntese durante o dia (fase clara) é consumido em grande parte à noite (fase escura) pela respiração das mesmas. Apenas florestas que ainda estão em desenvolvimento produzem mais oxigênio do que consomem, e as florestas tropicais em sua grande maioria já estão em processo de estabilidade ecológica.
Contudo, as imagens de satélites em movimento, demonstram[carece de fontes?] que existe um grande processo de respiração da floresta que é responsável pela formação de nuvens que leva as chuvas para a parte central da América do Sul. Nesse sentido a floresta é comparável a um organismo vivo que respira.

[editar] Portos

Embarcações utilizadas no rio Amazonas
(foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
Os portos mais importantes do rio Amazonas ficam nas cidades de Iquitos, no Peru, Letícia na Colômbia e Manaus no Brasil.
A capital do estado do Pará está situada em um dos braços do rio Amazonas. É banhada pelo rio Guamá ao sul e pela Baía do Guajará a oeste, a 160 km ao sul do Equador. É o maior rio do mundo em volume de água, com extensão total de 5.298 km. Corta o Estado do Pará no sentido Oeste-leste, possuindo em sua foz a maior ilha flúvio-marítima do mundo, a ilha de Marajó, onde, ao norte ocorre o fenômeno da "pororoca", invasão de águas do Oceano Atlântico no rio, formando grandes ondas destrutivas. Suas águas são barrentas e frias, alcançando a profundidade de 100m.[carece de fontes?] Sendo um rio de planície, é navegável em toda sua extensão.

[editar] Transamazônica

Um pouco ao sul do Amazonas está a Estrada Transamazônica, como um longo canal de poeira e barro. A estrada BR-230 imita o curso do rio Amazonas, pois avança de forma paralela ao este.
Tem, de acordo com os números oficiais, cinco mil quilômetros de comprimento,[carece de fontes?] apesar de ter sido invadida pela floresta em vários trechos. A estrada começou a ser construída no período do governo militar e foi uma grande indutora do desmatamento[carece de fontes?] ao longo de seu curso.

[editar] Grupos indígenas e povos ribeirinhos

Comunidade Caioezinho. Novo Airão, Amazonas
No território ao longo do rio Amazonas moram inúmeros grupos nativos precedentes originalmente do Peru, da Colômbia e do Brasil.
Há também povos ribeirinhos que vivem basicamente da pesca de subsistência, habitando geralmente em palafitas.

[editar] Pororoca

O rio Amazonas, cujo curso é muito plano (20 m de desnível nos últimos 1.500 km) antes da sua desembocadura, constitui um caso muito especial de marés oceânicas. Na região do rio Amazonas, tais marés são conhecidas como pororoca, e são uma atração turística.
Os primeiros resultados de uma investigação realizada por instituições brasileiras associadas no marco do programa HiBAm (Hidrologia da bacia amazônica) permitem entender melhor a influência da maré no funcionamento hidrodinâmico do Amazonas ao se aproximar ao oceano e, de maneira mais particular, medir seu impacto nas pulsações do caudal do rio e no transporte de sedimentos em direção ao oceano.

[editar] O encontro das águas

O encontro do Rio Solimões com o Rio Negro, visto do espaço.
Além do encontro das águas do Amazonas com o mar, que faz a pororoca no delta do Amazonas, outro fenômeno incomum é o encontro das águas de cores diferentes dos rios Negro e Amazonas que não se misturam e há séculos desafia os pesquisadores.[carece de fontes?]
É muito comum[carece de fontes?] os pescadores retornarem ao cais do porto de Manaus com o pescado ainda vivo num aquário e ao meio duas águas que não se misturam.

FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.

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