Maori
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Maori |
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Te Puni, um chefe maori do século XIX. |
População total |
aprox. 725.000 |
Regiões com população significativa |
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Línguas |
Maori, inglês |
Religiões |
Religião maori, cristianismo |
Grupos étnicos relacionados |
Povos polinésios. |
Os maoris são o povo nativo da Nova Zelândia.
Índice[esconder] |
[editar] Nomeação e auto-nomeação
Na língua maori, a palavra maori significa "normal", "ordinário". Em lendas e outras tradições orais, a palavra distinguia seres humanos mortais de divindades e espíritos. Maori tem cognatos em outras línguas da Polinésia, como na língua havaiana (Maoli) e na língua taitiana (Maohi), e todos têm sentidos semelhantes.
Os primeiros exploradores europeus às ilhas da Nova Zelândia se referiam às pessoas que lá encontraram como "aborígenes", "nativos" ou "neozelandezes". Maori permaneceu como o termo usado pelos maoris para descreverem a si mesmos. Em 1947, o Departamento de Relações Nativas foi renomeado para Departamento de Relações Maoris para reafirmar a decisão.
[editar] Origens maoris
A Nova Zelândia foi um dos últimos lugares da Terra a serem descobertos e colonizados.
Provas arqueológicas e lingüísticas[6] sugerem que provavelmente ondas de migrações vieram do leste da Polinésia para a Nova Zelândia entre 1300 e 800a.C. A tradição oral maori, descreve a chegada de antepassados provenientes de Hawaiki (um lugar lendário na parte tropical da Polinésia) por grandes canoas que cruzavam os oceanos (wakas).
Não existe nenhuma prova de assentamento humano na Nova Zelândia antes dos viajantes maoris; por outro lado, evidências fortes da arqueologia, lingüística e antropologia física indicam que os primeiros povoadores vieram do leste da Polinésia e se tornaram os maoris.
Na Nova Zelândia há uma riqueza enorme quanto à tatuagem. O povo Maori tem uma tatuagem muito impressionante que é a facial: a tatuagem "moko".[7] Para muitas culturas a mão, o rosto e o pescoço estão fora da pintura corporal. Para os maoris, o homem cobre todo o rosto quanto mais nobre ele é. A tatuagem tinha uma coisa distintiva de status dentro da tribo, ou do clã. A posição social é dada pela tatuagem também. Quando eles entravam em guerra, cortavam a cabeça do inimigo e colocavam-na em urnas sagradas. No século 19, as cabeças tatuadas dos guerreiros maoris se tornaram objetos cobiçados por colecionadores europeus. Começou, então, o tráfico dessas cabeças, os próprios maoris passaram a troca-las por armas de fogo. Era uma história assustadora e triste, pois eles tatuavam para matar e vender.
[editar] Interações com a Europa antes de 1840
A colonização europeia da Nova Zelândia foi relativamente recente. Os maoris foram a última comunidade humana na Terra intocada e não-afetada pelo resto do mundo.[8]
Os primeiros exploradores europeus — incluindo Abel Tasman (que chegou em 1642) e o capitão James Cook (que visitou pela primeira vez em 1769) — relataram encontros com maoris. Estes primeiros relatos descreviam os maoris como uma raça de guerreiros ferozes e orgulhosos. Guerras inter-tribais ocorriam freqüentemente durante este período, com os vitoriosos escravizando ou até comendo os perdedores.
No começo dos anos 1780 os maoris tiveram encontros com marinheiros e baleeiros; alguns até eram tripulantes dos navios estrangeiros. A corrente contínua de presos que escapavam e de outros desertores em navios da Austrália também expôs a população indígena da Nova Zelândia à influências de fora.
Em 1830 estimava-se que o número de europeus vivendo entre os maoris fosse de cerca de 2.000. As posições dos recém-chegados variavam de escravos a conselheiros de alto nível, de prisioneiros a outros que abandonaram a cultura européia e se identificaram como maoris. Quando Pomare comandou um destacamento de guerra contra Titore em 1838, ele tinha 132 mercenários entre seus guerreiros. Frederick Edward Maning, um dos primeiros colonos, escreveu dois livros contemporâneos de sua vida, que se tornaram clássicos na literatura neozelandeza: Old New Zealand e History of the War in the North of New Zealand against the Chief Heke.
Durante este período, a aquisição de mosquetes pelas tribos em contato com os europeus desestabilizou o equilíbrio de poder antes existente entre as tribos maoris, e então começou um período de guerrilha sangrenta inter-tribal, conhecida como "Guerra dos Mosquetes", que resultou na exterminação efetiva de várias tribos e a migração de várias outras para fora de seus territórios tradicionais. Doenças européias também mataram um grande número de maoris durante este período (o número exato é desconhecido, mas as estimativas variam entre 10% e 50%).
Com a crescente atividade missionária européia e a colonização durante os anos 1830 — somada à falta de leis européias na colônia — a Coroa Inglesa, como potência mundial da época, foi pressionada para interferir contra o extermínio dos maoris.
FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
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