Maranhão
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Estado do Maranhão | |
Hino: Hino do estado do Maranhão | |
Gentílico: maranhense | |
Localização | |
- Região | Nordeste |
- Estados limítrofes | Piauí (leste), TocantinsPará (sudoeste) e (oeste) |
- Mesorregiões | 5 |
- Microrregiões | 21 |
- Municípios | 217 |
Capital | São Luís |
Governo | 2011 a 2014 |
- Governador(a) | Roseana Sarney (PMDB) |
- Vice-governador(a) | Washington Luiz de Oliveira (PT) |
- Deputados federais | 18 |
- Deputados estaduais | 42 |
- Senadores | Epitácio Cafeteira (PTB) Mauro Fecury (PMDB) Remi Ribeiro (PMDB) |
Área | |
- Total | 331 983,293 km² (8º) [1] |
População | 2009 |
- Estimativa | 6 367 138 hab. (10º) |
- Densidade | 19,18 hab./km² (16º) |
Economia | 2006 |
- PIB | R$28.621.860 (16º) |
- PIB per capita | R$4.628 (26º) |
Indicadores | 2008[2] |
- Esper. de vida | 68,0 anos (26º) |
- Mort. infantil | 37,9‰ nasc. (26º) |
- Analfabetismo | 19,5% (23º) |
- IDH (2005) | 0,683 (26º) – médio[3] |
Fuso horário | UTC-3 |
Clima | tropical Af/Aw |
Cód. ISO 3166-2 | BR-MA |
Site governamental | www.ma.gov.br |
O Maranhão é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado no oeste da região Nordeste e tem como limites o Oceano Atlântico (N), o Piauí (L), Tocantins (S e SO) e o Pará (O). Um pouco maior que a Itália e um pouco menor que a Alemanha,
o Estado ocupa uma área de 331.983,293 km², sendo o 2º maior Estado em
extensão do Nordeste e o 8º do País. É o 4º Estado mais rico (PIB) do
Nordeste e a 16ª maior economia (PIB) do Brasil. É rico em poetas e
escritores no país, considerado desde o século XIX até os dias de hoje o
maior em quantidade desses intelectuais.
A origem do Maranhão tem por base a luta entre povos, a luta pelo
território. No ano do descobrimento do Brasil, os espanhóis foram os
primeiros europeus a chegarem à região onde hoje se encontra o Maranhão.
Somente trinta e cinco anos depois, que os portugueses tentaram ocupar o
território, sem êxito. E a partir disso, em 1612, os franceses ocuparam
definitivamente o Maranhão, originando a França Equinocial. A ocupação
foi num cenário de lutas e tréguas entre portugueses e franceses durante
três anos e, no ano de 1615, os franceses retomaram definitivamente a
colônia.
Localizado entre as regiões Norte e Nordeste, o Maranhão tem o
privilégio de possuir, devido a exuberante mistura de aspectos da
geografia, a maior diversidade de ecossistemas de todo o País. São 640
quilômetros de extensão de praias tropicais, floresta Amazônica,
cerrados, mangues, delta em mar aberto e o único deserto do mundo com
milhares de lagoas de águas cristalinas. Essa diversidade está
organizada em cinco pólos turísticos, cada um com seus atrativos
naturais, culturais e arquitetônicos, muitos ainda por serem
descobertos. São eles: O Pólo turistico de São Luís, o Parque Nacional
dos Lençóis Maranhenses, O Parque Nacional da Chapada das Mesas, O Delta
do Parnaíba e o Pólo da Floresta dos Guarás.
Sua capital é São Luís e outros importantes municípios são Imperatriz, Caxias, Timon, Codó, Santa Inês, Bacabal, Balsas, Pedreiras, e Barra do Corda, além de outras cidades da Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense como Açailândia, que possui o segundo PIB do estado.
Índice[esconder] |
[editar] Etimologia
Não há só uma hipótese para a origem do nome do estado do Maranhão. A teoria mais aceita é que Maranhão era o nome dado ao Rio Amazonas pelos nativos da região antes dos navegantes europeus chegarem ou que tenha alguma relação com o rio Marañón no Peru. Mas há outros possíveis significados como: grande mentira ou mexerico segundo o português antigo. Outra hipótese seria pelo fato do Estado ter um emaranhado de rios. Também pode ser referente ao caju, fruta abundante no litoral ou ainda mar grande ou mar que corre.
No contexto da história do Brasil, porém, o nome deriva dos tempos
coloniais em que o Brasil esteve dividido entre apenas duas entidades
administrativas: o Estado do Maranhão, ao norte, e o Estado do Brasil,
ao sul. Com o fracionamento do antigo Estado do Maranhão-Grão Pará,
formou-se a capitania e logo província do Maranhão, que até então
incluía o território do hoje vizinho Estado do Piauí.
[editar] História
[editar] Início da colonização do território maranhense
Em 1534, D. João III divide a Colônia Portuguesa no Brasil em Capitanias Hereditárias, sendo o Maranhão parte de quatro delas (Maranhão primeira seção, Maranhão segunda seção, Ceará e Rio Grande), para melhor ocupar e proteger o território colonial.
Porém, a ocupação no Maranhão aconteceu a partir da invasão francesa à Ilha de Upaon-Açu (Ilha de São Luís) em 1612, liderada por Daniel de La Touche,
Senhor de La Ravardière, que tentava fundar colônias no Brasil. Os
franceses chegaram a fundar um núcleo de povoamento chamado França Equinocial e um forte chamado de "Fort Saint Louis". Esse foi o início da cidade de São Luís.
Entretanto, os portugueses expulsaram os franceses em 1615 na batalha de Guaxenduba, sob o comando de Jerônimo de Albuquerque Maranhão,
e passaram a ter controle das terras maranhenses. Nesse episódio, foi
importante a participação dos povos indígenas que somaram forças a ambos
os lados e estendendo o tamanho da batalha.
[editar] Ocupação holandesa
Depois de terem ocupado a maior parte do território do Nordeste da Colônia portuguesa na América, os holandeses dominaram as terras da Capitania do Maranhão em 1641. Eles desembarcaram em São Luís e tinham como objetivo a expansão da indústria açucareira com novas áreas de produção de cana-de-açúcar. Depois, expandiram-se para o interior da Capitania.
Os colonos, insatisfeitos com a presença holandesa, começaram movimentos para a expulsão dos holandeses do Maranhão em 1642, sendo o primeiro movimento contra a dominação holandesa. As lutas só acabaram em 1644 e nelas se destaca Antônio Texeira de Melo como um dos líderes do movimento.
[editar] Revolta de Beckman
Em 1682, a Coroa Portuguesa decidiu criar a Companhia de Comércio do Maranhão. Tal Companhia tinha o dever de enviar ao Estado do Maranhão um navio por mês carregado de escravos e alimentos como azeite e vinho. Assim, Portugal pretendia incrementar o comércio da região.
Mas a estratégia não surtiu efeito: a Companhia abusava nos preços e,
por vezes, atrasava os navios. Isso, somado às difíceis condições de
vida à época, fizeram com que, entre os colonos, se criasse um clima de
hostilidade contra a Metrópole.
Liderada por Manuel Beckman (Bequimão) em 1684, começou uma revolta nativista conhecida como a Revolta de Beckman. Os revoltosos queriam o fim da Companhia de Comércio do Maranhão e a expulsão dos jesuítas, pois a Companhia de Jesus era contra a escravidão indígena, principal fonte de mão-de-obra na região, à época.
Em São Luís, os revoltosos chegaram a aprisionar o capitão-mor e
outras autoridades, assim como expulsaram os jesuítas, mas foram
derrotados pelas forças da Coroa. Manuel Beckman foi condenado à morte e
enforcado em praça pública, apesar de seu irmão, Tomás Beckman ter ido a
Portugal para expor diretamente ao rei o motivo da revolta.
O movimento conseguiu fazer com que a Companhia fosse extinta mas não foram atendidos sobre a expulsão dos jesuítas.
[editar] Marquês de Pombal e o Maranhão
Adotando ao modelo de déspota esclarecido, D. José I nomeou a Primeiro-Ministro, em Portugal, o Marquês de Pombal que teve importante papel na História do Maranhão.
Pombal fundou o Vice Reino do Grão-Pará e Maranhão com capital em Belém e subdivido em quatro capitanias (Maranhão, Piauí, São José do Rio Negro e Grão-Pará). Além disso, expulsou os jesuítas e criou a Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão cuja atuação desenvolveu a economia maranhense.
Na fase pombalina, a Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão incentivou as migrações de portugueses, principalmente açorianos, e aumentou o tráfico de escravos e produtos para a região. Tal fato fez com que o cultivo de arroz e algodão
ganhasse força e logo colocou o Maranhão dentro do sistema
agroexportador. Essa prosperidade econômica se refletiu no perfil urbano
de São Luís, pois nessa época foi construída a maior parte dos casarões que compõem o Centro Histórico de São Luís que hoje é Patrimônio Mundial da Humanidade. A região enriqueceu e ficou fortemente ligada à Metrópole, quase inexistindo relação comercial com o sul do país.
Mas os projetos do Marquês de Pombal foram abalados quando subiu ao trono D. Maria I que extinguiu a Companhia de comércio e muitas outras ações do Marquês na Colônia.
[editar] Adesão do Maranhão à independência do Brasil
No Maranhão, as elites agrícolas e pecuaristas eram muito ligadas à
Metrópole e a exemplo de outras províncias se recusaram a aderir à Independência do Brasil.
À época, o Maranhão era uma das mais ricas regiões do Brasil. O intenso
tráfego marítimo com a Metrópole, justificado pela maior proximidade
com a Europa, tornava mais fácil o acesso e as trocas comerciais com
Lisboa do que com o sul do país. Os filhos dos comerciantes ricos
estudavam em Portugal. A região era conservadora e avessa aos comandos
vindos do Rio de Janeiro.
Foi da Junta Governativa da Capital, São Luís, que partiu a
iniciativa da repressão ao movimento da Independência no Piauí. A Junta
controlava ainda a região produtora do vale do rio Itapecuru, onde o
principal centro era a vila de Caxias. Esta foi a localidade escolhida
pelo Major Fidié para se fortificar após a derrota definitiva na Batalha
do Jenipapo, no Piauí, imposta pelas tropas brasileiras, compostas por
contingentes oriundos do Piauí e do Ceará. Fidié teve que capitular,
sendo preso em Caxias e depois mandado para Portugal, onde foi recebido
como herói. São Luís, a bela capital e tradicional reduto português, foi finalmente bloqueada por mar e ameaçada de bombardeio pela esquadra do Lord Cochrane, sendo obrigada a aderir à Independência em 28 de julho de 1823.
Os anos imperiais que seguiram foram vingativos com o Maranhão; o
abandono e descaso com a rica região levaram a um empobrecimento
secular, ainda hoje não rompido.
[editar] A Balaiada
Foi o mais importante movimento popular do Maranhão e ocorreu entre Período Regencial e o primeiro ano do império de D. Pedro II.
Os revoltosos exigiam melhores condições sociais e foram influenciados pelas lutas partidárias da aristocracia rural.
Como líderes tiveram: Manuel Francisco dos Anjos Ferreira (O Balaio), Raimundo Gomes e Cosme dos Santos. Eles ainda conseguiram tomar a cidade de Caxias e estender o movimento até o Piauí, porém, as tropas do imperador lideradas por Luís Alves de Lima e Silva
(que mais tarde receberia o título de Duque de Caxias) reprimiram o
movimento. Os envolvidos foram anistiados e Manuel dos Anjos Ferreira e
Negro Cosme foram mortos.
FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
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