sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

ESTADOS BRASILEIROS ( Piauí-BRASIL ) "Parte 1"

Piauí

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Estado do Piauí
Bandeira do Piauí, onde a baixo da estrela está escrito a data da Batalha do Jenipapo
Brasão do Piauí
(Bandeira) (Brasão)
Lema: Impavidum Ferient Ruinae
(As dificuldades não me amedrontam)
Hino: Hino do Piauí
Gentílico: piauiense


Localização do Piauí no Brasil

Localização
 - Região Nordeste
 - Estados limítrofes Tocantins, Maranhão, Bahia, Ceará e Pernambuco
 - Mesorregiões 4
 - Microrregiões 15
 - Municípios 224
Capital Teresina
Governo 2011 a 2014
 - Governador(a) Wilson Nunes Martins (PSB)
 - Deputados federais 10
 - Deputados estaduais 30
 - Senadores Heráclito Fortes (DEM)
João Vicente Claudino
(PTB)
Mão Santa
(PSC)
Área
 - Total 251 529,186 km² (11º) [1]
População 2009
 - Estimativa 3 145 325 hab. (17º)[2]
 - Densidade 12,50 hab./km² (18º)
Economia 2006
 - PIB R$12.790.892 (23º)
 - PIB per capita R$4.213 (27º)
Indicadores 2008[3]
 - Esper. de vida 69,3 anos (24º)
 - Mort. infantil 27,2‰ nasc. (18º)
 - Analfabetismo 24,3% (26º)
 - IDH (2005) 0,703 (25º) – médio[4]
Fuso horário UTC-3
Clima tropical ()
Cód. ISO 3166-2 BR-PI
Site governamental www.pi.gov.br


Mapa do Piauí

O Piauí é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado a noroeste da região Nordeste e tem como limites o oceano Atlântico (N), Ceará e Pernambuco (L), Bahia (S e SE), Tocantins (SO) e Maranhão (O e NO). Ocupa uma área de 251.529 km²[5]Reino Unido) e tem 3.032.421 habitantes. Sua capital é a cidade de Teresina, sede do Poder Judiciário Estadual. (pouco maior que o
As cidades mais populosas são Teresina (802.537 hab), Parnaíba (146.059 hab), PicosPiripiri (62.107 hab), Floriano (57.968 hab), Campo Maior (46.068 hab), Barras (44.913 hab), UniãoAltos (39.735 hab) e Pedro II (37.850). O relevo é moderado e a topografia regular, com mais de 53% abaixo dos 300 metros. Parnaíba, Poti, Canindé, Piauí e Gurguéia são os rios principais. (73.021 hab), (43.135 hab),

Índice

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[editar] História

[editar] Pré-História


Pintura rupestre símbolo do Parque Nacional da Serra da Capivara.
No Piauí há vestígios da presença do homem americano que datam até 50 000 anos. Estes estão presentes no Parque Nacional da Serra da Capivara, na Serra das Confusões e em Sete Cidades. O Parque Nacional da Serra da Capivara é talvez o mais importante. Lá, foram encontrados a cerâmica mais velha das Américas, um bloco de tinta de 10 000 anos, fósseis humanos e animais, pinturas rupestres e outros artefatos antigos.
A Serra da Capivara foi descoberta por caçadores nas proximidades da cidade-sede: São Raimundo Nonato, os quais, sem saber de que se tratavam as pinturas rupestres, chamaram o prefeito que, surpreso, tirou fotos. Seis anos depois, em uma conferência em São Paulo, o mesmo prefeito, coincidentemente encontrou Niède Guidon. Ele mostrou as fotos à pesquisadora, que tanto se interessou, o que levou a se mudar para a Serra, onde ainda reside, fazendo pesquisas.

[editar] Economia do Piauí antes da Independência

Antes da Independência do Piauí, a economia era a base da criação de gado, cultivo do algodão, que era considerado o melhor do brasil, cana-de-açúcar, fumo entre outros.

[editar] Independência de Portugal


Monumento do Jenipapo.Símbolo de bravura do povo piauiense.Lá ocorreu uma das principais guerras em prol da independência do Brasil.
Com a independência do Brasil em 7 de setembro de 1822, algumas províncias continuaram como colônias portuguesas, dentre elas, o Piauí.
Com medo de perder a Província do Piauí, a coroa portuguesa mandou a Oeiras, que era a capital da província, o brigadeiro João José da Cunha Fidié, que comandava uma tropa militar a fim de manter o Piauí colônia. Em 19 de outubro de 1822, a Câmara Provincial de Parnaíba declarou a Independência de Parnaíba. Para conter os revoltosos, Fidié e sua tropa militar foram a Parnaíba, onde ficaram por quase dois meses, e depois voltaram a Oeiras.
Na volta para a capital, ao passar por Piracuruca, viram que a cidade estava deserta. Isso serviu de sinal para o que aconteceu mais adiante: em Campo Maior, nas proximidades do Riacho do Jenipapo, houve um confronto entre portugueses e piauienses, onde os portugueses possuíam armas avançadas, munição e alimento garantido, mas os piauienses tinham apenas equipamentos rudimentares.
Essa batalha foi chamada de Batalha do Jenipapo. Com o fim desta, os piauienses que sobreviveram roubaram toda a munição e alimento dos portugueses que, desesperados, foram para União e, de lá para Caxias, no Maranhão, onde foram presos por Manoel de Sousa Martins. Fidié ficou preso em Oeiras por três meses. De lá foi mandado ao Rio de Janeiro e depois, a Lisboa.

[editar] Colonização


Imagem de 1758 de Oeiras, primeira capital do estado.
Em começo do século XVII, fazendeiros do São Francisco procuravam expandir suas criações de gado,quando os vaqueiros, vindos principalmente da Bahia, chegaram procurando pastose passaram à ocupar as terras ao lado do rio gurguéia. Em 1718, o território, até então sob a jurisdição da Bahia, passou para a do Maranhão. Para estas terras existiam as sesmarias. O capitão Domingos Afonso Mafrense ou capitão Domingos Sertão como era conhecido, era um desses sesmeiros; possuía trinta fazendas de gado e foi o mais alto colonizador da região doando suas fazendas - após sua morte - aos padres jesuítas da Companhia de Jesus.
A contribuição dos padres jesuítas foi decisiva, principalmente no desenvolvimento da pecuária que em meados do século XVIII atingiu seu auge. A região Nordeste, o Maranhão e as províncias do sul eram abastecidas pelos rebanhos originários do Piauí até a expulsão dos jesuítas (período pombalino), quando as fazendas foram incorporadas à Coroa e entraram em declínio. Quanto à colonização esta se deu do interior para o litoral.
Em 1811, o Piauí tornou-se uma capitania independente. Após a idependência do Brasil em 1822,algumas províncias continuaram sobre o poder de Portugal (entre essas o Piauí) e esta com medo de perder essa província mandou de Oeiras à cidade de Parnaíba tropas portuguesas; o grupo recebeu adesões, mas acabou derrotado em 1823, por ocasião da Batalha do Jenipapo onde piauienses lutaram contra os portuguese com armas brancas em Campo Maior. A tropa de Fidié, capitão da tropa portuguesa, saiu enfraquecido e acabou por ser preso em Caxias no Maranhão. Alguns anos depois, movimentos revoltosos, como a Confederação do Equador e a Balaiada, atingiram também o Piauí.
Em 1852, a capital foi transferida de Oeiras para Teresina, tendo início um período de crescimento econômico. A partir da república, o Estado apresentou tranquilidade no terreno político, mas grandes dificuldades no desenvolvimento econômico-social.
A cidade de Floriano recebeu, a partir de 1889 um influxo migratório da Síria que durou mais de 100 anos, de modo que essa etnia se faz assaz presente naquela cidade.
Em 1880, em troca do município de Crateús, a então Província do Ceará cede ao Piauí a cidade de Parnaíba possibilitando ao estado a tão almejada saída para o mar.

[editar] A transferência da capital

A ideia da transferência da capital do Piauí de Oeiras remonta aos períodos coloniais. Já no século XVIII, quando a capitania do Piauí adquiriu a sua independência do Maranhão, Fernando Antônio de Noronha, então governador da capitania do Piauí, propôs ao rei de Portugal a transferência da capital, alegando que Oeiras era uma terra seca e estéril, imprópria para a agricultura e de difícil comunicação com as outras partes da colônia.
Durante anos sempre foram citadas as povoações de Parnaíba, vila ao litoral de intenso comércio, e a Vila do Poti, às margens do Rio Parnaíba que convivia problemas com as cheias dos rios, mas que por localizar-se no interior poderia integrar o Estado através da navegabilidade pelo Rio Parnaíba.
No governo de José Idelfonso de Sousa Ramos foi votada e sancionada a Lei nº174, de 27 de agosto de 1844, que autorizava a mudança da capital, não para a Vila de Parnaíba ou a Vila do poti, localidades sempre lembradas, mas para a margem do rio Parnaíba na foz do rio Mulato, devendo a nova cidade receber o nome de Regeneração.
Quando em 23 de julho de 1850 José Antônio Saraiva, fundador de Teresina, fora nomeado Governador da Província do Piauí, o assunto da transferência da capital estava em plena efervescência. Logo após assumir, Saraiva recebeu uma delegação das vilas de Parnaíba, Piracuruca e Campo Maior com um grande número de assinaturas reivindicando a mudança da capital para Parnaíba.
Diante desta situação o novo Governador procurou estudar o assunto com profundidade. Nas suas pesquisas, constatou que, muitas eram as sugestões para se edificar uma nova Capital às margens do Rio Parnaíba.
Em manobra audaciosa, Antônio Saraiva em 1852 decidiu pela transferência para a Vila do Poti com a condição de que uma nova sede fosse construída em local a salvo das enchentes que assolavam a vila. Graças ao empenho da população local o projeto pode se concretizar e em 16 de agosto de 1852 foi instituída a nova capital da Província do Piauí, com o nome de Teresina em homenagem a imperatriz Teresa Cristina de Bourbon, e rapidamente todo o império foi informado da nova capital.
Uma das curiosidades que envolvem a transferência da capital é que além da mudança de cidade, havia o projeto de navegabilidade do Rio Parnaíba em que buscava-se dinamizar a economia do estado que ainda encontrava-se em sistema semelhante ao feudal.Outro ponto que merece destaque é que a capital só começa ase desenvolver quando, no Piauí, ascende o extrativismo principalmente da Maniçoba, do Babaçu e da Carnaúba.

[editar] A Coluna Prestes no Piauí

Foi em 1926 a passagem pelo Piauí do movimento político-militar de origem tenentista chamado “Coluna Prestes”. Essa foi uma marcha pelo interior do Brasil em defesa de reformas políticas e sociais, contra a conjuntura desigual da República Velha. Cerca de 1200 homens, chefiados por Juarez Távora, Miguel Costa e Luiz Carlos Prestes percorreram, durante 29 meses, 25 mil km nos estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia. Ao final de 1926, com mais da metade dos combatentes atacados pela cólera e sem poder continuar a luta, a Coluna procurou asilo na Bolívia.
A invencibilidade da Coluna Prestes contribuiu para o prestígio político do tenentismo e reforçou as criticas as oligarquias. Sua atuação ajudou a abalar os alicerces da República Velha, a preparar a Revolução de 1930 e a afirmar a liderança nacional de Luiz Carlos Prestes.
A Coluna Prestes esteve presente duas vezes no Estado, sendo recepcionada de diferentes maneiras. Em Floriano, o movimento foi recebido com festa pelos comerciantes descendentes de árabes e com pavor pela população local, segundos relatos a cidade praticamente ficou deserta, houve saques inclusive aos cofres da prefeitura.
Na capital, Teresina, a passagem da Coluna Prestes deixou rastro de pavor e o pânico tomou conta da população, segundo historiadores, o então governador tentou, sem sucesso, impedir a entrada na capital através da construção de um canal ligando os rios Poti e Parnaíba. Dentre os fatos mais importantes da passagem do movimento pela capital, vale destacar a prisão de Juarez Távora.

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