Rio Douro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Douro | |
---|---|
Percurso do Rio Douro |
|
Comprimento | 850 km |
Nascente | Serra de Urbião (Espanha) |
Altitude da nascente | 2080 m |
Débito médio | 710 m³/s |
Foz | Oceano Atlântico (Porto, Vila Nova de Gaia) |
Área da bacia | 97.603 km² |
País(es) | Espanha Portugal |
O rio Douro (do celta dur (água)[1], chamado Duero, em castelhano) é um rio que nasce em Espanha na província de Sória, nos picos da Serra de UrbiãoSierra de Urbión), a 2.080 metros de altitude e atravessa o norte de Portugal. A foz do (Douro é junto às cidades do Porto e Vila Nova de Gaia. Tem 927 km de comprimento. Este é o segundo rio mais extenso da Península Ibérica.
Versões populares para a origem do seu nome são várias. Uma delas diz
que, nas encostas escarpadas, um rio banhava margens secas e inóspitas.
Nele rolavam, noutros tempos, brilhantes pedrinhas que se descobriu
serem de ouro. Daí o nome dado a este rio: Douro (de + ouro). Já outra versão diz que o nome do rio deriva do latim duris,
ou seja, 'duro', atestando bem a dureza dos seus contornos tortuosos, e
das paisagens que atravessa, nomeadamente as altas escarpas das Arribas
do Douro, no trecho Internacional do rio, entre Miranda do Douro e Barca d'Alva (Figueira de Castelo Rodrigo).
A derivação por via popular do seu nome sugere romanticamente uma
ligação a "Rio de Ouro (D'ouro)", mas tal não tem aderência histórica.
A UNESCO designou em 14 de Dezembro de 2001 a região vinhateira do Alto Douro (45°68' N, 5°93' W) na lista dos locais que são Património da Humanidade, na categoria de paisagem cultural.
A bacia hidrográfica
do Douro tem uma superfície de aproximadamente 18.643 km² em território
português o que corresponde a cerca de 19,1% da sua área total que é de
97.603 km².
Nasce na Espanha, nos picos da serra de Urbión, (Sória), a 2080 metros de altitude e tem a sua foz na costa atlântica, na cidade do Porto. O seu curso tem o comprimento total de 850 km. Desenvolve-se ao longo de 112 km de fronteira
portuguesa e espanhola e de seguida 213 km em território nacional. A
sua altitude média é de 700 metros. No início do seu curso é um rio
largo e pouco caudaloso. De Zamora
à sua foz, corre entre fraguedos em canais profundos. O forte declive
do rio, as curvas apertadas, as rochas salientes, os caudais violentos,
as múltiplas irregularidades, os rápidos e os inúmeros "saltos" ou
"pontos" tornavam este rio indomável.
Aproveitando o elevado desnível, sobretudo na zona do Douro Internacional, onde o desnível médio é de 3m/km, a partir de 1961, foi levado a cabo o aproveitamento hidroeléctrico do Douro. Com a construção das barragens,
criaram-se grandes albufeiras de águas tranquilas, que vieram
incentivar a navegação turística e recreativa, assim como a pesca
desportiva. Excluindo-se os períodos de grandes cheias, pode dizer-se
que o rio ficou domado definitivamente.
No troço nacional do Douro, a instalação de eclusas em paralelo com as barragens hidroeléctricas permitiu a criação de um canal de navegação fluvio-marítima.
No seu curso, entre Bemposta e Picote,
pode ser visto, nas suas águas espelhadas, tudo o que rodeia este
ambiente: as nuvens, o sol, (que queima os olhos, reflectido na água),
os montes, as fragas, as aves (patos, garças, águias, abutres, gaivotas). Nas fragas mais altas podem ser vistas aves de rapina, guardando os seus ninhos.
Por outro lado, no rio, espécies indígenas, como o escalo, a enguia e a truta,
têm sido dizimadas ou pela pesca à rede descontrolada e/ou pela
modificação das condições ambientais (parte do ano estão perto do limite
de resistência de algumas espécies). Após a construção da barragem, foi
feita a introdução da carpa
que, podendo atingir acima dos 20 kg, tem a propriedade de se alimentar
de tudo, fazendo a limpeza das barragens mesmo em condições precárias
de oxigenação das águas. Mais recentemente, surgiram o achigã, a perca, o lúciolagostim-vermelho, (todos eles originários de outros países). Pode ainda encontrar-se, com abundância, a boga e o barbo e até mexilhão (idêntico ao do mar). (peixes carnívoros) e o
Porém, passar junto a fragas gigantes, tingidas de várias
tonalidades, pela separação de fragmentos de rocha, causadas por
dilatações e contracções bruscas, motivadas pelo clima, é esmagador.
Viajando até junto do Douro, que serpenteia entre as arribas, pode
ver-se onde vivem e/ou nidificam abutres, grifos, águias, pombos bravos,
andorinhas, etc., e nas ladeiras do mesmo, a perdiz, a rola, o estorninho, o melro, o papa figo, etc.
Dentro das matas de zimbros, estevas, carvalhos, sobreiros e pinheiros
e outras variedades de vegetação das encostas do Douro, podem ainda
encontrar-se espécies cinegéticas, que são uma das maiores riquezas
naturais da região: o corso, o javali, o coelho, a lebre, o lobo, a raposa, o texugo, a gineta, etc.
O Rio Douro foi, e é, uma fonte de riqueza para a região e para a
aldeia. Antigamente, fazia mover as azenhas que se espalhavam nas suas
margens, tais como as azenhas do Sr. António Luís, dos Fróis, dos Melgos
e dos Velhos, permitia a pesca, irrigava campos ou enchia os poços das
melhores hortas de Bemposta, existentes perto deles, onde se cultivavam
as novidades e as árvores de fruta, base de sustento das populações.
Mais tarde, com o aproveitamento hidroeléctrico, Bemposta passa a
contribuir para a riqueza nacional, distribuindo energia eléctrica ao
país. Proporcionou também maior abundância de peixe, através das
albufeiras, criando alguns postos de trabalho com a pesca profissional, a
que se dedicaram algumas famílias.
Índice[esconder] |
[editar] Principais afluentes em território espanhol
- Rio Rituerto (esq.)
- Rio Riaza (esq.)
- Rio Duratón (esq.)
- Rio Cega (esq.)
- Rio Pisuerga (esq.)
- Rio Adaja (esq.)
- Rio Zapardiel (esq.)
- Rio Trabancos (esq.)
- Rio Valderaduey (dir.)
- Rio Esla (dir.)
- Rio Tormes (esq.)
- Rio Huebra (esq.)
[editar] Principais afluentes em território português
- Rio Águeda (esq.) - compartilha fronteira Portugal/Espanha (distrito da Guarda/província de Salamanca)
- Ribeira de Aguiar (esq.)
- Rio Côa (esq.)
- Ribeira de Teja (esq.)
- Rio Sabor (dir.)
- Rio Tua (dir.)
- Rio Pinhão (dir.)
- Rio Torto (esq.)
- Rio Távora (esq.)
- Rio Tedo (esq.)
- Rio Corgo (dir.)
- Rio Varosa (esq.)
- Rio Teixeira (dir.)
- Rio Cabrum (esq.)
- Rio Bestança (esq.)
- Rio Paiva (esq.)
- Rio Tâmega (dir.)
- Rio Arda (esq.)
- Rio Sousa (dir.)
- Rio Tinto (dir.)
[editar] Barragens no rio Douro
- Cuerda del Pozo - Espanha Cuerda del Pozo (em espanhol)
- Los Rábanos - Espanha Los Rábanos (em espanhol)
- San José - Espanha San José (em espanhol)
- Villalcampo - Espanha - Villalcampo (em espanhol)
- Castro - Espanha - Castro (em espanhol)
- Miranda - Portugal (Troço Internacional)
- Picote - Portugal (Troço Internacional)
- Bemposta - Portugal (Troço Internacional)
- Aldeadávila - Espanha (Troço Internacional) - Aldeadávila (em espanhol)
- Saucelle - Espanha (Troço Internacional) - Saucelle (em espanhol)
- Pocinho - Portugal
- Valeira - Portugal
- Régua (Bagaúste) - Portugal
- Carrapatelo - Portugal
- Barragem de Crestuma-Lever - Portugal
[editar] Cidades portuguesas junto do rio Douro
FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário