Luís XV
Após a morte de Luís XIV, em 1715, o rei Luís XV, na época com cinco anos, a corte e o governo regente de Filipe II, Duque d'Orleães, regressou a Paris. Em Maio de 1717, durante a sua visita à França, o czar russo Pedro, o GrandeGrand Trianon. A sua permanência em Versalhes foi utilizada para observar e estudar o palácio e os jardins, que mais tarde seriam usados como uma fonte de inspiração quando construiu o Peterhof, nos arredores de São Petersburgo.[21] permaneceu no
Entre as significativas contribuições de Luís XV para Versalhes estão o petit appartement du roi, o appartements de Mesdames, o appartement du dauphinappartement de la dauphine, no piso térreo, e os dois apartamentos privados de Luís XV - o petit appartement du roi au deuxième étage (mais tarde transformado no appartement de Madame du Barry) e o petit appartement du roi au troisième étage - respectivamenteno segundo e terceiro andares do palácio. As conquistas do reinado de Luís XV foram a construção da L'Opéra e do Petit Trianon.[21] e o
Os jardins mantiveram-se praticamente inalterado desde o tempo de Luís XIV. A realização do Bassin de Neptune, entre 1738 e 1741, foi o mais importante legado de Luís XV feito nos jardins.[36] Para o fim de seu reinado, Luís XV, sob a recomendação de Ange-Jacques Gabriel, começou a remodelar as fachadas do pátio do palácio. Com o objetivo de reformar a entrada do palácio, com fachadas clássicas, Luís XV começou um projecto que teve continuidade durante o reinado de Luís XVI, mas que só viu a sua conclusão no século XX.[21]
[editar] Luís XVI
Muitas das contribuições de Luís XVI para Versalhes foram, em grande medida, ditados pelos projectos inacabados deixada por seu avô. Pouco depois de sua ascensão, Luís XVI ordenou a replantação completa dos jardins, com a intenção de transformar os jardins à francesa num jardim à inglesa, estilo que se tornou popular durante o final do século XVIII.[21] No palácio, a biblioteca e o salon des Jeux, no petit appartement du roi, juntamente com a decoração do petit appartement de la reine, de Maria Antonieta, estão entre os melhores exemplos do estilo Luís XVI.[21] Para o conforto e privacidade da rainha foram erguidos ainda pavilhões independentes nos jardins, um grupo de estruturas conhecido como Os domínios de Maria Antonieta.[37]
[editar] Versalhes na Revolução Francesa
Em maio de 1789 o Salon d'Hercule foi o local da apresentação formal dos duzentos deputados eleitos pelo povo da França, e no dia 5 a Assembléia se reuniu na Salle des Menus, fora dos portões do palácio. Durante trinta dias os deputados foram obrigados a ouvir os discursos do Rei, enquanto bandos de revoltosos agiam por todo o país. Em 20 de junho os deputados se reuniram no pavilhão de tênis - o Jeu de Paume - e proferiram um juramento de não se dispersarem enquanto a França não tivesse uma Constituição, e os relatos de época informam sobre a atmosfera de tensão e medo que tomou conta da corte. Três dias depois Luís XVI fez um discurso ordenando que a Assembléia fosse dissolvida, mas sem efeito. Então um grande grupo de populares entrou no anfiteatro no intuito de demolí-lo, mas encontraram a firme oposição de Mirabeau, que temia pela vida dos deputados, e ameaçou a turba de morte. Em torno do palácio, outros grupos de revoltosos conseguiram penetrar em vários pontos do edifício. Dali em diante explodiam insurreições pela França a cada dia, e a situação estava fora de controle, apesar de tentativas de sufocamento por parte das forças realistas. No dia 5 de outubro de 1789 chegou às portas do palácio uma multidão de mulheres famintas e enraivecidas que havia saído de Paris para protestar junto ao rei, clamando por comida. À noite, pressionado, o rei assinou a Declaração de Direitos diante da Assembléia. À meia-noite Lafayette chegou, acompanhado de uma força de vinte mil soldados da Guarda Nacional, e reportou-se imediatamente ao rei, retirando-se em seguida para a vila de Versalhes a fim de descansar, deixando as tropas acampadas nas redondezas do palácio. Antes de raiar o dia seguinte, uma multidão conseguiu vencer os muros e portões, e invadir o palácio por várias frentes, e sucederam cenas sangrentas em seus salões e corredores. Vários chegaram até os apartamentos reais, mas foram contidos pelos guardas, resultando em mortes de ambos os lados, enquanto outros roubavam mobília e objetos valiosos. Finalmente Lafayette, tendo sido avisado, chegou, a multidão foi expulsa, e o Rei foi aconselhado a se mostrar dos balcões junto com a Rainha. Para sua surpresa, recebeu vivas e aplauso do povo reunido, mas ao mesmo tempo lhe pediam que fosse a Paris, onde os tumultos eram intensos, e não teve escolha senão aceder. Escoltado por Lafayette e a guarda, deixou Versalhes com a família no dia 6 de outubro.[38]
Pouco depois da partida da família real o palácio de Versalhes começou a ser esvaziado. Enquanto o Rei viveu, muita mobília foi removida e transferida para as Tulherias, onde ele estava. Várias pinturas e objetos de arte passaram para a guarda do Museu do Louvre, incluindo a Mona Lisa e obras valiosas de Ticiano, Rubens e Van Dyck. Outros conteudos foram distribuido por várias instituições públicas: livros e medalhas foram para a Bibliothèque Nationale, relógios e instrumentos científicos (Luís XVI era um entendedor de ciência) para a École des Arts et Métiers. Os revolucionários debateram longamente sobre o destino que Versalhes deveria ter, e muitos queriam seu completo desmantelamento e venda dos bens ainda existentes. Entretanto, em julho de 1793 a Convenção decretou que seria transformado em escola provincial, biblioteca pública e em um museu de arte e história natural. Também os moradores da vila de Versalhes se manifestaram favoráveis à sua conservação, pois poderia ser fonte de lucros para a comunidade, além de reconhecerem que apesar de sua ligação com o Antigo Regime, ainda assim era um monumento às artes e à cultura da França. Em 1794 e 1795 dois decretos asseguraram sua preservação como um bem público, mas em 1796 o Ministro das Finanças ordenou que a mobília remanescente fosse vendida.[39][40] Versalhes foi o mais ricamente equipado palácio da Europa até que a realização de longas séries de leilões nas suas instalações, as quais se desenrolaram por meses durante a Revolução, o esvaziaram lentamente de todos os bens de luxo a preços ridículos, maioritariamente por brocanteurs (sucateiros) profissionais. A proposta imediata era conseguir fundos, desesperadamente necessários, para armar o povo e pagar os credores do Estado, mas a estratégia de longo alcance destinava-se a assegurar que Versalhes não serviria para o regresso de nenhum Rei. A estratégia funcionou.[40]
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