Primeiro Império
Com o advento de Napoleão Bonaparte e do Primeiro Império Francês, o estado de Versalhes mudou. Pinturas e obras de arte que já tinham sido atribuídas ao Muséum national e ao Musée spécial de l’École française foram sistematicamente dispersadas para outros locais e, finalmente, o museu foi fechado. Em conformidade com as disposições da Constituição de 1804, Versalhes foi designado como um palácio imperial para o departamento de Seine-et-Oise.[41][42]
Enquanto Napoleão não residia no palácio, apartamentos, entretanto, foram arranjados e decoradas para o uso da Imperatriz Maria Luísa de Áustria. O imperador escolheu residir no Grand Trianon. O palácio continuou a servir, porém, como um anexo do Hôtel des Invalides,[43][44], com soldados feridos sendo alojados no petit appartement du roi.[45] No entanto, no dia 3 de janeiro1805, o Papa Pio VII, que veio para a França para oficiar na coroação de Napoleão, visitou o palácio e abençoou a multidão de pessoas que se reuniram na parterre d'eau a partir da varanda do Salão dos Espelhos.[43] de
[editar] O Monumento-Museu
Versalhes permaneceu Real mas sem uso durante a Restauração da Dinastia Bourbon. Em 1830, Luís Filipe, o "rei Cidadão" declarou o palácio como um museu dedicado a "todas as glórias da França," o que acontecia pela primeira vez num monumento dinástico dos Bourbon.[40] Ao mesmo tempo, painéis provenientes dos apartamentos de príncipes e cortesãos foram removidos, e encontrados mais tarde, sem indicação de proveniência, nos mercados de arte de Paris e Londres. O que permanece são 120 salas, as modernas "Galeries Historiques" (Galerias Históricas). O curador Pierre de Nohlac começou a conservação do palácio na década de 1880, mas esta não teve o financiamento necessário até à doação de 60 milhões de francos por John D. Rockefeller, entre 1924 e 1936.[40] A sua promoção como local turístico começou na década de 1930 e acelerou-se nas décadas de 1950 e 1960.[46]
Na década de 1960, Pierre Verlet, o grande escritor da história do mobiliário francês, conseguiu que algum do mobiliário Real regressasse a Versalhes desde os museus, ministérios e residências de embaixadores onde se encontravam dispersos. Ele concebeu o arrojado esquema de remobiliar Versalhes. O mobiliário dos Appartements Reais que os turistas podem ver actualmente devem-se ao sucesso da iniciativa de Verlet, nos quais foram voltados a tecer os têxteis que adornam as camas de estado.[47][48]
O palácio, com os seus jardins, museus e pequenos palácios espalhados pelo parque, está aberto aos visitantes. Em redor do edifício, estão empregadas cerca de 800 pessoas para a sua manutenção e gestão.[52]
[editar] Usos de Guerra
Depois da derrota francesa na Guerra franco-prussiana, o palácio foi o principal quartel-general do exército alemão desde 5 de Outubro de 1870 até 13 de Março de 1871. O Império Alemão foi declarado na Galeria dos Espelhos em 1871, com Guilherme I da Alemanha a ser coroado como Imperador da Alemanha.[53] Ironicamente, a Alemanha viria a ser punida na mesma sala, no dia 28 de Junho de 1919, por ter causado a Primeira Guerra Mundial, depois da realização, em Janeiro desse mesmo ano, da Conferência de Paz de Paris, a qual também ocorreu no Palácio de Versalhes.[11][54]
As destruições de guerra e a negligência ao longo dos séculos deixou marcas no palácio e nos seus gigantescos arbustos. Os governos franceses do pós-guerra procuraram reparar esses danos. Têm tido um sucesso total, mas alguns dos mais caros elementos, tal como o vasto conjunto de fontes, ainda têm que ser repostas completamente a serviço. Apesar da grandiosidade que pode ser vista actualmente, no século XVIII este conjunto era ainda mais extenso.[55]
[editar] Espaços principais
[editar] Grand Appartement du Roi
Como consequência do envolvimento do palácio de Luís XIII por Louis LeVau, — conhecida na época como palácio novo — o Rei e a Rainha tiveram novos apartamentos. Os Apartamentos de Estado, os quais eram conhecidos, respectivamente, como o grand appartement du roi e o grand apartment de la reine, ocupavam todo o primeiro-andar do palácio novo. O desenho de LeVau para os apartamentos de estado seguia de perto os modelos italianos do momento, como fica evidente pela localização dos apartamentos no primeiro-andar — o piano nobile — uma convenção tomada de empréstimo, pelo arquitecto, do desenho dos palácios italianos dos séculos XVI e XVII.[56]
O plano de Le Vau consistia numa fileira de sete salas, cada uma dedicada a um dos planetas e associada à divindade romana associada. O plano de LeVau era arrojado, com um sistema heliocêntrico que estaa centrado no Salon d’Apollon (Salão de Apolo). Este salão foi desenhado inicialmente como quarto do Rei, mas serviu como uma sala de trono.[57][32] A disposição inicial desta fila de salas era a seguinte:
- Salon de Diane (Diana, deusa romana da caça; associada com a Lua)[58][56]
- Salon de Mars (Marte, deus romano da guerra; associado com o planeta Marte)[56]
- Salon de Mercure (Mercúrio, deus romano do comércio, associado com o planeta Mercúrio)[56]
- Salon d’Apollon (Apolo, deus greco-romano das Belas Artes; associado com o Sol)[56]
- Salon de Jupiter (Júpiter, deus romano da lei e da ordem; associado com o planeta Júpiter)[56]
- Salon de Saturne (Saturno, deus romano da agricultura e colheitas, associado com o planeta Saturno)[56]
- Salon de Vénus (Vénus, deusa romana do amor; associada com o planeta Vénus)[56]
A configuração do grand appartement du roi obedecia às convenções contemporâneas em desenhos de palácios.[59] De qualquer forma, devido à exposição, a Norte, do apartamento, Luís XIV achou as salas demasiadamente frias e optou por viver nas salas previamente ocupadas pelo seu pai. O grand appartement du roi foi reservado às funções da Corte — tais como os serões oferecidos pelo Rei no apartamento três vezes por semana.[60]
As salas foram decoradas por Charles Le Brun e demonstravam influências italianas (LeBrun conheceu e estudou com o famoso artista toscano, Pietro da Cortona, cujo estilo decorativo do Palazzo Pitti, em Florença, LeBrun adaptou para uso em Versalhes). O estilo de quadratura dos tectos evoca a sale dei planeti que Cortona criou no Palazzo Pitti, mas o esquema decorativo de LeBrun é mais complexo. Nas suas publicações de 1674 sobre o grand appartement du roi, André Félibien descreve as cenas pintadas nos tectos das salas como alegorias narrando as “heróicas acções do Rei.”[61]Augustus, Alexandre, O Grande ou Cyrus, aludem aos feitos de Luís XIV. Por exemplo, no Salão de Apolo, a pintura que mostra “Augustus construindo o porto de Misenum”[62] alude à construção doporto de La Rochelle; ou, descrito no caixotão Sul do Salão de Mercúrio está “Ptolomeu II Philadelphus na sua Biblioteca”, a qual alude à construção da Biblioteca de Alexandria e serve como alegoria à expansão que Luís XIV fez à Bibliothèque du roi.[63][64]Guerra da Liga de Augsburgo, em 1689, Luís XIV ordenou que todas as peças de mobiliário em prata fossem enviadas para a casa da moeda para serem fundidas, de forma a ajudar a pagar o custo da guerra.[65] Consequentemente, as cenas encontradas com façanhas de Complementando a decoração das salas, existiam peças de mobiliário em prata maciça. Lamentavelmente, devido à
O plano original de LeVau para o grand appartement du roi teve vida curta. Com a inauguração da segunda campanha de construção, a qual suprimiu o terraço que ligava os apartamentos do Rei e da Rainha, e os salões de Júpiter, Saturno e Vénus, para a construção da Galeria dos Espelhos, a configuração do grand appartement du roi foi alterada. A decoração do Salão de Júpiter foi removida e reutilizada na decoração da salle des gardes de la reine; e elementos da decoração do primeiro salon de Vénus, o qual abria para o terraço, foram reutilizados no salon de Vénus que vemos hoje.[66]
A partir de 1678 até ao final do reinado de Luís XIV, o grand appartement du roi serviu como o local de encontro para os serões que o Rei oferecia duas vezes por semana, conhecidos somo les soirées de l’appartement. Para estas festas, as salas assumiam funções específicas:
- Salon de Vénus': mesas de buffet eram arranjadas par expor comidas e bebidas para os convidados do Rei.[67]
- Salon de Diane: servia como sala de bilhar.[68]
- Salon de Mars: servia como salão de dança.[65]
- Salon de Mercure: servia como sala de jogo de cartas.[56]
- Salon d’Apollon: servia como uma sala de concerto ou de música.[69]
No século XVIII, durante o reinado de Luís XV, o grand appartement du roi foi ampliado para incluir o salon de l’Abondance — antigamente o vestíbulo de entrada do petit appartement du roi — e o Salon d’Hercule — ocupando o nível da tribuna da antiga capela do palácio.[21]
[editar] Grand Appartement de la Reine
Formando uma fila de salas paralelas às do grand appartement du roi, o grand appartement de la reine serviu como residência de três Rainhas da França — Maria Teresa de Espanha, esposa de Luís XIV; Maria Leszczynska, esposa de Luís XV; e Maria Antonieta, esposa de Luís XVI (adicionalmente, a neta por afinidade de Luís XIV, Maria Adelaide de Sabóia, enquanto Duquesa da Borgonha, ocupou estas salas entre 1697 (o ano do seu casamento) e a sua morte em 1712).[70]
Quando Louis Le Vau completou o envolvimento do palácio velho, o grand appartement de la reine', incluindo o conjunto de sete salas enfileiradas com uma distribuição quase exacta à do grand appartement du roi. A configuração era:
- Chapel — correspondente ao salon de Diane no grand appartement du roi[56][71]
- Salle de gardes — correspondente ao salon de Mars no grand appartement du roi[56]
- Antichambre — correspondente ao salon de Mercure no grand appartement du roi[56]
- Chambre — correspondente ao salon d’Apollon no grand appartement du roi[56]
- Grand cabinet — correspondente ao salon de Jupiter no grand appartement du roi[56]
- Oratory — correspondente ao salon de Saturne no grand appartement du roi[56]
- Petit cabinet — correspondente ao salon de Vénus no grand appartement du roi[56][72]
Tal como a decoração do tecto do grand appartement du roi descreve as acções heróicas de Luís XIV como alegorias de acontecimentos ocorridos na antiguidade, a decoração do grand appartement de la reine descreve heroínas da mesma época e harmoniza-as com o tema geral da decoração de cada sala em particular.[73]
Com a construção da Galeria dos Espelhos, a qual começou em 1678,[7] a configuração do grand appartement de la reine mudou. A capela foi transformada na salle des gardes de la reine e foi nesta sala que se reutilizou a decoração do Salon de Jupiter.[74] A Salle des Gardes de la Reine comunica com a galeria onde termina a Escalier de la Reine (Escadaria da Rainha), a qual forma um paralelo, embora de menores dimensões, com a Escalier des Ambassadeurs no Grand Appartement du Roi. A galeria também providencia acesso com o Appartement du Roi, o conjunto de salas em que Luís XIV viveu. No final do reinado de Luís XIV’, a Escalier de la Reine tornou-se a principal entrada no palácio, com a Escalier des Ambassadeurs usada em raras ocasiõe sde estado. Depois da destruição da Escalier des Ambassadeurs em 1752, a Escalier de la Reine tornou-se a mais importante entrada no palácio.[21]
- Grand Cabinet d’Angle
- Antichambre (antigamente a salle des gardes)
- Chambre de la reine
- Grand cabinet
- Antichambre
- Salle des gardes de la reine
Com a morte de Luís XIV em 1715, a corte mudou-se para Vincennes e mais tarde para Paris. Em 1722, Luís XV reinstalou a Corte em Versalhes e iniciou alterações no interior do palácio.[76]
Durante a sua permanência em Versalhes, Maria Leszczynska (1703-1768) viveu no grand apartment de la reine, ao qual ela anexou o Salon de la Paix1770, quando a Arquiduquesa austriaca Maria Antonieta, casou com o delfim, mais tarde Luís XVI, instalou residência nestas sala. Quando Luís XVI ascendeu ao trono, Maria Antonieta ordenou que se fizessem importantes redecorações ao Grand Appartement de la Reine. Nesta época, o apartamento da Rainha alcançou a organização que podemos ver actualmente.[21] para servir como sala de música. Em
- Salle des gardes de la reine — este quarto permaneceu virtualmente inalterado por Maria Antonieta. Foi via esta sala que a gentalha de Paris, a qual atacou Versalhes na noite de 6 para 7 de Outubro de 1789, acedeu ao palácio.[77] Durante a luta, membros da Guarda Suiça, a qual formava parte da guarda pessoal da Rainha, foram mortos na sua tentativa de proteger a Rainha.
- Antichambre — esta sala foi convertida na antichambre du grand couvert. Era nesta sala que o Rei, a Rainha e membros da família Real jantavam em público.[77] Ocasionalmente esta sala servia de sala de teatro para o palácio durante o Antigo Regime.[78]
- Grand cabinet — esta sala foi transformada no Salon des Nobles. Na sequência da tradição instituída pela sua antecessora, Maria Antonieta daria audiências formais nesta sala. Quando não era usada para audiências formais, o Salon des Nobles servia de antecâmara do quarto da Rainha.[77]
- Chambre de la reine — esta sala era usada como quarto de dormir da Rainha. Na noite de 6 para 7 de Outubro de 1789, Maria Antonieta fugiu da gentalha de Paris através de um corredor privado que ligava o seu apartamento com o do Rei.[77]
[editar] Appartement du Roi
As salas do Appartement du Roi tinham vista para o pátio de mármore. Estas ficavam situadas no palácio velho, e tinham sido anteriormente o apartamento privado de Luís XIII. Durante a terceira campanha de construção de Luís XIV, este conjunto de salas foram ampliadas e redecoradas para o uso diário do Rei. Em 1684 o appartment du roi englobava as seguintes salas:
- Salle des gardes — esta sala servia como sala da guarda para o corpo de guarda pessoal do Rei (esta sala tinha acesso desde a galeria e servia de patamar para a Escadaria da Rainha). Dois candelabros grandes estampados com o monograma do rei complementaram a decoração. A natureza utilitária da sala foi evidenciado pelos bancos de madeira, camas de campanha e biombos utilizados pelos guardas estacionados na sala[79].
- Première antichambre ou antichambre du grand couvert — era nesta sala que Luís XIV comia em público, numa cerimónia conhecida como o grand couvert. Adicionalmente, uma vez por semana, às segundas-feiras, Luís XIV podia aceitar pessoalmente petições dos seus súbditos[79][80]. Durante o reinado de Luís XIV a sala ficou conhecida como la salle ou le roy soupe[81].
- Antichambre des Bassans — esta sala tomou o nome de uma colecção de pinturas do mestre veneziano seiscentista, Jacopo Bassano, as quais estavam expostas nesta sala.[82]
- Chambre du roi — este foi o quarto de dormir do Rei até 1701. Em 1701, o deuxième antichambre e o chambre du roi foram combinados para formar o salon de l’œil de bœuf, que se tornou a principal antecâmara para o quarto novo do rei.[83]
- Salon du Roi — localizado no centro do palácio, servia para o grand levé[84] do Rei — o ritual matutino diário no qual o Rei era vestido em público.
- Cabinet du roi — esta sala servia de sala de conselho para Luís XIV. Inicialmente chamado de cabinet du roi, em 1684, com a remodelação do apartamento, que ocorreu em 1701, esta sala recebeu uma nova decoração que caracterizou as paredes revestidas com espelho.[85][86]
- Cabinet des termes — esta sala também conhecida como cabinet des perruques recebeu este nome devido à sua decoração; servia, de qualquer forma, como sala onde as perucas de Luís XIV (mais de 500) eram guardadas.[87][88]
Em 1701, como parte da quarta campanha de construção de Luís XIV, a configuração do appartement du roi foi alterada e passou a ter a seguinte constituição:
- A salle des gardes permaneceu inalterada.
- A première antichambre ou antichambre du grand couvert permaneceu igualmente inalterada.
- A antichambre des Bassans e o chambre du roi, que serviu de quarto do rei até 1701, foram combinadas para formar o seconde antichambre — melhor conhecida como salon de l’oeil de boeuf. Este quarto também era conhecido como o antichambre des Bassans tendo em conta o número de pinturas do artista do norte da Itália, Jacopo Bassano, que foram exibidos nas paredes.[82]
- O salon du roi foi convertido no chambre du roi.[84]
- O cabinet du roi e o cabinet des termes permaneceram inalterados até 1755, quando Luís XV os combinou para criar o cabinet du conseil.[89]
[editar] Le petit appartement du Roi
Entre 1683 e 1693, durante a terceira campanha de construção de Luís XIV, o Rei ordenou a construção do appartement des collections (também conhecido como o appartement des raretés). Em 1684, como a influência da amante de Luís XIV, Françoise-Athénaïs, a marquesa de Montespan, diminuiu devido ao seu alegado envolvimento no Caso dos Venenos, o rei anexou os quartos da marquesa ao seu próprio petit appartement depois desta se mudar para o appartement des bains, situado no piso térreo do palácio.[90] Este apartamento consistia nas seguintes salas:
- le Salon ovale
- le cabinet aux tableaux
- le cabinet aux coquilles
- le cabinet aux médailles
- la petite galerie (com os seus dois salões)[91]
- le cabinet du billard
O appartement des collections alojava as obras de arte mais raras e valiosas da colecção de Luís XIV. O acesso a estas salas só era feito por convite pessoal do Rei mas sobreviveram descrições detas colecções. Estes são alguns dos objectos alojados no appartement des collections:
- Grandes vasos guarnecidos com ouro e diamantes
- Bustos antigos
- Um nef (um recipiente usado nas refeições no qual um guardanapo húmido era mantida para limpar os dedos — este tipo de recipientes eram comuns antes de comer com garfo se tornar popular) guarnecido com diamantes e rubis, este nef, o qual foi espoliado das suas jóias e fundido durante a Revolução Francesa, foi, apesar disso, descrito no tecto do salon de l’Abondance. Fazendo parte da coleção de Luís XIV, este elemento feito de ouro pertencia ao tesouro do rei merovíngio Childerico I, tendo sido encontrado em Tournai no ano de 1653 e apresentado a Luís XIV por Leopoldo I, Sacro Imperador Romano-Germânico, em 1665,[92] o nefau grand couvert.[93][94] incrustado com ouro e jóias, que foi usado por Luís XIV quando jantou
- Porcelanas chinesas e japonesas
- Vasos cravejados com várias pedras semi-preciosas
- Pinturas[95]
Entre 1738 e 1760, Luís XV ordenou mudanças significativas no appartement des collections. Em 1738, o Rei ordenou a construção de um novo quarto de dormir — o nouvelle chambre — pois o velho quarto de Luís XIV era demasiado inconfortável durante o Inverno para o ritual do lévé. Cerca de 1760 a distribuição do petit appartement du roi era a seguinte:
- La nouvelle chambre — esta sala foi construida no local da antiga sala de bilhar de Luís XIV.
- Le cabinet de la Pendule — esta sala foi desenhada pela sobrepujança da escadaria de Luís XIII combinando-a com o cabinet aux tableaux. A sala, que servia como sala de jogo, deve o seu nome ao relógio astronómico construido por Passemant e Dauthia (o caixote em bronze dourado do relógio é da autoria de Caffieri). O salon des pendules e o cabinet intérieur foram criados quando o salon du degré du roi e o cabinet aux tableaux de Luís XIV foram destruídos.[96]
- Le cabinet des Chiens — esta sala era reservada aos cães de caça de Luís XV.[97]
- La salle à manger des retours de chasse — esta era uma pequena sala-de-jantar usada por Luís XV para entreter os seus amigos depois das caçadas.[98]
- Le cabinet intérieur du roi — foi construido em 1755 e usado como sala de trabalho privada, por Luís XV. Abrigou parte da colecção de numismática de Luís XV e pinturas em miniatura, tendo servido como sala de jantar e como sala de trabalho. De todos os quartos do petit appartement du roi existentes durante o reinado de Luís XV, este foi, talvez, um dos mais opolentos e ricamente decorados.[99] A principal característica desta sala é a secretária de cilíndro da autoria de Oeben e Riesener, a qual, ao girar uma chave, abre o cilindro e as gavetas.[100] Esta é a única peça de mobiliário original de Versalhes que não foi nem vendida durante a revolução nem removida do palácio.
- La pièce de la vaisselle d'or ou le Cabinet de Mme Adélaïde — construido em 1752, depois da destruição da escalier des ambassadeurspetite gallerie), era nesta sala que estavam expostos os serviços de mesa de Luís XIV e onde a sua filha, Mme Adélaïde, teve a sua sala de música.[101] (esta sala era originalmente um dos dois salões da
- La Bibliothèque — datada de 1774, a biblioteca, situada a leste da pièce de la vaisselle d’or occupies, ocupa o espaço onde ficava o chambre de Madame Adélaïde (que Luís XV rebatizou de salon d’assemblée em 1769) e, anteriormente, ocupava o lugar da petite gallerie[102] — esta sala foi a contribuição mais significativa de Luís XVI para Versalhes; além de representar o gosto pessoal daquele rei, La Bibliothèque também se destaca como um dos melhores exemplos do estilo decorativo de Luís XVI.
- La salle à manger aux salles neuves (também conhecida como a sala das porcelanas) — era nesta sala que a família Real fazia os seus jantares privados durante o reinado de Luís XVI. Todos os anos, durante a época do Natal, amostras das produções do ano da Manufacture nationale de Sèvres eram exibidas nesta sala. Esta sala, originalmente, era um dos dois salões da petite gallerie.[103]
- La salle de Billard e le salon des Jeux — estas salas foram construidas em 1795 e ocupavam parte do que fôra o apartamento de Madame de Montespan. A salle de Billard tinha, originalmente, uma abertura para a cave du roi, o pátio que foi criado quando o escalier des ambassadeurs foi destruído em 1752.[104] Acedia-se a estas salas pela salle à manger aux salles neuves e eram usadas pela família Real para entertenimento de serão.
[editar] Le petit appartement de la Reine
Estas salas, situadas atrás do grand appartement de la reine, e que actualmente abrem para dois pátios interiores, foram o domínio privado das Rainhas da França, Maria Teresa , Maria Leszczyska e Maria Antonieta. O petit appartement de la reine foi desenvolvido com as campanhas construção de Luís XIV.[105]
FONTE: Wikipédia, a Enciclopeédia Livre.
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