segunda-feira, 4 de outubro de 2010

SERPENTES PEÇONHENTAS ( A Jararaca )

Jararaca

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Como ler uma caixa taxonómicaJararaca
Bothrops asper
Bothrops asper
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Ophidia
Superfamília: Xenophidia
Família: Viperidae
Género: Bothrops

Espécies

Ver texto.
Jararaca é o nome comum dos répteisescamados (do latim: Squamata) pertencentes ao gênero Bothrops da família Viperidae. São serpentes peçonhentas, encontradas nas Américas Central e do Sul, sendo importantes causadoras de acidentes com animais peçonhentos neste país e nos outros onde se distribuem, com altas taxas de morbidade e mortalidade.[1] As diferentes espécies apresentam grande variabilidade, principalmente nos padrões de coloração e tamanho, ação da peçonha, dentre outras características. Atualmente 32 espécies são reconhecidas, mas é consenso dentre os pesquisadores que a taxonomia e sistemática deste grupo está mal resolvida, de modo que novas espécies sido descritas e algumas sinonimizadas.[2] [3]

Índice

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[editar] Descrição

Essas serpentes apresentam grande variação em tamanho, as menores espécies não ultrapassando 70cm e as maiores atingindo cerca de 2 metros de comprimento.[2]
O arranjo das escamas no topo da cabeça é extremamente variável; o número de escamas interorbitais pode variar de 3 a 14. Usualmente estão presentes entre 7 e 9 escamas supralabiais e entre 9 e 11 sublabiais. Existem entre 21-29 escamas dorsais, 139-240 ventrais e 30-86 subcaudais, que são geralmente divididas. Variações nos números de escamas dentro da mesma espécie são muito frequentes. [2]

[editar] Distribuição Geográfica

As espécies desse gênero são encontradas do nordeste do México à Argentina. Ocorrem nas ilhas de Santa Lúcia e Martinica nas Antilhas, assim como nas ilhas de Queimada Grande e Alcatrazes, no litoral do Estado de São Paulo, no Brasil.[1]

[editar] Comportamento

A maioria das espécies são noturnas, entretanto algumas de altas altitudes são encontradas ativas durante o dia. A maior parte das espécies é terrestre, mas não é incomum encontrar algumas espécies em arbustos e árvores pequenas, especialmente os indivíduos mais jovens. Uma espécies em particular, Bothrops insularis, a jararaca Ilhôa da ilha de Queimada Grande, parece ser frequentemente encontradas em árvores a maior parte do tempo.[2]

[editar] Peçonha e epidemiologia dos acidentes ofídicos

As espécies deste gênero são as maiores responsáveis por acidentes ofídicos nas Américas, assim como por mortalidade. Quanto a isto, as espécies mais importantes são B. asper (Peru, Colômbia e Venezuela), B. atrox (Amazônia Brasileira) e B. jararaca (centro-sul do Brasil). Sem tratamento, a taxa de mortalidade é estimada em 7%, mas com uso de soro antiofídico e tratamentos de suporte esta taxa é reduzida para 0,5-3%.[2] O veneno deste gênero apresenta forma ação proteolítica, tipicamente provocando necrose e inchaço que pode comprometer o membro atingido, tontura, náusea, vômitos entre outros sintomas.[2] Em geral, a morte resulta da hipotensão provocada pela hipovolemia, falência renal e hemorragia intracraniana. Complicações frequentes incluem compromentimento do membro e falência renal.[2] A partir de estudos do farmacologista brasileiro Sérgio Henrique Ferreira com o veneno da Bothrops jararaca, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP), foi desenvolvido o Captopril, um dos medicamentos mais utilizados para tratamento de hipertensão.


FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.

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