Tempestades solares
Causa: Cósmica
Tipo: Local e tolerável
Já aconteceu antes? Sim, várias vezes
Tipo: Local e tolerável
Já aconteceu antes? Sim, várias vezes
Para quem olha da Terra, o Sol parece estático: uma bola de fogo que
queima constantemente sempre na mesma intensidade. Mas não é isso que
acontece. O Sol alterna entre picos de máxima e mínima intensidade, num
ciclo que dura onze anos. Segundo os astrônomos, a próxima máxima deve
acontecer entre o final de 2013 e o começo de 2014. Nesse período,
dinâmicas internas de sua estrutura causam um aumento nas chamadas
tempestades solares, explosões que acontecem na superfície da estrela e
podem lançar violentos jatos de plasma em direção ao espaço. A boa
notícia é que, quando atingem a Terra, esses fenômenos não costumam
causar nenhum dano aos humanos, que são protegidos de seus efeitos pelo
campo magnético do planeta.
A má notícia é que eles podem danificar diversas infraestruturas que os
homens usam em seu dia a dia, como as redes de comunicação e de
transmissão de energia. Os jatos de plasma, chamados de ejeções de massa
coronal, lançam diversas partículas na atmosfera terrestre,
principalmente prótons e elétrons. A primeira onda de radiação pode
afetar os satélites que orbitam o planeta, atrapalhando transações
financeiras e desligando sistemas de GPS. Entre 10 e 30 horas depois,
uma segunda onda atinge o próprio campo magnético do planeta, e pode
causar flutuações de energia em sua superfície. Isso pode levar a quedas
nas linhas transmissão de energia e a grandes apagões.
A tempestade solar mais forte já registrada aconteceu em 1859, mas
causou pouquíssimos danos, já quase não existia infraestrutura elétrica à
época. Em 1989, um fenômeno do tipo causou a queda do sistema de
energia em Quebec, no Canadá. Hoje, com a dependência tecnológica cada
vez maior, os riscos são enormes. Segundo os cálculos de John
Beddington, conselheiro científico do governo inglês, uma tempestade
realmente forte pode levar a perdas de dois trilhões de dólares.
No entanto, como as tempestades comuns, as tempestades solares podem
ser monitoradas por meio de sistemas de "previsão do tempo", e seus
efeitos mais adversos contornados. Cientistas da Nasa e de outras
agências acompanham permanentemente a atividade solar e podem avisar as
autoridades sobre esse tipo de fenômeno. Entre os primeiros sinais e sua
chegada à Terra, companhias geradoras de energia podem se proteger das
flutuações eletromagnéticas e os satélites podem se desligar e entrar em
um modo seguro de operação, prevenindo os piores danos.
FONTE: Revista Veja/Ciência
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