Supervulcão
Causa: Geológica
Tipo: Global e terminal
Já aconteceu antes? Sim
Tipo: Global e terminal
Já aconteceu antes? Sim
Em 1815, o vulcão Tambora, na Indonésia entrou em atividade, causando a
maior erupção já registrada. A devastação foi enorme, matando entre
70.000 e 92.000 pessoas. O vulcão lançou uma quantidade tão grande de
poeira e fragmentos na atmosfera, que bloqueou a passagem da luz do sol,
causando o que se chama de inverno vulcânico. Por causa dos efeitos que
o fenômeno teve no clima do hemisfério norte, o ano de 1816 ficou
conhecido nos registros históricos como O Ano sem Verão.
Toda essa destruição, no entanto, foi causada por um vulcão comum.
Evidências geológicas encontradas em locais como Estados Unidos, Chile e
Nova Zelândia apontam a existência de eventos ainda mais perigosos: os
supervulcões, capazes de expelir milhares de vezes mais magma que os
normais.
Entre todos os que já foram encontrados, os cientistas estimam que o
mais poderoso tenha sido o supervulcão Toba, que entrou em erupção na
Sumatra há cerca de 74.000 anos. Segundo os pesquisadores, a energia
liberada foi dezenas de milhares de vezes maior do que a liberada pela
bomba de Hiroshima. O evento lançou 3.000 quilômetros cúbicos de poeira
na atmosfera e deixou todo o sul asiático coberto de cinzas. Os
cientistas debatem sobre o quanto a temperatura global caiu nos anos
seguintes à erupção, mas os valores estimados vão de 3 a 15 graus
Celsius. Alguns registros fósseis mostram que, na mesma época, a
população humana quase foi extinta. Sobreviveram apenas alguns milhares
de pessoas na África, dos quais descendem todos os humanos vivos hoje.
Os pesquisadores ainda não sabem o que exatamente causa a erupção dos
supervulcões. O que eles sabem é que eles são fenômenos extremamente
raros. O mais recente aconteceu na Nova Zelândia, há 26.000 anos. Toba, o
anterior, havia acontecido 50.000 anos antes. Os geólogos foram capazes
de encontrar, até agora, os resquícios de cerca de 50 deles. Ao fazer
os cálculos, eles viram que acontecem em uma média de 1,4 a cada milhão
de anos. Com as áreas vulcanicamente ativas ao redor do mundo sob
constante supervisão, os pesquisadores sabem que não existe nenhum
supervulcão a caminho – pelo menos nos próximos anos.
FONTE: Revista Veja/Ciência
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