Extinção das abelhas
Causa: Humana
Tipo: Local e tolerável
Já aconteceu antes? Não
Tipo: Local e tolerável
Já aconteceu antes? Não
As abelhas estão sumindo. Pesquisas mostram que o número de abelhas nos
Estados Unidos e em alguns países da Europa caiu cerca de 50% no último
quarto de século. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos, de 2010 para 2011, a população do inseto caiu 30% no país. Não é
que elas estão morrendo a olhos vistos, elas simplesmente desaparecem.
Quando os apicultores vão olhar suas criações, elas não estão mais lá.
Esse desaparecimento pode ter consequências maiores do que
desestabilizar a apicultura e a produção de mel ao redor do mundo – ele
pode levar a grandes crises de fome entre os homens. Nos Estados Unidos,
onde o problema é maior, pelo menos 30% dos alimentos consumidos são
polinizados pelo inseto. Produtos como maçã, cereja, pera, soja, cebola e
morango dependem da ação das abelhas em alguma parte de sua criação,
seja na produção de sementes ou frutos. Além de ameaçar as colheitas, a
morte das abelhas pode ter um efeito inesperado nas cadeias alimentares
naturais, pois elas também atuam na polinização de florestas.
O motivo por trás do desaparecimento ainda é uma incógnita, mas os
pesquisadores traçaram algumas teorias. Uma delas diz que o uso
excessivo de pesticidas está matando grande parte de sua população. Um
estudo lançado em março mostrou que a prática altera o senso de
localização dos insetos e diminui o número de rainhas nas colmeias.
Outros fatores apontados são a destruição dos habitats naturais e a
baixa variabilidade genética nas colmeias, que aumentaria a
vulnerabilidade a doenças.
O caso no Brasil ainda não é tão sério quanto no hemisfério norte, mas
desde 2007 existem relatos de desaparecimentos do inseto. As
consequências também seriam menos drásticas, pois o país depende menos
das criações de abelhas. Mesmo assim, o fato é preocupante. O que está
acabando com as abelhas pode também atacar outros polinizadores, como
borboletas, mariposas, vespas e morcegos. O resultado pode ser uma
diminuição nas colheitas e no abastecimento de comida com impacto na
economia e na própria vida humana.
FONTE: Revista Veja/Ciência
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