Alemanha
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A Alemanha, oficialmente República Federal da Alemanha (em alemão: Bundesrepublik Deutschland, AFI: [ˈbʊndəsʁepuˌbliːk ˈdɔʏtʃlant] ouça),[4] é um paísEuropa central. É limitado a norte pelo Mar do Norte, Dinamarca e pelo Mar Báltico, a leste pela Polônia e pela República Checa, a sul pela Áustria e pela Suíça e a oeste pela França, Luxemburgo, Bélgica e Países Baixos. O território da Alemanha abrange 357 021 quilômetros quadrados e é influenciado por um clima temperado sazonal. Com 81,8 milhões de habitantes em janeiro de 2010,[2] o país tem a maior população entre os Estados membros da União Europeia e é também o lar da terceira maior população de migrantes internacionais em todo o mundo.[5] localizado na
A região chamada Germâniapovos germânicos foi conhecida e documentada antes de 100 d.C. A partir do século X, os territórios alemães formaram a parte central do Sacro Império Romano, que durou até 1806. Durante o século XVI, o norte da Alemanha se tornou o centro da Reforma Protestante. Como um moderno Estado-nação, o país foi unificado pela primeira vez na Guerra Franco-Prussiana em 1871. Em 1949, após a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida em dois estados, a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental, ao longo das linhas de ocupação aliadas.[6] A Alemanha foi reunificada em 1990. A Alemanha Ocidental foi um dos membros fundadores da Comunidade Europeia (CE), em 1957, que posteriormente se tornou a União Europeia, em 1993. O país é parte do espaço Schengen e adotou a moeda europeia, o euro, em 1999.[7] habitada por vários
A Alemanha é uma república parlamentar federal de dezesseis estados (Länder). A capital é a cidade de Berlim. O país é membro das Nações Unidas, da OTAN, G8, G20, da OCDE e da OMC. É uma grande potência com a quarta maior economia do mundo por PIBquinta maior em paridade do poder de compra. É o segundo maior exportadorsegundo maior importador[8]sexto lugar em despesas militares.[9] O país tem desenvolvido um alto padrão de vida e estabeleceu um sistema global de segurança social. A Alemanha ocupa uma posição-chave nos assuntos europeus e mantém uma série de parcerias estreitas em um nível global.[10] O país também é reconhecido como líder científico e tecnológico em vários domínios.[11] nominal e a e o de mercadorias. Em termos absolutos, a Alemanha atribui o segundo maior orçamento anual de ajudas ao desenvolvimento no mundo, enquanto está em
[editar] Etimologia
O termo "Alemanha" deriva do francês Allemagne — terra dos alamanos — em referência ao povo bárbaro de mesmo nome que vivia na atual região fronteiriça entre a França e a Alemanha, e que, durante o século V, cruzou o Rio Reno e invadiu a Gália Romana.[12] O país também é conhecido por Germânia, que deriva do latim Germania — terra dos germanos.[13][14]
[editar] História
[editar] Tribos germânicas
A etnogênese das tribos germânicas assume-se que ocorreu durante a Idade do Bronze Nórdico ou, ao mais tardar, durante a Idade do Ferro pré-romana.[15][16] A partir do sul da Escandinávia e do norte da Alemanha, as tribos começaram a expandir-se para o sul, leste e oeste no século I a.C., e entraram em contato com as tribos celtas da Gália, assim como tribos iranianas, bálticas, e tribos eslavas na Europa Oriental. Pouco se sabe sobre história germânica antes disso, exceto através das suas interações com o Império Romano, pesquisas etimológicas e achados arqueológicos.[17]
Por ordens do imperador Augusto, o general romano Públio Quintílio VaroReno e ia até os Urais), e foi neste período que as tribos germânicas se tornaram familiarizadas com as táticas de guerra romana, mantendo no entanto a sua identidade tribal. Em 9 d.C., três legiões romanas lideradas por Varo foram derrotadas pelo líder Querusco Armínio na Batalha da Floresta de Teutoburgo. O território da atual Alemanha, assim como os vales dos rios Reno e Danúbio, permaneceram fora do Império Romano.[18][19] Em 100 d.C., na época do livro Germania de Tácito, as tribos germânicas assentadas ao longo do Reno e do Danúbio (a Limes Germanicus) ocupavam a maior parte da área da atual Alemanha.[20] O século III viu o surgimento de um grande número de tribos germânicas ocidentais: Alamanos, Francos, Catos, Saxões, Frísios, Anglos, Suevos, Visigodos, Vândalos, Godos, Ostrogodos, Lombardos, Sicambros, e Turíngios. Por volta de 260, os povos germânicos romperam as suas fronteiras do Danúbio e expandiram a Limes[21] começou a invadir a Germânia (um termo usado pelos romanos para definir um território que começava no rio para as terras romanas.
[editar] Cristianização da Germânia
No ano de 723 o território da Germânia central foi objeto da pregação do apóstolo inglês Winfrid, que adotou o nome latino com que foi canonizado de Bonifacius; ali fundou um célebre mosteiro em Fulda, e que foi mais tarde um núcleo de civilização no país.[18]
A conversão dos saxões do norte deu-se apenas durante o império carolíngioséculo IX), ao custo de numerosas expedições militares, pois estes resistiram aos esforços dos missionários. Ali adoravam, além dos deuses comuns teutônicos, a Irminsul - tronco que acreditavam sustentar a abóboda celeste. Mesmo vencidos, retomavam as armas e destruíam os mosteiros, numa resistência chefiada sobretudo pelo guerreiro Viduquind. Com a sua conversão Carlos Magno afinal pôde civilizar sua região, unificando culturalmente a Alemanha, como os romanos haviam feito à Gália.[18] (início do
[editar] Sacro Império Romano-Germânico (962-1806)
O império medieval foi criado com a divisão do Império Carolíngio em 843, fundado por Carlos Magno em 25 de Dezembro de 800, e em diferentes formas existiu até 1806, se estendendo desde o Rio Eider no norte do país até o Mediterrâneo, no litoral sul. Muitas vezes referida como o Sacro Império Romano (ou o Antigo Império),[22] foi oficialmente chamado de o Sacro Império Romano da Nação Alemã ("Sacro Romanum Imperium Nationis Germanicæ" em latim) a partir de 1448, para ajustar o nome para o seu território de então.[22]
Sob o reinado dos imperadores Otonianos (919-1024), os ducados da Lorena e da Saxônia, a Francônia, a Suábia, a Turíngia, e a Baviera foram consolidadas, e o rei alemão, Oto I, foi coroado Sacro Imperador Romano dessas regiões, em 962.[23] Sob o reinado dos imperadores Salianos (1024-1125), o Sacro Império Romano absorveu o norte da Itália e a Borgonha, embora o imperador tenha perdido parte do poder através da Questão das investiduras com a Igreja Católica Romana.[24] Sob os imperadores Hohenstaufen (1138-1254), os príncipes alemães aumentaram a sua influência para o sul e para o leste e extremo leste(Ostsiedlung), territórios habitados por povos eslavos, bálticos e estonianos antes da ocupação alemã na região.[25]
Com o colapso do poder imperial em 1250, devido à constante briga com a Igreja de Roma, fez-se necessário a criação de um novo sistema de escolha do imperador.[26] Criou-se, com a edição da Bula Dourada o conselho dos 7 príncipes-eleitores, que tinham o poder de escolher o comandante do Sacro Império. Durante esse período conturbado, as cidades comerciais se uniram para proteger seus interesses comuns;[23] a mais conhecida delas foi a Liga Hanseática, que reunia poderosas cidades do norte alemão como Hamburgo e Bremen.[18] A partir do século XV, os imperadores foram eleitos quase exclusivamente a partir da dinastia Habsburgo da Áustria.[27]
O monge Martinho Lutero publicou suas 95 Teses em 1517, desafiando as práticas da Igreja Católica Romana, e dando início à Reforma Protestante. A igreja Luterana tornou-se a religião oficial de muitos estados alemães após 1530 o que levou a conflitos religiosos resultantes da divisão religiosa no império, que geraram a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), que devastou os territórios alemães.[28] A população dos Estados Alemães foi reduzida em cerca de 30%.[29] A Paz de Vestfália (1648) acabou com a guerra religiosa entre os estados alemães, mas o império estava de facto dividido em inúmeros principados independentes. De 1740 em diante, o dualismo entre a Monarquia austríaca dos Habsburgo e o Reino da Prússia dominou a história alemã. Em 1806, o Imperium foi dissolvido com o resultado das Guerras Napoleônicas.[30]
FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
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