Economia
Israel é considerado um dos países mais avançados do sudoeste da Ásia em desenvolvimento econômico e industrial. O país foi classificado como o de nível mais elevado da região pelo Banco Mundial,[226] bem como, no Fórum Econômico Mundial. Tem o maior número de empresas cotadas na bolsa NASDAQ fora da América do Norte.[227] Em 2008, Israel tinha o 41º produto interno bruto (PIB) mais alto[228] e o 22º maior PIB per capita do mundo (em paridade de poder de compra), com US$ 199.5 biliões e US$ 33.299, respectivamente.[229] Em 2007, Israel foi convidado a aderir à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico,[230] que promove a cooperação entre os países que aderem aos princípios democráticos e explorar economias de mercado.[231]
Apesar dos limitados recursos naturais, o intensivo desenvolvimento industrial e da agricultura ao longo das últimas décadas fez com que Israel se torna-se amplamente autossuficiente na produção de alimentos, especialmente grãos e carne. Entre os produtos muito importados por Israel, totalizando US$ 47,8 bilhões em 2006, incluem-se combustíveis fósseis, as matérias-primas e equipamentos militares. Os produtos que Israel mais exporta são frutas, vegetais, produtos farmacêuticos, softwares, produtos químicos, tecnologia militar, diamantes. Em 2006, o volume de exportações do país atingiu US$ 42,86 bilhões.[232]
Israel é um dos líderes globais em conservação da água, energia geotérmica[233] e em alta tecnologia, atuando no desenvolvimeto de softwares, comunicações e ciências da vida, o que provoca comparações ao Vale do Silício na Califórnia.[234][235] Intel[236] e Microsoft[237] construiram em Israel seus primeiros centros de pesquisa e desenvolvimento fora dos Estados Unidos além de outras multinacionais de alta tecnologia como a IBM, a Cisco Systems e a Motorola, terem aberto instalações no país. Em julho de 2007, o bilionário americano Warren Buffett, CEO da companhia Berkshire Hathaway, comprou a empresa israelense Iscar, sendo a sua primeira aquisição fora do território americano, por US$ 4 bilhões.[238] Israel possui a segunda maior aglomeração de indústrias de tecnologia de ponta, o Silicon Wadi, atrás apenas do Vale do Silício da Califórnia.[239] Desde a década de 1970, Israel tem recebido ajuda econômica dos Estados Unidos, cujos empréstimos representam a maior parte da dívida externa do país. Em 2007, os Estados Unidos aprovaram mais 30 bilhões de dólares em ajuda a Israel pelos próximos dez anos.[219]
Em 2010, Israel foi classificado pelo "IMD's World Competitiveness Yearbook"[240] No mesmo ano, foi convidado para aderir a OCDE.[241] Israel possui o segundo maior número de companhias start-up no mundo, logo depois dos Estados Unidos.[242] no 17º lugar entre os nações mais desenvolvidas economicamente. Também foi qualificado nessa mesma publicação como a mais durável economia em tempos de crise e em 1º lugar no nível de investimentos em pesquisas e em centros de desenvolvimento.
[editar] Turismo
O turismo, especialmente do turismo religioso, é outra importante fonte de renda em Israel. Com um clima mediterrâneo, praias, sítios arqueológicos e históricos, além da única geografia, o país atrai milhões de turistas todos os anos. Problemas de segurança de Israel afetam a indústria do turismo, mas o número de turistas continua em alta.[243] Em 2008, mais de 3 milhões de turistas visitaram Israel.[244]
[editar] Infraestrutura
[editar] Educação
Israel tem a maior esperança de vida escolar do sudoeste da Ásia, e está empatado com o Japão na segunda maior esperança de vida escolar do continente asiático (a Coreia do Sul está em primeiro lugar).[245] O país também tem a maior taxa de alfabetização do sudoeste asiático, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas.[246] A Lei de Educação do Estado, promulgada em 1953, estabeleceu cinco tipos de escolas: estado laico, o estado religioso, ultra ortodoxo, escolas municipais e escolas árabes. O público secular é o maior grupo escolar e é frequentado pela maioria dos alunos judeus e não-árabes em Israel. A maioria dos árabes enviam seus filhos às escolas onde o árabe é a língua de instrução.[247] O ensino é obrigatório em Israel, para crianças entre as idades de três a dezoito anos.[248][249] A escolarização é dividida em três níveis - da escola primária (séries 1/6), escola média (séries 7/9) e ensino médio (séries 10/12) - terminando com uma série de exames de matrícula em várias matérias. As notas nestes exames constam no diploma nacional padronizado - o diploma Bagrut. Proficiência em temas fundamentais como matemática, bíblia, hebraico, literatura hebraica e geral, inglês, história, educação cívica e uma matéria eletiva é necessária para receber um certificado Bagrut.[250] Em escolas árabes, cristãs e druzas, os estudos bíblicos são substituídos por exames baseados na cultura islâmica, cristã ou druzas.[251] Em 2003, mais de metade dos alunos da ultima classe do ensino secundário conseguiram passar em todos os exames para receber o diploma Bagrut.[252]
As oito universidades públicas de Israel são subsidiadas pelo Estado.[250][253]Universidade Hebraica de Jerusalém, a mais antiga universidade de Israel, e a Biblioteca Nacional de Israel, possuem o maior repositório de livros sobre temas judaicos.[254] A Universidade Hebraica foi classificada entre as 100 melhores universidades do mundo[255] pelo prestigioso ranking acadêmico ARWU. Em um levantamento mais recente, de 2009, esta mesma universidade foi classificada na posição 64ª no mundo (e quarta na região da Ásia e do Oceano Pacífico).[256] Outras grandes universidades do país incluem o Technion, o Instituto Weizmann da Ciência, Universidade de Tel Aviv, Universidade Bar-Ilan, a Universidade de Haifa, e Universidade Ben-Gurion do Negev. As sete universidades de pesquisa de Israel (com exceção da Universidade Aberta) foram classificadas entre as 500 melhores do mundo.[257]população).[258][259] A Israel ocupa terceira posição no mundo em número de cidadãos que possuem diplomas universitários (20% da
Universidades israelenses destacam-se entre as cem melhores no mundo em física[260] (TAU, UHJI e IWC), matemática[261] (TAU, UHJI e Technion), química[262] (TAU, UHJI e Technion), ciência da computação[263](TAU, UHJI, IWC, UBI e Technion), economia[264] (TAU e UHJI), engenharia[265] (TAU, UHJI e Technion), ciências sociais[266] (TAU e UHJI) e ciências naturais[267] (TAU, UHJI, Technion e IWC). O Technion e o IWC destacam-se na liderança da lista do ranking em ciência da computação, junto com universidades de somente dois países - os Estados Unidos e o Canadá.[263]
[editar] Ciência e tecnologia
Considerado um país pequeno, Israel necessitou ser preciso e generoso na distribuição de recursos para o setor de Ciência e Tecnologia: 40% da verba destina-se ao progresso científico. Neste ramo, investe com qualidade competitiva internacional não somente em uma área, mas em várias, sendo três delas as principais: industrial, agro tecnológica e médica. Desde a sua fundação, que o Estado de Israel investe na pesquisa, em primeiro, para sanar as dificuldades encontradas em sua terra infértil, como tornando-se o pioneiro em biotecnologia agrícola, irrigação por gotejamento, a solarização dos solos, a reciclagem de águas de esgoto para uso agrícola e a utilização do enorme reservatório subterrâneo de água salobra do Negev.[268] Na área médica, seu crescimento deu-se a partir da Primeira Guerra Mundial, após a fundação do Centro Hebraico de Saúde, e continuou a ampliar-se, agora nos departamentos de bioquímica, bacteriologia, microbiologia e higiene da Universidade Hebraica de Jerusalém, que iniciaram a base do Centro Médico Hadassa, a instituição de maior importância nacional na área. Relacionada a indústria, o desenvolvimento foi dos laboratórios próximos ao Mar Mediterrâneo, onde foi criado o Instituto de Tecnologia Technion-Israel, cujo investimentos são destacados na óptica, na computação, na aeronáutica, na robótica e na eletrônica.[269][270] Inserido nesta área, está ainda o departamento de Pesquisa e Desenvolvimento, cujas funções estão relacionadas as telecomunicações, produção elétrica e de energia, e administração de recurso hídrico, ligado à indústria e à agricultura.[271] Entre seus profissionais estão os chegados da extinta União Soviética, dos quais 40% eram graduados universitários e ajudaram a impulsionar Israel no setor de alta tecnologia.[258]Prêmio Nobel: três em química e dois em economia.[272] O físicoDavid Gross, estadunidense laureado pelo Nobel de Física, é bacharelado e mestre pela Universidade Hebraica de Jerusalém.[273] Em 2010, o israelense Elon Lindenstrauss, jovem matemático dessa mesma universidade, recebeu a medalha fields, considerada como o "nobel da matemática".[274] Destacando-se internacionalmente, possui cinco cientistas que foram vencedores do
Israel investe muito em energia solar, com engenheiros na vanguarda desse tipo de tecnologia.[276] Suas empresas trabalham em projetos ao redor de todo o mundo [277][278] e mais de 90% dos lares israelitas utilizam energia solar para esquentar a água, o que dá uma economia de 8% em seu consumo de energia anual.[279][280][281]
Desde 1988, a Israel Aerospace Industries desenvolveu e fabricou de maneira independente pelo menos 13 satélites comerciais, de pesquisas e de espionagem.[282] A maioria foram lançados para órbita terrestre da base da força aérea israelense de Palmachim, em sua costa mediterrânea a sul de Tel Aviv, por veículos lançadores de satélites Shavit. Alguns dos satélites de Israel classificam-se entre os sistemas espaciais mais avançados no mundo.[283] Em 22 de junho de 2010, Israel lançou da base aérea de Palmachim o seu satélite de espionagem Ofeq 9, equipado com camera de alta resolução.[284] O piloto de caça Ilan Ramon foi o primeiro astronauta israelense; atuou como especialista de carga durante a STS-107, na última e fatal missão do ônibus espacial Columbia.
Israel está em terceiro lugar entre os países que mais publicam artigos científicos per capita do mundo,[285] em terceiro lugar também em número de patentes per capita[286] Ocupa ainda o segundo lugar entre os vinte países com mais impacto relativo em artigos científicos sobre ciências espaciais, num estudo levado a cabo pela agência Thomson Reuters.[287] Três de seus cientistas de computação receberam o Prêmio Turing: Michael Rabin, Adi Shamir e Amir Pnueli.[288][289][290]
[editar] Comunicações
Faz parte da rotina do povo de Israel manter-se informado sobre as notícias do país e do mundo. A liberdade de imprensa é algo respeitado pelo governo, exceto no que toca assuntos sobre a segurança nacional, que recebe censura. Para manterem-se atualizadas e informadas, as pessoas contam com a presença de mais de doze jornais diferentes em hebraico, e inúmeros outros em outros idiomas. O total é impreciso, mas são mais de mil periódicos entre jornais e revistas. O rádio, outro meio de comunicação de massas no país, tem como uma das maiores representantes a Kol Israel ("Voz de Israel" em português), também existente na televisão, que opera oito estações de rádio, em dezessete idiomas, com variedades musicais, para atingir a todos os públicos. Neste meio de comunicação existe ainda uma rádio destinada especificamente aos soldados e um sistema de transmissão em ondas curtas, também em vários idiomas e destinado a ouvintes de outras nações, a fim de fornecer uma segura fonte de informações sobre Israel, o Oriente Médio e o judaísmo. A televisão surgiu em 1967 e mantém seu canal estatal no ar do início da manhã, até o princípio da madrugada, em três idiomas com programação informativa e educativa. Um canal comercial reserva horas de sua programação para a educação também. Além, Israel conta com outros canais independentes e com a televisão a cabo, que atinge quase toda a nação. Seus serviços de radiodifusão são financiados pela propaganda e por uma taxa paga pelos consumidores.[291]
Para a telecomunicação, que inclui a telefonia e os serviços de internet, Israel detinha, até 2001, um total superior a 2,8 milhões de linhas diretas, usando uma rede digital de 100%, que fornecem um serviço avançado aos clientes. Em 2000, o Ministério das Comunicações publicou propostas para serviços de telefonia fixa no mercado interno inteiro, inclusa a entrada web via wireless e banda larga, cuja tecnologia é líder. Na telefonia móvel, Israel possui três operadoras e, até meados dos anos 2000, 58% de sua população já detinha um aparelho celular, o que correspondia a pouco mais de 3,5 milhões de usuários.[292]
[editar] Saúde
Israel dispõe de um sistema de cuidados de saúde universal e de contribuição obrigatória, administrado por um pequeno número de organizações financiadas pelo Estado. Todos os cidadãos de Israel têm direito constitucional ao acesso ao pacote de serviços sanitários, independentemente do tipo de contribuição que façam para o sistema, e os tratamentos médicos são financiados para todos de forma independente da condição financeira individual. Um estudo da OMS de 2000 colocou Israel no 28.º lugar na lista de países por qualidade do serviço de saúde. A lei do país que regulamenta o serviço de saúde foi colocada em vigor pelo Knesset em 1 de janeiro de 1995, tendo sido baseada nos conselhos de uma comissão de inquérito que analisou o sistema de saúde do país no final da década de 1980.[293]
A política do governo de Israel em relação ao acesso dos cidadãos palestinianos aos cuidados de saúde em Israel tem sido a da insistir na sua cobertura pela Autoridade Palestiniana: em janeiro de 2009, após a ofensiva militar palestiniana na Faixa de Gaza, a Autoridade Palestiniana cancelou a cobertura financeira para todos os tratamentos médicos dos seus cidadãos em Israel, incluindo aos pacientes com doenças crónicas ou que necessitem de cuidados complexos não disponíveis em outros centros médicos da região, o que motivou um protesto de diversas organizações humanitárias.[294]
[editar] Transportes
Israel tem 18 096 km de estradas pavimentadas[295] e 2,4 milhões de automóveis.[296] O número de automóveis por 1 000 pessoas é de 324, relativamente baixo em relação aos outros países desenvolvidos.[296] Israel tem 5 715 ônibus em rotas regulares,[297] operadas por vários transportadores, o maior dos quais é Egged, servindo a maior parte do país. Ferrovias atravessam 949 km do país e são operadas unicamente pelo governo, proprietário da Israel Railways (todos os valores são de 2008). Na sequência de grandes investimentos, começando no início à meados da década de 1990, o número de passageiros de trens por ano cresceu de 2,5 milhões em 1990, para 35 milhões em 2008; ferrovias também são usadas para transportar 6,8 milhões de toneladas de carga por ano.[298]
Israel é servido por dois aeroportos internacionais, o Aeroporto Internacional Ben Gurion, o principal hub do país para o transporte aéreo internacional perto de Tel Aviv-Yafo, e o Aeroporto Internacional de Ovda no sul do país, bem como vários pequenos aeroportos nacionais.[299] Os aeroportos atendem 11,1 milhões de passageiros (entradas e saídas) em 2008, sendo que 11 milhões passaram pelo Aeroporto Ben Gurion.[300][301]
Na costa do Mediterrâneo, o Porto de Haifa é a maior e mais antiga porto do país, enquanto o Porto de Ashdod é um dos poucos portos de águas profundas no mundo construído sobre o mar aberto.[299] Além destes, o pequeno Porto de Eilat, situado no Mar Vermelho, é usado principalmente para o comércio com países do Extremo Oriente.[302]
[editar] Cultura
Israel possui uma cultura pluralizada devido a diversidade de sua população: os judeus de todo o mundo trouxeram suas tradições culturais e religiosas com eles, criando um caldeirão de crenças e costumes judaicos.[303] Foram quatro mil anos de tradição, um século de sionismo e quase cinquenta anos como estado moderno, que também contribuíram para sua notável mescla cultural das mais de setenta comunidades que a compõem. Sua população nacional, respeitosa à cultura, tem a sua disposição a revista Ariel, que, publicada desde 1962, cobre toda a produção artística, desde a poesia à arquitetura, passando pela pintura, escultura e até a arqueologia.[304]
Israel é o único país no mundo onde a vida gira em torno do calendário hebraico. Férias de trabalho e escolares são determinadas pelas festas judaicas, e o dia oficial de descanso é o sábado, o shabat.[305] A subtancial minoria árabe, também deixou a sua impressão sobre a cultura israelense em áreas como arquitetura,[306] música[307] e culinária, que tem entre seus principais pratos tradicionais, o Pessach, o Chanuká, o Charosset, o Farfel e o Kamish Broit.[308][309] Continuando as fortes tradições do teatro iídiche na Europa Oriental, Israel mantêm uma vibrante cena teatral. Fundado em 1918, o Teatro Habima, em Tel Aviv, é o mais antigo teatro do país.[310] Este cenário de produção teatral não existia na cultura hebraica antiga e só se desenvolveu a partir da Segunda Guerra Mundial, percorrendo os campos contemporâneo, clássico, local e importado, tradicionais e experimentais.[311] No cinema, ao contrário, a produção não é tão mesclada: conta, desde de seu início em 1950, a experiência e a realidade israelense.[312]
O Museu de Israel, em Jerusalém, é uma das mais importantes instituições culturais da nação[313] e abriga os pergaminhos do Mar Morto,[314] juntamente com uma extensa coleção de arte europeia e judaica.[313] O museu nacional do holocausto de Israel, o Yad Vashem, abriga o maior arquivo do mundo de informações relacionadas a este episódio.[315] Beth Hatefutsoth (Museu da Diáspora), no campus da Universidade de Tel Aviv, é um museu interativo dedicado à história das comunidades judaicas de todo o mundo.[316] Além dos principais museus de grandes cidades, há uma grande quantidade de espaços de artes de qualidade em cidades de pequeno porte e em kibbutzim. O museu Mishkan Le'Omanut no Kibutz Ein Harod Meuhad é o maior museu de arte no norte do país.[317]
[editar] Literatura
A literatura israelense é feita, principalmente, em poesia e prosa e é escrita em hebraico, como parte do renascimento do hebraico como uma língua falada desde meados do século XIX, embora um pequeno corpo de literatura é publicada em outras línguas, como o árabe e inglês. Por lei, duas cópias de todos os impressos publicados em Israel deve ser depositada na Biblioteca Nacional na Universidade Hebraica de Jerusalém. Em 2001, a lei foi alterada para incluir gravações de áudio e vídeo, e outros tipos de mídia[318] Em 2006, 85% dos 8000 livros da biblioteca nacional foi transferido para o hebraico.[319] A Semana do Livro Hebraico (He: שבוע הספר) é realizada uma vez por ano, em junho, com feiras, leituras públicas e visitas de autores israelenses. Durante essa semana, o maior prêmio literário de Israel, o Prêmio Sapir, é apresentado. Em 1966, Shmuel Yosef Agnon partilhou o Prêmio Nobel de Literatura com a autora alemã judia Nelly Sachs.[320] não-impressa.
[editar] Belas artes
A produção artística organizada de Israel, iniciada em 1906, é um misto de culturas orientais e ocidentais, agregadas ao desenvolvimento e ao caráter individual de cada cidade, que têm na diversificada paisagem natural as principais inspirações para produzir imagem e escultura.[321]
Na pintura, a nação passou por vários períodos de produção, assim como o restante do mundo. Na busca por uma identidade, o primeiro momento foi o de criar uma arte original judaica, em uma fusão de técnicas européias com toques de influenciado Oriente Médio. Entre os artistas da época estiveram Samuel Hirszenberg (1865-1908), Ephraim Lilien (1874-1925) e Abel Pann1883-1963). Em 1921, ocorreu a primeira mostra artística de pintura, na Cidadela de David. Conforme a nação foi se renovando, sua produção artística modificou-se junto: durante a década de 1920 houve a produção de vanguarda; já da década de 1930, a influência foi sob a modernidade, emotiva e mística. Adiante, o Holocausto alimentou a ideologia do canaanita, que buscava identificar-se com uma identidade nacional e criar um novo povo hebreu. Em 1948, chegou a passar por um período de obras militantes, repletas de mensagens sociais, e das chamadas "Novos Horizontes", advindas da Guerra de Independência e do espírito de libertação. Entre as décadas de 1970, 19801990, passou pelo individualismo e pela busca de sentido no que significava o espírito de Israel, em uma mescla de técnicas e emoções humanas, que ainda prevalecem. Já nas esculturas, a produção e o reconhecimento só foi possível devido aos esforços de alguns escultores. Influenciados pelos momentos históricos, passaram pelo cubismo e pelo canaanita, em seu princípio, conceituando modernamente o corpo humano e usando formas animais para lembrarem das paisagens rochosas do deserto. A partir da década de 1950, a produção de esculturas tomou ares mais abstratos, alimentada pela chegada do aço inoxidável e do ferro como formas de expressão. Na década seguinte, a inspiração principal era a de imortalizar a imagem daqueles que lutaram nas guerras de Israel. Com o passar do anos, agregou a influência francesa e o expressionismo em sua evolução conceitual.[321] ( e
A produção fotográfica, que vive entre a fotografia de documentação e a arte fotográfica, caracterizou-se, de início, pela intimidade, contenção e preocupação com o ego. Durante o século XIX, a área produziu apenas trabalhos bíblicos, retratando locais santos. De 1880 em diante, passou-se a retratar a evolução da comunidade judaica, nos quais até prisioneiros eram inspiração. No século XX, a fotografia como expressão artística, passou a ter maior produção nacional, demonstrando características mais pessoais, confrontando a vida e a morte, de estilo formalista, minimalista e intelecto conceitual.[321]
[editar] Música e dança
A música de Israel contém influências adquiridas através de imigrantes de todo o mundo. Música iemenita, melodias chassídicas, árabes e europeias, jazz, pop, rock, reggae, rap e hip-hop são as mais presentes e influentes na produção musical contemporânea.[322][323] As canções folclóricas nacionais, conhecidas como "Sons da Terra de Israel", lidam com as experiências dos pioneiros na construção da pátria judaica.[324] Umas das orquestras de maior renome do mundo[325] é a Filarmônica de Israel, fundada há mais de sete décadas, que realiza mais de duzentos concertos por ano em todo o mundo.[326] Israel produziu também muitos músicos de qualidade, alguns de estrelato internacional e na categoria de virtuosos: Itzhak Perlman, Pinchas Zukerman e Ofra Haza. Arik Einstein,[327] Ishtar, Idan Raichel e Naomi ShemerFestival Eurovisão da Canção quase todos os anos desde 1973, no qual conquistou a competição por três vezes e a sediou por duas.[328] A cidade de Eilat realiza seu próprio festival de música internacional, o Festival de Jazz do Mar Vermelho, todos os verões desde 1987.[329] O país também é visto como um ícone da música eletrônica, com DJ's bem conceituados, como Sesto Sento, Offer Nissim e Infected Mushroom.[330] são outras das estrelas israelenses. O Estado tem participado do
Acompanhando a produção musical, está a dança, que, em Israel, divide-se entre a artística e a folclórica. Considerada uma expressão de alegria, a dança faz parte das celebrações religiosas, nacionais, comunitárias e familiares. A ramificação folclórica é um misto de tradição judaica e não judaica, cultivada desde os idos de 1940, e apresenta-se em constante desenvolvimento, entre as fontes históricas e as modernas, misturando estilos bíblicos e contemporâneos, não servindo apenas para manter as tradições. Já a artística foi introduzia na década de 1920, por professores e praticantes fiéis vindos da Europa. Cada grupo nascido no país atingiu alto nível profissional de seus estilos próprios, das quais destacam-se seis grandes companhias: o Teatro de Dança Inbal, a Companhia de Dança Batsheva, a Companhia de Dança Bat-Dor, a Companhia de Dança Contemporânea do Kibutz, o Balé de Israel e o Koll-Dmamá.[331]
[editar] Esportes
O esporte e a aptidão física nem sempre tiveram um papel importante na cultura judaica. A aptidão física, que foi valorizada pelos antigos gregos, era vista como uma indesejável intromissão de valores helenísticos na cultura judaica. Maimónides, que era simultaneamente rabino e médico, enfatizou a importância da atividade física e de se manter o corpo em forma. Esta abordagem recebeu um grande impulso no século XIX a partir da campanha de promoção da cultura física de Max Nordau, e no início do século XX, quando o Rabino-Chefe da Palestina, Abraão Isaac Kook, declarou que "o corpo serve a alma, e apenas um corpo saudável pode garantir uma boa alma".[332]
A Macabíada Mundial, um evento no estilo olímpico para atletas judeus, teve a sua primeira edição na década de 1930, e desde 1957 é realizada a cada quatro anos.[333] Os esportes mais populares em Israel são o futebol e o basquetebol.[334] Em 1964, Israel sediou e venceu a Copa da Ásia de Futebol.[335]
Na década de 1970, Israel foi excluído dos Jogos Asiáticos de 1978 como resultado da pressão exercida pelos países participantes do Oriente Médio. A exclusão levou Israel a mudar da Ásia para a Europa deixando de participar das competições asiáticas.[336] Em 1994, a UEFA concordou em reconhecer Israel e todas as organizações de futebol do país como competidores na Europa. A Ligat ha'Al é a liga de futebol do país e a Ligat HaAl é a liga de basquete.[337]Maccabi Tel Aviv BC ganhou o campeonato europeu de basquetebol cinco vezes.[338] Bersebá tornou-se um centro nacional de xadrez e lar de muitos campeões deste esporte da antiga União Soviética, sendo a cidade com mais grandes mestres de xadrez em todo o mundo.[339] A cidade sediou o Campeonato Mundial de Xadrez por Equipes em 2005, e este esporte é ensinado nas creches da cidade.[340] Em 2007, o israelita Boris GelfandCampeonato Mundial de Xadrez.[341] O time empatou em segundo lugar no
Até agora, Israel conquistou sete medalhas olímpicas, tendo a primeira sido nos Jogos de 1992, incluindo uma medalha de ouro no windsurf nos Jogos Olímpicos de Verão de 2004.[342] Em Jogos Paraolímpicos é classificado na 15ª posição no quadro geral de medalhas, pelas mais de cem medalhas de ouro já conquistadas. Os Jogos Paraolímpicos de Verão de 1968 foram sediados pela nação.[343]
FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
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