sábado, 4 de dezembro de 2010

PAÍSES DO MUNDO ( Alemanha ) "Parte 2"

Restauração e a revolução (1814-1871)

Depois da queda de Napoleão Bonaparte, o Congresso de Viena reuniu-se em 1814 e sua resolução fundou a Confederação germânica (Deutscher Bund em alemão), a união de 39 estados soberanos.[31][32]
Desentendimentos com a restauração política proposta pelo Congresso de Viena, parcialmente levou ao surgimento de movimentos liberais, exigindo unidade e a liberdade.[33] Estes, porém, foram reprimidas com novas medidas de repressão por parte do estadista austríaco Metternich. O Zollverein, uma união tarifária, profundamente buscava uma unidade econômica dos estados alemães.[33] Durante esta época, muitos alemães tinham sido agitados com os ideais da Revolução Francesa,[33] e o nacionalismo passou a ser uma força mais significativa, especialmente entre os jovens intelectuais. Pela primeira vez, o preto, o vermelho e o dourado foram escolhidos para representar o movimento, e mais tarde se tornaram as cores da bandeira da Alemanha.[34]
Em função da série de movimentos revolucionários na Europa, que estabeleceram com êxito uma república na França, intelectuais e burgueses começaram a Revolução de 1848 nos Estados alemães. Os monarcas inicialmente aceitaram as exigências dos revolucionários liberais para conter a movimentação popular. Ao Rei Frederico Guilherme IV da Prússia foi oferecido o título de Imperador, mas sem poder absoluto.[18] Ele rejeitou a coroa e a proposta de Constituição, o que conduziu a um revés temporário no movimento.[35]
O conflito entre o rei Guilherme I da Prússia e o parlamento cada vez mais liberal foi rompido durante a reforma militar em 1862, quando o rei nomeou Otto von Bismarck o novo Primeiro-ministro da Prússia. Bismarck travou com sucesso uma guerra com a Dinamarca, em 1864. A vitória prussiana na Guerra Austro-prussiana de 1866 permitiu criar a Confederação Norte-GermânicaNorddeutscher Bund), que excluía a Áustria, ex-líder dos estados alemães, dos assuntos dos Estados alemães restantes.[36] (

[editar] Império alemão (1871-1918)


Fundação da moderna Alemanha, em Versalhes, França, em 1871. Bismarck aparece no centro com um uniforme branco.
O estado conhecido como Alemanha foi unificado como um moderno Estado-nação, em 1871, quando o Império alemão foi criado, com o Reino da Prússia[36] sendo o seu maior constituinte.
Após a derrota francesa na guerra franco-prussiana, o Império alemão foi proclamada no Versalhes em 18 de Janeiro de 1871. A Dinastia de Hohenzollern da Prússia declarou o novo império, cuja capital era Berlim, a capital prussiana.[36] O império era uma unificação de todas as partes da Alemanha com exceção da Áustria (Kleindeutschland, ou "Alemanha Menor"). A partir do início de 1884, a Alemanha começou a estabelecer diversas colônias[37][38]mineração, metalúrgica, e derivadas das engenharias elétrica, mecânica e química.[33] fora da Europa, primeiro pela iniciativa privada, depois com aval estatal. Durante o esse período, a Alemanha passou por um grande crescimento econômico, com uma forte industrialização, especialmente das indústrias de
No período Gründerzeit, seguinte à unificação da Alemanha, a política externa do Imperador Guilherme I garantiu a posição do Império Alemão como uma grande nação européia por fazer alianças comerciais e políticas com outros países europeus, isolando a França por meios diplomáticos, através de intrincados acordos secretos, objetivando Bismarck, assim, consolidar a unificação tendo a Rússia por principal aliada.[39]
Mas o Imperador Guilherme II, no entanto, como outras potências europeias, tomou um curso imperialista devido ao atrito com os países vizinhos. A maior parte das alianças que a Alemanha tinha feito não foram renovadas, e as novas alianças excluíam o país. Especificamente, a França estabeleceu novas relações com a assinatura da entente cordiale com o Reino Unido e garantiu os laços com o Império russo. Além de seus contatos com a Áustria-Hungria, a Alemanha se tornou cada vez mais isolada.[40] Teve inicio o período armamentista, chamado de Paz Armada.[38][39]

A Alemanha Imperial1871-1918), com o líder Reino da Prússia em azul. (
O Imperialismo Alemão (Weltpolitik) ultrapassou as fronteiras do seu próprio país e juntou-se a muitos outros poderes na Europa, que reivindicavam a sua quota na África. A Conferência de Berlim dividiu a África entre as potências europeias. A Alemanha obteve vários pedaços da África, incluindo a África Oriental Alemã, o Sudoeste Africano Alemão, a Togolândia e Camarões.[38] A partilha da África causou tensão entre as grandes potências, que contribuiu para as condições que levaram à I Guerra Mundial.[39]
O assassinato do príncipe da Áustria em 28 de Junho de 1914 desencadeou a I Guerra Mundial. A Alemanha, como parte dos Impérios Centrais foi derrotado pelos Aliados num dos mais sangrentos conflitos de todos os tempos. A revolução alemã eclodiu em novembro de 1918, forçando o imperador alemão Guilherme II e todos os príncipes concordarem em abdicar. Um armistício que pôs fim à guerra foi assinado em 11 de Novembro e a Alemanha foi forçada a assinar o Tratado de Versalhes em junho de 1919.[41] A sua negociação, ao contrário da diplomacia tradicional de pós-guerra, excluiu os derrotados Poderes Centrais. O tratado foi tratado na Alemanha como uma humilhante continuação da guerra por outros meios, e sua dureza é frequentemente citada como tendo mais tarde facilitado a ascensão do nazismo no país.[41]

[editar] República de Weimar (1919-1933)

Após o sucesso da Revolução alemã em novembro de 1918, uma república foi proclamada.[42] A Constituição de Weimar entrou em vigor com a sua assinatura pelo Presidente Friedrich Ebert em 11 de Agosto de 1919. O Partido Comunista Alemão foi criado por Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, em 1918, e o Partido dos Trabalhadores Alemão, mais tarde conhecido como Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores ou Partido Nazista, foi fundado em janeiro de 1919.[42]
Sofrendo as consequências das duras condições ditadas pelo Tratado de Versalhes, e uma longa sucessão de governos mais ou menos instáveis, cada vez mais faltava identificação às massas políticas na Alemanha com seu sistema político de democracia parlamentar.[42] Isso foi agravado por uma ampla disseminação de um mito político pela direita (monarquistas,völkischs, e nazis), a Dolchstoßlegende, que alegava que a Alemanha tinha perdido a Primeira Guerra Mundial devido à Revolução alemã, não por causa da derrota militar.[42] Por outro lado, os radicais de esquerda comunistas, tais como a Liga Espartaquista, queriam abolir aquilo que eles entendiam como "governo capitalista" e estabelecer um Räterepublik. Tropas paramilitares foram criadas por diversos partidos e houve diversos assassinatos por motivos políticos. Os paramilitares intimidavam eleitores e semeavam a violência e a raiva entre o povo, que sofria de uma elevada taxa de desemprego e de pobreza.[42] Depois de uma série de gabinetes frustrados, o presidente Paul von Hindenburg, vendo poucas alternativas e empurrado pelos seus assessores de direita, nomeou Adolf Hitler como Primeiro-Ministro da Alemanha em 30 de janeiro de 1933.[42]

[editar] Terceiro Reich (1933-1945)

Ver artigos principais: Alemanha Nazista e Segunda Guerra Mundial.
Em 27 de Fevereiro de 1933, o Reichstag pegou fogo. Alguns direitos democráticos fundamentais foram rapidamente revogados posteriormente sob um decreto de emergência. Uma Lei de plenos poderes deu para Hitler o governo e o legislativo. Apenas o Partido Social-Democrata da Alemanha votou contra ele; os comunistas não foram capazes de apresentar oposição, pois seus suplentes já haviam sido assassinados ou presos.[43][44] A centralização totalitária estadual foi criado por uma série de jogadas e decretos políticos tornando a Alemanha um Estado de partido único. Houve queima de livros de autores considerados contra a nação e a perseguição a artistas e cientistas,[45] sendo que muitos emigraram, principalmente para os Estados Unidos. A indústria foi fortemente regulamentada com cotas e requisitos, para mudar a economia para uma base produtiva de guerra. Em 1936 as tropas alemãs entraram na desmilitarizada Renânia, e as políticas de apaziguamento do primeiro-ministro Neville Chamberlain se revelaram insuficientes. Entusiasmado, Hitler seguiu em diante a partir de 1938 com sua política de expansionismo e estabelecer a Grande Alemanha, começando em março deste ano pela Anschluss, a anexação da Áustria.[46] Para evitar uma guerra de duas frentes, Hitler concluiu o Pacto Molotov-Ribbentrop com a União Soviética, um pacto que ele mesmo romperia mais tarde.[47]
Em 1939, as crescentes tensões de nacionalismo, militarismo, e questões territoriais levaram os alemães ao lançamento da blitzkrieg ("guerra relâmpago") em 1 de setembro contra a Polônia seguido por dois dias depois pelas declarações de guerra da Grã-Bretanha e da França, marcando o início da II Guerra Mundial. A Alemanha rapidamente ganhou controle direto ou indireto da maioria da Europa.[36]
Em 22 de Junho de 1941, Hitler quebrou o pacto com a União Soviética, abrindo a Frente Oriental e a invadindo a União Soviética. Pouco tempo depois o Japão atacou a base americana em Pearl Harbor, a Alemanha declarou guerra aos Estados Unidos. Embora inicialmente o exército alemão tenha rapidamente avançado sobre a União Soviética, a Batalha de Stalingrado marcou uma virada importante na guerra. Depois disso, o exército alemão começou a recuar a Frente Oriental. O Dia-D marcou uma virada importante sobre a Fronte Ocidental, quando as forças aliadas desembarcaram nas praias da Normandia e avançaram rapidamente sobre o território alemão. A derrota da Alemanha ocorreu em seguida. Em 8 de Maio de 1945, as forças armadas alemãs se entregaram após o Exército Vermelho ocupar Berlim.[36]
No que mais tarde ficou conhecido como o Holocausto, o regime do Terceiro Reich elaborou políticas governamentais que subjugavam diretamente muitas partes da sociedade: judeus, comunistas, ciganos, homossexuais, mações, dissidentes políticos, padres, pregadores, adversários religiosos, deficientes, entre outros. Durante a era nazista, cerca de onze milhões de pessoas foram assassinadas no Holocausto, incluindo seis milhões de judeus e dois milhões de poloneses.[48][49][50] A Segunda Guerra Mundial e o genocídio feito pelos nazistas foram responsáveis por cerca de 35 milhões de mortos na Europa.[51]

[editar] Divisão e reunificação (1945 - 1990)


Zonas ocupadas pelos Aliados na Alemanha em 1947, com os territórios a leste da linha Oder-Neisse sob administração polaca ou anexação soviética, além do protetorado de Sarre e a Berlim dividida. A Alemanha Oriental era formada pela Zona Soviética, enquanto a Alemanha Ocidental era formada pelas zonas estadunidense, britânica e francesa em 1949 e do Sarre1957. em
A guerra resultou na morte de quase dez milhões de soldados alemães e civis; grandes perdas territoriais, a expulsão de cerca de 15 milhões de alemães dos antigos territórios orientais e de outros países, e a destruição de várias grandes cidades. O restante do território nacional e Berlim foram divididos com a ocupação militar dos Aliados em quatro zonas.
Os setores controlados pela França, pelo Reino Unido, e pelos Estados Unidos23 de Maio de 1949, para formar o República Federal da Alemanha; em 7 de Outubro de 1949, a Zona Soviética criou a República Democrática da Alemanha. Eles foram informalmente conhecidos como "Alemanha Ocidental" e "Alemanha Oriental" e as duas partes de Berlim como "Berlim Ocidental" e "Berlim Oriental". As partes oriental e ocidental optaram por Berlim Oriental e Bonn como suas respectivas capitais. No entanto, a Alemanha Ocidental declarou que o status de Bonn como sua capital era provisório,[52] a fim de enfatizar a sua postura que a coexistência de dois Estados alemães foi uma solução artificial status quo que seria necessário superar um dia. foram fundidos em
A Alemanha Ocidental, estabelecida como uma república federal parlamentar com uma "economia social de mercado" - foi aliada com os Estados Unidos, o Reino Unido e a França. O país chegou a se beneficiar de crescimento econômico prolongado a partir dos anos 1950 (em alemão: Wirtschaftswunder). A Alemanha Ocidental ingressou na OTAN em 1955 e foi membro fundador da Comunidade Econômica Europeia, em 1958.[53]
A Alemanha Oriental foi um estado do bloco oriental sob controle político e militar da URSS através de suas forças de ocupação militar e o Pacto de Varsóvia. Enquanto dizia ser uma democracia, o poder político foi executada exclusivamente pelos principais membros (Politburo) do SED (Partido Socialista Unificado da Alemanha) controlado pelos comunistas. Seu poder foi assegurado pelo Stasi, um serviço secreto de grande dimensão, e uma variedade de sub-organizações do SED que controlavam todos os aspectos da sociedade, tendo um grande número de informantes dentro da própria população.[54][55] Por sua vez, as necessidades básicas da população foram preenchidas por custos baixos pelo Estado. A economia planificadaComecon. Apesar da propaganda da Alemanha Oriental ter sido baseada nos benefícios dos programas sociais da RDA e na alegada ameaça constante de uma invasão por parte da Alemanha Ocidental, muitos dos seus cidadãos olhavam para o Ocidente em busca de liberdades políticas e da prosperidade econômica.[56] O Muro de Berlim, construído em 1961 para impedir a fuga dos alemães do Leste para a Alemanha Ocidental, se tornou um símbolo da Guerra Fria.[57] pró-soviética foi criada, e mais tarde a RDA passou a ser um estado do

O Muro de Berlim na frente do Portão de Brandemburgo logo após a sua abertura em 1989.
As tensões entre as Alemanha do Leste e do Oeste foram ligeiramente reduzidas no início dos anos 1970 pelo Chanceler Willy Brandt Ostpolitik, que incluiu a aceitação de facto das perdas territoriais da Alemanha na II Guerra Mundial.[58]
Em face de uma crescente migração de alemães do Leste para a Alemanha Ocidental através da Hungria e manifestações em massa durante o verão de 1989, inesperadamente as autoridades do Leste alemão facilitaram as restrições nas fronteiras em novembro, permitindo que cidadãos do Leste alemão pudessem viajar para o Ocidente.[59] Originalmente concebida como uma válvula de pressão para manter a Alemanha Oriental como um estado, a abertura da fronteira na realidade levou a uma aceleração do processo de reforma na Alemanha Oriental, que finalmente foi concluído com o Tratado Dois Mais Quatro um ano mais tarde, em 12 de setembro de 1990 e a reunificação alemã ocorreu em 3 de Outubro de 1990. Segundo os termos do tratado, as quatro potências ocupantes renunciavam os seus direitos sob o Instrumento da Renúncia, e a Alemanha recuperava a plena soberania do seu território.[60]

[editar] República de Berlim e integração com a UE (1990 -)


Alemanha adotou o euro1999. Notas e moedas do euro começaram a circular em 1 de Janeiro de 2002. como "moeda virtual" em
Com base na Lei Bonn-Berlim, aprovada pelo parlamento em 10 de Março de 1994, a capital do Estado unificado foi escolhido para ser Berlim, enquanto Bonn obtinha o status único de Bundesstadt (cidade federal) e reteve alguns ministérios federais.[61] A mudança do governo foi concluída em 1999.[62]
Desde a reunificação, a Alemanha tem tido um papel de liderança na União Europeia e na OTAN. Participou do exército que garantiu a estabilidade nos Balcãs, e enviou tropas para o Afeganistão como parte de um esforço da OTAN para proporcionar a segurança neste país após expulsar o Talibã.[63] Estes deslocamentos eram controversos, visto que após a guerra, a Alemanha era obrigada por lei a manter tropas apenas para fins de Defesa. As investidas em territórios estrangeiros foram entendidas como não estando abrangidas pela lei de Defesa; entretanto, a votação parlamentar sobre a questão legalizou efetivamente a participação em um contexto de manutenção da paz.[64]


FONTE:  Wikipédia, a Enciclopédia Livre.

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