Cariris
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Kariri ou Cariri é a designação da principal família de línguas indígenas do sertão do Nordeste
e vários grupos locais ou etnias foram ou são referidos como
pertencentes ou relacionados a ela. Na literatura especializada, existe
uma larga discussão sobre os pertencimentos dos grupos indígenas do
sertão à família cariri ou a outras famílias como a tarairiu. Além dessas, existem várias línguas isoladas (yathê, xukuru, pankararu, proká, xokó, natu etc.). Historicamente, esses grupos aparecem denominados de modo genérico como tapuias e podem ser vinculados ao tronco macro-jê. Para uma ideia da distribuição geográfica da família cariri e desses grupos ou etnias, consulte o mapa etno-histórico de Curt Nimuendaju,
editado pelo IBGE e já em uma segunda ou terceira edição e que
certamente pode ser encontrado em boas bibliotecas de São Paulo. No mapa
há também uma lista bibliográfica com várias referências de fontes
históricas.
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[editar] Família linguística
Apesar de comprovadamente presente em todo o semi-árido nordestino,
apenas quatro das línguas cariri chegaram a ser minimamente descritas,
todas elas da região ao sul do rio São Francisco: o dzubukuá, falado por grupos no arco do submédio São Francisco (entre o que é hoje Petrolina e Paulo Afonso); o kipea, falado por índios que se tornaram conhecidos como quiriris (ou Kiriri) principalmente na bacia do Itapicuru, Bahia; e o camuru (ou cariri) e o sapuiá, de duas aldeias próximas na região de Pedra Branca (bacia do Paraguaçu), também na Bahia.
[editar] Os Sertões dos cariris
Toda a região marcada pela presença dos cariri e pela Guerra dos Bárbaros tem isto hoje muito distintitivamente assinalado em sua toponímia, no extenso arco de serras dos Cariris Velhos e dos Cariris Novos, respectivamente nas divisas entre Paraíba e Pernambuco e entre Paraíba e Ceará; na região do Cariri, a sudoeste de Campina Grande (também uma antiga missão de índios), na Paraíba, e, famosamente, no Vale do Cariri, que ocupa toda a bacia do Alto Jaguaribe, no sul do Ceará.
[editar] Kariris atuais
Vários grupos indígenas contemporâneos no Nordeste reivindicam
ascendência dos cariris históricos. Entre eles, podemos citar: os kiriri, kaimbé, tumbalalá e pataxó-hã-hã-hãe, da Bahia; os kariri-xokó, karapotó, tingui-botó, aconã, wassu-cocal e xukuru-kariri, de Alagoas; os truká, pankará e atikum, de Pernambuco; e os kariri, do Ceará e Piauí.
FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
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