Índios amazônicos viajam à Europa na tentativa de proteger suas terras
2 horas, 6 minutos atrás
Londres, 22 fev (EFE).- Três índios da região amazônica viajaram à
Europa para protestar contra construções em suas terras que ameaçam
destruir as vidas de milhares de indígenas dessa região, informou nesta
terça-feira a ONG Survival.
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Ruth
Buendia Mestoquiari, da tribo Ashaninka, do Peru, Sheyla Juruna, da
tribo Juruna, da região Xingu, e Almir Surui, da tribo brasileira Surui,
fizeram um chamado para deter três polêmicos projetos de represas em
suas terras na região amazônica.
Várias empresas europeias participam desse projeto, entre estas as
francesas GDF Suez e Alstom, a alemã Voith e a austríaca Andritz.
A delegação estará entre os dias 25 e 26 de fevereiro em Paris, onde
ocorre na sexta-feira uma conferência na Casa da América Latina, depois
de se reunirem com a senadora Marie-Christine Blandin e antes de
organizar no dia seguinte um protesto na praça dos Direitos Humanos, no
Trocadéro.
Em seguida, os índios sul-americanos viajarão à capital britânica,
onde protestarão em 2 de março em frente à sede do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que financiou boa parte dos
recursos das obras, além de reunirem-se com parlamentares deste país.
Um dos projetos é da represa de Pakitzapango, no Peru, que ameaça
inundar uma área do vale do rio Ene, onde vivem milhares de índios da
tribo Ashaninka.
Outro é a do Rio Madeira, cuja construção pode atrair uma forte
imigração e levar ao desmatamento de uma área na qual vivem várias
tribos, entre elas algumas isoladas ainda sem contato com a civilização.
O terceiro é a de Belo Monte, projetado no rio Xingu, também no
Brasil, que seria a terceira maior do mundo e cuja construção destruiria
vastas áreas de floresta e reduziria os peixes, dos quais dependem os
indígenas para sobreviver. EFE
FONTE: Yahoo Notícias/Brasil.
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