Al-Qaeda
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Al-Qaedaالقاعدة | |
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Bandeira da Al-Qaeda. |
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Datas das operações | 1988 - atualmente |
Líder | Osama bin Laden Ayman al-Zawahiri |
Área de atividade | Global |
Ideologia | Fundamentalismo islâmico Pan-islamismo Sunismo |
Principais ações | Terrorismo |
Ataques célebres | Atentados de 11 de setembro Bombardeio do USS Cole Atentados às embaixadas estadunidenses Ataques de 1993 |
Status | Designada como organização terrorista pelo Governo americano, pelo Parlamento britânico e pela União Europeia |
Tamanho | Entre 500 e 1000 militantes |
Al-Qaeda (também Al-Qaida; árabe: القاعدة, transl. el-Qā‘idah ou al-Qā‘idah, "A Fundação" ou "A Base") é uma organização fundamentalista islâmica
internacional, constituída por células colaborativas e independentes
que visariam, supostamente, reduzir a influência não-islâmica sobre
assuntos islâmicos.
São atribuídos à Al Qaeda diversos atentados a alvos civis ou militares na África, no Oriente Médio e na América do Norte, nomeadamente os ataques de 11 de setembro de 2001, em Nova Iorque e em Washington, aos quais o governo norte-americano respondeu lançando a Guerra ao Terror. Seu fundador, líder e principal colaborador seria Osama bin Laden.
A estrutura organizacional da Al-Qaeda e a ausência de dados precisos
sobre seu funcionamento são fatores que dificultam estimativas sobre o
número de membros que a compõem e a natureza de sua capacidade bélica.
A existência de tal organização já foi questionada por alguns pesquisadores e documentários,[1] e também por Bashar al-Assad, presidente da Síria,[2]
embora tais questionamentos não tenham sido adotados pelos grandes
meios de comunicação e pela totalidade dos governos ocidentais.
[editar] Visão geral
A Comissão Nacional sobre Ataques Terroristas nos Estados Unidos
(Comissão 9/11) diz que a Al-Qaeda é responsável por um grande número
de ataques violentos e de alto nível contra civis, alvos militares e
instituições comerciais pelo mundo. O relatório da comissão atribuiu os ataques de 11 de Setembro de 2001 ao World Trade Center em Nova Iorque, ao Pentágono em Arlington e ao vôo 93 na Pensilvânia à Al-Qaeda.
Apesar do grupo alegadamente ter sido responsável direto pelos
ataques, vários analistas, como Michael Scheuer, um ex-analista da CIA sobre terrorismo, acreditam que a Al-Qaeda evoluiu para um movimento "… no qual a Jihad é auto-sustentável, os guerreiros islâmicos lutam contra a América com ou sem a aliança de bin Laden e da Al-Qaeda originária, e no qual o nome traz inspiração para novos ataques internacionais."
As origens do grupo podem ser traçadas a partir da invasão soviética ao Afeganistão, na qual vários não-afegãos, lutadores árabes se uniram ao movimento anti-russo formado pelos Estados Unidos e Paquistão. Osama bin Laden,
membro de uma abastada e proeminente família árabe-saudita, liderou um
grupo informal que se tornou uma grande agência de levantamento de
fundos e recrutamento para a causa afegã. Esse grupo canalizou
combatentes islâmicos para o conflito, distribuiu dinheiro e forneceu
logística e recursos, para as forças de guerra e para os refugiados
afegãos.
Depois da retirada soviética do Afeganistão em 1989, vários veteranos da guerra desejaram lutar novamente pelas causas islâmicas. A invasão e ocupação do Kuwait pelo Iraque em 1990 levou o governo estado-unidense à decidir enviar suas tropas em coligação para a Arábia Saudita, com o suposto intuito de expulsar as forças iraquianas daquele país. A Al-Qaeda era fortemente contra o regime de Saddam Hussein,
Saddam era acusado pelos fundamentalistas muçulmanos de ter tornado o
Iraque um Estado laico. Bin Laden ofereceu os serviços dos seus
combatentes ao trono saudita, mas a presença de forças "infiéis" em
território islâmico sagrado - era uma luta entre islâmicos - foi visto
por bin Laden como um ato de traição. Então, decidiu opôr-se aos Estados
Unidos e aos seus aliados. A Al-Qaeda considerou os Estados Unidos como
opressivos contra os muçulmanos, citando o apoio estado-unidense à Israel nos conflitos entre palestinianos e israelitas, a presença militar estado-unidense em vários países islâmicos (particularmente Arábia Saudita) e posteriormente a invasão e ocupação do Iraque em 2003.
Osama bin Laden e Ayman al-Zawahiri são membros seniores do conselho da Al-Qaeda, e considera-se que possuem contatos com algumas outras células da organização.
[editar] Organização e estrutura
Em comunicados formais, bin Laden tem preferido usar o termo Frente Internacional pelo Jihad contra os Judeus e Cruzados como nome para o grupo, em vez do mais famoso Al-Qaeda.
Embora o uso do nome Al-Qaeda fosse anterior, só em 2001
foi formalmente usado enquanto denominação do grupo, quando o governo
estado-unidense decidiu perseguir ou tornar pública a perseguição a bin
Laden. Bin Laden em pessoa é provavelmente a melhor fonte para a origem
do rótulo Al-Qaeda. Falando em 2001, ele citou: "O nome 'Al-Qaeda'
foi estabelecido há muito tempo atrás por conveniência. O último nome
Abu Ebeida El-Banashiri liderou os campos de treino para os nossos mujahidin contra o terrorismo russo. Nós costumávamos chamar o campo de treino "Al-Qaeda". E o nome ficou.
A inspiração filosófica da Al-Qaeda vem dos escritos de Sayyid Qutb, um pensador proveniente da Irmandade Muçulmana, cujos textos inspiraram a maioria dos principais movimentos militantes islâmicos hoje activos no Médio Oriente.
O autor defende uma revolução islâmica armada para a sobreposição de
todos os regimes não guiados pela lei islâmica, e reitera a expulsão de
milícias e empresas ocidentais de todos os países muçulmanos.
De acordo com afirmações transmitidas pela Al-Qaeda na internet e em canais de televisão, as últimas metas da Al-Qaeda passam por restabelecer o Califado
do mundo islâmico, e, para isso, trabalham com quaisquer grupos
extremistas, organizações ou governos que lhes permitam atingir essa
meta. Os fundamentos originais da Al-Qaeda originária são fortemente
anti-sionistas. Em 1997, numa entrevista com Peter Arnett,
Osama bin Laden cita a presença estado-unidense no Médio Oriente e o
apoio israelita como as principais razões para as acções da sua
organização.
A Al-Qaeda acredita que os governos ocidentais, e particularmente o
governo estado-unidense, agem contra os interesses dos muçulmanos. As
suas falhas, segundo o grupo, incluem:
- provisão de apoio económico e militar à regimes opressores dos muçulmanos (por exemplo, o suporte estado-unidense a Israel);
- o veto das Nações Unidas em relação a sanções propostas a Israel;
- tentativas de influenciar os assuntos de governos e comunidades islâmicas;
- suporte directo através de armas ou empréstimos a regimes árabes anti-islâmicos, presença de tropas em países islâmicos especialmente na Arábia Saudita;
- a invasão do Iraque em 2003 (independentemente de supostos confrontos entre Saddam e a Al-Qaeda).
Para além dos ataques de 11 de Setembro de 2001 ao World Trade Center em Nova Iorque e ao Pentágono em Washington, crê-se que a Al-Qaeda esteve envolvida nos seguintes ataques:
- embaixada americana em Nairobi, Quénia, em 7 de agosto de 1998;
- embaixada americana em Dar es Salaam, Tanzânia, também em 7 de agosto de 1998;
- bombardeiro USS Cole, atracado no Iêmen, em 12 de outubro de 2000;
- ataques ao metrô de Londres, em 7 de julho de 2005.
Pensa-se que o líder militar da Al-Qaeda era Khalid Shaikh Mohammed, até ter sido detido no Paquistão em 2003. O líder prévio tinha sido Mohammed Atef, morto num bombardeio americano no Afeganistão em finais de 2001.
[editar] A cadeia de comando
Apesar da estrutura atual da Al-Qaeda ser desconhecida, as informações adquiridas principalmente do desertor Jamal al-Fadl
deram às autoridades americanas um esboço cru de como o grupo estava
organizado. Enquanto a veracidade das informações fornecidas por al-Fadl
e a motivação para esta cooperação sejam controversas, as autoridades
americanas baseiam muito de seu conhecimento atual sobre a Al-Qaeda em
seu testemunho.
Bin Laden é o emir da Al-Qaeda (apesar de originalmente este papel ter sido de Abu Ayoub al-Iraqi), eleito por um conselho shura, que consiste em membros seniores da Al-Qaeda, que oficiais ocidentais estimam ser cerca de 20 a 30 pessoas.
- O Comitê Militar é responsável pelo treinamento, aquisição de armas e planos de ataque.
- O Comitê de Negócios e Dinheiro gerencia as operações de negócios. O escritório de viagens fornece passagens aéreas de passaportes falsos. O escritório de folha de pagamentos paga aos membros da Al-Qaeda e o escritório de gerenciamento toma conta de negócios no estrangeiro. De acordo com o Relatório da Comissão US 911, estima-se que a Al-Qaeda necessite de US$ 30.000.000 por ano para conduzir suas operações.
- O Comitê Legislativo revê as leis Islâmicas e decide cursos de ação particulares conforme às leis.
- O Comitê de Estudos Islâmicos/fatwah expede editos religiosos, tais como o editado em 1998, pedindo aos muçulmanos que matem americanos.
- No final da década de 1990 havia um Comitê de Imprensa publicamente conhecido, que administrava o jornal Nashrat al Akhbar (Newscast) e fazia relações públicas. Hoje, assume-se que operações de mídia são importadas para partes internamente redundantes da organização.
[editar] Revoltas políticas ou estruturas organizacionais terroristas: desconhecidas
Alguns especialistas em organizações dizem que a estrutura de rede da al Qaeda, opostamente a estrutura hierárquica organizacional
é sua força primária. A estrutura descentralizada permite à al Qaeda
ter uma base distribuída pelo mundo inteiro enquanto mantém um núcleo
pequeno. Estima-se que 100.000 militantes islâmicos tenham recebido
instruções nos campos de treinamento da al Qaeda desde sua intercepção,
embora o grupo retenha somente um pequeno número de militantes sob
ordens diretas. Estimativas raramente colocam sua mão-de-obra acima de
20.000 no mundo todo.
Para suas operações mais complexas (como os ataques aos EUA de 9/11)
acredita-se que todos os participantes, planejamento e financiamento
tenham sido diretamente providos pelo núcleo da organização al Qaeda.
Mas em muitos atentados ao redor do mundo onde parece haver uma conexão
com a al Qaeda, seu papel preciso tem sido menos fácil de definir. Ao
invés de conduzir estas operações da concepção até a entrega, a al Qaeda
frequentemente parece agir como uma rede de suporte internacional
financeiro e logístico, canalizando o dinheiro obtido de uma rede de
atividades de levantamento de fundos para financiar treinamento capital e
coordenação para grupos radicais locais. Em vários casos é nestes
grupos locais, somente bambamente afiliados ao núcleo da al Qaeda, que
os ataques são realmente conduzidos.
As explosões de 2002 em Bali
e as explosões subseqüentes no Hotel Marriott em Jacarta em 2003 dão
alguma pista da metodologia de descentralizada da al Qaeda: os ataques
mostraram uma coordenação e efetividade muito maiores do que deve,
historicamente, ter sido esperado de redes regionais de terroristas. Mas
investigações policiais e julgamentos posteriores mostraram que
enquanto se acreditava que a al Qaeda ofereceu expertise e coordenação,
muito do planejamento e do pessoal que conduziu os atentados veio de
grupos islâmicos radicais locais.
Sabe-se que a al Qaeda estabeleceu e estimulou novos grupos para
ampliar os interesses de grupos radicais islâmicos em conflitos locais.
Na verdade o Talibã deve ser classificado nesta categoria, as raízes da
organização formada por estudantes radicais dos madraçais fundados por bin Laden dos campos de refugiados Afegãos na época da ocupação russa.
[editar] Tamanho da organização
A Al-Qaeda não tem uma estrutura clara e isto permite o debate sobre
quantos membros compõem a organização, se são milhões espalhados por
todo o globo ou se são até zero. De acordo com o documentário
controverso da BBC: O Poder dos Pesadelos, a Al-Qaeda é tão fracamente unida que é difícil dizer se existe além de Osama bin Laden
e uma pequena panelinha de íntimos associados. A falta de quaisquer
números significativos de membros convictos da Al-Qaeda, apesar de um
grande número de prisões sob a acusação de terrorismo, é citado no
documentário como uma razão para se duvidar se uma entidade espalhada casa com a descrição da Al-Qaeda de alguma forma. Ainda, a extensão e a natureza da Al-Qaeda permanece um tópico de discussão.
O próprio nome al Qaeda não parece ter sido usado pelo próprio bin Laden para se referir a sua organização até depois dos ataques de 11 de setembro.
Ataques anteriores atribuídos a bin Laden e a Al-Qaeda eram, naquele
tempo, reivindicados por organizações sob uma variedade de nomes. Bin
Laden mesmo, desde então, tem atribuído o nome Al-Qaeda à base MAK no
Paquistão, desde os dias da guerra do Afeganistão. Daniel Benjamin em "A
Era do Terror Sagrado" cita um incidente no começo da década de 1990
onde um documento intitulado "A Fundação", em árabe "Al-Qa'eda" foi
encontrado com um associado de Ramzi Youssef.[3] Fawaz A. Gerges escreve que "Apesar de, em 1987, o sheik Abdullah Azzam,
o pai espiritual dos árabes Afegãos, ter plantado as sementes de uma
organização trans-nacionalista chamada 'Al Qaeda al-Sulbah' (a Fundação
Sólida), a rede de bin Laden viu uma luz muito depois, por volta da
metade da década de 1990."[4]
Outros líderes atribuídos à Al-Qaeda incluem:
- Saif al-Adel
- Sulaiman Abu Ghaith
- Abu Hafiza
- Abu Faraj al-Libbi (preso no Paquistão em 2005)[5]
- Abu Mohammed al-Masri
- Khalid Sheikh Mohammed (capturado em Rawalpindi, Paquistão em 2003)[6]
- Thirwat Salah Shirhata
- Abu Musab al-Zarqawi
- Ayman al-Zawahiri
- Abu Zubaydah (capturado em 2002)
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