segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

NASA ( Agência Espacial Americana ) "Parte 2"

Programas da NASA

A NASA já operou e opera inúmeros programas, desde missões interplanetárias a satélites terrestres. 31 missões já foram encerradas e em 2010 quase noventa estão ainda em andamento.[13][14] Abaixo segue uma lista incompleta.

[editar] Programas tripulados

[editar] Programa Mercury

Realizado sob a pressão da concorrência entre os EUA e a União Soviética que existiu durante a Guerra Fria, o Programa Mercury foi iniciado em 1958 e lançou a NASA no caminho da exploração humana do espaço com as missões destinadas a descobrir se o homem poderia sobreviver no espaço sideral. Representantes do Exército, Marinha e Força Aérea dos EUA foram selecionados para prestar assistência à NASA. Em 5 de maio de 1961 o astronauta Alan Shepard se tornou o primeiro norteamericano no espaço pilotando a Freedom 7John Glenn se tornou o primeiro norteamericano a orbitar a Terra em 20 de fevereiro de 1962 durante o voo da Friendship 7.[15] em um voo suborbital de 15 minutos.

[editar] Projeto Gemini

O Projeto Gemini se concentrou em realizar experimentos e desenvolver e praticar as técnicas necessárias para missões lunares. O primeiro voo Gemini com astronautas a bordo, o Gemini 3, foi pilotado por Gus Grissom e John Young em 23 de março de 1965 .[16] Seguiram-se mais nove missões, mostrando que eram possíveis o voo espacial humano de longa duração e o encontro e acoplagem com um outro veículo no espaço, além de coletar dados médicos sobre os efeitos da microgravidade sobre os seres humanos .[17][18] As missões Gemini incluíram as primeiras caminhadas espaciais norteamericanas e o uso de novas manobras orbitais como encontro e acoplamento.

[editar] Projeto Apollo


Edwin Aldrin fotografado na Lua por Neil Armstrong - Apollo 11

Skylab em órbita

Ônibus Espacial Columbia na torre de lançamento

A Estação Espacial Internacional
O Projeto Apollo levou os primeiros seres humanos até a Lua. A Apollo 11Neil Armstrong e Buzz Aldrin, enquanto Michael Collins orbitava acima. Cinco missões Apollo subseqüentes também desembarcaram astronautas na Lua, o último em dezembro de 1972. Nestes voos doze homens caminharam sobre a Lua. Estas missões retornaram com uma riqueza de dados científicos e muitas amostras de rochas lunares. Os experimentos realizados na superfície lunar estudaram a mecânica dos solos, meteoroides, sismologia, transferência de calor, campos magnéticos e vento solar.[19] pousou na Lua em 20 de julho de 1969 com os astronautas
A Apollo lançou marcos fundamentais na história dos voos espaciais tripulados, enviando missões para além da órbita baixa da Terra e seres humanos para outro corpo celeste.[20] A Apollo 8 foi a primeira nave espacial tripulada em órbita de um outro corpo celeste, enquanto a Apollo 17 assinalou a última caminhada espacial e a última missão tripulada para além de órbita baixa terrestre. O programa estimulou avanços em muitas áreas da tecnologia além da área dos foguetes e voos espaciais tripulados, incluindo a aviação, telecomunicações e computadores. A Apollo despertou interesse em muitos campos da engenharia e produziu muitas instalações e máquinas pioneiras. Muitos objetos e artefatos criados neste programa são hoje valiosas peças de museu.

[editar] Skylab

O Skylab foi a primeira estação espacial que os Estados Unidos lançaram em órbita.[21] A estação permaneceu em órbita da Terra entre 1973 e 1979, e foi visitada por equipes três vezes, em 1973 e 1974. Ela incluiu um laboratório para estudar os efeitos da microgravidade e um observatório solar.[21] O Space Shuttle (ônibus espacial) foi planejado para acoplar com o Skylab e elevá-lo para uma altitude segura, mas o Skylab reentrou na atmosfera e foi destruído em 1979, antes que o primeiro ônibus espacial pudesse ser lançado.[22]

[editar] Ônibus Espacial

O Ônibus Espacial se tornou o foco da NASA no final de 1970 e na década de 1980. Planejados como veículos reutilizáveis, quatro ônibus espaciais foram construídos. O primeiro a ser lançado, em 12 de abril de 1981, foi o Columbia.[23]
Em 1995 a interação russo-americana foi retomada com o Programa Shuttle-Mir. Uma vez mais um veículo norteamericano atracou com uma nave russa, desta vez uma estação espacial completa. Esta cooperação entre a Rússia e os EUA continua até hoje, sendo ambos os maiores parceiros na maior estação espacial já construída, a Estação Espacial Internacional. A força da sua colaboração neste projeto se tornou ainda mais evidente quando a NASA começou a delegar a veículos lançadores russos o serviço à Estação Espacial durante a interrupção de dois anos nos voos do ônibus após o desastre de 2003 com o Columbia.
A frota de ônibus perdeu dois veículos e 14 astronautas em dois acidentes, um com o Challenger em 1986, e o outro com o Columbia em 2003.[24] Embora a perda de 1986 fosse atenuada com a construção da Endeavour a partir de peças de reposição, a NASA não construiu outra nave para substituir a segunda perda.[24] O programa fez 132 lançamentos bem sucedidos.

[editar] Estação Espacial Internacional

A Estação Espacial Internacional (EEI) é uma instalação internacional de pesquisa montada em órbita baixa da Terra. A construção da estação começou em 1998 e está programada para ser concluída até 2011, com operações continuadas pelo menos até 2015.[25] A estação pode ser vista da Terra a olho nu e atualmente é o maior satélite artificial do planeta, com uma massa maior que a de qualquer estação espacial anterior.
A EEI é operada como um projeto conjunto entre a NASA, a Agência Espacial Russa, a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão, a Agência Espacial Canadense, e a Agência Espacial Europeia. A posse e utilização da estação são definidas através de diversos tratados e acordos intergovernamentais, com a Rússia mantendo a propriedade plena de seus próprios módulos e o resto da estação sendo disponibilizado entre os outros parceiros internacionais. A estação se valeu da frota dos ônibus espaciais para conduzir todas as missões mais importantes. O custo da estação foi estimado pela Agência Espacial Européia em 100 bilhões de euros ao longo de um ciclo de 30 anos, embora as estimativas de custo variem entre 35 e 160 bilhões de dólares, tornando a EEI o mais caro objeto já construído.

[editar] Programas não tripulados

[editar] Programa Mariner

O Programa Mariner lançou uma série de sondas interplanetárias robóticas para investigar vários planetas. O programa realizou uma série de conquistas inéditas, entre elas o primeiro sobrevoo de um outro planeta, as primeiras imagens próximas de um outro planeta, a primeira sonda orbital planetária e a primeira manobra espacial com auxílio da gravidade.

Mariner 9

Imagens obtidas pela Pioneer 10 durante a aproximação e afastamento de Júpiter

Imagem de Urano fotografado pela Voyager 2
Dos dez veículos da série Mariner, sete foram bem sucedidos e três foram perdidos. As projetadas Mariner 11 e a Mariner 12 evoluíram para se tornarem a Voyager 1 e a Voyager 2 do programa Voyager, enquanto que a Viking 1 e a Viking 2, de pesquisa de Marte, foram versões ampliadas da Mariner 9. Outras sondas baseadas na série Mariner incluem a Magellan para Vênus e a GalileuJúpiter. A segunda geração de naves espaciais Mariner, chamada série Mariner Mark II, eventualmente evoluiu para a sonda Cassini-Huygens, agora em órbita em torno de Saturno. para
Todas as naves Mariner foram construídas com um núcleo hexagonal ou octogonal que abriga toda a eletrônica, e ao qual se ligam todos os outros componentes, tais como antenas, câmeras, sistemas de propulsão e fontes de energia. Todas as sondas, exceto a Mariner 1, a Mariner 2 e a Mariner 5, levavam câmeras de TV. As cinco primeiras foram lançadas em foguetes Atlas-Agena, e as cinco últimas usaram o Atlas-Centauro. Todas as sondas tipo Mariner depois da Mariner 10 foram lançadas com foguetes Titan IIIE e Titan IV.

[editar] Programa Pioneer

O programa Pioneer foi projetado para a exploração planetária. Na série de missões do programa as mais notáveis foram a Pioneer 10 e a Pioneer 11, que exploraram os planetas externos e ultrapassaram suas órbitas em direção ao espaço exterior. Ambas carregam uma placa de ouro com representações de um homem e uma mulher e informações sobre a origem e os criadores das sondas, caso qualquer vida extraterrestre as encontre algum dia.
A missão para Vênus consistiu em dois componentes lançados separadamente. A Pioneer Venus 1 foi lançada em 1978 e estudou o planeta por mais de uma década após a entrar em sua órbita, e a Pioneer Venus 2 enviou quatro pequenas sondas para a atmosfera venusiana.

[editar] Programa Voyager

O programa Voyager consiste de um par de sondas, a Voyager 1 e a Voyager 2. Elas foram lançadas em 1977 aproveitando um alinhamento planetário favorável. Apesar de terem sido oficialmente planejadas para estudar apenas Júpiter e Saturno, as duas sondas foram capazes de continuar sua missão no sistema solar exterior. Ambas alcançaram a velocidade de escape do sistema solar e nunca mais voltarão, e ambas, ainda operacionais, vêm reunindo grandes quantidades de dados sobre os gigantes gasosos do sistema solar, dos quais pouco era conhecido anteriormente.[26] Em 13 de dezembro de 2010, depois de meses à espera da confirmação dos dados, a NASA anunciou que a Voyager 1, viajando a uma velocidade de 17 km/s, havia em junho deste ano alcançado a zona de heliopausa, tornando-se o primeiro artefato humano a chegar à fronteira do Sistema Solar.[27]

[editar] Programa Viking

O programa Viking consistiu de um par de sondas espaciais enviadas a Marte, a Viking 1 e a Viking 2. Cada veículo era composto de duas partes principais, uma projetada para fotografar a superfície a partir de órbita, e outra para estudar o planeta na superfície. A Viking 1 foi lançada em 20 de agosto, e a Viking 2, no dia 9 de setembro de 1975, ambas através de foguetes Titan III-E com estágios superiores Centaur. Os orbitadores, baseados na Mariner 9, foram criados na forma de um octágono de aproximadamente 2,5 m de diâmetro e massa total de lançamento de 2328 kg, dos quais 1445 kg eram carburante e gás de controle de atitude. Os objetivos principais dos orbitadores Viking foram o transporte das sondas de superfície a Marte, a realização do reconhecimento de locais de possível pouso, a atuação como ponte de comunicação para as sondas de superfície e a realização de suas próprias investigações científicas.[28] [29] Os landers (veículos de solo) pesavam cerca de 650 kg, incluindo combustível e equipamentos para estudos biológicos, químicos, geológicos, meteorológicos e outros, além de enviarem mais de 57 mil fotografias da superfície marciana.[30]

Paisagem marciana tomada pela sonda Viking Lander 1, que pousou no planeta

Uma das mais famosas imagens do Hubble, "Pilares da Criação" mostrando as estrelas na Nebulosa da Águia
Viking foi uma das mais bem-sucedidas missões da NASA, a primeira a fazer pousar e operar um artefato humano na superfície de outro planeta, apenas dezenove anos depois do lançamento do primeiro satélite terrestre artificial, mas teve um alto custo, mais de um bilhão de dólares na época.[31] Ao descobrir muitas formas geológicas que geralmente são produzidas pela movimentação de grandes quantidades de água, o programa Viking causou uma revolução nas idéias científicas sobre a água em Marte. As sondas causaram também uma revolução no imaginário sobre Marte, que depois da extensa documentação fotográfica, já não era mais o lugar misterioso da ficção científica, tornando-se por outro lado um vasto campo para novos estudos. A maior frustração do programa, porém, foi para aqueles que esperavam encontrar alguma evidência de vida em Marte. Nada foi encontrado que provasse isso conclusivamente, mesmo que no início das análises, obtendo alguns dados intrigantes, a esperança tenha se mantido.[32]

[editar] Programa Hélios

As sondas Hélios I e Hélios II foram um par de sondas lançadas em órbita do Sol com a finalidade de estudar processos solares. Fruto de uma parceria entre a Alemanha Ocidental e a NASA, as sondas foram lançadas no Cabo Canaveral em 10 de dezembro de 1974 e 15 de janeiro de 1976. Tornaram-se notáveis por estabelecerem um recorde de velocidade máxima entre satélites, atingindo 252.792 km/h. As sondas Helios completaram a sua missão principal do início dos anos 1980, mas continuaram a enviar dados até 1985. Hoje desativadas, ainda permanecem em sua órbita elíptica em torno do Sol.

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