Muammar al-Gaddafi
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Muammar al-Khadafi معمر القذافي |
|
Chefe de Estado da Líbia | |
Mandato: | Desde 1 de Setembro de 1969 |
Precedido por: | cargo criado |
Nascimento: | 7 de Junho de 1942 (68 anos) Surt , Tripolitânia Líbia |
Muammar Abu Minyar al-Gaddafi (ver nota) (em árabe: معمر القذافي Muʿammar al-Qaḏḏāfī ; Surt, 7 de Junho de 1942) é o chefe de Estado da Líbia desde 1969.
Na qualidade de presidente do conselho da revolução, nacionalizou a
indústria do petróleo e converteu-se no primeiro representante do pan-islamismo. Nas décadas de 1970 e 1980 apoiou diversos grupos islâmicos de libertação nacional no Terceiro Mundo.
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[editar] Ortografia
O nome do líder líbio é escrito de várias maneiras diferentes devido a dificuldades da transliteração da língua árabe e também da pronúncia regional da Líbia. As muitas ortografias possíveis no alfabeto latino são : Muammar al-Khaddafi, Moammar Gadhafi, Muammar al-Qadhafi, Mu'ammar Al-Qadhafi, Muammar al-Khadafi. O próprio comandante líbio parece preferir Moammar El-Gadhafi, Muammar Gadafi ou al-Gathafi.
[editar] Biografia
O futuro militar e estadista líbio teria nascido entre 1941 e 1942, em uma tenda no deserto, próximo à cidade líbia de Surt. Na juventude, integrou a Academia Militar de Benghazi, segunda principal cidade do país, e também integrou a Real Academia Militar (The Royal Military Academy) em Sandhurst, na Inglaterra.
Em 1969, aos 27 anos de idade, Muammar al-Gadhafi era membro das tropas revolucionárias que tomaram o governo do país no dia 1 de setembro do mesmo ano, tendo como líder Al Magrabbi.
Logo após a tomada do poder, Al Magrabbi sai de cena e Qadhafi toma
posse do país, como líder da revolução líbia com o título de Coronel,
substituindo o deposto rei-em-exercício, Príncipe Ridah e o Rei licenciado para fins médicos na Grécia e no Egito, Ídris I,
tio de Ridah. Declarou ilegais as bebidas alcoólicas e os jogos de
azar, exigiu e obteve a retirada americana e inglesa de bases militares,
expulsou as comunidades judaicas e aumentou decididamente a
participação das mulheres na sociedade.
Em 1992 e 1993, a Organização das Nações Unidas impôs sérias sanções à Líbia acusando seu líder de financiar o terrorismo pelo mundo. Sendo essas sanções suspensas em 1999 pela mesma.
Em 1998 o chefe de
estado líbio sofreu uma tentativa de golpe de estado, havendo recebido
um tiro e tendo de ter sido operado às pressas. O golpe de estado
fracassou e o regime foi mantido.
Na década de 2000, al-Gaddafi pagou integralmente indenizações às famílias dos mortos pelo atentado de Lockerbie. Na mesma década, o Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, diz ter desmantelado o arsenal nuclear líbio.
Em Maio de 2006, a Líbia saiu da lista negra (de embargos econômicos) dos Estados Unidos,
pela iniciativa do presidente Muammar al-Gaddafi em 2003 de desistir de
programas de armas de destruição em massa e colaborar com o combate ao
terrorismo, eixo da política externa americana.
Muammar al-Qaddafi é um dos líderes mundiais que está há mais tempo no poder, instalou em seu país, em 1969, a Jamahiriya Líbia ou, socialismo árabe.
[editar] Infância e juventude
Gaddafi nasceu numa tradicional família líbia. Teve contato com beduínos comerciantes que viajavam pela região de Surt, com quem adquiriu e formou suas precoces posições políticas.
Ainda criança, Gaddafi foi enviado à uma rígida escola, onde passou anos longe de seus pais. Lá destacou-se em matemática, literatura e geografia, mesmo apesar do ensino ser muito avançado.
Após os 10 anos de idade, Gaddafi passou a apresentar um grande
interesse sobre assuntos políticos da África do norte, comentando com
seus colegas de escola sua admiração pela personalidade e pelo governo
do presidente egípcio Gamal Abdel Nasser - que, na época, adotava inúmeras medidas anti-americanas e anti-sionistas no Egito devido aos conflitos entre israelenses e palestinos, que estavam sendo iniciados na época. Com apenas 12 anos de idade, escrevia planos de como derrubar o governo do então rei Idris I e instalar no país uma econômia socialista.
Depois de terminar a primeira etapa de seus estudos, Gaddafi, aos 17
anos, entrou para a carreira militar como parte do plano para o golpe.
No primeiro ano do curso superior formou um clube de opositores ao
governo de Idris I, que cada vez mais vinha autorizando a entrada de
americanos na Líbia, decisões que Gaddafi abominava.
[editar] Tomada de poder
Gaddafi teve sucesso com seu clube, conseguindo muitos membros e
apoiadores de altos cargos da polícia líbia. No ano de 1969 o governo de
Idris I
passava por uma crise de impopularidade, pois grandes quantidades de
petróleo Líbio estavam sendo utilizadas pelos Estados Unidos, que não
arcavam com nenhuma quantia. Foi o momento perfeito para Gaddafi agir.
Coronéis do exército líbio invadiram Trípoli e obrigaram Idris a
renunciar, colocando Gaddafi como presidente
[editar] Medidas como presidente
Gaddafi retirou da Líbia todos os americanos vindos através da
aliança entre Idris I e os EUA, fechou as danceterias, bordéis e bares
trazidos pelos americanos, impondo à toda Líbia respeito aos preceitos e
morais do islamismo, proibiu a exportação de petróleo para os EUA e confiscou propriedades internacionais.
No ano seguinte após o golpe de Gaddafi, Gamal Abdel Nasser faleceu.
Inconformado, Gaddafi começou a patrocinar e apoiar todos grupos, países
e facções anti-americanas/israelenses de que tinha conhecimento, entre
eles os Panteras Negras, o Fatah e alguns países do Oriente Médio, tentando dar continuidade ao trabalho de Nasser, que tanto admirara. Inclusive Gaddafi teve ligação direta com o massacre de Munique,
que ocorreu durante a realização dos jogos Olímpicos no dia 5 de
setembro de 1972, patrocinando e dando cobertura ao grupo que ficou
conhecido como Setembro Negro. Onze atletas israelenses foram assassinados nesse epsódio.
Após sua mulher e sua filha morrerem em um bombardeio americano a
Trípoli, Gaddafi se distanciou superficialmente de suas alianças com
grupos terroristas. Atualmente alega estar arrependido.
FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
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