Colônia de pinguim-imperador desaparece da península antártica
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A redução do gelo na Antártida, originada pelo aquecimento global, pode
explicar o desaparecimento inédito de uma colônia de pinguim-imperador
que vivia no extremo da península antártica, noticia o site LiveScience
nesta quinta-feira.
Os animais se reuniam na ilha Imperador e foram avistados pela primeira
vez em 1948. Até os anos de 1970, tinham uma vida relativamente estável,
mas sofreram uma queda populacional em 1978. Em 2009, porém, eles
haviam sumido completamente.
Segundo o autor da pesquisa, Philip Trathan, a causa do fenômeno ainda é desconhecida.
Os pinguins podem ter morrido naturalmente ou por consequência de alguma
doença. Outra hipótese é que teriam migrado e mesmo o aumento na
temperatura afetaria indiretamente os pinguis, diminuindo sua capacidade
de pescar ou aumentando a presença de predadores naturais.
AP | ||
Pinguim-imperador com uma cria; os animais sumiram completamente da península antártica em 2009 |
O pinguim-imperador costuma retornar ao local de seu nascimento depois
de um ano, mas também se move para outras regiões caso haja uma mudança
no gelo ao redor. O gelo antártico, sobre o oceano, é importante para
esses animais. Como estão ligados a camadas geladas da costa, não se
movimentam com a ação do vento ou das ondas, o que torna o lugar seguro
para a sua procriação.
Trathan especula que os pinguins, nascidos no fim da década de 1970 e
com uma expectativa de vida de cerca de 20 anos, voltaram seguidamente à
ilha, como mandavam seus instintos, até que os grupos começaram a ficar
cada vez menores, chegando à extinção.
Uma pesquisa publicada na revista PNAS ("Proceedings of the National
Academy of Sciences"), em 2009, afirma que há 36% de chances de a
população do pinguim-imperador sofrer com a diminuição do gelo do
oceano. Ou o mesmo que uma redução de até 95% ou mais de sua espécie até
2100 --praticamente o desaparecimento da espécie.
FONTE: Folha.com/Ambiente
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