13/04/2011
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10h09
Lama preserva dados de inseto com 315 milhões de anos
DO "NEW YORK TIMES"
Cerca de 315 milhões de anos atrás, um inseto pousou em um lugar enlameado, ficou ali por um tempo e saiu voando.
Espantosamente, a impressão daquele inseto na lama, com aproximadamente
3,8 centímetros de comprimento, se solidificou e sobreviveu até hoje.
"Ele deixou uma cópia perfeita de seu corpo", diz o curador-assistente
do Museu de Zoologia Comparativa de Harvard, Richard J. Knecht, que
descobriu o fóssil em rochas de arenito no sudeste de Massachusetts
(EUA). "Praticamente tudo está ali, exceto pelas asas."
Já foram encontrados fragmentos de insetos voadores --no geral, apenas as asas-- com data de até 325 milhões de anos atrás.
O fóssil de Massachusetts, porém, oferece a visão mais antiga, e talvez de melhor qualidade, de um inseto voador da antiguidade.
Jacob Benner/Tufts University/The New York Times | ||
Impressão do corpo do inseto, com cerca de 3,8 centímetros de comprimento, se solidificou e sobreviveu até hoje |
Knecht procurava por fósseis perto de um pântano e encontrou um afloramento de rocha promissor.
"O primeiro pedaço que peguei estava naturalmente fendido", conta. "Eu o
abri como um livro, e ali estava o fóssil, as duas metades, como num
molde."
Knecht explicou que, há 315 milhões de anos, o lugar era próximo à
lateral de uma montanha acentuada, onde sedimentos se acumulavam
rapidamente. Logo depois de o inseto voar dali, a marca foi enterrada e
preservada.
Pelo formato do inseto, Michael S. Engel, entomologista da Universidade
do Kansas, o identificou como da classe Ephemeroptera, um dos primeiros
grupos de insetos voadores. "Ele seria bastante similar aos insetos de
hoje", afirmou Knecht.
Knecht, Engel e Jacob S. Benner, paleontólogo da Universidade Tufts,
descreveram a impressão do fóssil num artigo publicado em "The
Proceedings of the National Academy of Sciences".
FONTE: Folha.com/Ciências
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