24/04/2011
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17h58
Mosquito modificado pode brecar transmissão da malária
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DA REUTERS
Cientistas envolvidos no combate à malária descobriram uma forma de
manipular geneticamente populações de mosquitos, com a esperança de no
futuro reduzir drasticamente a proliferação da doença.
Em estudo publicado na revista "Nature", os pesquisadores do Imperial
College, de Londres, e da University de Washington, de Seattle (EUA),
relataram que, após fazer alterações genéticas específicas em alguns
mosquitos e permitir que eles procriassem, tais alterações poderiam ser
transmitidas para grandes populações de mosquitos em poucas gerações.
Esse é o primeiro experimento demonstrando esse princípio, segundo os
cientistas, e o resultado sugere que no futuro será possível difundir
mudanças genéticas que dificultem a transmissão da malária pelos
mosquitos.
A malária é uma doença infecciosa que afeta mais de 240 milhões de
pessoas por ano, matando cerca de 850 mil delas --inclui um grande
número de crianças na África.
Não existe vacina, e a prevenção é feita por pesticidas e mosquiteiros (redes sobre as camas).
Na nova experiência, os cientistas demonstraram que um elemento genético
modificado, chamado I-SceI, pode ser incorporado ao DNA de mosquitos em
cativeiro, sendo transferido a outras gerações na natureza.
Seria possível, então, alterar o código genético dos mosquitos para impedi-los de transmitir o parasita da malária, o Plasmodium falciparum.
Há cerca de 3.500 espécies de mosquitos no mundo, mas poucas delas
transmitem a malária. Os pesquisadores disseram que a manipulação
genética poderia permitir um maior foco no controle apenas das espécies
mais perigosas.
Na experiência, foi usado um gene fluorescente verde para monitorar a mudança genética e sua transmissão a outras gerações.
Agora, a equipe está voltada para genes que o mosquito usa para se reproduzir ou para transmitir a malária.
FONTE: Folha.com/Ciências
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