18/04/2011 - 16h34
Penas de aves mostram o aumento da poluição nos últimos 120 anos
WASHINGTON, 18 abril 2011 (AFP) - Penas de aves marinhas do Oceano
Pacífico recolhidas nos últimos 120 anos mostram o incremento de um tipo
de mercúrio tóxico que viria, provavelmente, de atividades humanas
contaminantes, disseram cientistas americanos nesta segunda-feira.
Pesquisadores da Universidade de Harvard tiraram de duas coleções de
museus dos Estados Unidos mostras de penas pertencentes ao albatroz de
patas negras, em risco de extinção, afirma o estudo publicado nas Atas
da Academia Nacional de Ciências.
Uma análise das penas, datadas de entre 1880 e 2002, mostram um
"incremento dos níveis de metilmercúrio, una neurotoxina que puede
causar danos ao sistema nervoso central e que provém da queima de
combustíveis fósseis, assinala o estudo.
Acredita-se que os crescentes níveis de mercúrio nos peixes e nos
alimentos de origem marinha representem uma ameaça para a saúde humana,
em particular para crianças e mulheres grávidas.
"De algum modo, essas penas de aves representam a memória do oceano",
disse um dos autores do estudo, Michael Bank, um cientista do
Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública de
Harvard.
"Nossas descobertas abrem uma janela das condições históricas e atuais
do Pacífico, uma área pesqueira fundamental para as populações humanas",
disse Bank.
As concentrações mais altas nas penas foram vinculadas à exposição das
aves no período posterior a 1990, que coincide com um pico recente das
emissões de carbono provenientes das regiões da Ásia-Pacífico, em
particular da China, diz o estudo.
FONTE: Folha.com/Ambiente
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