Ativistas fazem protesto contra Petrobras na Nova Zelândia
DA BBC BRASIL
Uma frota de cerca de 20 barcos de ativistas vem protestando há mais de
uma semana na costa da Nova Zelândia contra os trabalhos de perfuração
de poços de teste pela empresa brasileira Petrobras.
A Petrobras recebeu no ano passado do governo neozelandês a concessão
para verificar a existência de gás natural e petróleo na bacia de
Raukumara, na costa nordeste do país.
A frota enfrentou nesta segunda-feira o navio Orient Explorer, da
empresa brasileira, que iniciou na semana passada os primeiros testes de
perfuração na região.
Os ativistas reclamam dos potenciais perigos de contaminação ambiental
em caso de vazamentos como o que ocorreu no ano passado em um poço da
britânica BP no golfo do México.
SEM CONFIANÇA
Entre os grupos que participam do protesto estão aborígenes da região
norte da Nova Zelândia, que temem a destruição dos recursos naturais dos
quais dependem para sua subsistência.
"Não temos confiança nessa companhia ou no governo quando dizem que
nenhum dano ocorrerá ao que nos é caro. Não queremos nenhuma exploração
de petróleo ou perfurações nas nossas águas", afirmou Dayle Takitimu, da
comunidade maori Te Whanau-a-Apanui.
Segundo Steve Abel, porta-voz da ONG ambientalista Greenpeace, um barco
do grupo enfrentou hoje o Orient Explorer e enviou uma mensagem exigindo
a paralisação imediata dos testes na costa neozelandesa.
O capitão do navio da Petrobras teria confirmado o recebimento da mensagem, mas manteve os testes.
"É totalmente temerário que o governo tenha convidado esta indústria
para nossas águas, arriscando um desastre que poderia devastar nossa
costa e nossa economia", afirmou Steve Abel, porta-voz do Greenpeace.
Procurada pela reportagem da BBC Brasil, a assessoria de imprensa da
Petrobras ainda não respondeu às solicitações de esclarecimento sobre o
caso.
FONTE: Folha.com/BBC Brasil
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