12/04/2011
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16h01
Metade das 672 espécies brasileiras ameaçadas está protegida
DA AGÊNCIA BRASIL
Metade das 627 espécies brasileiras ameaçadas de extinção vive em
unidades de conservação federais, onde estão mais protegidas do risco de
desaparecer da natureza. É o que mostra levantamento divulgado pelo
ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) na
terça-feira.
Intitulado Atlas da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção em Unidades de
Conservação Federais, o levantamento detalha quais são e onde estão as
314 espécies encontradas em unidades de conservação de todo o país,
inclusive no bioma marinho.
Marcus Obal/CC |
Onça-pintada está entre os animais ameaçados que se encontram em áreas de conservação brasileiras |
Entre os animais ameaçados encontrados nas áreas de conservação, estão o
peixe-boi-da-amazônia, a onça-pintada, o mico-leão-dourado e a
arara-azul-de-lear, símbolos da fauna brasileira ameaçada.
Apesar da proteção de espécies emblemáticas, ainda não se sabe se a
outra metade da lista de animais ameaçados está em territórios
protegidos.
A maioria dos animais com risco de extinção registrados nas UCs é de
aves e mamíferos, mais fáceis de identificar, segundo o coordenador
geral de espécies ameaçadas do ICMBio, Ugo Vercillo. "Peixes e
invertebrados são mais difíceis de serem encontrados e identificados."
A meta brasileira, assumida diante da Convenção da Organização das
Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, é garantir que 100% dos
animais ameaçados tenham exemplares em territórios protegidos. "O
primeiro passo para conservar é saber onde elas estão, procurar cada
espécie", avalia Vercillo.
MATA ATLÂNTICA
O bioma com maior número de registros de animais ameaçados encontrados
em UCs é a Mata Atlântica, onde parques nacionais, estações ecológicas e
outras unidades abrigam 168 espécies ameaçadas de extinção. Na
Caatinga, das 43 espécies ameaçadas de extinção no bioma, 41 estão em
unidades de conservação.
O presidente do ICMBio, Rômullo Melo, disse que o levantamento pode
orientar a gestão das unidades espalhadas pelo país e ajudar a
identificar lacunas de preservação.
"O atlas fez o cruzamento para saber que unidades de conservação
protegem que espécies ameaçadas. Vai ser um instrumento importante para
orientar a definição de áreas prioritárias para ampliação e criação de
novas unidades de conservação", explica.
O ICMBio lançou uma revista eletrônica para divulgação de informações
científicas sobre espécies brasileiras, incluindo as ameaçadas de
extinção. A meta é avaliar 10 mil espécies nos próximos cinco anos.
O instituto também colocou no ar sua nova página na internet, com serviços e informações sobre as 310 unidades de conservação federais do país.
FONTE: Folha.com/Ambiente
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