quarta-feira, 31 de julho de 2013

SORRISO AMARELO! CIENTISTAS CRIAM DENTES A PARTIR DE URINA ( Artigo Científico )

30/07/2013 19h33


Redação SRZD

Imagem ilustrativa. Foto: Divulgação
Aquela velha expressão que se refere ao sorriso de uma pessoa quando ela está sem graça, "sorriso amarelo", pode adquirir um novo significado. Um estudo publicado no CellRegeneration Journal mostrou que a urina pode ser usada como fonte de células-tronco capazes de se transformar em estruturas semelhantes aos dentes humanos.

Cientistas chineses acreditam que a técnica pode ser utilizada para repor dentes que já tenham sido perdidos. Para isso, porém, a técnica ainda precisa ser desenvolvida e superar muitos obstáculos, segundo especialistas em células-tronco.
Os pesquisadores do Guangzhou Institutes of Biomedicine and Health utilizaram células expelidas pelo sistema urinários e misturaram com materiais orgânicos retirados de ratos. O dente criado pelos chineses, porém, não é tão rígido quanto um dente natural.
E aí, toparia provar essa técnica?
FONTE: Google Notícias

terça-feira, 30 de julho de 2013

DESMATAMENTO AUMENTA 437% NO MÊS DE JUNHO ( Meio Ambiente )

MEIO AMBIENTE
22/07/2013


O Instituto do Homem e do Meio Ambiente detectou o desmatamento de 184 km² de floresta no mês passado

por Débora Spitzcovsky
Fonte: Planeta Sustetável
     
Divulgação/Imazon
Desmatamento aumenta na Amazônia Legal em junho
Desmatamento aumenta na Amazônia Legal em junho.
Dias depois do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgar que o desmatamento na Amazônia Legal quase quintuplicou em maio de 2013, levantamento feito pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente (Imazon) revela que a situação na região continuou crítica em junho.
O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) da instituição detectou o desmatamento de 184 km² de floresta na Amazônia Legal no mês passado. Em junho de 2012, o número registrado foi de 34 km², o que revela um aumento de 437%.
Dessa vez, o estado do Pará levou o título de maior devastador da região, sendo responsável por 42% do desmatamento detectado. O Amazonas aparece em segundo lugar no ranking (32%), seguido por Mato Grosso e Rondônia.
A degradação florestal - provocada, entre outras atividades, pela intensa exploração madeireira - também cresceu na Amazônia Legal em junho: foram detectados 169 km² de destruição, contra 15 km² em 2012, o que representa um aumento de mais de 1000%.
De acordo com o Imazon, devido a baixa cobertura de nuvens, foi possível monitorar 88% da área total da Amazônia Legal no período. Em 2012, 73% do território foi monitorado pelo SAD
FONTE: Revista Planeta Sustentável

ÁFRICA: O CONTINENTE QUE ESTÁ SE PARTINDO AO MEIO ( Geologia/Tectonismo )

segunda-feira, 29 de julho de 2013

FREI FERNANDO ROSSI, QUE ACOMPANHAVA FREI DAMIÃO, MORRE AOS 95 ANOS ( Informativo )

Publicação: 29 de Julho de 2013 às 16:00

Morreu neste domingo (28) o Frei Fernando Rossi, 95 anos, que acompanhava Frei Damião durante as missões realizadas em cidades do Nordeste. O religioso estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional Santa Rita, no município de Palmeira dos Índios, desde a última quinta-feira (25), por conta de problemas cardíacos. A informação da morte foi confirmada pela Província Nossa Senhora da Penha do Nordeste do Brasil, ordem à qual o frei era vinculado. 
Arquivo/PNSPNB.
Frei Fernando costumava acompanhar Frei Damião durante as missõesFrei Fernando costumava acompanhar Frei Damião durante as missões

De acordo com o laudo médico, Frei Fernando Rossi morreu após apresentar infecção generalizada e complicações causadas por uma doença pulmonar crônica. O frei vivia há mais de 15 anos, na Vila São Francisco, localizada no município alagoano de Quebrangulo, onde ele será velado e sepultado.

Biografia

Frei Fernando Rossi, filho de casal Frederico Rossi e Ana Lúcia e cujo nome de batismo era Guiseppe Rossi, nasceu aos 20 de julho de 1918, na Itália, trouxe a vocação para a vida religiosa depois de 13 anos de estudos no Seminário e ordenou-se padre no dia 29 de fevereiro de 1942, precisamente há 70 anos.

Uma vida preciosa aos olhos de Deus e a Ele dedicada, na ordem dos capuchinhos, como frade religioso, seguidor do Seráfico Pai São Francisco, Frei Fernando Rossi abraçou a vida missionária. Seus superiores italianos o enviaram ao Brasil, especificamente, para Recife, chegando em 1947, quando recebeu ordens para acompanhar o missionário Frei Damião de Bozzano nas missões, cujo companheirismo só iria se desfazer com a morte de Frei Damião em 31 de maio de 1997, com uma convivência de mais de 60 anos.

O frei residiu por 17 anos, no Convento de São Félix de Cantalice, bairro do Pina, no Recife, até que o ministro-geral da Ordem, John Corriveau, passou a administração do convento para os religiosos brasileiros. Depois disso, ele mudou para a Vila de São Francisco, em Quebrangulo estado de Alagoas onde passou 16 anos.
FONTE: Tribuna do Norte

terça-feira, 23 de julho de 2013

CERIMÔNIAS TRADICIONAIS AJUDAM TRIBOS DE PAPUA NOVA GUINÈ A ACABAR COM GUERRAS ( Antropologia )

Antropologia


Número de conflitos entre clãs diminuiu depois que os povos retomaram cortes de anciões, costume antigo e abandonado após a colonização

Enga
Jovens Enga retornam de rituais tradicionais realizados com a intenção de educar e disciplinar os mais novos (Polly Wiessner)
Estudos recentes têm mostrado que a violência diminui conforme as instituições e os governos modernos se desenvolvem. De fato, o número de pessoas que morrem atualmente por conta de assassinatos é muito menor do que no passado. No entanto, um novo estudo publicado na revista Science mostra que, em alguns casos, são as instituições tradicionais e as formas antigas de governo que podem por um freio à violência trazida pelo mundo moderno. É o caso das tribos Enga, um grupo de mais de 400.000 pessoas que vivem no norte da Papua Nova Guiné, pequeno país da Oceania.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Toward Peace: Foreign Armsand Indigenous Institutions in a Papua New Guinea Society

Onde foi divulgada: revista Science

Quem fez: Polly Wiessner e Nitze Pupu

Instituição: Universidade de Utah

Dados de amostragem: Informações sobre 501 guerras realizadas entre os povos Enga e resultados de 129 cortes judiciais

Resultado: Depois que as tribos retomaram os métodos de julgamento realizados pelas gerações passadas, o número de mortos diminuiu. Ao comparar as guerras que aconteceram entre 1991 e 1995, e entre 2006 e 2010, os pesquisadores descobriram que o número de conflitos que tiveram de 51 a 300 mortes foi de 9% para 1%.
Até os anos 1990, as desavenças entre as 110 tribos Enga eram resolvidos em conflitos à base de arco e flecha, com um número baixo de mortos e feridos. No entanto, com a adoção de armas modernas como rifles semiautomáticos e espingardas, o número de mortes disparou – entre 1990 e 2010 foram 4.816 mortes. "Missões e escolas foram queimadas, vales inteiros foram desocupados, milhares se tornaram refugiados e os serviços do governo foram interrompidos" disse a antropóloga Polly Wiessner, da Universidade de Utah, que estuda as tribos locais desde 1985.
As guerras começaram a diminuir a partir de 2005, quando a população se deu conta do caos provocado pelas batalhas. Os líderes do clãs e das igrejas locais se juntaram e conseguiram restabelecer a paz ao retomar uma instituição indígena tradicional: as cortes ao ar livre. A única diferença é que, dessa vez, elas eram sancionadas pelo poder do estado.
Os anciãos Enga adaptaram as cerimônias usadas pelas gerações passadas de modo a enfrentar as guerras modernas. Por isso, os magistrados das cortes não se focam na punição dos crimes, mas na restituição dos malefícios provocados. Na maior parte das vezes, o pagamento de um crime se dá na forma da doação de porcos. Uma regra antiga dizia que os combatentes deveriam ser enviados para casa e mascar cana-de-açúcar até chegar a um acordo. Nos tempos modernos, a tradição continua a mesma — a única diferença é que o hábito de mascar cana foi trocado pelo de beber Coca-Cola.
A pesquisa, que analisou dados de 501 guerras e 129 cortes, mostrou que usar os métodos antigos para resolver os conflitos locais acabou sendo mais efetivo para o governo de Papua Nova Guiné do que impor as leis ocidentais. "O caso fornece uma oportunidade rara de examinar a construção e adaptação de instituições para promover a paz", diz o estudo.
Polly Wiessner
Enga
Clã realiza ritual para receber compensação pela morte de um membro
História de violência — Os conflitos não são novidade entre as tribos locais. Há cerca de 350 anos, os comerciantes Enga introduziram a batata doce na região, o que permitiu que os porcos fossem alimentados de modo a criar uma produção excedente e, por consequência, uma rede de comércio. As tribos passaram a se mover para áreas mais férteis, e essa migração acabou dando início a inúmeros conflitos. Entre os Enga, a guerra tribal é considerada um meio radical de vingar insultos ou lesões, mostrar força ou restabelecer o balanço de poder.
A partir de 1850, as tribos criaram instituições para acabar com a violência. As ofensas passaram a ser pagas com compensações, usando principalmente os porcos criados na região. Novas cerimonias religiosas e tribais surgiram, para disciplinar os mais jovens, honrar os ancestrais e unir os clãs.
Depois de 1950, quando colonizadores australianos começaram a controlar o local, a paz passou a ser mantida por soldados armados, enfraquecendo as tradições tribais. Em 1975, o país conquistou sua independência, e a guerra ressurgiu no país. “As pessoas iniciavam conflitos porque alguém roubava um porco, estuprava uma mulher ou matava alguém, e o clã tinha que mostrar sua força para se defender”, diz Wiessner.
Embora o número de conflitos tenha crescido nesse período, a quantidade de mortos e feridos era pequena, pois as armas usadas pelos combatentes ainda eram arcos e flechas. "Nessa época, era possível pegar seu almoço, subir um morro e assistir à guerra de longe. Era como ver um jogo de futebol", afirma a pesquisadora.
As armas de fogo eram mantidas longe dos conflitos, para evitar carnificinas. No entanto, a partir de 1990, os combatentes mais jovens passaram a adotar essa tecnologia, a contragosto dos mais velhos, e uma corrida armamentista teve início na região. Por duas décadas, os conflitos explodiram, e dizimaram 1% da população local. A intensidade das batalhas só foi diminuir a partir de 2005, quando as tribos retomaram os conselhos de anciãos e os tribunais ao livre realizados por seus antepassados.
Polly Wiessner, University of Utah
magistrados
Magistrados de corte tribal Enga se reúnem depois de uma negociação de cessar fogo entre clãs locais
Justiça tribal — O estudo de Polly Wiessner vai de encontro com o que defende o psicólogo Steven Pinker, da Universidade de Harvard, que diz que as sociedades humanas surgiram em meio à violência, e se tornaram mais pacíficas com o passar do tempo. "Nosso estudo mostra que sociedades de pequena escala tinham meios efetivos de resolver conflitos e garantir a paz,  ao contrário do que muita gente, inclusive Pinker, diz acontecer nas sociedades pré-estatais", diz Wiessner. "Não estou dizendo que Pinker está errado, mas os Enga mostram que pode haver uma grande variação na capacidade das diferentes sociedades de controlar a violência."
Ao comparar os períodos que vão de 1991 a 1995 e 2006 a 2010, a proporção de guerras que tiveram entre 51 e 300 mortos caiu de 9% para 1%. No mesmo período, a proporção de guerras com um a cinco mortos subiu de 23% a 74%, mostrando que os tribunais eram capazes de acabar com os conflitos antes que eles se intensificassem.
Antes da introdução das armas modernas, o número médio de mortos por conflito era de 3,7. A partir de 1991, ele subiu para 19. Entre 2006 e 2010, o número de mortos por conflito caiu para cinco.

Segundo Wiessner, o sistema judicial ocidental funciona em grandes sociedades, onde a maior parte da população não se conhece. A justiça é eficiente ao tirar ao tirar o transgressor de circulação, mas, como ele não aceita sua responsabilidade perante a comunidade e não compensa seu crime, a vítima acaba ficando sem nada. "De modo diferente do sistema de justiça ocidental, as cortes satisfazem as necessidades da comunidade: elas conseguem restaurar as relações pela compensação material, ao mesmo tempo em que levam em consideração a política local e as relações futuras."
 

FONTE: Revista Veja/Ciência

Papua Nova Guiné

Nome oficial: Estado Independente da Papua Nova Guiné
Capital: Port Moresby
População: 6.188.000
Área: 462.840 quilômetros quadrados.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

PESQUISA SUGERE QUE PRIMEIROS GRUPOS HUMANOS NÃO SE DEDICAVAM A GUERRAS ( Antropologia )

Antropologia


Cientistas finlandeses mostraram que povos caçadores-coletores não costumam guerrear entre si — 85% das mortes foram causadas por disputas dentro dos próprios grupos

Povo !Kung fazendo fogo no Deserto do Kalahari
O povo !Kung habita o deserto do Kalahari, no sul da África. Dos quatro assassinatos registrados entre eles, nenhum foi cometido por mais de uma pessoa, sugerindo que não haviam ocorrido em meio a uma guerra (Ian Sewell)
Uma nova pesquisa sugere que a guerra não faz parte da natureza humana. Ao contrário, quando os homens estão reunidos em pequenos bandos de caçadores-coletores — considerado o modelo mais antigo de comportamento humano —, esses grupos dificilmente se envolvem em grandes conflitos. Segundo os dados apresentados nesta quinta-feira na revistaScience, os ancestrais dos humanos modernos matavam uns aos outros, principalmente, por motivos pessoais. A guerra e as grandes disputas violentas por recursos só se tornariam comuns mais tarde, com o desenvolvimento de sociedades mais complexas.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Lethal Aggression in Mobile Forager Bands and Implications for the Origins of War

Onde foi divulgada: periódico Science

Quem fez: Douglas P. Fry e Patrik Söderberg

Instituição: Åbo Akademi University, em Vasa, Finlândia; entre outras

Dados de amostragem: 148 assassinatos registrados entre 21 povos caçadores-coletores

Resultado: Os pesquisadores descobriram que 85% das mortes foram causadas por disputas dentro dos próprios grupos. Apenas 15% poderiam ser creditadas a disputas externas ou a guerras
A discussão sobre a violência entre os caçadores-coletores é antiga entre os cientistas e pensadores. Como esse foi o primeiro modo de organização dos seres humanos — e o modo em que eles sobreviveram pela maior parte de sua história —, sua possível tendência à guerra diz muito sobre os modos de organização da sociedade e sobre a própria natureza do homem.
Em 2011, o psicólogo canadense Steven Pinker publicou o livro Os Anjos Bons de Nossa Natureza, no qual defende que os antepassados humanos viviam envoltos em conflitos sanguinários, que só começaram a diminuir com o aumento da razão e do conhecimento, principalmente a partir do iluminismo. Os dias de hoje seriam os mais pacíficos de toda a história. Suas ideias foram rebatidas em um artigo publicado pelo primatologista holandês Frans de Waal, que mostrava não existir nenhuma predisposição genética à guerra, e que mesmo os outros grandes primatas eram capazes de conter a violência, sem necessidade de recorrer ao racionalismo. O homem seria naturalmente pacífico.
Na contribuição mais recente à discussão, publicada nesta quinta-feira, os pesquisadores finlandeses resolveram sair do plano teórico e analisar os tipos de assassinatos que eram cometidos entre os caçadores-coletores. Como não podiam estudar grupos que viveram há milhares de anos, eles se debruçaram sobre um banco de dados que reúne informações sobre 186 sociedades caçadoras-coletoras que sobreviveram até o século 20, como os !Kung, no sul da África, e os Semang, na Malásia. Ao escolher de modo aleatório 21 dessas sociedades, eles se depararam com 148 mortes violentas. Apenas uma pequena parte delas, no entanto, teria sido causada pela guerra.

Guerra e paz — Segundo os pesquisadores, a maioria dessas mortes poderia ser creditada a homicídios comuns, causados por disputas pessoais em vez de grupais. Pelo menos 55% dos assassinatos haviam sido cometidos de forma isolada — com apenas um assassino e uma vítima. Mais de dois terços de todas as mortes podem ser atribuídas a brigas familiares, competições por parceiros sexuais, acidentes ou execuções decididas pelo grupo, como punições a um roubo, por exemplo.
Cerca de um terço de todas as mortes aconteceram por causa de disputas entre membros de grupos diferentes — o que poderia ser chamado de guerra. No entanto, três quartos dessas mortes foram causadas por membros do povo Tiwi, um grupo particularmente violento da Austrália. Se eles forem retirados da estatística, as mortes causadas por disputas externas representam apenas 15% do total registrado nos outros vinte grupos estudados.
Ainda existe uma discussão entre os cientistas se o estudo de grupos caçadores-coletores modernos é o ideal para compreender o comportamento dos primeiros seres humanos. Os pesquisadores do estudo atual, no entanto, dizem que eles são o melhor modelo encontrado até hoje para estudar essas sociedades. O resultado sugere que a guerra não está enraizada no comportamento mais antigo do homem — não está registrada em seu sangue ou DNA —, mas foi adotada mais recentemente, possivelmente após o advento da agricultura.
FONTE: Revista Veja/Ciência

domingo, 21 de julho de 2013

POPULAÇÃO CATÓLICA NO BRASIL CAI DE 64% PARA 57%, DIZ DATAFOLHA ( Pesquisa )

21/07/2013 10h11 - Atualizado em 21/07/2013 10h58


Na última visita de um Papa ao país, em 2007, 64% se diziam católicos.
Francisco chega ao RJ nesta segunda para Jornada Mundial da Juventude.

Do G1, em São Paulo

gráfico religião brasil datafolha VALE ESTE (Foto: Arte/G1)
O número de brasileiros que se declaram católicos caiu de 64% em 2007, quando houve a última visita de um Papa ao país, para 57% em 2013, segundo pesquisaDatafolha publicada  pelo jornal “Folha de S. Paulo” neste domingo (21). Os dados foram divulgados na véspera da chegada do Papa Francisco ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, que será iniciada nesta segunda-feira (22).
No mesmo período, a população de evangélicos pentecostais passou de 17% para 19%, a de evangélicos não pentecostais de 5% para 9% e a de espíritas kardecistas se manteve em 3%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa foi realizada nos dias 6 e 7 de junho. Foram feitas 3.758 entrevistas em 180 municípios brasileiros. A porcentagem da população católica é a menor da série histórica do Datafolha, iniciada em 1994. Na época, 75% dos brasileiros eram católicos, 10% evangélicos pentecostais, 4% evangélicos não pentecostais e 4% espíritas kardecistas. O menor número de católicos registrado desde então havia sido em 2011, com 62%.
Entre os católicos, 26% consideram que o Papa Francisco é melhor que seu antecessor, o Papa Bento XVI; 50% acham que os dois são iguais, e apenas 3% consideram Francisco pior.
Participação
A pesquisa também fez questionamentos sobre a participação dos entrevistados na igreja. Entre os católicos, apenas 17% costumam ir à missa e outros serviços religiosos mais de uma vez por semana. Quando é questionada a presença apenas uma vez por semana, o número sobe para 28%.

Ainda entre os católicos, 21% dizem ir à igreja uma vez por mês, e 7% assumem que não a frequentam.
Os números também apontam que 34% deles têm o hábito de contribuir financeiramente com a Igreja, com um valor médio mensal de R$ 23.
A participação parece é menor que a encontrada em outras religiões. Entre os evangélicos pentecostais, 63% vão à igreja mais de uma vez por semana, 52% contribuem financeiramente, e o valor médio é de R$ 69,10 mensais.
Entre os evangélicos não pentecostais, 51% vão à igreja mais de uma vez por semana, 49% contribuem financeiramente, e o valor médio é de R$ 85,90 mensais.
Já entre os espíritas kardecistas, 23% costumam participar de serviços religiosos, 16% contribuem financeiramente e o valor médio é de R$ 42 mensais.
Orientações religiosas
Os católicos também são os menos sujeitos a seguir as orientações políticas dadas por sua igreja, segundo o Datafolha. Apenas 5% dos entrevistados que se disseram católicos afirmaram ter votado em um candidato recomendado pela Igreja, e 11% consideram importante a opinião dos religiosos durante a campanha.

Entre os evangélicos pentecostais, os números sobem para 18% e 21%, respectivamente. Entre os evangélicos não pentecostais, 14% votaram em candidato recomendado e o mesmo número considera a opinião dos religiosos importante. Entre os espíritas kardecistas, os números caem para 3% e 12%.
Temas polêmicos
Os entrevistados também foram questionados acerca de temas polêmicos entre as religiões.

Em relação a leis que criminalizem o aborto, 22% dos católicos se disseram contra; o mesmo foi respondido por 16% dos evangélicos pentecostais, 23% dos evangélicos não pentecostais e 42% dos espíritas kardecistas.
Entre os católicos, 36% disseram ser contra a legalização da união de homossexuais. Entre os evangélicos pentecostais, 63% se disseram contra. O número cresce entre os evangélicos não pentecostais - 68% - e cai entre os espíritas kardecistas – 21%.
A adoção de crianças por casais gays é rejeitada por 42% dos católicos, 66% dos evangélicos pentecostais, 73% dos evangélicos não pentecostais e 31% dos espíritas kardecistas.
O número dos que são contra uma lei para punir a homofobia é menor em todas as religiões – 16% dos católicos, 24% dos evangélicos pentecostais, 21% dos evangélicos não pentecostais e 11% dos espíritas kardecistas.
FONTE: G1