domingo, 30 de junho de 2013

TESTE DE VACINA CONTRA DIABETES TIPO 1 É BEM SUCEDIDO ( Artigo Científico )

SAÚDE

DIABETES TIPO 1 
27/06/2013- 17:44


Pesquisadores encontraram uma forma segura de 'ensinar' o sistema imunológico do paciente a não atacar as células produtoras de insulina, problema que caracteriza a doença. Uso clínico da vacina, porém, pode demorar

Meningite B: a vacina 4CMenB será a primeira usada na prevenção da doença
Pesquisadores encontram caminho para tornar possível uma vacina que ajude pessoas com diabetes tipo 1 (Thinkstock)
Uma equipe de pesquisadores parece ter conseguido desenvolver uma vacina capaz de domar o sistema imunológico de uma pessoa de forma a evitar que ele passe a atacar e destruir as células que produzem insulina – quadro que caracteriza o diabetes tipo 1. Ainda em testes iniciais, a vacina, caso prove ser eficaz e segura em estudos futuros, poderá ser a solução para retardar ou até mesmo evitar a doença. As descobertas foram publicadas nesta quarta-feira no periódico Science Translational Medicine.
CONHEÇA A PESQUISA



Onde foi divulgada: periódico Science Translational Medicine

Quem fez: Bart O. Roep,Hideki Garren, Lawrence Steinman e outros

Instituição: Universidade Leiden, Holanda; Universidade de Washington, EUA; Universidade Stanford, EUA, e outras

Dados de amostragem: 80 pessoas maiores do que 18 anos

Resultado: A vacina desenvolvida parece ter preservado células produtoras de insulina em pacientes com diabetes tipo 1. Ao mesmo tempo, reduziu o número de células do sistema imunológico que atacam as células produtoras de insulina em pessoas com a doença.
O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, ou seja, que ocorre quando o sistema imunológico do paciente passa a atacar o próprio organismo. No caso dessa condição, o sistema de defesa reconhece como inimigo e ataca células que produzem a insulina, hormônio que ajuda a glicose a sair da corrente sanguínea e entrar nas células, controlando a taxa de açúcar no sangue. Pessoas com essa doença precisam controlar seus níveis de glicose várias vezes ao dia, além de repor a insulina no organismo.
A busca por uma vacina que consiga controlar o sistema imunológico e evitar que ele ataque essas células não é algo recente. Segundo esse novo artigo, cientistas estudam uma forma de tornar isso possível há mais de 40 anos. Na maioria das tentativas, o que ocorreu foi que a terapia atacou todo o sistema de defesa do indivíduo, fragilizando a saúde do paciente e o tornando mais propenso a outras doenças, como o câncer, por exemplo.
Ação específica — A nova pesquisa foi feita por especialistas de instituições como a Universidade Leiden, na Holanda, e a Universidade Stanford, Estados Unidos. Segundo os autores, a vacina desenvolvida por eles é feita a partir de um pedaço de DNA geneticamente modificado para conter a resposta imunológica à insulina. A vacina foi criada para destruir apenas as células do sistema imunológico que são prejudiciais, deixando o restante do sistema de defesa intacto.



Segura e eficaz — O teste da vacina envolveu 80 pessoas maiores do que 18 anos com diabetes tipo 1 que faziam tratamento com injeções de insulina. Parte delas recebeu doses dessa vacina e o restante, de placebo. Após 12 semanas recebendo uma dose de vacina ou placebo semanalmente, os pacientes do grupo da vacina ativa apresentaram sinais de que seu corpo estava preservando algumas das células produtoras de insulina no pâncreas sem efeitos adversos. Além disso, a nova vacina diminuiu o número de células do sistema de defesa responsáveis por matar as produtoras de insulina.
Lawrence Steinman, um dos autores do estudo, admite que a vacina está longe de ser comercializada, mas acredita que esses resultados são suficientes para que um estudo maior em torno do tratamento seja realizado futuramente. A ideia é que a vacina seja testada em 200 pessoas com diabetes tipo 1 para avaliar se ela pode parar a progressão da doença em pacientes jovens antes mesmo de a condição ter causado um dano maior à saúde.
FONTE: Revista Veja/Saúde

sábado, 29 de junho de 2013

USO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA É TEMA DO PRÊMIO JOVEM CIENTISTA ( Informativo )

Já estão abertas as inscrições para a 28ª edição do Prêmio Jovem Cientista, que terá como tema –  Água: Desafios da Sociedade.  De  acordo com  o regulamento, podem se inscrever estudantes do ensino médio, da graduação e da pós-graduação. As inscrições acontecem até 30 de agosto.
Júnior Santos
Água como saúde pública faz parte da pesquisa do ensino médioÁgua como saúde pública faz parte da pesquisa do ensino médio

Com o tema alinhado à política nacional de recursos hídricos do Governo Federal e ao Ano Internacional de Cooperação pela Água, promovido pela Unesco, esta edição do prêmio oferece mais de R$ 700 mil em bolsas de estudo, computadores e visitas aos laboratórios e fábricas, além de prêmios em dinheiro.

Premiação por categoria

A edição de 2013 premiará trabalhos em quatro categorias: mestre e doutor, na qual podem concorrer estudantes de mestrado, mestres, estudantes de doutorado e doutores e que tenham menos de 40 anos de idade em 30 de agosto de 2013; estudante do ensino superior, para estudantes que estejam frequentando cursos de graduação ou que tenham concluído a graduação entre 31 de dezembro de 2012 e 30 de agosto de 2013 e que tenham menos de 30 anos nessa data; estudante do ensino médio, dirigida a alunos regularmente matriculados em escolas públicas ou privadas de ensino médio e em escolas técnicas e que tenham menos de 25 anos de idade em 30 de agosto de 2013; mérito institucional, que premiará uma instituição de ensino superior e outra de ensino médio, às quais estiverem vinculados o maior número de trabalhos inscritos por seus estudantes e pesquisadores.    

Objetivo

Criado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em 1981, oconcurso tem como objetivos revelar talentos, impulsionar a pesquisa no país e investir em estudantes e jovens pesquisadores que procuram inovar na solução dos desafios da sociedade. Os organizadores do concurso estão disponibilizando no site o kit pedagógico Água: Desafios da Sociedade. O material foi produzido para professores do ensino médio que pretendem orientar seus alunos no desenvolvimento de trabalhos de pesquisa para o concurso. 

Kit pedagógico

Os professores interessados em receber o kit pedagógico impresso devem fazer a solicitação pelo www.jovemcientista.org.br/kit O material e o envio são gratuitos, mas a disponibilidade de kits é limitada. Todos os professores que participaram das Oficinas de Projetos Científicos, realizadas nos meses de maio de junho pelo Prêmio, assim como aqueles professores que já requisitaram o kit impresso pelo link informado, vão receber o material nos próximos dias. 

O regulamento e o formulário de inscrição podem ser encontrados na página do prêmio na internet. Nesta semana a coordenação do prêmio realizou visita na Universidade Federal do Rio Grande do Norte para divulgação entre docentes e alunos.


FONTE: Tribuna do Norte

NAVE VOYAGER 1 ENTRA EM ZONA DESCONHECIDA NAS FRONTEIRAS DO SISTEMA SOLAR ( Astronomia )

Astronomia


Dados enviados pela nave mostram que ela está dentro de uma região inexplorada conhecida como estrada magnética — o limite que separa o Sistema Solar do espaço interestelar

Voyager 1
A sonda Voyager 1 atingiu uma região do Sistema Solar conhecida como rodovia magnética, onde é atingida por partículas produzidas em outras regiões da galáxia (NASA/JPL-Caltech)
A nave Voyager 1 está perto de se tornar o primeiro objeto construído pelo homem a superar as fronteiras do Sistema Solar. Dados enviados pela sonda, a 18 bilhões de quilômetros de distância do Sol, mostram que ela está percorrendo a última camada da heliosfera — uma bolha magnética dominada por partículas solares que representa os limites para o espaço interestelar. Segundo três pesquisas publicadas nesta quinta-feira na revista Science, a sonda atingiu uma região desconhecida chamada rodovia magnética, onde já sofre influência de outras estrelas da Via Láctea.
CONHEÇA A PESQUISA


Onde foi divulgada: periódico Science

Quem fez: L. F. Burlaga, N. F. Ness e E. C. Stone

Instituição: Centro de Voos Espaciais Goddard da Nasa, nos Estados Unidos; entre outras

Dados de amostragem: Dados enviados pela sonda Voyager 1 entre maio e setembro do ano passado. 

Resultado: A partir de análises dos dados, os pesquisadores concluíram que a sonda havia entrado em uma zona chamada rodovia magnética, a última fronteira entre o Sistema Solar e o espaço interestelar.
A Voyager 1 e a Voyager 2 foram lançadas em 1977 para estudar os grandes planetas e medir o tamanho do Sistema Solar. Elas já analisaram Júpiter, Saturno, Urano e Netuno e, desde 1990, seguem em direção ao espaço interestelar. Mas a viagem é longa. Segundo os pesquisadores, a heliosfera se estende por, no mínimo, 13 bilhões de quilômetros além do último planeta.
A Voyager 1 só atingiu a rodovia magnética em agosto do ano passado. "Essa estranha e última região antes do espaço interestelar está se tornando conhecida graças à Voyager 1", diz Ed Stone, cientista do Instituto de Tecnologia da Califórnia e autor de um dos estudos. A Voyager 2 ainda está a 15 bilhões de quilômetros do Sol, na região interna da heliosfera.
Os estudos mostraram que, depois de atingir a nova região, a nave passou a ser bombardeada por raios cósmicos, partículas emitidas no espaço interestelar que costumam ser repelidas pelos ventos solares. Ao mesmo tempo, ela parou de ser atingida por partículas emitidas pelo Sol. Esses são dois dos três sinais que os cientistas esperam para afirmar que a nave saiu do Sistema Solar. O terceiro seria uma mudança na direção do campo magnético — o que ainda não foi detectado. "Ao olhar apenas para as informações sobre os raios cósmicos e as partículas energéticas, podemos pensar que a Voyager atingiu o espaço interestelar, mas sabemos que ela ainda não chegou lá, pois ainda está no domínio do campo magnético do Sol."
Os pesquisadores não sabem qual o tamanho dessa nova camada. Segundo os estudos, a sonda pode demorar meses ou até anos para atingir o espaço interestelar.
Fronteira final — Os artigos publicados na revista Science usam observações realizadas por esses instrumentos entre maio e setembro do ano passado. Um dos principais sinais de entrada na rodovia magnética foi sentido em agosto, com a diminuição da incidência de partículas solares. "Nós vimos um dramático e rápido desaparecimento das partículas originadas do Sol. Sua quantidade é apenas um milésimo do que era registrado antes, como se houvesse uma grande bomba de vácuo na entrada para a estrada magnética", diz Stamatios Krimigis, pesquisador da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, e autor de um dos estudos. 
Ao mesmo tempo, houve um aumento da incidência dos raios cósmicos — partículas produzidas fora do Sistema Solar a partir da morte de estrelas. Segundo os pesquisadores isso acontece porque essa região da heliosfera é mais permeável, permitindo que partículas de baixa energia viajem para dentro e fora por meio de caminhos do campo magnético — daí o nome rodovia magnética.
Os pesquisadores também afirmam que, menos de 24 horas após a sonda cruzar os limites dessa zona, o campo magnético dobrou de intensidade. No entanto, se a nave tivesse escapado do Sistema Solar e passado a sofrer influência magnética do resto da galáxia, o campo teria de mudar de direção — o que não aconteceu.  "Em apenas um dia o campo magnético subitamente dobrou de intensidade. Mas, como não houve mudança significativa em sua direção, a sonda ainda está sob o campo magnético originado pelo Sol", diz Leonard Burlaga, pesquisador do Centro de Voos Espaciais Goddard da Nasa e autor de um dos estudos.
Vilã de Jornada nas Estrelas — As naves Voyager foram desenvolvidas para explorar o espaço além dos limites do Sistema Solar. Em Jornada nas Estrelas: O Filme — o primeiro longa-metragem com os personagens da série clássica — essa ideia é levada ao limite, quando uma ficcional Voyager 6 encontra uma raça de máquinas alienígenas em um sistema distante. Alterada pelo contato com outra civilização, ela adquire consciência e se volta contra seus criadores. Esse, no entanto, é um cenário impensável para as Voyager 1 e 2. Elas foram construídas com tecnologias do começo dos anos 1970, incapazes de desenvolver qualquer tipo de inteligência artificial. Segundo a Nasa, os três computadores a bordo de cada sonda possuem apenas 68 kilobytes de memória, muito menos do que qualquer smartphone. Mesmo assim, a nave continua ativa mais de 35 anos depois do lançamento e seus instrumentos funcionam normalmente.
FONTE: Revista Veja/Ciência

sexta-feira, 28 de junho de 2013

QUAL O MAIOR ASTRO DO UNIVERSO ? ( Curiosidades Científicas )

GIGANTES DO UNIVERSO

por Gabriela Portilho
É a estrela VY Canis Majoris, com cerca de 2,7 bilhões de km de diâmetro, ou seja, mais de 3 milhões de vezes maior do que o Sol.
MUNDOESTRANHO-135-31-620
No entanto, utilizar o termo "astro" para falar de planetas, estrelas, meteoros e outras estruturas que compõem o Universo é impreciso cientificamente, segundo Enos Picazzio, do Instituto de Geofísica da USP. Além disso, o astrônomo explica que "há estruturas espaciais muito maiores, como as galáxias, que são aglomerados de estrelas, e os superclusters (agrupamentos de galáxias)". A MUNDO ESTRANHO, entretanto, preferiu investigar o tamanho de corpos celestes únicos e manter a escala de medição emquilômetros. Galáxias e superclusters, para dar uma noção, são medidos em anos-luz, e cada ano-luz equivale a 3,5 mil VY Canis Majoris.
OSCAR ESPACIAL
Comparamos o tamanho dos maiores corpos do Sistema Solar:
TERRA
Diâmetro - 12,7 mil km
Quinto maior planeta do sistema solar, o diâmetro da Terra foi calculado pela primeira vez pelo grego Eratóstenes, em 250 a.C., por meio de relações matemáticas. Hoje, essas medidas, cada vez mais precisas, são obtidas por meio de equipamentos especiais e satélites.
SOL
Diâmetro- 1,39 milhão de km
A maior estrela do Sistema Solar é café pequeno perto de outras vizinhas luminosas, mesmo dentro da nossa galáxia, a Via Láctea. Ainda assim, é quase 12 mil vezes maior que a Terra e contém cerca de 98% da massa total do nosso sistema planetário.
RIGEL
Diâmetro - 101,5 milhões de km
A estrela mais brilhante do Universo tem 73 vezes o diâmetro do Sol. Por ser jovem, essa supergigante azul ainda tem muito hidrogênio para queimar e, por isso, irradia uma luz muito intensa. Pela distância em relação à Terra, porém, é apenas a sexta mais luminosa no céu.
VY CANIS MAJORIS
Diâmetro - 2,7 bilhões de km
Registrada pela primeira vez em 1801, foi medida em 2006 por cientistas da Universidade de Minnesota, que utilizaram o telescópio Hubble. A maior estrela já identificada emite tanta energia que a estimativa é de que ela "morra" daqui a 3,2 mil anos, em uma explosão.
FONTE: Revista Mundo Estranho

quinta-feira, 27 de junho de 2013

A FREQUÊNCIA DE GRANDES ENCHENTES NO BRASIL PODE AUMENTAR QUATRO VEZES ( Aquecimento Global/Meio Ambiente )

ENCHENTES

Chuvas sem precedentes atingiram a Índia (foto). Há cerca de mil mortos registrados. O número total pode chegar a 8 mil. Chuvas sem precedentes também atingiram uma população bem mais rica, na província de Calgary no Canadá, forçando 100 mil pessoas a abandonar suas casas. Chuvas sem precendentes têm ocorrido em vários lugares do mundo nos últimos anos. No Brasil, em 2011, uma tempestade assim deixou cerca de mil mortos na região serrana do Estado do Rio de Janeiro.
Pesquisas mostram que essas chuvas fora do comum podem estar associadas ao aquecimento global.
Como ficarão essas chuvas devastadoras num mundo cada vez mais quente? É o que mostra uma pesquisa publicada em junho pela revista britânica Nature Climate Change, uma subdivisão da prestigiada Nature. O estudo foi coordenado por Yukiko Hirabayashi, do Instituto de Inovação em Engenharia da Universidade de Tóquio, no Japão. O grupo projetou o comportamento das chuvas mais intensas segundo 11 modelos climáticos diferentes até o ano 2100.
O resultado mostra que algumas regiões do mundo sofrerão mais com chuvas fora do normal. As regiões Sul e Sudeste do Brasil entre elas. Outros levantamentos feitos com modelos de computador no Brasil já mostravam esse risco de chuvas torrenciais. O novo estudo japonês confirma isso e dá uma contextualizada global na tendência.
O grupo de Yukiko fez um mapa onde mostra como pode mudar o ciclo de ocorrência de chuvas recordes, as que ocorrem em média uma vez a cada 100 anos. O critério adotado pelos pesquisadores foi o volume de água nos rios logo após essas tempestades. Quanto mais azul, maior a frequência da enchente do século. Quando mais vermelho, menor.
Em praticamente todo o território brasileiro, as chuvas destruidoras ficarão mais frequentes. Chuvas que ocorriam uma vez num século ocorrerão a cada 50 a 75 anos (nas zonas azul mais claro do Brasil) e a cada 25 a 50 anos (nas zonas de azul mais escuro do Brasil).
A tendência global é de mais chuvas intensas porque o aquecimento aumenta a evaporação e intensifica o ciclo da água. Agora, é preciso avisar a Defesa Civil e os prefeitos que promovem ocupação irregular em encostas ou beira de rios.
(Alexandre Mansur)

FONTE: Blog do Planeta

quarta-feira, 26 de junho de 2013

ÚLTIMAS NOTÍCIAS SOBRE O ATUAL ESTADO DE SAÚDE DE NELSON MANDELA ( Informativo )

Internacional


Portal Terra

O ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, respira com a ajuda de aparelhos e os médicos teriam sugerido à família desligar as máquinas que mantém vivo o líder da luta contra o apartheid. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pelo jornal sul-africano The Citizen, citando “cinco fontes próximas” aos familiares de Mandela, “incluindo duas pessoas que recentemente visitaram o ex-presidente no hospital”.

Aos 94 anos, Nelson Mandela está internado em um hospital de Pretória desde o dia 8 de junho e há quatro dias está em estado crítico. Ele sofre de infecção pulmonar, uma doença que se agravou quando Madiba, como o ex-presidente é conhecido em seu país, esteve na prisão por 27 anos.
Na última terça-feira a família de Mandela se reuniu, segundo o jornal The Star, para decidir onde o corpo do Prêmio Nobel da Paz será sepultado. Após a reunião, a imprensa divulgou que uma máquina estava preparando o túmulo no suposto local da sepultura de Mandela.
Uma rede de televisão americana informou, também na última terça-feira, que uma das filhas de Mandela afirmou que o pai “abriu os olhos e sorriu” quando ela disse que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estava a caminho da África do Sul.
O presidente Jacob Zuma disse nesta quarta-feira que a situação de Mandela não tinha mudado. "Enquanto ele continua em estado grave no hospital, devemos mantê-lo e à sua família em nossos pensamentos e orações todos os minutos", disse em uma reunião com o sindicato de trabalhadores de saúde.


FONTE: Jornal do Brasil

MÚMIA CONSERVOU GLÓBULOS VERMELHOS POR MAIS DE 5 000 ANOS ( Arqueologia )

O corpo mumificado de Otzi, o homem de Similaun descoberto em 1991 em um glaciar entre Áustria e Itália, conservou glóbulos vermelhos durante mais de 5.000 anos, segundo um estudo publicado na última terça-feira (1º) pela revista britânicaRoyal Society.



O corpo mumificado de Otzi, o homem de Similaun descoberto em 1991 em um glaciar entre Áustria e Itália, conservou glóbulos vermelhos durante mais de 5.000 anos, segundo um estudo publicado na Royal Society. A múmia foi muito bem conservada pelo glaciar e continha tecidos intactos ao ser descoberta, inclusive elementos do sistema nervoso 
Contudo, não foi detectada nenhuma célula sanguínea 5.300 anos depois da morte violenta de Otzi, que segundo os estudos sofreu uma lenta agonia.
"Até o momento, não se sabia por quanto tempo o sangue podia sobreviver e sobretudo como seriam as células sanguíneas que datam da idade do cobre", explicou o antropólogo Albert Zink, especialista em Otzi, uma múmia única em muitos aspectos.
Zink e seus colegas utilizaram técnicas para aprofundar a necropsia de Otzi.
Com um microscópio atômico, de uma precisão nanométrica, examinaram em primeiramente as amostras extraídas da ferida que Otzi tinha na mão direita e de outra causada por uma flecha na omoplata.
Os pesquisadores encontraram três "corpúsculos" com forma de "disco côncavo, típico dos glóbulos vermelhos" contidos no sangue, informaram os pesquisadores no estudo.
"Sua morfologia não mostrava nenhum sinal de degradação, de danos ou de desordem" o que indica, segundo os investigadores, que "os glóbulos vermelhos foram preservados durante mais de 5.000 anos nos tecidos feridos da múmia".
Posteriormente, os pesquisadores submeteram as amostras à "espectroscopia Raman", um método que permite caracterizar a composição molecular de uma matéria graças à luz.
Os sinais enviados pelos corpúsculos encontrados nas feridas de Otzi eram similares as do sangue e dos glóbulos vermelhos humanos.
Os pesquisadores notaram, no entanto, uma leve diferença na "assinatura luminosa" dos glóbulos vermelhos de Otzi, que poderia ser explicada pelo fato de que os ferimentos teriam começado a coagular.
"Essa observação confirma que o homem de Simulaun sofreu múltiplos ferimentos antes de sua morte", o que descarta a hipótese de uma morte súbita em benefício de uma lenta agonia.
A múmia de Otzi, muito bem conservada pelo glaciar, continha tecidos intactos ao ser descoberta, e inclusive elementos do sistema nervoso, mas os primeiros estudos científicos não tinham conseguido detectar nenhum rastro de sangue.
A princípio, os pesquisadores que estudaram o corpo de Otzi pensaram que seu sangue tinha se autodestruído com a passagem do tempo, até que estudos mais profundos revelaram rastros de resíduos sanguíneos em suas numerosas feridas.
Contudo, não foi detectada nenhuma célula sanguínea 5.300 anos depois da morte violenta de Otzi, que segundo os estudos sofreu uma lenta agonia.
"Até o momento, não se sabia por quanto tempo o sangue podia sobreviver e sobretudo como seriam as células sanguíneas que datam da idade do cobre", explicou o antropólogo Albert Zink, especialista em Otzi, uma múmia única em muitos aspectos.
Zink e seus colegas utilizaram técnicas para aprofundar a necropsia de Otzi.
Com um microscópio atômico, de uma precisão nanométrica, examinaram em primeiramente as amostras extraídas da ferida que Otzi tinha na mão direita e de outra causada por uma flecha na omoplata.
Os pesquisadores encontraram três "corpúsculos" com forma de "disco côncavo, típico dos glóbulos vermelhos" contidos no sangue, informaram os pesquisadores no estudo.
"Sua morfologia não mostrava nenhum sinal de degradação, de danos ou de desordem" o que indica, segundo os investigadores, que "os glóbulos vermelhos foram preservados durante mais de 5.000 anos nos tecidos feridos da múmia".
Posteriormente, os pesquisadores submeteram as amostras à "espectroscopia Raman", um método que permite caracterizar a composição molecular de uma matéria graças à luz.
Os sinais enviados pelos corpúsculos encontrados nas feridas de Otzi eram similares as do sangue e dos glóbulos vermelhos humanos.
Os pesquisadores notaram, no entanto, uma leve diferença na "assinatura luminosa" dos glóbulos vermelhos de Otzi, que poderia ser explicada pelo fato de que os ferimentos teriam começado a coagular.
"Essa observação confirma que o homem de Simulaun sofreu múltiplos ferimentos antes de sua morte", o que descarta a hipótese de uma morte súbita em benefício de uma lenta agonia.
FONTE: UOL Notícias

NELSON MANDELA ( Grandes Líderes da Atualidade )

Nelson Mandela dedicou uma vida inteira contra a segregação racial que dominava a África do Sul 
Nelson Mandela dedicou uma vida inteira contra a segregação racial que dominava a África do Sul


O líder sul-africano Nelson Mandela foi um dos mais importantes sujeitos políticos atuantes contra o processo de discriminação instaurado pelo apartheid, na África do Sul, e se tornou um ícone internacional na defesa das causas humanitárias. Nascido em 18 de julho de 1918, na cidade de Transkei, Nelson Rolihlahla Mandela era filho único do casal Henry Mgadla Mandela e Noseki Fanny, que integrava uma antiga família de aristocratas da casa real de Thembu.

Mesmo após ter suas posses e privilégios retirados pela ingerência da Coroa Britânica na região, a família viveu um período de tranqüilidade, até quando Henry Mgadla faleceu inesperadamente, em ano de 1927. Com essa reviravolta em sua vida familiar, a mãe de Mandela se viu obrigada a deixar seu unigênito sob os cuidados de Jongintaba Dalindyebo, parente da família que tinha condições de zelar pela vida e a educação de Nelson Mandela.

Nesse período de sua vida, o jovem Mandela teve oportunidade de ter uma ampla formação educacional influenciada pelos valores de sua própria cultura e da cultura européia. Com isso, o futuro ativista político conseguiu discernir como o pensamento colonial se ocupava em dizer aos africanos que eles deveriam se inspirar nos “ditames superiores” da cultura do Velho Mundo. Após passar pelas melhores instituições de ensino da época, o bem educado rapaz chegou à Universidade de Fort Hare.

No ambiente universitário, Mandela teve oportunidade de tomar conhecimento da luta contra o apartheid promovida pelo Congresso Nacional Africano (CNA). Entretanto, antes de lutar contra o problema social que tomava seu país, Nelson Mandela se voltou contra as tradições de seu próprio povo ao não se sujeitar a um casamento arranjado. Mediante o impasse, o jovem se refugiou na cidade de Johannesburgo, onde trabalhou em uma imobiliária e, logo em seguida, em um escritório de advocacia.

Vivendo nesta cidade, Mandela aprofundou ainda mais seu envolvimento com as atividades do CNA e deu continuidade aos seus estudos no campo do Direito. No ano de 1942, com o apoio de companheiros como Walter Sisulu e Oliver Tambo, fundou a Liga Jovem do CNA. Na década de 1950, os ativistas aliados à Mandela resolveram realizar uma grande manifestação de desobediência civil onde protestavam com as políticas segregacionistas impostas pelo governo do Partido Nacional.

Essa grande manifestação política resultou na elaboração da Carta da Liberdade, importante documento de luta onde a população negra oficializava sua indignação. Em 1956, as autoridades prenderam Nelson Mandela e decidiram condená-lo à morte pelo crime de traição. No entanto, a repercussão internacional de sua prisão e julgamento serviram para que o líder ficasse em liberdade. Depois disso, Mandela continuou a conduzir os protestos pacíficos contra a ordem estabelecida.

Em março de 1960, um trágico episódio incitou Nelson Mandela a rever seus meios de atuação política. Naquele mês, um protesto que tomou conta das ruas da cidade de Sharpeville resultou na morte de vários manifestantes desarmados. Depois disso, Nelson Mandela decidiu se empenhar na formação do “Lança da Nação”, um braço armado do CNA. Naturalmente, o governo segregacionista logo saiu em busca dos líderes dessa facção e, em 5 de agosto de 1962, Mandela foi mais uma vez preso.

Após enfrentar um processo judicial, Mandela foi condenado à prisão perpétua, pena que cumpriria em uma ilha penitenciária localizada a três quilômetros da cidade do Cabo. Nos vinte e sete anos seguintes, Mandela, o preso “466/64”, ficou alheio ao mundo exterior e vivia o desafio de esperar pelo tempo em sua cela. Nessa época, consolidou uma inesperada amizade com James Gregory, carcereiro da prisão que se impressionou com os valores e a dignidade de seu vigiado.

Nesse meio tempo, após a desarticulação do movimento anti-apartheid, novos movimentos de luta surgiram e a comunidade internacional se mobilizou contra a sua prisão. Somente em 1990 – sob a tutela do governo conciliador do presidente Frederik Willem de Klerk – Nelson Mandela foi liberto e reconduziu o processo que deu fim ao apartheid na África do Sul. Em 1992, as leis segregacionistas foram finalmente abolidas com o apoio de Mandela e Willem de Klerk.

No ano seguinte, a vitória política lhe concedeu o prêmio Nobel da Paz e, em 1994, foram organizadas as primeiras eleições multirraciais da África do Sul. A vitória eleitoral de Nelson Mandela iniciou o expurgo das práticas racistas do Estado africano e rendeu grande reconhecimento internacional à Mandela. Depois de cumprir mandato, em 1999, Mandela atuou em diversas causas humanitárias. Ainda hoje, o líder sul-africano exerce grande papel na luta contra a AIDS.


Por Rainer Sousa
Graduado em História

FONTE: Brasil Escola

terça-feira, 25 de junho de 2013

MILHARES DE PINTURAS RUPESTRES SÃO DESCOBERTAS EM CAVERNA NO MÉXICO ( Arqueologia )

  • As imagens, que representam pessoas, animais e insetos,  documentam a presença de povos pré-hispânicos em uma região onde "antes se dizia não existir nada"
    As imagens, que representam pessoas, animais e insetos, documentam a presença de povos pré-hispânicos em uma região onde "antes se dizia não existir nada"
Arqueólogos no México descobriram 4.926 pinturas rupestres em Burgos, no Estado de Tamaulipas, na região Nordeste do país. As imagens em vermelho, amarelo, preto e branco representam pessoas, animais e insetos, assim como o céu e imagens abstratas.
As pinturas foram encontradas em 11 locais diferentes. Em uma caverna específica, as paredes estavam cobertas com 1.550 imagens.
Até então acreditava-se que a região não tinha sido povoada por culturas antigas. Mas as pinturas sugerem que pelo menos três grupos de povos caçadores moraram na serra de San Carlos.
Os especialistas ainda não foram capazes de datar as pinturas, mas esperam descobrir a idade aproximada depois de analisar quimicamente a tinta usada.
Segundo o arqueólogo Gustavo Ramirez, do Instituto Nacional de Antropologia e História (Inah, na sigla em espanhol), as pinturas estão sendo consideradas um achado importante porque documentam a presença de povos pré-hispânicos em uma região onde "antes se dizia não existir nada".
A arqueóloga Martha Garcia Sanchez, que também está envolvida no estudo do Inah, disse que se sabe muito pouco sobre as culturas que viveram em Tamaulipas. "Esses grupos escaparam do domínio espanhol por 200 anos porque fugiram para a Serra San Carlos, onde encontraram água, plantas e animais para se alimentarem."
Os resultados foram apresentados durante a segunda reunião de Arqueologia Histórica, no Museu Nacional de História do México.
                             
FONTE:BBC Brasil

segunda-feira, 24 de junho de 2013

DESEMBARGADOR DO ACRE MANTÉM DECISÃO QUE SUSPENDE TELEXFREE ( Informativo Nacional )



Publicação: 24 de Junho de 2013 às 19:13

O desembargador do Tribunal de Justiça do Acre Samoel Evangelista decidiu, na tarde desta segunda-feira (24) indeferir o agravo de instrumento dos advogados da Telexfree e manteve a liminar que proíbe os pagamentos e novas adesões à empresa de marketing multinível. A medida também mantém o bloqueio às contas dos sócios administradores e é válida para todo o território nacional.

Procurado pela reportagem do G1, o advogado da Telexfree Horst Fouchs, que veio ao Acre para cuidar do caso, disse apenas que estava tomando conhecimento da decisão e que só vai se pronunciar após a publicação da decisão.

A empresa é suspeita de operar um esquema de pirâmide financeira sob o disfarce de atuar no ramo de marketing multinível.

De acordo com a assessoria do TJ/AC, como a decisão foi analisada apenas pelo relator do processo, os advogados da empresa possuem prazo de cinco dias para ingressar com recurso de agravo interno na Câmara Cível. Eles podem ainda, no mesmo prazo, entrar com embargo de declaração, que é quando os advogados entendem que a decisão não ficou clara.


Entenda o caso

No último dia 18, a juíza Thaís Borges, da 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, julgou procedente a medida cautelar preparatória de ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Estado do Acre contra a Telexfree.

Com a decisão da juíza, foram suspensos os pagamentos e a adesão de novos contratos à empresa de marketing multinível Telexfree até o julgamento final da ação principal, sob pena de multa diária de R$ 500 mil em caso de descumprimento e de R$ 100 mil por cada novo cadastramento. Thaís afirma que a decisão não configura o fim da empresa, apenas suspende suas atividades durante o processo investigativo.

"O processo principal se destinará a apurar se isto é ou não uma pirâmide financeira. Se ficar confirmada a tese, a consequência será utilizar os recursos da empresa para indenizar aqueles divulgadores que tiveram prejuízo. Se a conclusão do processo for no sentido de que não há uma pirâmide financeira, ou seja, que a atividade da Telexfree é lícita, então, será permitida à empresa que retome as atividades normalmente", explica a juíza.

A promotora de Defesa do Consumidor, Nicole Gonzalez, diz que o foco da Telexfree no Brasil não é a venda de produtos ou serviços, mas a adesão de novas pessoas para alimentar o sistema de pagamento.
 
Sobre a Telexfree

Nicole Gonzalez explica que existem duas empresas chamadas Telexfree. Uma é norte-americana e oferece um sistema de telefonia pela internet, o VOIP (Voice Over Internet Protocol). Já a Telexfree no Brasil seria o nome-fantasia da empresa Ympactus Comercial LTDA. Essa, segundo a promotora, tem sede em Vitória (ES) e atua no Brasil desde março de 2012 e trabalha com marketing multinível.

Segundo as regras da Telexfree brasileira a pessoa que se cadastra como divulgador deve fazer uma postagem diária de anúncios em sites de classificados, divulgando o produto e ganhando uma comissão sobre as vendas. Os divulgadores podem ainda cadastrar outras pessoas como divulgadoras criando assim, uma rede.

Com informações do Tribunal de Justiça do Acre

FONTE: Tribuna do Norte

ARQUEÓLOGOS DESCOBREM RUÍNAS DE CIDADE DE 1 200 ANOS NO CAMBOJA ( Arqueologia )

Arqueologia

Localizada no Camboja, a cidade de Mahendraparvata foi construída 350 anos antes do famoso templo Angkor Wat, Patrimônio da Humanidade pela Unesco

Pesquisadores descobriram dois locais de templos antigos e uma caverna com entalhes nas paredes nas ruínas da cidade medieval de Mahendraparvata
Pesquisadores descobriram dois locais de templos antigos e uma caverna com entalhes nas paredes nas ruínas da cidade medieval de Mahendraparvata (Reprodução)
Arqueólogos australianos descobriram uma cidade perdida na floresta do Camboja, no topo da montanha de Phnom Kulen, na região de Siem Reap. Mahendraparvata (nome conhecido por meio de inscrições antigas) foi erguida há cerca de 1.200 anos – 350 anos antes do famoso templo Angkor Wat, declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, também localizado no Camboja – e soterrada há cerca de dez séculos, segundo estimativa dos pesquisadores.
A descoberta foi possível com o uso do Lidar, aparelho que emite lasers e analisa a luz refletida para "escanear" o ambiente. O Lidar foi colocado a bordo de um helicóptero que percorreu 370 quilômetros quadrados de florestas em Camboja em abril de 2012.
"Com esse instrumento, nós vimos surgir a imagem de uma cidade inteira, que ninguém nunca soube que existia", contou Damian Evans, diretor do centro de pesquisa arqueológica da Universidade de Sydney em Camboja, ao jornal australiano The Age. "É simplesmente incrível."
A expedição foi guiada por Heng Heap, ex-combatente do Khmer Vermelho (nome dado aos seguidores do partido Comunista do Camboja, que instauraram um regime de terror no país nos anos 1970, matando 1,7 milhão de pessoas, cerca de um quinto da população), e por meio de um GPS.
Os pesquisadores encontraram templos antigos, aparentemente intocados há séculos, e uma caverna com entalhes nas paredes, que era utilizada por eremitas entre os séculos 9 e 16. O Lidar também revelou centenas de colinas misteriosas, com alguns metros de altura, ao longo da cidade parcialmente soterrada. De acordo com Evans, uma das hipóteses é que se trate de sepulturas.
A tecnologia do Lidar foi utilizada pela primeira vez em 2009, no estudo da cidade maia de Caracol, em Belize. Recentemente, ele tem sido utilizado para escanear sítios arqueológicos da Europa.
Evans afirma que o tamanho total de Mahendraparvata ainda não é conhecido, porque a área analisada é limitada. "Pode ser que o que nós estamos vendo não seja a parte central da cidade. Muito trabalho ainda precisa ser feito para que a extensão dessa civilização seja descoberta", disse o pesquisador.
FONTE: Revista Veja/Ciência

HISTÓRIA DOS COMBUSTÍVEIS ( História )


A busca por fontes de energia aparece desde os tempos da Pré-História.


Ao longo da História, a relação do homem com a natureza foi responsável por uma série de transformações significativas. A busca por condições de vida mais confortáveis acabou trilhando o desenvolvimento dos vários combustíveis que marcam a história humana. Nesse percurso, podemos destacar que a mais recente preocupação de cientistas e estudiosos é desenvolver fontes de energia com impacto ambiental reduzido ou nulo.

A madeira é a mais antiga fonte de energia que se tem conhecimento. Nos tempos pré-históricos, a lenha era instrumento fundamental afastar as temperaturas extremas do inverno, afugentar animais ferozes e incrementar o preparo dos alimentos. Apesar de muito poluente, a madeira ainda é largamente utilizada em países que apresentam um tímido desenvolvimento industrial.

Com a Revolução Industrial, a exploração das fontes de energia sofreu uma de suas mais importantes guinadas. O desenvolvimento de novas tecnologias e a produção em larga escala motivou a busca por novos combustíveis. Nesse contexto, entre os séculos XVIII e XIX, o carvão mineral se tornou indispensável para o funcionamento dos primeiros motores movidos a vapor. Nos dias de hoje, após sofrer uma acentuada queda em seu uso, o carvão mineral dá sinais de recuperação com as crises do setor petrolífero.

Nos primeiros anos do século XX, a popularização dos automóveis ampliou ainda mais a demanda internacional por combustíveis de alto desempenho. Dessa forma, os combustíveis fósseis (então somente empregados na obtenção do querosene) passaram a ser fonte de obtenção da gasolina. Algumas décadas mais tarde, essa mesma tendência transformou o diesel em um combustível de grande uso a partir da Segunda Guerra Mundial.

Na década de 1940, o desenvolvimento da física possibilitou que a energia nuclear fosse explorada por conta do potencial de produção energética. Mesmo com este argumento atrativo, a construção de usinas nucleares gerou grande preocupação entre as autoridades políticas e ambientais. A manutenção desse tipo de unidade energética envolve um rigoroso controle e qualquer acidente pode promover um impacto de sérias proporções.

Ao longo da década de 1970, as duas crises do petróleo instigaram a busca por novas fontes de energia, incluindo o Brasil. Por meio da fermentação da sacarose, o álcool anidro passou a ser empregado em veículos e oferecia índices menores na emissão de gases poluentes. Obtido pela cana-de-açúcar, esse tipo de combustível teve grande demanda até a década de 1980. Atualmente, a sua presença no mercado internacional ganhou novo impulso com o desenvolvimento dos veículos bicombustíveis.

Nas últimas décadas, a preocupação com os impactos ambientais causados pela emissão de gases poluentes demarcou uma fase inédita na história dos combustíveis. A construção das usinas hidrelétricas, as placas de captação da energia solar e a energia eólica ganharam destaque enquanto fontes limpas de energia. Apesar de seu alto custo de produção, esses recursos alternativos respondem à emergência de problemas muito mais urgentes.


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola