quarta-feira, 30 de novembro de 2011

ARQUEÓLOGOS DESCOBREM TUMBA DE 1 700 ANOS NA CHINA ( Descobertas Arqueológicas Recentes )

30/11/2011 - 03h43

Arqueólogos descobrem tumba de 1.700 anos na China


 
DA EFE
Uma tumba construída há 1.700 anos na cidade de Xian, capital do império chinês durante várias dinastias, foi descoberta por arqueólogos do país nesta semana, informa nesta quarta-feira o jornal oficial "Global Times".
Achada nos arredores da cidade, a tumba poderia pertencer a alguma importante personalidade da época dos Dezesseis Reinos (304-439), que regeram o norte da China durante um período em que o império oriental esteve dividido.
Dentro da tumba foram encontradas 40 peças arqueológicas, a maioria intactas. Os arqueólogos destacam entre elas pequenas figuras representativas da guarda de honra do falecido, decoradas em preto e branco.
Os arqueólogos ressaltam que não há muitas tumbas da época dos Dezesseis Reinos, um período curto e turbulento da história da China. Por isso, este achado poderia ser de grande valor para conhecer mais dados sobre esses anos dos séculos IV e V.
Junto a Xian, fica também o célebre Exército de Terracota do Primeiro Imperador, Qin Shi Huang, que unificou os diversos reinos da China há mais de 2 mil anos e seguiu o costume de se enterrar junto a uma corte fictícia de soldados e serventes, para que lhe acompanhassem em sua vida além da morte. 

FONTE: Folha.com/Ciência

ANO DE 2011 É O DÉCIMO MAIS QUENTE; DEGELO NO ÁRTICO É RECORDE ( Meio Ambiente )

29/11/2011 - 09h57

Ano de 2011 é o 10º mais quente; degelo no Ártico é recorde


O aumento na temperatura tornou 2011 o décimo ano mais quente desde 1850, quando os cientista passaram a mediar o clima mundial, segundo a WMO (World Meteorological Organization).
O relatório da agência de meteorologia ligada à ONU, que fornece um panorama no planeta, indica também que a extensão do gelo ártico é o segundo menor.

Os dados, divulgados nesta terça-feira durante a COP-17 (17ª Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas), mostram que a temperatura sofreu uma pequena redução pela ação do La Niña, fenômeno que costuma provocar o resfriamento das águas do oceano Pacífico, mas ainda assim 2011 foi considerado quente para os padrões.
"Nossa ciência é sólida e prova inequivocadamente que o mundo está se aquecendo, e esse aquecimento é em razão da atividade humana", comentou o secretário-geral da WMO, Michel Jarraud.
Jarraud acrescentou que as emissões de gases-estufa estão em seus níveis mais altos, fazendo com que haja um aumento de 2 a 2,4 graus Celsius na temperatura global.
Segundo estimam cientistas, esse cenário pode levar a mudança profundas e irreversíveis do planeta Terra, da sua biosfera e de seus oceanos.
A WMO também alertou para o degelo que ocorre no Ártico. Em 9 de setembro deste ano, a área do gelo chegou ao patamar de 4,33 milhões de quilômetros quadrados.
O número é 35% inferior à média registrada entre 1979-2000 e um pouco mais do que o recorde mais baixo já registrado em 2007. 

VEJA GALERIA DE FOTOS:












FONTE: Folha.com/Ambiente

terça-feira, 29 de novembro de 2011

QUAIS FORAM OS MAIORES DESASTRES TECNOLÓGICOS DA HISTÓRIA ? ( "Perguntas Estranhas" )

Quais foram os maiores desastres tecnológicos da história?

por Alexandre Versignassi
Errar é humano. E, como não existe nada mais humano que construir grandiosidades tecnológicas, não faltam catástrofes à altura delas. Trens colidem, represas estouram, telefones ficam mudos, luzes apagam, aviões e ônibus espaciais explodem. No quadro desta reportagem, selecionamos seis catástrofes em que alguma coisa nas invenções humanas saiu errado. E quanto mais admirável for a criação, maior pode ser o tombo. Veja o caso das usinas nucleares, que fornecem energia elétrica para milhões de pessoas usando meras bolinhas de urânio como combustível. Um primor. Mas o desastre mais aterrorizante de todos os tempos veio justamente de uma dessas "jóias", a usina ucraniana de Chernobyl. Em 25 de abril de 1986, um reator mal projetado explodiu, matando 31 pessoas. O problema é que a explosão soltou no ar uma quantidade de elementos radioativos igual à de 200 bombas de Hiroshima. Não poderia haver risco mais grave. A radiação, afinal, altera o DNA, causando mutações genéticas que podem matar rapidamente ou levar a um câncer. Para evitar a contaminação, 116 mil pessoas que viviam em regiões a até 30 quilômetros da usina tiveram que abandonar suas casas para sempre. Mas não foi o bastante. Uma área de centenas de quilômetros acabou de alguma forma afetada pela radiação. "Depois do acidente, surgiram 2 mil casos de câncer a mais que o normal na região", diz o físico Ted Lazo, da Agência de Energia Nuclear, um órgão que regula a construção de usinas pelo mundo. No fim das contas, dificilmente saberemos quantas mortes foram, ou ainda vão ser, conseqüência da radiação de Chernobyl.
Mergulhe nessa Na internet:
www.nea.fr/html/rp/chernobyl/welcome.html
www.airdisasters.co.uk
http://space.about.com/cs/challenger/a/challenger.htm
Falhas fatais Catástrofes de grandes invenções quase sempre envolvem algum erro humano
TRANSPORTE TERRESTRE
Descarrilamento na Alemanha
As linhas de trem-bala européias completavam 34 anos sem acidentes fatais quando a morte deu as caras em um megaacidente perto da cidade de Eschede, na Alemanha. Em 3 de junho de 1998, um trilho rachado tirou alguns vagões da linha, mas sem derrubá-los. Quando o trem ia freando sem maiores problemas, um vagão desalinhado bateu inesperadamente no poste de sustentação de uma ponte que passava por cima dos trilhos. Foi o suficiente para que os vagões capotassem, matando 101 pessoas.
ENGENHARIA CIVIL
Rompimento de represa americana
Uma onda com algo entre 20 e 40 metros de altura, dependendo do relato, varreu o extremo oeste dos Estados Unidos em 12 de março de 1928. Mais de 500 pessoas morreram com a superonda, resultado da quebra de uma represa com 55 metros de altura e 183 metros de largura encravada no San Francisquito Canyon, a 72 quilômetros de Los Angeles. Suas paredes eram finas demais para agüentar a pressão da água. Os engenheiros só notaram o erro depois que o estrago estava feito.
TELECOMUNICAÇÕES
Pane telefônica nos Estados Unidos
As linhas de telefone agüentam trovão, chuva e terremoto sem dar pau. Mas sofrem com uma praga: programadores incompetentes. E ela atacou em 15 de janeiro de 1990, quando uma central americana que direciona ligações entrou em pane. Não seria nada, não fosse uma falha de programação que fez essa central "avisar" outras 113 que elas também estavam quebradas - quando não estavam. Resultado: a maior parte dos Estados Unidos ficou sem chamadas de longa distância por nove horas.
TRANSPORTE AÉREO
Queda do Concorde em Paris
Aviões caem. Mas até 25 de julho de 2000 ninguém esperava que isso fosse acontecer com um supersônico Concorde, o maior símbolo da aviação comercial. Bastou estourar um pneu de um dos trens de pouso para que o tanque de um Concorde da Air France se rompesse durante a decolagem em Paris, ateando fogo na aeronave. Os 109 ocupantes morreram. Já a queda com mais vítimas aconteceu com um Boeing 747 da Japan Airlines, que entrou em pane perto de Yokohama, em 1985. Foram 520 mortes.
EXPLORAÇÃO ESPACIAL
Explosão da Challenger e da Columbia
Os ônibus espaciais eram o que havia de mais seguro na engenharia aeroespacial. Com as naves Columbia, Challenger, Atlantis e Discovery, levar homens ao espaço virou uma rotina sossegada a partir de 1981. Até que, em 28 de janeiro de 1986, um defeito nos tanques da Challenger enterrou o sonho: vazou combustível no lançamento e a nave explodiu. Seus sete tripulantes morreram. No ano passado foi a vez da Columbia, incinerada quando reentrava na atmosfera, também com sete pessoas.
ENERGIA ELÉTRICA
Apagão em Nova York
Multidões tomam as ruas. Milhares caem de cansaço nas sarjetas. Bandos de saqueadores atacam lojas. Briga, tumulto, guerra? Não: é o que acontece quando uma metrópole sofre um blecaute. A rede que alimenta Nova York, por exemplo, já deixou a cidade sem energia por três vezes, em 1965, 1977 e 2003. No apagão de 1965 (na foto), cerca de 800 mil pessoas ficaram presas nos túneis do metrô. Por aqui, o pior blecaute foi em 17 de setembro de 1985. Uma sobrecarga deixou metade do Brasil sem luz por três horas.

FONTE; Revista Mundo Estranho

QUEM SÃO OS SANTOS MAIS PECADORES DA HISTÓRIA ? ( "Perguntas Estranhas" )

Quais são os santos mais pecadores da história?

por Marina Motomura
As biografias de muitos santos católicos têm passagens cheias de pecados. Desde ex-prostitutas luxuriosas, como Margarida de Cortona e Maria Egípcia, a caçadores de cristãos carregados de ira, como são Longuinho, muita gente cometeu todos os tipos de pecados e se arrependeu, para só então chegar à santidade. Conheça ao lado vários santos e pessoas religiosas que já estiveram bem longe do paraíso e que se renderam à tentação dos pecados capitais.
Santos do pau oco
Para cada pecado capital, vários religiosos e santos dizem amém
INVEJA
QUEM PECOU - Papa Bonifácio VII
Disputas papais cheias de cardeais bonzinhos à espera da fumacinha branca? Nem sempre. Para chegar ao cargo máximo da Igreja, alguns pontífices são acusados de ter mandado empacotar seus antecessores. Bonifácio VII foi o mais cruel deles: estrangulou com as próprias mãos Bento VI em 974. Expulso de Roma, voltou quatro anos depois e ainda depôs Bento VII
IRA
QUEM PECOU - São Longuinho e São Sebastião
Quem já pediu ajuda a são Longuinho para achar um objeto perdido nem imagina que ele era um militar romano, Cássio, cheio de sangue nos olhos: ele não só acompanhou a execução de Jesus como perfurou com a lança o abdome de Cristo, para se certificar da sua morte. No século 3, são Sebastião também foi um militar que engrossou as fileiras romanas, que prendia e perseguia cristãos
VAIDADE
QUEM PECOU - Padres e freiras romanos
Desde 2003, circula no Vaticano um calendário cheio de padres bonitões. O Vaticano afirma que o Calendário Romano, cuja versão 2010 já está à venda na internet (www.calendarioromano.org), não é produto oficial, mas é um sucesso: já vendeu mais de 40 mil exemplares! Em 2008, Roma teve outra demonstração de vaidade religiosa: o padre Antonio Rungi lançou o concurso "Sister Itália" para eleger a freira mais atraente, mas teve que suspender a competição depois de reclamações de fiéis
LUXÚRIA
QUEM PECOU - Santa Margarida de Cortona, Santa Maria, a Egípcia, e Papa Alexandre VI
Rodrigo Borgia, eleito papa Alexandre VI em 1492, tinha duas amantes oficiais. Teve pelo menos sete filhos - as más línguas dizem que ele praticava incesto com uma delas, Lucrécia Bórgia. Santa Margarida de Cortona era concubina de um nobre italiano no século 13 e Santa Maria, a Egípcia, era prostituta em Alexandria, no Egito, no século 4
PREGUIÇA
QUEM PECOU - Monges medievais
A preguiça era tão comum entre monges na Idade Média que havia até castigo para eles: punição com vara. Não se sabe de nenhum santo que tenha ficado nominalmente famoso pela leseira, mas, segundo o livro A History of Women in the West, de Georges Duby, o castigo de vara era uma das regras monásticas prescritas pelo bispo Cesário de Arles
GULA
QUEM PECOU - Vários papas
Dietas não são o forte do Vaticano, famoso pelos banquetes. Dizem que o papa Paulo II até morreu pela boca - em 1471, caiu duro logo após comer dois melões sozinho. O livro Os Segredos da Cozinha do Vaticano, de Eva Celada, narra o rega-bofe que ocorreu quando o papa Leão X assumiu: "Foram 13 serviços, tanto doces quanto salgados, e, no final, como se já não bastasse, um terneiro completo, fervido em vinho branco da ilha de Elba e banhado em pó de ouro". Para quem não sabe, um terneiro é um bezerro de até um ano, inteirinho...
AVAREZA
QUEM PECOU - São Camilo de Lellis
O pecado da avareza é também o pecado da ganância. E são Camilo de Lellis pecou muito por isso. No século 16, na Itália, ele tinha tudo para construir uma carreira de sucesso como militar, mas foi seduzido pela jogatina - não parava de jogar cartas e apostar. Todo o salário que recebia como soldado era gasto em jogo. Acabou na miséria e teve que virar mendigo para só então se emendar

FONTE: Revista Mundo Estranho

O MISTÉRIO DA ORIGEM DA VIDA ( Muitos cientistas já desistiram da ideia de que a vida é exclusividade terrestre. O motivo é simples: ainda nem conseguimos identificar todos os organismos existentes aqui - e muitas dessas formas vivas hoje desconhecidas podem estar em outros cantos do universo )




Michele Rasotto/Shutterstock
Uma das mais interessantes teorias diz que a vida surgiu fora da Terra, em Marte ou outro planeta mais distante. Foi trazida aqui por cometas errantes.
Como a vida surgiu na Terra? Esse continua a ser um dos grandes mistérios da biologia. Sabe-se apenas a data aproximada em que isso ocorreu: há cerca de 3,5 bilhões de anos. Tudo o mais são especulações.
Nos anos 1970, a maioria dos biólogos acreditava que a vida era um evento químico tão improvável que não ocorreria uma segunda vez no universo. Décadas depois, em 1995, o belga Christian de Duve, Prêmio Nobel de Medicina em 1974, classificou a vida como "imperativo cósmico" que deveria ter surgido em todo planeta semelhante à Terra. Por esse determinismo biológico, "a vida se inscreve nas leis da natureza". Comprovar essa teoria exige encontrar traços dela em outro planeta ou mesmo na Terra - as condições aqui existentes propícias ao surgimento da vida até poderiam ter sido aproveitadas diversas vezes. A confirmação depende de que se encontrem organismos diferentes de todas as criaturas vivas conhecidas.
Formas de vida alternativas seriam capazes de ter se desenvolvido e desaparecido, deixando registros geológicos de sua existência. Um metabolismo diferente do que conhecemos, por exemplo, poderia alterar rochas ou formar depósitos minerais de um modo inexplicável para a biologia de organismos conhecidos. Moléculas orgânicas características de outras formas de vida seriam também guardadas em antigos microfósseis.
Outra teoria propõe que formas de vida alternativa teriam sobrevivido e sempre estariam presentes no meio ambiente, constituindo um tipo de "biosfera da sombra". Esses organismos ainda não teriam sido encontrados simplesmente porque os biólogos só catalogaram uma ínfima fração de todos os micróbios observados. Mas tal identificação não promete ser fácil. Requer análise de sequência genética para determinar o lugar do micróbio na árvore da vida que agrupa todas as criaturas conhecidas. Deve-se considerar ainda que todos os organismos estudados em detalhe até hoje comungam de uma mesma bioquímica e de um código genético quase idêntico. Os métodos usados para estudá-los detectam a vida tal como a conhecemos. Seriam necessárias outras técnicas para descobrir uma bioquímica diferente. Até lá, uma vida desse tipo, que se limite ao reino microbiano, provavelmente não será notada.
Não será necessariamente mais fácil achar formas de vida alternativas integradas à biosfera conhecida. Sobretudo se forem micróbios associados a outros, mais familiares, já que a maioria dos microrganismos se apresenta sob a forma de pequenas esferas ou bastonetes. Mas uma bioquímica diferente, com sinais característicos, pode desmascará-las.
Muitas moléculas biológicas não coincidem com sua imagem num espelho, mesmo sendo constituídas dos mesmos átomos. Ambas só diferem porque, num espaço tridimensional, uma aponta para a direita e outra para a esquerda, como se fossem nossas mãos espalmadas. Essa característica chama-se quiralidade.
Nos abismos submarinos, fontes termais de origem vulcânica criam microambientes ricos de vida muito adaptada e que não poderia existir em nenhum outro lugar
Para se organizar em estruturas mais complexas, as moléculas devem ter formas compatíveis. Todos os aminoácidos que constituem as proteínas, por exemplo, apresentam uma curva para a esquerda; no caso dos açúcares, ela vai para a direita. Imaginando- se que a vida começaria a partir do nada, as moléculas teriam 50% de chances de ser da forma inversa. Nesse caso, a vida seria bioquimicamente quase igual à que se conhece. As duas formas não seriam concorrentes e se ignorariam, porque suas moléculas não seriam intercambiáveis. Pode-se identificar uma vida desse tipo preparando- se um meio de cultura com moléculas- espelho daquelas que se usam habitualmente. Ali, um organismo com quiralidade invertida se sentiria em seu meio, mas um organismo vivo clássico não sobreviveria.
Outra vida de sombra pode se distinguir por apresentar um conjunto diferente de aminoácidos ou de nucleotídeos (elementos do ácido desoxirribonucleico, ou DNA, na sigla em inglês). Todos os organismos conhecidos utilizam os mesmos nucleotídeos (adenina, citosina, guanina e tiamina) para guardar informações e os mesmos 20 aminoácidos para construir proteínas. Por que nos limitarmos aos 20 aminoácidos conhecidos? O meteorito Murchison, que caiu na Austrália em 1969, continha numerosos aminoácidos bem conhecidos e outros nem tanto, como a pseudoleucina.
Alguns aminoácidos exóticos poderão ser indícios de formas de vida alternativas. Os exobiologistas têm esperança nos resultados obtidos no domínio emergente da vida sintética ou artificial. Os bioquímicos ensaiam construir novos organismos usando aminoácidos adicionais ou alterando o código genético com o acréscimo de nucleotídeos. A cada micróbio descoberto, instrumentos de trabalho normalmente usados para analisar proteínas revelariam os aminoácidos presentes e detectariam sinais estranhos que fariam do microrganismo um candidato à outra vida possível.
Os biólogos Russell Vreeland (esquerda) e William Rosenzweig examinam o cristal de sal que abriga em seu interior bactérias de 250 milhões de anos (no centro da ampliação por microscópio). Elas são as mais antigas formas de vida já encontradas.
Se uma dessas estratégias revelar um organismo exótico, como distinguir uma verdadeira forma de vida alternativa de um novo domínio da vida conhecida? O precursor mais rudimentar poderia apresentar uma série de diferentes combinações, códigos que hoje não seriam formas de vida alternativa, mas fósseis vivos. Outra possibilidade é a de que os micróbios usassem o ácido ribonucleico (RNA) em vez do DNA ou, ainda, um elemento que substituísse a água, pois a vida, como a conhecemos, é indissociável da água em estado líquido.
Alternativas mais radicais da bioquímica conhecida reduziriam as possibilidades de erro. Astrobiólogos imaginaram formas de vida em que outro solvente, como o metano, substituiria a água - teoria pouco provável, pois o metano é líquido apenas em baixas temperaturas. Pensa-se também na hipótese da reorganização dos átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e fósforo. O fósforo é raro e, no início da história da Terra, não existia em abundância na forma solúvel e facilmente acessível. O arsênico, que é um veneno para a vida clássica, poderia tê-lo substituído nos organismos vivos: além de desempenhar as funções do fósforo no estabelecimento de ligações estruturais (ligação entre os nucleotídeos do DNA) e de estocagem de energia (ATP) nas células, poderia se constituir em fonte de energia para alimentar o metabolismo.
A VIDA APARECEU EM MARTE?
Segundo o determinismo biológico, a vida deve aparecer no momento em que surgem as condições apropriadas. De acordo com essa teoria, a vida eclodiu em algum lugar no Sistema Solar, provavelmente em Marte, um planeta que, no início de sua história, tinha água em estado líquido na superfície. Terra e Marte partilharam de matéria ejetada no espaço pelo impacto de asteroides e de cometas, e alguns micróbios viáveis, enclausurados no interior de rochas, podem ter sido levados de um planeta a outro. Assim, é plausível que os organismos resultantes tenham se mesclado ao longo do tempo.
Os organismos fabricam proteínas graças aos ribossomos, que agrupam os aminoácidos. Para abrigar ribossomos, eles não podem ser pequenos. Vírus, por exemplo, têm apenas 20 nanômetros de diâmetro e não possuem ribossomos. Mas não são autônomos, pois dependem das células que infectam para se reproduzir. Essa dependência impede que os vejamos como forma de vida alternativa. Mas já se disse que a biosfera seria o refúgio de células pequenas demais para abrigar ribossomos. Recentemente, Philippa Uwins, da Universidade de Queensland, na Austrália, encontrou estruturas com cerca de 30 nanômetros de tamanho em amostras de rochas submarinas. Se resultaram de processos biológicos, seriam formas de vida alternativa que não utilizam ribossomos. A realidade das nanobactérias, porém, ainda não está bem estabelecida.
Um organismo bioquimicamente estranho seria a prova de uma segunda origem da vida se ele fosse fundamentalmente diferente da que conhecemos. Mas a fronteira é tênue, pois não se sabe como a vida apareceu. Exobiologistas a imaginaram baseada em compostos de silício, mais que de carbono, tão essencial à nossa bioquímica. Os organismos em que o carbono estivesse ausente teriam, sem dúvida, uma origem diferente da nossa. Por outro lado, um organismo que utilizasse os mesmos nucleotídeos e aminoácidos que as formas de vida conhecidas, mas desfrutasse de um código genético diferente, não contribuiria em favor de uma origem independente, porque as diferenças poderiam se explicar por divergência evolutiva.
A VIDA NOS NICHOS MAIS HOSTIS
Ambientes extremos e nichos ecológicos isolados, onde a maior parte dos organismos comuns não teria como sobreviver, podem abrigar formas de vida alternativas. Como exemplo, o rio Tinto, na Espanha, repleto de minério de ferro e metais pesados (A); os gelos eternos da Antártica (B) e as fontes termais e sulfurosas como as do parque Yellowstone, nos Estados Unidos, onde a temperatura da água chega a 90 graus centígrados (C).


O parque Yellowstone possui várias lagoas vulcânicas como a da foto. Nelas, apesar do forte conteúdo mineral, a vida microscópica é abundante.
Há também o problema inverso. Organismos diferentes, submetidos às mesmas regras ambientais, frequentemente interagem para melhorar suas chances de sobrevivência. Tal convergência, se é forte, mascararia as provas de uma aparição independente. A seleção dos aminoácidos, por exemplo, pode ter sido otimizada pela evolução. Uma vida que tenha começado utilizando outros aminoácidos pode ter evoluído ao ponto de, finalmente, adotar os que hoje usamos.
A dificuldade é exacerbada pela existência de duas teorias da biogênese, primeiro estágio da evolução da vida. Uma sustenta que a vida começou por uma transformação súbita, levada talvez por uma mudança de complexidade química num sistema não necessariamente formado por uma única célula. A vida primitiva poderia ter surgido de uma comunidade de células que trocavam entre si materiais e informações, antes mesmo da autonomia celular e da individualização das espécies. A outra teoria defende a idéia de um continuum que se estenderia da química à biologia, sem que alguma demarcação clara, especialmente um "nascimento da vida", pudesse ser identificada.
Definir o que é vida pode ser algo delicado. Fundada sobre uma propriedade (a estocagem e a utilização de informações, por exemplo) que marcaria uma transição bem definida entre o vivo e o inerte, conduz à ideia de que pode ter uma ou várias origens. Baseada em uma complexidade organizada, apresenta raízes imprecisas que podem se dissolver sem traços no domínio da química. A ideia de origens independentes para diferentes formas de vida também é questionável, a menos que os organismos estivessem separados uns dos outros, sem interação possível, como em planetas diferentes. Não estudamos mais que uma ínfima fração da população microbiana da Terra. Se as provas de uma segunda origem um dia forem conhecidas, confirmariam o determinismo biológico e consagrariam a vida, de fato, como um imperativo da natureza. 

FONTE: Revista Planeta

AS NANOBACTÉRIAS
Examinando sedimentos de 200 milhões de anos extraídos do fundo do mar ao largo da costa oeste da Austrália, Philippa Uwins, da Universidade de Queensland, descobriu minúsculas estruturas de 20 a 150 nanômetros de comprimento. Esses elementos foram multiplicados em laboratório e as análises mostraram que contêm DNA. No entanto, os resultados são contestados. As menores bactérias medem cerca de 200 nanômetros de diâmetro. Organismos autônomos, de acordo com as normas de vida conhecidas, não podem ser menores, porque precisam abrigar os ribossomos. Cada uma dessas estruturas, que fabricam proteína, mede de 20 a 30 nanômetros de largura. Organismos autônomos do tamanho dos descobertos por Philippa Uwins funcionariam sem ribossomos e constituiriam uma nova forma de vida.
Equipe Planeta

domingo, 27 de novembro de 2011

SE A ÁGUA É FORMADA POR UM COMBUSTÍVEL ( Hidrogênio ) E UM COMBURENTE ( Oxigênio ), COMO ELA APAGA O FOGO ( "Perguntas Estranhas" )

por Victor Bianchin
Na verdade, o hidrogênio e o oxigênio em suas formas atômicas - H e O - não têm propriedades de combustível e comburente. Essas propriedades pertencem às moléculas que eles formam: H2 e O2, respectivamente. Veja nos esquemas ao lado como simples alterações no rearranjo químico mudam as características desses dois elementos.
SEPARADOS ELES "PEGAM FOGO"
1. A combustão é uma reação de oxidação: uma substância perde elétrons para outra. Para ela ocorrer, é preciso ter um combustível (que pode ser o H2) e um comburente (como o O2). Se o combustível é o H2, ele perde elétrons que vão para o O2 durante a combustão
2. Com a troca de elétrons, as moléculas de H2 e O2 se recombinam e viram água na forma de vapor (2H2O), numa reação que gera bastante energia. O problema é que uma parte da energia não cabe nas moléculas de água. E essa sobra é justamente o fogo que a gente vê
JUNTOS ELES APAGAM
1. Por sua vez, a água (H2O) na forma líquida serve para apagar o fogo porque ela rouba calor da combustão. Sem calor, as reações químicas entre combustível e comburente não ocorrem, e o fogo deixa de ser formado
2. Além disso, ao roubar o calor da combustão, a água atinge uma temperatura suficiente para evaporar. O vapor d'água, então, se dispersa entre as moléculas de O2 do ar, dificultando o contato entre combustível e comburentefogo e enfraquecendo ainda mais o
ÁGUA OXIGENADA (H2O2) TAMBÉM APAGA O FOGO?
Pelo contrário: ela é um poderoso agente oxidante, o que a tornaria um ótimo comburente, como o O2 do ar. Ou seja, ela ajudaria outras substâncias a queimar. "O problema é que você teria que ter muita água oxigenada e pouco combustível para fazê-la agir como comburente, porque existe muito menos oxigênio (O) nela do que no ar", diz o professor Guintar Luciano Baugis, coordenador do curso de Química das Faculdades Oswaldo Cruz.
O QUE ACONTECERIA SE CHOVESSE TODA A ÁGUA DA ATMOSFERA?
Toda a superfície da Terra no nível do mar seria coberta por uma camada extra de 2,5 cm de água. Essa é a previsão de um relatório da Nasa, a agência espacial americana, que estima haver quase 13 trilhões de litros de água na atmosfera. Parece muito, mas isso representa só 0,001% do total do líquido no planeta.
É VERDADE QUE A ÁGUA PODE CONGELAR SÓ MUITO ABAIXO DE 0 ºC?
Sim. Uma água puríssima, sem outras moléculas misturadas, pode ser resfriada até cerca de -38 ºC sem virar gelo, num processo conhecido como supercooling. Isso acontece porque o gelo precisa de uma espécie de ponto de apoio para começar a se formar - como uma microscópica partícula de sujeira. Sem isso, o gelo só se forma em temperaturas extremas. O mais bizarro é que, nessas condições, o congelamento da água é quase instantâneo. Se você quiser conferir, dê uma busca no YouTube com as palavras "supercooled" e "water"!
A ÁGUA DE UMA PRIVADA É SEMPRE IMUNDA?
Nem sempre. Em 2006, uma menina de 12 anos da Flórida fez uma experiência para a feira de ciências da escola: ela coletou amostras de gelo de cinco redes de fast food e comparou com amostras de água das privadas dos mesmos restaurantes - após dar descargas, é claro. O material foi analisado na Universidade do Sul da Flórida. Resultado: em quatro dos restaurantes, a água da privada tinha menos bactérias que a água do gelo!
DÁ PARA MORRER DE TANTO BEBER ÁGUA?
Dá! Em 2007, uma mulher morreu nos EUA após um concurso para ver quem bebia mais água sem ir ao banheiro - ela tomou mais de 2 litros em poucas horas. A água tem eletrólitos, como o sódio (Na+), que ajudam os músculos e nervos a funcionar. Mas, com excesso de água circulando no corpo, os eletrólitos se dispersam e as células precisam absorver mais água para captá-los. Isso pode levá-las a explodir! O que é especialmente grave no cérebro.
ONDE HÁ MAIS ÁGUA NO PLANETA?
Cerca de 97% da água existente na Terra é encontrada nos oceanos. Nos míseros 3% restantes está toda a água potencialmente potável do planeta, distribuída das mais diferentes maneiras, da atmosfera às geleiras e rios. Veja como esses 3% de água fora dos mares se dividem:
A ÁGUA TEM MAIS DO QUE TRÊS ESTADOS FÍSICOS?
Bem mais. Segundo um estudo da Universidade de Boston, a água possui cinco fases líquidas e até 14 fases sólidas diferentes! Confira no termômetro alguns dos estados físicos da água dependendo da temperatura atingida:
A ÁGUA DA CHUVA SEMPRE CAI EM FORMA DE GOTA?
Na verdade, ela nunca cai em forma de gota... Em geral, a água da chuva tem formato esférico, que se altera dependendo do tamanho dela, como você vê aqui ao lado. A maioria das "gotas" de chuva tem diâmetro entre 1 e 2 mm, mas, no Brasil, já foram registradas por cientistas formações com até 10 mm em 2004.
QUANTO TEMPO A ÁGUA PERMANECE NAS NUVENS?
Cerca de dez dias. Esse é o tempo médio que uma molécula permanece na atmosfera durante o ciclo da água no planeta, lembra-se dele? Tomando os oceanos como ponto de partida, a água é aquecida pelo Sol, evapora e vai para a atmosfera. De lá, ela pode cair nos continentes em forma de neve - numa geleira, por exemplo - ou como chuva, seguindo para rios e lagos até desaguar de novo no mar.

FONTE: Revista Mundo Estranho

DESCOBERTA DE MOEDAS ANTIGAS DEVE MUDAR HISTÓRIA DO MURO DAS LAMENTAÇÕES ( Descobertas Arqueológicas Recentes )

23/11/2011 - 15h42

Descoberta de moedas antigas deve mudar história do Muro das Lamentações

DA REUTERS, EM JERUSALÉM
Arqueólogos israelenses anunciaram o achado de moedas antigas que podem subverter as crenças largamente mantidas sobre as origens do Muro das Lamentações de Israel, um dos locais mais sagrados para o Judaísmo. O anúncio da descoberta foi feito nesta quarta-feira.

Por séculos, muito do que se pensava sobre o muro era que ele fora construído pelo rei Herodes (que detém má fama, na tradição do Cristianismo, por ser algoz nos esforços de perseguição do bebê Jesus, de acordo com a história original dessa religião).

Abir Sultan/Efe
Moedas descobertas sob o Muro das Lamentações, em Jerusalém, devem mudar a história da construção do local
Moedas achadas sob o Muro das Lamentações, em Jerusalém, devem mudar história da construção do local
Mas arqueólogos afirmaram ter encontrado moedas enterradas sob os alicerces do muro, e que foram cunhadas 20 anos depois da morte do rei Herodes, em 4 d.C. --o que demonstra que a estrutura foi completada pelos reinados sucessores.
A descoberta pode significar uma revisão nos guias turísticos para as multidões que visitam a cidade.
"Cada guia turístico baseado na história de Jerusalém responde 'Herodes' quando perguntado sobre quem construiu o muro", disse a autoridade de antiguidades de Israel, em comunicado.
"Essa partícula da informação arqueológica ilustra o fato de que a construção do muro foi um projeto enorme que levou décadas e que não foi completado durante a vida de Herodes", disse a autoridade israelense.
A autoridade disse que os historiadores acadêmicos já tinham conhecimento, a partir de fatos narrados pelo historiador judeu Flávio Josefo (37 ou 38 d.C. - 100 d.C), de que o muro fora completado pelo bisneto de Herodes.
Mas esse relato não ajudou a dissipar a história popular de que Herodes concluiu o Muro das Lamentações. As moedas foram a primeira evidência concreta para fazer uma atualização da versão de Flávio Josefo. 

FONTE: Folha.com/Turismo

ESTUDO IDENTIFICA ASTROS COM MAIS CHANCES DE ABRIGAR VIDA EXTRATERRESTRE ( Artigo Científico )

24/11/2011 - 14h37

Estudo identifica astros com mais chances de abrigar vida extraterrestre

DA BBC BRASIL
A lua de Saturno Titã e o exoplaneta Gliese 581g estão entre os corpos celestes mais propensos à existência de vida extraterrestre, diz um artigo científico publicado por pesquisadores americanos.
O estudo da Universidade de Washington criou um ranking que ordena os planetas e satélites de acordo com a semelhança com a Terra e as condições para abrigar outras formas de vida.


JPL/ STSI/Nasa
O exoplaneta Gliese 581g (em primeiro plano) foi considerado o mais parecido com a Terra; veja galeria de fotos  
O exoplaneta Gliese 581g (em primeiro plano) foi considerado o mais parecido com a Terra; 
Segundo os resultados publicados na revista acadêmica "Astrobiology", a maior semelhança com a Terra foi demonstrada por Gliese 581g, um exoplaneta --ou seja, localizado fora do Sistema Solar--, cuja existência muitos astrônomos duvidam.
Em seguida, no mesmo critério, vem o Gliese 581d, que é parte do mesmo sistema. O sistema Gliese 581 é formado por quatro --e possivelmente cinco-- planetas orbitando a mesma estrela anã a mais de 20 anos-luz da Terra, na constelação de Libra.
CONDIÇÕES FAVORÁVEIS
Um dos autores do estudo, Dirk Schulze-Makuch explica que os rankings foram elaborados com base em dois indicadores.
O ESI (sigla em inglês de Índice de Similaridade com a Terra) ordenou os astros conforme a sua similaridade com o nosso planeta, levando em conta fatores como o tamanho, a densidade e a distância de sua estrela-mãe.
Já o PHI (sigla de Índice de Habitabilidade Planetária) analisou fatores como a existência de uma superfície rochosa ou congelada, de uma atmosfera ou de um campo magnético.
Também foi avaliada a energia à disposição de organismos, seja através da luz de uma estrela-mãe ou de um processo chamado de aceleração de maré, no qual um planeta ou lua é aquecido internamente ao interagir gravitacionalmente com um satélite.
Por fim, o PHI leva em consideração a química dos planetas, como a presença ou ausência de elementos orgânicos, e se solventes líquidos estão disponíveis para reações químicas.
HABITÁVEIS
No critério de habitabilidade, a lua Titã, que orbita ao redor de Saturno, ficou em primeiro lugar, seguida da lua Europa, que orbita Júpiter.
Os cientistas acreditam que Europa contenha um oceano aquático subterrâneo aquecido por aceleração de maré.
O estudo contribuirá para iniciativas que, nos últimos tempos, têm reforçado a busca por vida extraterrestre.
Desde que foi lançado em órbita em 2009, o telescópio espacial Kepler, da Nasa (agência espacial americana), já encontrou mais de mil planetas com potencial para abrigar formas de vida.
No futuro, os cientistas creem que os telescópios sejam capazes de identificar os chamados "bioindicadores" --indicadores da vida, como presença de clorofila, pigmento presente nas plantas-- na luz emitida por planetas distantes. 

FONTE: Folha.com/Ciência

sábado, 26 de novembro de 2011

VEJA A CRATERA MARCIANA ONDE O JIPE CURIOSITY VAI POUSAR ( Viagens Espaciais )

24/11/2011 - 17h12

Veja a cratera marciana onde o jipe Curiosity vai pousar


DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
É neste sábado (26) que a Nasa (agência espacial americana) pretende colocar em órbita o foguete Atlas, que levará a bordo o jipe Curiosity até o solo marciano.

Pelos planos iniciais, a ideia é fazer com que ele chegue à cratera Gale --veja abaixo a imagem divulgada na terça-feira (22)-- de uma maneira inédita, utilizando uma espécie de um guindaste voador.

Reuters
Círculo indica local de pouso do Curiosity; as áreas azuis são mais baixas e as verdes, as mais altas da cratera
Círculo indica local de pouso do Curiosity; as áreas azuis são mais baixas e as verdes, as mais altas da cratera
A partida está programada para as 10h02 (13h02, no horário de Brasília), da base de lançamento de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), e dará início a uma missão de pelo menos um ano marciano --equivalente a 687 dias na Terra. 

FONTE: Folha.com/Ciência

QUAL FOI O ANO DO NASCIMENTO DE JESUS CRISTO ? ( Perguntas Estranhas )

Qual foi o ano do nascimento de Cristo?

por Luís Joly
O ano em que Cristo nasceu só passou a ser tido como 1 d.C. ("depois de Cristo") séculos depois. Na época do nascimento, assim como hoje, havia várias formas de contar o tempo, mas, para a maior parte das pessoas que viviam sob a influência do Império Romano, 1 d.C. era 754 a.U.c., ou seja, 754 anos passados desde a criação de Roma. Porém, o calendário romano não era padrão nem entre os romanos: a contagem também era feita pelos anos de reinado de cada imperador e, segundo esse calendário, o ano anterior ao nascimento de Cristo era o 31º ano de Augusto ou ainda o 46º ano do calendário criado por Júlio César. A definição de que o nascimento de Cristo seria o ano 1 só veio muito tempo depois, por volta de 1286 a.U.c, quando um frade chamado Dionísio, o Pequeno, fez alguns cálculos e determinou que aquele era o ano 532 depois do nascimento de Cristo (d.C.). Mas alguns séculos depois os cálculos foram refeitos e levantou-se a questão de que o pequeno grande Dionísio teria errado nos seus cálculos e, portanto, nosso calendário pode estar de quatro a seis anos atrasado. Ou seja, Cristo teria nascido há 2011 ou 2013 anos, e não 2007.
De volta para o futuro Os anos dependem de referenciais. Compare o calendário cristão com outros três
Calendário Gregoriano
Este é o calendário cristão, adotado hoje pela maior parte das pessoas. O ano 1 marca o nascimento de Cristo (ainda que a data esteja errada...)
Calendário Juliano
O ano 1 para o Império Romano é o chamado ad Urb condita, que em latim significa algo como "desde a fundação da cidade" - a cidade para eles, por excelência, era Roma
Calendário Judaico
Começa no ano em que Deus teria criado o mundo, exatamente no dia 7/10/3760 a.C. Hoje, portanto, os judeus vivem no ano 5767
Calendário Islâmico
Baseado no calendário lunar, com 354 dias. Os islâmicos mais fiéis estão em 1428. O ano 1 para eles marca a hégira, quando Maomé fugiu de Meca para Medina.

FONTE: Revista Mundo Estranho

HOMEM DAS CAVERNAS PESCAVA ATUM 42 MIL ANOS ATRÁS ( Descobertas Arqueológicas Recentes )

25/11/2011 - 11h35

Homem das cavernas pescava atum 42 mil anos atrás


DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Um anzol encontrado em Timor Oriental com pelo menos 42 mil anos mostra que os homens da caverna eram habilidosos na pesca de grandes espécies como o atum, que vive em águas profundas.
O artefato, encontrado por arqueólogos australianos na caverna de Jerimalai, é um dos mais antigos do mundo e estava junto a restos de 38 mil ossos que pertenceram a 2.843 peixes capturados.
A equipe da Universidade Nacional da Austrália emitiu um comunicado nesta sexta-feira sobre a descoberta. O anzol é feito com uma concha.
Além de seu valor histórico, o anzol sugere que os homens pré-históricos possuíam habilidades marítimas avançadas, comentou a líder dos pesquisadores, a arqueóloga Sue O'Connor. A ponto de eles serem capazes de fazer travessias oceânicas até a Austrália.
Tendo como base os materiais encontrados, O'Connor estima que os homens daquela época eram hábeis na confecção de ferramentas e exímios pescadores. Mas restam dúvidas sobre como era feita a captura do que viria a ser sua refeição do dia. Uma das hipóteses aventada são as redes, que seriam utilizadas para esse fim.
"Não está claro que método era usado para pescar os peixes, inclusive os de águas rasas. Mas o atum pode ser capturado com redes e anzóis. De qualquer maneira, parece certo que utilizavam uma técnica bastante sofisticada", acrescentou ela.
Apesar das descobertas, a pesquisa ainda tem um longo caminho a percorrer. A arqueóloga espera que os objetos dispostos na caverna de Jerimalai expliquem como os pescadores conseguiram chegar pelo mar até a Austrália há pelo menos 50 mil anos.
"Sabemos que usavam barcas porque a Austrália é separada do Sudeste Asiático pelo oceano. Quando olhamos as embarcações que os aborígenes usavam, ao entrarem em contato com os europeus, vemos que eram muito simples como canoas e balsas", declarou a especialista.
As descobertas da equipe estão publicadas no último número da revista "Science". 

FONTE: Folha.com/Ciência

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

TODOS NÓS VIEMOS DA ÁFRICA! ( A Epopéia das Grandes Migrações ) " Evidências arqueológicas reforçam a teoria, baseadas em estudos do DNA, de que o Homo Sapiens surgiu no leste da África há 200 mil anos e migrou para os outros continentes"

Equipe Planeta
De alguns milhares a 07 bilhões
Recentes descobertas arqueológicas confirmam estudos genéticos segundo os quais toda a nossa raça se origina de um pequeno grupo de humanos que viviam há 80 mil anos no leste da África. Com idade entre 33 mil e 39 mil anos, o crânio Hofmeyr (à esquerda), da África do Sul, é muito parecido com o de seus contemporâneos europeus.
As modernas análises por DNA já confirmaram: todos nós descendemos de alguns milhares de africanos – entre 2 mil e 6 mil, provavelmente – que viveram há 80 mil anos e partiram de seu lar na África Oriental numa única onda migratória, terminando por povoar todos os outros continentes. Segundo esses estudos, a migração foi rápida – nossos antepassados chegaram à Ásia 60 mil anos atrás, e a Europa foi ocupada há 40 mil anos. Mas, para diversos especialistas, esses dados ainda não eram convincentes. Eles alegavam falhas na datação e nas premissas que originaram os estudos. Sua exigência era simples: evidências arqueológicas que endossassem as descobertas feitas via DNA.
Com o tempo, essas evidências estão surgindo – algumas novas, outras antes esquecidas e agora revisitadas. E o painel que estão compondo revela uma extraordinária aventura: a de uma raça – o Homo sapiens – que, de repente, saiu de sua terra-mãe para conquistar um planeta.
O primeiro indício arqueológico a confirmar a tese dos estudos de DNA foi a pesquisa realizada em 1992 por Paul Mellars, professor da Universidade de Cambridge e uma das maiores autoridades do mundo em rotas de migração utilizadas pelo homem primitivo, a partir de um ovo de avestruz de cerca de 35 mil anos encontrado na Índia. As gravações inscritas na casca do ovo eram muito semelhantes às de uma peça ocre de aproximadamente 75 mil anos de idade descoberta na África do Sul, a dez mil quilômetros de distância. A semelhança de outros objetos da mesma época encontrados na Índia e no Sri Lanka – pontas de flechas, pás de pedra primitivas e pequenas contas feitas de carapaça de avestruz – com os produzidos por africanos 40 mil anos antes reforçaram a idéia de Mellars de que havia ligação entre as duas populações.
DURANTE UM BOM tempo essa linha de pesquisa não foi aprofundada, talvez porque a tese de Mellars tenha sido divulgada apenas em publicações arqueológicas indianas, cuja importância era desconsiderada no Ocidente. Quinze anos depois, porém, surgiram novidades a partir da pesquisa feita por uma equipe internacional liderada pelo paleontólogo Alan Morris, da Universidade da Cidade do Cabo, a respeito do crânio Hofmeyr.
Considerado antes uma relíquia sem grande valor, esse crânio humano havia sido encontrado em 1952 perto da cidade sul-africana de Hofmeyr, durante as obras para a construção de uma represa. Como nenhuma matéria orgânica restara na peça, ela não havia sido submetida a uma datação por carbono-14 – e, assim, tornara- se uma simples curiosidade no escritório de Morris, onde ser via como peso para papéis.
Um antigo colega de Morris, Frederick Grine, da Universidade Estadual de Nova York, mudou esse estado de coisas. Grine sugeriu a Morris que se fizesse a datação dos grãos de areia alojados na cavidade que havia abrigado o cérebro, e a idéia deu certo: especialistas atribuíram à relíquia uma idade entre 33 mil e 39 mil anos. Isso colocava o crânio dentro de um período – entre 75 mil e 20 mil anos atrás – que originou o menor número de descobertas de restos humanos na África, enquanto homens anatomicamente modernos despontavam na Ásia e na Europa.

O passo seguinte foi dado pela paleoantropóloga Katerina Harvati, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária em Leipzig, na Alemanha. Ela submeteu o crânio a medições tridimensionais a fim de compará- lo com amostras de ossos modernos europeus, asiáticos e bosquímanos sul-africanos, além de crânios de humanos da Idade da Pedra e do homem de Neandertal. Resultado: o crânio de Hofmeyr era muito parecido com os dos primeiros humanos modernos europeus, os mais distantes em termos geográficos.
Essa semelhança indica que, há uns 35 mil anos, os humanos modernos sul-africanos e europeus partilhavam um ancestral comum muito recente, provavelmente membro de um povo da África Oriental que migrara entre 50 mil e 60 mil anos atrás.
As semelhanças nas gravações da pedra sul-africana (esquerda), feitas há 75 mil anos, e as da casca de ovo indiana (direita), de 35 mil anos atrás, indicam que os responsáveis por elas tinham as mesmas origens.
Uma das rotas desses viajantes levou ao sul, mas outra seguiu na direção nordeste, envolvendo inclusive uma travessia de mar – no Estreito de Bab-al-Mandeb, que separa o Iêmen, no sul da Península Arábica, de Djibuti, no nordeste da África. Depois da travessia, os migrantes seguiram a linha do litoral, chegando à Índia e rumando depois para a Indonésia e a Austrália, onde chegaram há cerca de 50 mil anos. Essa teoria é reforçada por esqueletos com idade entre 45 mil e 50 mil anos encontrados no sul da Austrália e na ilha de Bornéu.

CURIOSAMENTE, NOSSOS antepassados não aproveitaram o vale do rio Nilo para chegar à costa do Mediterrâneo. Em vez disso, conforme estudos de DNA publicados em 2007 na revista Science, eles a atingiram entre 40 mil e 50 mil anos atrás, após passar pela Península Arábica, pelo Oriente Médio (onde parte deles seguiu rumo norte, dividindo-se entre a Europa Oriental e a China) e a partir daí na direção oeste, chegando à Europa pela atual Turquia e ao litoral norte da África através da Península do Sinai.
Todas essas rotas migratórias colocaram nossos antepassados em contato com as mais diversas condições ambientais – diferenças geográficas, climáticas, de fauna e de flora, por exemplo – e, em particular, com outras espécies humanas, estabelecidas naquelas regiões havia milhares de anos. Eles superaram todos os obstáculos e adaptaram-se a esses ecossistemas variados.
Descobertas recentes na Rússia e na Ucrânia, por exemplo, mostram que o Homo sapiens foi mais capaz de enfrentar climas rigorosos do que o homem de Neandertal. Os pesquisadores encontraram ali o mais antigo sinal de arte decorativa – um rosto semi-acabado gravado na presa de marfim de um mamute, datado em 45 mil anos. Os vestígios do homem de Neandertal na área vão até 115 mil anos atrás, com o início da Era do Gelo; depois disso, esse povo partiu para o sul e nunca mais voltou. Resistindo ao clima severo daquelas terras, o Homo sapiens já mostrava que vinha para ficar.
A pergunta que surge daí é inevitável: o que tornou nossos ancestrais aptos a – de repente, em termos arqueológicos – espalhar-se pelos continentes e conquistar o planeta? Só para relembrar, o crânio mais antigo de um Homo sapiens, encontrado em Omo (Etiópia), tem cerca de 195 mil anos de idade. O que, depois de uns 115 mil anos, lhes permitiu tomar a África e, em seguida, o mundo?
É bem provável que uma grande mudança tenha ocorrido então. Diversos pesquisadores falam de uma “explosão de criatividade”, um aumento na capacidade de processamento cerebral suficiente para permitir ao Homo sapiens a criação da primeira linguagem complexa, de novas estruturas sociais, de maneiras mais eficientes de produzir ferramentas, de padrões diferentes de arte – enfim, dos elementos que compõem uma cultura mais avançada. Arqueólogos também falam de indícios de que objetos eram transportados por longas distâncias, o que leva à suspeita de que já havia alguma forma rudimentar de economia, na qual itens como adornos, alimentos e ferramentas eram trocados.
Outro fator indicativo de que alguma coisa extraordinária aconteceu no cérebro do Homo sapiens foi a descoberta de esqueletos de homens anatomicamente modernos nas cavernas de Skhul e Qafzeh, em Israel, datados entre 90 mil e 100 mil anos. Nos dois locais foram encontrados itens com ocre e adornos, uma evidência de que ali se faziam ritos funerários com oferendas para os mortos. Tais características de uma consciência mais elevada, porém, não foram suficientes para fazer esses ancestrais se fixarem ali de vez: os restos de homens de Neandertal encontrados em camadas do solo mais antigas e mais recentes mostram que aquela passagem do Homo sapiens pelo Oriente Próximo foi efêmera.
A migração seguinte, entretanto, já não abriu mais espaços para os rivais. Em alguns milhares de anos, os homens de Neandertal – que ocuparam a Europa por pelo menos 300 mil anos – foram totalmente substituídos por nossos ancestrais. Em todos os outros lugares onde houve competição, a superioridade cerebral do Homo sapiens prevaleceu. O passo seguinte, e inevitável, veio na medida da ambição da raça: o próprio planeta.

FONTE: Revista Planeta

A história segundo o DNA
A genética ofereceu um novo caminho para se estudar a história humana: o DNA, ou, mais precisamente, o cromossomo masculino (o “Y”), e a mitocôndria, a parte da célula que responde pela produção de energia. Como ambos não sofrem a mistura de genes do pai e da mãe durante a fecundação, as mutações que apresentam servem como verdadeiros “códigos de identificação” dos diversos povos.
Ao migrar para outro ambiente, um povo passa a acumular em seu código genético mutações diferentes daquelas pessoas que permaneceram no mesmo local. Depois de alguns milhares de anos, os migrantes dão origem a novas populações. Os geneticistas concluíram que a humanidade nasceu na África porque em nenhum outro continente há tanta diversidade genética. Já os europeus são os caçulas: têm “apenas” 40 mil anos de idade, ante 80 mil dos africanos e 50 mil dos asiáticos.
O estímulo para a criatividade
Iniciada há cerca de 70 mil anos, a glaciação Wisconsin, última etapa da mais recente Era do Gelo, pode ter criado as condições climáticas que impulsionaram o Homo sapiens a empreender sua migração. Embora não tenha reduzido muito as temperaturas na África, ela diminuiu a evaporação dos oceanos, o que levou a uma queda nas precipitações pluviométricas e, no caso africano, a secas drásticas. Outro fato veio piorar a situação: a explosão do vulcão Toba, na Indonésia, há 74 mil anos. As nuvens de cinzas liberadas pelo vulcão tomaram a atmosfera terrestre, reduzindo a passagem da luz solar por vários anos e resfriando ainda mais a superfície do planeta.

Quem tinha mais chances de sobreviver nessas condições diferenciadas? Aqueles com maior capacidade cerebral, que podiam criar novas idéias, ferramentas, armas, invenções e artes. Esse estímulo forçado à criatividade dado pela natureza foi um fatorchave na ascensão do Homo sapiens a rei da Terra.
Durante a última Era do Gelo, os antigos europeus tiveram tempo e recursos para desenvolver suas habilidades artísticas, como demonstram as pinturas rupestres encontradas em cavernas do continente. 
Expansão rápida
A disseminação do Homo sapiens pela Terra se deu a partir de uma única onda migratória, que em apenas 10 mil anos levou a raça até a Austrália. Depois, a migração avançou para o norte.
Entre 60 mil e 80 mil anos atrás
Um grupo entre 2 mil e 6 mil humanos que habitavam a África Oriental desenvolveu habilidades mentais que o capacitaram a sobreviver melhor do que seus predecessores em condições difíceis. Essa população cresceu rapidamente e se espalhou pela África.
Entre 50 mil e 60 mil anos atrás
Usando a Península Arábica, esses humanos começaram a migrar para a Ásia. A ocupação foi feita seguindo a linha do litoral, chegando ao sudeste do continente. Alguns desses migrantes chegaram à Austrália.
Entre 40 mil e 50 mil anos atrás
A partir do litoral, esses povos foram para o norte, pelo Oriente Médio. Um grupo seguiu pelo sul da atual Rússia e dividiu-se – parte foi para a Europa, parte para a Ásia. Alguns entraram na Europa via Turquia; outros povoaram a costa mediterrânea da África.

TEMPERATURA GLOBAL PODE SUBIR DE 03 A 06 GRAUS CELSIUS ATÉ FIM DE SÉCULO, ALERTA OCDE ( Mudança Climática )

24/11/2011 - 11h44

Temperatura global pode subir de 3 a 6 graus até fim do século, alerta OCDE


Em Paris


A tendência atual fará com que a temperatura aumente entre 3 e 6 graus centígrados no final do século sobre os níveis pré-industriais, um cenário com graves consequências que ainda pode ser evitado com um custo de ação limitado, segundo anunciou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta quinta-feira.

Esta é a principal mensagem de um relatório sobre a mudança climática divulgado pela OCDE às vésperas da conferência de Durban, que começa na próxima semana, no qual pede aos governos que se engajem para conseguir um acordo internacional.

"Os custos econômicos e as consequências ambientais da ausência de ação política da mudança climática são significativas", advertiu o secretário-geral do organismo, Ángel Gurría, durante a apresentação do estudo.

Concretamente, as medidas para modificar sobretudo o panorama energético que se espera para 2050 e reduzir as emissões de efeito estufa em 70% custariam 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB), um número que os autores do relatório relativizaram em entrevista coletiva, ao ressaltarem que significaria que o crescimento da economia mundial nos quatro próximos decênios seria de 3,3% ao ano, em vez de 3,5%, um corte de dois décimos.

O relatório destacou que não alterar as políticas atuais geraria prejuízos ambientais que afetariam muito mais a economia. O relatório Stern de 2006 havia antecipado perdas permanentes do consumo por habitante superiores a 14%.

A OCDE advertiu que sem novas políticas de contenção das emissões de efeito estufa, as energias fósseis seguirão mantendo seu peso relativo atual, de 85% do total, o que conduziria a um volume de concentração na atmosfera de 685 partes de dióxido de carbono (CO2) ou equivalentes por milhão, muito longe das 450 que os cientistas consideram que permitiriam limitar o aquecimento climático global a dois graus centígrados.

Para o órgão, um ponto relevante é estabelecer "um preço significativo" das emissões de CO2 para induzir à mudança tecnológica, mas também a fixação de metas de diminuição de emissões "claras, críveis e mais restritivas" com as quais "todos os grandes emissores, setores e países" precisarão se comprometer.

FONTE: UOL Notícias/Ciência