quarta-feira, 30 de junho de 2010

GRANDES DESERTOS DO MUNDO ( Atacama- CHILE/ América do Sul)

Deserto do Atacama

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ir para: navegação, pesquisa

Deserto do Atacama
O deserto do Atacama está localizado na região norte do Chile. Com cerca de 200 km de extensão, é considerado o deserto mais alto e mais árido do mundo, pois chove muito pouco na região, em consequência das correntes marítimas do Pacífico não conseguirem passar para o deserto, por causa de sua altitude. Assim, quando se evaporam, as nuvens úmidas descarregam seu conteúdo antes de chegar ao deserto, podendo deixá-lo durante épocas sem chuva. Isso o torna de aridez incrível.
As temperaturas no deserto variam entre 0ºC à noite e 40ºC durante o dia. Em função destas condições existem poucas cidades e vilas no deserto; uma delas, muito conhecida, é San Pedro do Atacama ou São Pedro do Atacama, que tem pouco mais de 3 000 habitantes e está a 2 400 metros de altitude. Por ser bem isolada é considerada um oásis no meio do deserto e o principal ponto de encontro de viajantes do mundo inteiro, mochileiros, fotógrafos, astrônomos, cientistas, pesquisadores, motociclistas e aventureiros.
Apesar de pequena e isolada no coração do deserto mais árido do mundo, San Pedro possui uma vida agitada, mesmo depois da meia noite, os bares e restaurantes ficam lotados com pessoas conversando e planejando o dia seguinte.

Índice

[esconder]

[editar] História

A região foi primeiramente habitada pelos atacamenhos, povo da região juntamente com a civilização dos nativos aymaras, ambos deixaram um legado inestimável em termos arqueológicos, daí o seu nome deserto do Atacama.
Tal riqueza é guardada em importantes museus, salientando-se o Museu de San Miguel de Azapa localizado no Vale de Azapadadeduer distante 12 km de Arica e o Museu Del Padre Le Paige, em San Pedro do Atacama.
Há importantes manifestações de arte rupestre pré-colombianas na região, que é o berço de uma das maiores esculturas de figura humana feita na pré-história, o Gigante do Atacama.
Nas entranhas do deserto também podem-se descobrir ruínas intactas como as Vivendas Circulares de Tulor, que datam do 800 a.C., e as pukaras, fortalezas de defesa em Quitor e Lasana, além do centro administrativo Inca em Catarpe,Aricae Ásia.

[editar] Características

[editar] Clima

Possui clima quente durante o dia e frio à noite, mas ao longo do ano é seco, apresentando variações de temperatura que vão de 0 °C a 40 °C. A falta de chuva nessa região é devida às correntes marinhas do Pacífico. A corrente marinha de Humboldt, deixa o ar muito frio, que ao se chocar com as correntes quentes do Pacífico geram condensação e consequentemente chuva. Porém, até chegar no deserto, as nuvens se descarregam chegando lá já vazias, fazendo com que não chova lá. Já foi registrado como o menor índice pluviométrico do planeta.

[editar] Flora

É formada basicamente por árvores de pequeno porte, como o Pimiento e o Algarrobo, arbustos como o Chanhar e plantas como a Anhanhuca e a Brea que crescem na sua maioria ao longo dos vales e na região da precordilheira e cactos que crescem principalmente nas serras próximas à costa mais ao sul. Deve-se ressaltar as plantas que crescem, eventualmente apenas, na região em que ocorre o fenômeno do Inverno Florido entre as cidades de Copiapó e Vallenar. O Deserto do Atacama em geral apresenta um terreno rochoso muito seco e pouco propicio a brotar algumas plantas. Em alguns lugares próximos à região de Antofagasta existem grandes áreas de deserto absoluto, onde o solo é completamente desprovido de vegetação.

[editar] Fauna

A fauna é formada por animais pequenos como ratos, lagartos e cobras, também há presença de lhamas, guanacos, flamingos e outros animais que com o tempo foram se adaptando ao clima.

[editar] Geografia

O terreno da região é bastante diversificado tanto no aspecto de altitude como de formação, variando de altitudes quase ao nível do mar até 6 885 metros, como no caso do vulcão Ojos del Salado. Também encontram-se áreas marcadas por erosão, dunas e montanhas. O solo é diversificado, mas é composto basicamente de sal e areia.

[editar] Hidrografia

A região, apesar de ser seca e não apresentar um índice pluviométrico relevante, apresenta alguns lagos com água quase todo o ano, servindo de fonte de vida tanto para os habitantes da região quanto para os animais os quais lá habitam.

[editar] Curiosidades

  • O deserto do Atacama é o lugar na Terra que passou mais tempo sem presenciar chuvas, sendo registrados 400 anos sem indícios de chuva.
  • É considerado o deserto mais alto e árido.
  • Apesar de não haver chuvas é quase comum nevar em partes da região perto dos vulcões.
  • O Deserto do Atacama pode ser comparado com algumas cidades em certas épocas como Campo Grande nos períodos de Setembro, pela causa da umidade do ar ficar mais baixa que o deserto mas a temperatura menor.
  • Já foi palco de muitos programas jornalísticos e outras atrações culturais. Os clipes musicais "Ciúmes", da ainda cantora Angélica e "Frozen", da diva pop Madonna também foram gravados sobre o famoso Mar de Sal do deserto.
  • Este deserto é o palco do clímax do filme Quantum of Solace, no eco - hotel Perla de las Dunas.

[editar] Turismo

O Deserto do Atacama é muito visado por turistas, para prática do trekking, montanhismo, montaria, off-road e mountain bike, e arqueólogos devido a possuir interessantes artefatos arqueológicos e históricos, além de salinas, gêiseres, vulcões, lagoas coloridas, vales verdejantes e canyons de água cristalina. Também há múmias com mais de 1000 anos deixadas pelos Chinchorros (antigos habitantes da área).

[editar] Pontos turísticos

[editar] Galeria





FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.

POVOS NOMÂDES DO DESERTO ( Beduínos)

Beduíno

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ir para: navegação, pesquisa
Searchtool.svg
Esta página ou secção foi marcada para revisão, devido a inconsistências e/ou dados de confiabilidade duvidosa. Se tem algum conhecimento sobre o tema, por favor, verifique e melhore a consistência e o rigor deste artigo. Considere utilizar {{revisão-sobre}} para associar este artigo com um WikiProjeto.
Tango-nosources.svg
Esta página ou secção não cita nenhuma fonte ou referência (desde Fevereiro de 2008)
Ajude a melhorar este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto ou em notas de rodapé. Encontre fontes: Googlenews, books, scholar, Scirus

Nota: Pode estar sendo confundido com babuíno. Não engane-se
Os Beduínos são um povo nómada que vive nos desertos do Oriente Médio e do norte da África. Os beduínos representam cerca de 10% dos habitantes do Oriente Médio e têm o nome derivado das palavras árabes al bedu ("habitantes das terras abertas") ou al beit ("povo da tenda"). O mais provável é que essa cultura tenha surgido ainda na Antiguidade, no norte da atual Arábia Saudita. A partir do século VII, porém, quando os árabes conquistaram o norte da África, os beduínos se dispersaram também nesse continente. Na Arábia, onde sempre viveram os grupos principais, as difíceis condições de vida no deserto geraram conflitos pelo uso de poços de água e pastagens, levando bandos de beduínos a eventuais ataques a caravanas e outras formas de roubo contra vizinhos e forasteiros. Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o estilo de vida desse povo começou a entrar em decadência. Submetidos ao controle dos governos dos países onde viviam, eles passaram a enfrentar dificuldades para perambular à vontade como nómadas. O número de beduínos diminuiu e hoje o estilo de vida deles é cada vez mais sedentário. Entretanto, a fervorosa adesão ao islamismo e o caráter tribal das sociedades permanece. Cada grupo reúne várias famílias sob a liderança máxima de um chefe hereditário, conhecido como "xeque". As várias tribos também têm estatuto diferente. Algumas são consideradas "nobres", porque teriam importantes ancestrais. Outras, "sem ancestrais", servem às de maior status, com seus membros atuando como artesãos, ferreiros, artistas ou fazendo outros tipos de trabalho.Os beduínos eram nômades e levavam uma vida difícil no deserto, utilizando como meio de sobrevivência o camelo, animal do qual retiravam seu alimento (leite e carne) e vestimentas (feitas com o pêlo). Com suas caravanas, praticavam o comércio de vários produtos pelas cidades da região. Já as tribos coraixitas, habitavam a região litorânea e viviam do comércio fixo.
                                                   
                                                    
                            Beduínos disputando uma corrida no deserto    
                                                                                   
FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.

POVOS NOMÂDES DO DESERTO ( Berberes)

Berberes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ir para: navegação, pesquisa
Question book.svg
Esta página ou secção não cita nenhuma fonte ou referência (desde junho de 2010)
Ajude a melhorar este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto ou em notas de rodapé. Encontre fontes: Googlenotícias, livros, acadêmicoScirus

Mapa dos grupos berberes
Os berberes (que chamam a si próprios Imazighen, ou seja, "homens livres", singular Amazigh) são um conjunto de povos do Norte de África que falam línguas berberes, da família de línguas afro-asiáticas. Estima-se que existam entre 58 e 75 milhões de pessoas que falam estas línguas, principalmente em Marrocos e Argélia, mas também fazendo parte deste grupo os tuaregues, predominantemente nómades do Sahara.
A palavra berbere, emprestado pelo português do árabe, e por esse último do latim, perdeu muito cedo de seu sentido primeiro de "estrangeiro à civilização greco-romana". Ela designa hoje um grupo lingüístico norte-africano: os falantes do berbere, conjunto de tribos que falavam ou falam o ainda dialetoslíngua" berbere. No uso corrente, que segue a tradição árabe, chama-se berbere o conjunto de populações do Magrebe. No entanto, o uso se tornou errôneo, já que fala de raça berbere. Na verdade não existe uma raça berbere, os falantes do berbere apresentam etnias bem diversas. A observação mais superficial permite diferenciar um cabila, um mzabita e um targui. com base comum, a "
As primeiras influências historicamente atestadas foram as dos fenícios e por intermédio desses, os gregos: elas não parecem ter marcado profundamente os berberes. A longa dominação romana, e depois a bizantina não foram muito mais eficazes. Elas nunca conseguiram dominar completamente todas as populações berberes e as tribos submissas se rebelavam frequentemente.
A civilização romana assimilou e cristianizou uma parcela ínfima dos magrebinos: mesmo os convertidos recorriam aos cismas para afirmar a sua independência. A língua berbere representa, na África do Norte e até no Saara, a única ligação de uma comunidade de dezenas de milhões de pessoas. Porém é uma comunidade que não se comunica, pois os grupos estão dispersos em imensos territórios. Sempre minoritária, a língua berbere não é considerada oficial em nenhum Estado. Apesar de algumas tentativas limitadas, nunca atingiu o status de língua escrita.

[editar] Civilização berbere e o mundo muçulmano

A conquista árabe e a conversão dos berberes ao islamismo determinaram duramente seu destino histórico. Essa conversão se estabeleceu completamente somente no século XII. O espírito de independência e a tendência ao puritanismo cultural geralmente reconhecidos nos berberes explicam por que eles foram contra a dominação árabe e a ortodoxia islâmica, mas isso não impediu a islamização e nem a arabização desses povos.
A primeira classificação das tribos berberes, válida para a segunda metade do século XIV, foi fornecida pelo historiador árabe Ibn Khaldun. A leste se situavam os Lowata de Cyrénaïque, de Tripolitaine, do Djérid e da Aurès, a oeste, os Branès e os Zenata. Estes últimos, grandes nômades conquistadores que chegaram na África do Norte no fim do período bizantino, foram os primeiros a serem arabizados. Os Branès, aqueles que se designavam Imazighen (homens livres), seriam os berberes mais antigos. Dentre eles estavam os Masmouda, sedentários do Médio e Grande Atlas, e os Sanhaja (Iznagan), divididos em sedentários (Qotama da Kabilia, Ghomara do Rif) e grandes nômades do Saara Ocidental (Lemta, Lemtouna, Gouzoula).
Amostra de tapetes berberes
Essa situação e essa nomenclatura não duraria por muito tempo. A imigração árabe e as invasões hilalianas reforçaram, ao menos nas regiões abertas, a arabização das tribos berberes cuja maioria renunciaria a seu nome antigo para se juntar a um clã árabe com mais prestígio. Outras tribos, no entanto, geralmente que habitavam as montanhas, como as tribos da Aurès e da Grande Kabilia, do Rif e do Atlas, apesar de serem muçulmanos e várias vezes reislamizados pelos marabutos, conservavam sua língua e seus costumes.
É sobretudo na observação desses costumes que foi revelada a originalidade berbere. Esta se manifesta essencialmente pela existência de um direito costumeiro e de uma organização judiciária não atreladas à religião. As duas características desse direito berbere eram a promessa coletiva como prova e a utilização de regras e de penalidades conhecidas sob o nome de Iqanun.
Quanto à justiça, ela era julgada pelos juízes-árbitros e pelas assembléias das vilas. No entanto o costume berbere não era um direito completamente laico e não entrava em conflito com as leis religiosas. A organização social era regida pelos laços de sangue, reais ou fictícios, pela prática de trabalhos coletivos, e pelo uso de celeiros coletivos; o que se encontra tanto entre os berberes quanto entre os árabes.
Politicamente os berberes são formados pelas várias uniões dos Estados independentes (reinos de Tahert, de Tlemcen, reino de Kairouan, reino de Fés...), e de grandes impérios, como o almorávida e o almóada. Eles possuem vários tipos de organização: aristocrática, teocrática,monárquica, além da democrática dos jama'a'qui (na verdade, segundo alguns autores, as assembléias designadas pelos clãs representavam na realidade uma oligarquia dos antigos, governando ao nome da tradição).
Apesar de que possa se falar de uma civilização berbere, esta parece pouco original. A parca literatura berbere, puramente oral, consiste em fábulas orais, contos e cantos tradicionais ou improvisados; ela é feita sobretudo de empréstimos do Oriente árabe, à exceção de alguns poemas e cantos guerreiros.
Na área artística, as formas geométricas se encontram na cerâmica, na bijuteria, na escultura em madeira e na tapeçaria.

[editar] Renovação da cultura berbere

Martine Jacobs "Berber Moeder" (Mãe berbere), pastel, 1984
A cultura berbere continua viva na Argélia e no Marrocos, menos presente na Líbia e na Tunísia e em grande parte do Saara (tuaregues na Argélia, Burkina Faso, Líbia, Mali, Marrocos e Níger).
Chama-se Primavera berbere as manifestações que explodiram em 1980, nos quais os falantes do berbere na Kabilia (Argélia) clamavam pela oficialização da língua.
Em 1996 uma reforma da Constituição argelina reconheceu a importância berbere para o país ao lado do árabe e do islamismo. Paralelamente, as autoridades lançam um Alto Comissariado para o Amazigh (língua berbere).
No ano 2000, a partir de Paris, entra no ar a Televisão Berbere.
Em 17 de outubro de 2001 o rei Mohammed VI de Marrocos cria o Instituto real da cultura amazigh (IRCAM) para promover a cultura berbere.

FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.

A ARTE DA ÁFRICA

Arte da África

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ir para: navegação, pesquisa
African culture.jpg
A arte africana representa os usos e costumes das tribos africanas. O objeto de arte é funcional e expressam muita sensibilidade. Nas pinturas, assim como nas esculturas, a presença da figura humana identifica a preocupação com os valores étnicos, morais e religiosos. A escultura foi uma forma de arte muito utilizada pelos artistas africanos usando-se o ouro, bronze e marfim como matéria prima. Representando um disfarce para a incorporação dos espíritos e a possibilidade de adquirir forças mágicas, as máscaras têm um significado místico e importante na arte africana sendo usadas nos rituais e funerais. As máscaras são confeccionadas em barro, marfim, metais, mas o material mais utilizado é a madeira. Para estabelecer a purificação e a ligação com a entidade sagrada, são modeladas em segredo na selva. Visitando os museusEuropa Ocidental é possível conhecer o maior acervo da arte antiga africana no mundo. da

Índice

[esconder]

[editar] História

Máscara do século XVI, Nigéria, Edo, Corte de Benin, marfim, Metropolitan Museum of Art.
As origens da história da arte africana está situada muito antes da história registrada. A arte africana em rocha no Saara, em Níger, conserva entalhes de 6000 anos.[1] As esculturas mais antigas conhecidas são dos Nok cultura da Nigéria, feitas por volta 500 d.C.. Junto com a África Subsariana, as artes culturais das tribos ocidentais, artefatos do Egito antigo, e artesanatos indígenas do sul também contribuíram grandemente para a arte africana. Muitas vezes, representando a abundância da natureza circundante, a arte foi muitas vezes interpretações abstratas de animais, vida vegetal, ou desenhos naturais e formas.
Métodos mais complexos de produção de arte foram desenvolvidos na África Subsariana, por volta do século X, alguns dos mais notáveis avanços incluem o trabalho de bronze do Igbo Ukwu e a terracota e trabalhos em metal de Ile IfeBronze e latão , muitas vezes ornamentados com marfim e pedras preciosas, tornou-se altamente prestigiado, em grande parte da África Ocidental, às vezes sendo limitado ao trabalho dos artesãos e identificado com a realeza, como aconteceu com o Benin Bronzes. fundição em

[editar] Arte africana na atualidade

Muitas das chamadas artes tradicionais da África estão sendo ainda trabalhadas, entalhadas e usadas dentro de contextos tradicionais. Mas, como em todos os períodos da arte, importantes inovações também têm sido assimiladas, havendo uma coexistência dos estilos e modos de expressão já estabelecidos com essas inovações que surgem. Nos últimos anos, com o desenvolvimento dos transportes e das comunicações dentro do continente, um grande número de formas de arte tem sido disseminado por entre as diversas culturas africanas.
Além das próprias influências africanas, algumas mudanças têm sua origem em outras civilizações. Por exemplo, a arquitetura e as formas islâmicas podem ser vistas hoje em algumas regiões da Nigéria, em Mali, Burkina Faso e Niger. Alguns desenhos e pinturas do leste indiano têm bastante similaridade em suas formas com as esculturas e máscaras de artistas dos povos Dibibio e Efik que se estabelecem ao sul da Nigéria. Temas cristãos também tem sido observados nos trabalhos de artistas contemporâneos, principalmente em igrejas e catedrais africanas. Vê-se ainda na África, nos últimos anos, um desenvolvimento de formas e estruturas ocidentais modernas, como bancos, estabelecimentos comerciais e sedes governamentais.
Os turistas também tem sido responsáveis por uma nova demanda das artes, particularmente por máscaras decorativas e esculturas africanas feitas de marfim e ébano. O desenvolvimento das escolas de arte e arquitetura em cidades africanas, tem incentivado os artistas a trabalhar com novos meios, tais como cimento, óleo, pedras, alumínio, com uma utilização de diferentes cores e desenhos. Ashira Olatunde da Nigéria e Nicholas Mukomberanwa de Zimbábue estão entre os maiores patrocinadores desse novo tipo de arte na África. ok

[editar] As formas de arte africana

A pintura é empregada na decoração das paredes dos palácios reais, celeiros, das choupas sagradas. Seus motivos, muito variados, vão desde formas essencialmente geométricas até a reprodução de cenas de caça e guerra. Serve também para o acabamento das máscaras e para os adornos corporais. A mais importante manifestação da arte africana é, porém, a escultura. A madeira é um dos materiais preferidos. Ao trabalhá-la, o escultor associa outras técnicas (cestaria, pintura, colagem de tecidos).

[editar] As máscaras africanas

Mascara Gelede do Benin no Brasil
As "máscaras" são as formas mais conhecidas da plástica africana. Constituem síntese de elementos simbólicos mais variados se convertendo em expressões da vontade criadora do africano.
Foram os objetos que mais impressionaram os povos europeus desde as primeiras exposições em museus do Velho Mundo, através de milhares de peças saqueadas do patrimônio cultural da África, embora sem reconhecimento de seu significado simbólico.
A máscara transforma o corpo do bailarino que conserva sua individualidade e, servindo-se dele como se fosse um suporte vivo e animado, encarna a outro ser; gênio, animal mítico que é representando assim momentaneamente. Uma máscara é um ser que protege quem a carrega. Está destinada a captar a força vital que escapa de um ser humano ou de um animal, no momento de sua morte. A energia captada na máscara é controlada e posteriormente redistribuída em benefício da coletividade. Como exemplo dessas máscaras destacamos as Epa e as Gueledeé ou Gelede [1][2][3].

[editar] Arte e religião

As civilizações africanas tem uma visão holística e simbólica da vida. Cada indivíduo é parte de um todo, ligados, todos em função do cosmos em uma eterna busca pela harmonia e de equilíbrio. Outro conceito fundamental na filosofia da existência africana é a importância do grupo, para que a comunidade viva, cada fiel deve participar seguindo o papel que lhe pertence em nível espiritual e terreno.
Opon Ifá tabuleiro esculpido em madeira.

[editar] Principais religiões

As únicas religiões que tem relação com a arte africana no Brasil, são o Candomblé, e o Culto aos Egungun efetivamente de origem africana.
O Culto de Ifá em menor número no Brasil é o maior responsável pela divulgação da Yoruba Art em todo mundo, Estados Unidos, Cuba, Alemanha, França, Inglaterra, Espanha, são os países onde o maior número de peças podem ser encontradas, em museus e coleções particulares.

[editar] Dança africana

Na dança africana, cada parte do corpo movimenta-se com um ritmo diferente. Os pés seguem a base musical, acompanhados pelos braços que equilibram o balanço dos pés. O corpo pode ser comparado a uma orquestra que, tocando vários instrumentos, harmoniza-os numa única sinfonia. Outra característica fundamental é o policentrismo que indica a existência no corpo e na música de vários centros energéticos, assim como acontece no cosmo. A dança africana é um texto formado por várias camadas de sentidos. Esta dimensionalidade é entendida como a possibilidade de exprimir através e para todos os sentidos. No momento que a sacerdotisa dança para Oxum, ela está criando a água doce não só através do movimento, mas através de todo o aparelho sensorial. A memória é o aspeto ontológico da estética africana. É a memória da tradição, da ancestralidade e do antigo equilíbrio da natureza, da época na qual não existiam diferenças, nem separação entre o mundo dos seres humanos e os dos deuses.
A repetição do padrão-musical manifesta a energia que os fieis estão invocando. A repetição dos movimentos produz o efeito de transe que leva ao encontro com a divindade, muito usado em rituais. O mesmo ato ou gesto é praticado num número infinito de vezes, para dar à ação um caráter de atemporalidade, de continuação e de criação continua. Nas danças africanas o contato contínuo dos pés nus com a terra é fundamental para absorver as energias que deste lugar se propagam e para enfatizar a vida que tem que ser vivida agora e neste lugar, ao contrario das danças ocidentais performadas sobre as pontas a testemunhar a vontade de deixar este mundo para alcançar um outro. Existem várias danças. Entre elas destacam-se: lundu, batuque, Ijexá, capoeira, coco, congadas e jongo.
Tipos de Danças Africanas menos comuns:
Kizomba Ritmo quente, originário de Angola, não pára de conquistar cada vez mais praticantes. É uma das danças sempre tocadas nas discotecas, não só africanas. Quente, suave, apaixonante... Vários estilos, técnicas, influencias. Toda variedade e diversidade de Kizomba.
Semba É uma dança de salão angolana urbana. Dançada a pares, com passadas distintas dos cavalheiros, seguidas pelas damas em passos totalmente largos onde o malabarismo dos cavalheiros conta muito a nível de improvisação. O Semba caracteriza-se como uma dança de passadas. Não é ritual nem guerreira, mas sim dança de divertimento principalmente em festas, dançada ao som do Semba.
Danças Caboverdianas Toda a variedade de ritmos originários de Cabo Verde: Funána, Mazurka, Morna, Coladera, Batuque.
Danças Tribais Uma forte característica trazida para o Estilo Tribal das danças tribais é a coletividade. Não há performances solos no Estilo Tribal. As bailarinas, como numa tribo, celebram a vida e a dança em grupo. Dentre as várias disposições cênicas do Estilo Tribal estão a roda e a meia lua. No grande círculo, as bailarinas têm a oportunidade de se comunicarem visualmente, de dançarem umas para as outras, de manterem o vínculo que as une como trupe. Da meia lua, surgem duetos, trios, quartetos, pequenos grupos que se destacam para levar até o público esta interatividade.

[editar] Esculturas

Escultura da tribo Makonde, da África Oriental, c. 1974.

[editar] Esculturas em marfim

A produção em madeira com marfim incrustado. Em menor quantidade estão os objetos esculpidos em pedra dura.

[editar] Esculturas em madeira

A escultura em madeira é a fabricação de múltiplas figuras que servem de atributo às divindades, podendo ser cabeças de animais, figuras alusivas a acontecimentos, fatos circunstanciais pessoais que o homem coloca frente às forças. Existem também objetos que denotam poder, como insígnias, espadaslanças com ricas esculturas em madeira recoberta por lâminas de ouro sempre denotando um motivo alusivo à figura dos dignitários. Os utensílios de uso cotidiano, portas e portais para suas casas, cadeiras e utensílios diversos sempre repetindo os mesmo desenhos estilísticos. e

[editar] Esculturas em outros materiais

Tecido Kente do Gana
Além das esculturas em madeira existem os objetos confeccionados com fragmentos de vidro das mais variadas cores, colocados em gorros, possuindo uma gama de figuras humanas e de animais, feitas com fio de algodão que passam por todo o tecido, colocados sempre em combinação vertical. As pedras podem ser alternadas por Cowrys, canudilhos metálicos ou de seda e algodão.
Neide da Costa tecelã do terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, Salvador, Bahia
Os tecidos são lisos ou estampados, os bordados são rebordados com linhas e com pedras de vidro. Confeccionam roupas longas e gorros. A inventividade do bordado com pedras de vidro está muito espalhada nas populações da República da Nigéria. Os suportes para abanos, crinas e rabos de animais, também decoram com pedras de vidro, canudilhos e cauris.
Os tecidos e o vestuário chegaram a um desenvolvimento plástico considerável em zona de cultura urbana, assimilando muitos elementos da indumentária islâmica e outros introduzidos pelos europeus colonialistas. O tear horizontal, permitiu a confecção variada de tiras que posteriormente se juntam longitudinalmente para formar tecidos maiores. Deste tipo de confecção o mais característico é o chamado Kente, entre os Ashanti. Ainda entre estes tecidos está o estampado chamado Denkira, com figuras diferentes que se combinam para estruturar um desenho ou determinar um motivo fundamental. Os desenhos são imersos em uma tintura vegetal e impressos em tecido branco estendido em uma almofada.
O Alaká africano, conhecido como pano da costa no Brasil é produzido por tecelãs do terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá em Salvador, no espaço chamado de Casa do Alaká.

[editar] Materiais usados

[editar] Ferro

O ferro é utilizado à partir de uma prancha fundida mediante pressão e calor. São confeccionados muitos atributos em várias formas pelos Abomei, de quem é a imagem da entidade Gu, dono do ferro representado por uma figura antropomorfa. Com a mesma técnica são encontrados vários atributos a variadas entidades e também vários instrumentos musicais.
Nestas, os detalhes da figura humana estão um pouco resumidos, destacando algumas marcas regionais, e nisto, assim como nas proporções gerais, diferem das de Ifé, nas que se percebe a procura dos modelos anatômicos, como se fossem retratos, dentro de um tamanho menor. As cabeças de bronze apresentam variedades de caracteres faciais, presos em detalhes sutis que permitem apreciar diferentes expressões nos rostos e até incluem algumas deformações anatômicas.

[editar] Influência africana

No dia 28 de Outubro de 1846, o Presidente da República Joaquin Suárez, aboliu a escravidão no Uruguai num processo que começou em 1825. Com a abolição da escravidão, os rituais de dança africanos foram descritos em alguns documentos em Montevideo e no campo, que ficaram conhecidos como Tangós.
O tango se desenvolveu simultaneamente em Montevideo e em Buenos Aires. Tradicionalmente considera-se uma criação de imigrantes italianos e espanhóis, os conhecedores opinam que a dança e a música africana influenciaram profundamente a música e os movimentos da dança que se associam com o tango.

[editar] Picasso e a África

Pablo Picasso (1881-1973), mesmo nunca tendo ido a África, produzia obras com máscaras e estátuas que ele tinha com ele enquanto trabalhava. Picasso dizia que o "vírus" da arte africana o tinha contagiado.

FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.