Meio Ambiente
23/05/2013
Jadav “Molai” Payeng começou o reflorestamento há mais de 34 anos com o objetivo de salvar a Ilha de Majuli, na Índia. Graças a ele, elefantes, tigres e rinocerontes podem ser encontrados no local
Reprodução/Forest Man

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Reprodução/Forest Man</p>
Jadav “Molai” Payeng plantou sozinho uma floresta de 560 hectares, o equivalente à área de 800 campos de futebol oficiais
Dizem que todo homem deve plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho, mas o indiano Jadav “Molai” Payeng caprichou tanto na primeira tarefa que, talvez, tenha permissão para abrir mão das outras duas. Ele plantou sozinho uma floresta de cerca de 1.400 acres – o que equivale a 560 hectares ou à área de 800 campos de futebol oficiais.
O plantio começou há mais de 34 anos, com um grande objetivo: salvar a
Ilha de Majuli, localizada no nordeste da Índia, onde Payeng morava. O
local estava fadado a desaparecer: considerada a maior ilha fluvial do
mundo, Majuli sofria com a erosão do solo, provocada por inundações
causadas pelo aquecimento global, e chegou a ter mais de 70% de seu
território “engolido” pelo rio Brahmaputra.
Casas e fazendas tiveram que ser abandonadas e os animais da região
começaram a morrer por não ter onde se abrigar do calor excessivo.
Diante da situação, Payeng foi pedir ajuda ao governo, mas como resposta
ouviu que o máximo que cresceria na região seriam bambus.
Sem ajuda, ele resolveu salvar a ilha por conta própria. E conseguiu!
Payeng plantou mudas de diversas espécies em Majuli e, 34 anos depois,
“construiu” uma floresta na Ilha, que é lar de animais como elefantes, tigres, rinocerontes e vários tipos de aves.
Payeng também vive por ali, em uma pequena casa que construiu por conta
própria. Realizado, ele tem uma pequena fazenda, onde cultiva para
subsistência, e agora será protagonista de cinema. Ele é tema do
documentário Forest Man, dirigido por Will McMaster, que, além de
mostrar a saga do indiano para plantar a floresta – batizada de Molai’s
Woods –, vai retratar os impactos das mudanças climáticas na humanidade.
Produzido por meio de crowdfunding, o documentário deve estrear ainda
em 2013. “Payeng é um exemplo do que um homem determinado pode fazer
pelo meio ambiente”, disse McMaster. Curioso para assistir ao filme?
FONTE: Revista National Geographic Brasil
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