segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

EM MEIO A TENSÃO NO GOLFO PÉRSICO, IRÃ TESTA MÍSSEIS COM SUCESSO ( Notícias/Mundo )

02/01/2012 - 08h14

Em meio a tensão no golfo Pérsico, Irã testa mísseis com sucesso

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Em meio ao clima de tensão no golfo Pérsico e às trocas de ameaças entre Teerã e Washington, o Irã anunciou nesta segunda-feira que testou dois mísseis de longo alcance com sucesso. Horas antes, a Marinha iraniana indicou que durante o dia as manobras navais devem simular o fechamento do estreito de Ormuz.

Segundo a agência estatal Irna, o país executou testes com mísseis de cruzeiro terra-mar Ghader na região do estreito.
"O míssil terra-mar de longo alcance Ghader foi testado com êxito pela primeira vez", destacou a agência oficial. O projétil pode atingir alvos em até 200 km.
O almirante Mahmud Musavi, porta-voz das manobras navais executadas pelo Irã no Estreito de Ormuz, por onde transita 35% do transporte petroleiro mundial, afirmou que "o míssil construído por especialistas iranianos atingiu o alvo com êxito e o destruiu".

Ebrahim Noroozi-1º.jan.12/Efe
Navios da Marinha iraniana lançam mísseis durante testes que simularam fechamento do estreito de Ormuz, no golfo Pérsico
Navios da Marinha iraniana lançam mísseis durante testes que simularam fechamento do estreito de Ormuz
Mais cedo, Musavi anunciara que o Irã testaria nesta segunda-feira três mísseis pela primeira vez: "um míssil terra-mar de longo alcance Ghader, um míssil de curto alcance Nasr e um míssil terra-terra Nur".
"Ghader é um sistema de mísseis ultramoderno com radar integrado, muito preciso, cujo alcance e sistema inteligente para evitar ser detectado foram aperfeiçoados em relação às gerações anteriores", disse.
Com alcance de 200 km, o Ghader é apresentado como um "míssil cruzeiro" de fabricação totalmente iraniana.
"O sistema ultramoderno Nur foi aperfeiçoado no dispositivo antirradar e de detecção do alvo", completou Musavi.
O Nur, míssil terra-terra de alcance médio, é uma versão modificada do C-802 chino (120 a 180 km de alcance).
SIMULAÇÃO
O Irã anunciou no domingo (1º) que no último dia das manobras, os navios de guerra da Marinha validariam um novo dispositivo tático que demonstraria a capacidade do país para impedir qualquer tráfego marítimo no estreito de Ormuz se este for o desejo de Teerã.
O país ameaçou fechar o estreito estratégico no caso de sanções dos Estados Unidos e de outros países europeus contra suas exportações petroleiras.

Abdollah Arab Koohsar/Reuters
Navio de guerra pertencente à Quinta Frota dos EUA cruza o estreito de Ormuz em meio a clima de tensão com Irã
Navio de guerra pertencente à Quinta Frota dos EUA cruza o estreito de Ormuz em meio a clima de tensão com Irã
Observadores de países amigos, incluindo militares sírios, acompanham a etapa final das manobras, segundo a imprensa iraniana.
Em declarações divulgadas pela agência oficial de notícias iraniana, "Irna", o comando militar explicou que "segundo este teste tático o tráfego de qualquer tipo de embarcação pelo Estreito de Ormuz será impossível".
MANOBRAS NAVAIS
O Irã começou sábado, dia 24 de dezembro, dez dias de manobras navais a leste do estreito de Ormuz, que liga o mar de Omã ao golfo de Aden.
Segundo autoridades militares iranianas, um de seus aviões identificou um porta-aviões americano na área de manobras navais organizada pela Marinha do Irã na região.

Ali Mohammadi/France Presse
Militares iranianos controlam embarcação durante exercícios navais no estreito de Ormuz, no sul do Irã
Militares iranianos controlam embarcação durante exercícios navais no estreito de Ormuz, no sul do Irã
"Um avião de vigilância iraniano identificou um porta-aviões americano na zona de manobras em que estão mobilizados navios iranianos, fez fotos e filmou", declarou o almirante Mahmud Musavi.
"Isto demonstra que a Marinha iraniana observa e vigia todos os movimentos das forças na região", completou.
A Quinta Frota americana tem como porto base o Bahrein, o que permite a Washington ter uma importante presença naval no golfo Pérsico e em Omã. 

FONTE: Folha.com/Ciência

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