quinta-feira, 27 de junho de 2013

A FREQUÊNCIA DE GRANDES ENCHENTES NO BRASIL PODE AUMENTAR QUATRO VEZES ( Aquecimento Global/Meio Ambiente )

ENCHENTES

Chuvas sem precedentes atingiram a Índia (foto). Há cerca de mil mortos registrados. O número total pode chegar a 8 mil. Chuvas sem precedentes também atingiram uma população bem mais rica, na província de Calgary no Canadá, forçando 100 mil pessoas a abandonar suas casas. Chuvas sem precendentes têm ocorrido em vários lugares do mundo nos últimos anos. No Brasil, em 2011, uma tempestade assim deixou cerca de mil mortos na região serrana do Estado do Rio de Janeiro.
Pesquisas mostram que essas chuvas fora do comum podem estar associadas ao aquecimento global.
Como ficarão essas chuvas devastadoras num mundo cada vez mais quente? É o que mostra uma pesquisa publicada em junho pela revista britânica Nature Climate Change, uma subdivisão da prestigiada Nature. O estudo foi coordenado por Yukiko Hirabayashi, do Instituto de Inovação em Engenharia da Universidade de Tóquio, no Japão. O grupo projetou o comportamento das chuvas mais intensas segundo 11 modelos climáticos diferentes até o ano 2100.
O resultado mostra que algumas regiões do mundo sofrerão mais com chuvas fora do normal. As regiões Sul e Sudeste do Brasil entre elas. Outros levantamentos feitos com modelos de computador no Brasil já mostravam esse risco de chuvas torrenciais. O novo estudo japonês confirma isso e dá uma contextualizada global na tendência.
O grupo de Yukiko fez um mapa onde mostra como pode mudar o ciclo de ocorrência de chuvas recordes, as que ocorrem em média uma vez a cada 100 anos. O critério adotado pelos pesquisadores foi o volume de água nos rios logo após essas tempestades. Quanto mais azul, maior a frequência da enchente do século. Quando mais vermelho, menor.
Em praticamente todo o território brasileiro, as chuvas destruidoras ficarão mais frequentes. Chuvas que ocorriam uma vez num século ocorrerão a cada 50 a 75 anos (nas zonas azul mais claro do Brasil) e a cada 25 a 50 anos (nas zonas de azul mais escuro do Brasil).
A tendência global é de mais chuvas intensas porque o aquecimento aumenta a evaporação e intensifica o ciclo da água. Agora, é preciso avisar a Defesa Civil e os prefeitos que promovem ocupação irregular em encostas ou beira de rios.
(Alexandre Mansur)

FONTE: Blog do Planeta

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