sexta-feira, 25 de junho de 2010

FARAÓ (Antigo Egito - ÁFRICA)

Faraó

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Os faraós são geralmente representados vestindo o toucado denominado nemes e uma saia
O faraó Tutankhamon
Faraó era o título atribuído aos reis (com estatuto de deuses) no Antigo Egito. Tem sua origem imediata do latim tardio Pharăo -onis, por sua vez do gregohebraico Par῾ōh, termo de origem egípcia que significava propriamente "casa elevada", indicando inicialmente o palácio real. O termo, na realidade, não era muito utilizado pelos próprios egípcios. No entanto, devido à inclusão deste título na Bíblia, mais específicamente no livro do "Êxodo", os historiadores modernos adoptaram o vocábulo e generalizaram-no, um equívoco. Φαραώ e este do
A imagem que o grande público tem, geralmente, dos faraós, vem, em grande parte, daquela que nos é dada pelas grandes produções cinematográficas (pepluns) de Hollywood - os chamados filmes bíblicos dos anos cinquenta do século XX, onde o Faraó aparece como um monarca todo poderoso que governa de modo absoluto, rodeado de uma corte de servos e obrigando uma multidão de escravos a construir monumentos em sua honra - como nos filmes Land of the Pharaohs(A Terra dos Faraós de Howard Hawks, 1955) ou em The Ten Commandments ("Os Dez Mandamentos" de Cecil B. DeMille, 1956).
Mas, ainda que muitos dos faraós tenham sido, sem dúvida, déspotas - a ideia da monarquia absoluta tem aqui os seus primórdios - a verdade é que este termo abrange uma grande variedade de governantes, de índoles e interesses diversos. Em cerca de três mil anos de tradição faraónica, passaram pelo trono do Egipto homens (e algumas mulheres) com aspirações bem diferentes. Desde os misteriosos construtores das pirâmides de Gizé, ao poeta místico Akhenaton, passando pelo lendário Ramsés II, encontramos toda uma diversidade de indivíduos que, no seu conjunto, governaram uma das mais não tinha nada mais importante pra eles que a religiao.
Nota: as datas que aparecem neste artigo podem confundir, especialmente se as compararmos a outras que podem até aparecer na Wikipédia ou noutras fontes. Isto deve-se ao facto de serem datas calculadas com alguma imprecisão, dependendo dos métodos utilizados pelos historiadores ou dos documentos históricos a que se dão mais ou menos importância.

Índice

[esconder]

[editar] História

É difícil de determinar datas precisas na história dos faraós, já que os testemunhos desta época são escassos, além de virem de uma época em que a própria história estava nos seus primórdios (isto é, a escrita ainda estava nos seus inícios). A tradição egípcia apresenta Menes (ou Narmer, em grego) como sendo o primeiro faraó ao unificar o Egito (até então dividido em dois reinos). Segundo esta tradição, este seria o primeiro governante humano do Egipto, a seguir ao reinado mítico do deus Hórus. Documentos históricos, como a Paleta de Narmer, parecem testemunhar essa reunificação sob o faraó Menés, cerca de 3100 a.C, ainda que os egiptólogos pensem que a instituição faraónica seja anterior. Por isso, se fala também de uma dinastia 0.
Quanto ao último dos faraós, todos estão de acordo em dizer que se tratou de Cesarion (Ptolomeu XV), filho de César e Cleópatra VII, pertencente à Dinastia Lágida.

[editar] Estatuto e papel dos faraós

Mais que um simples rei, o faraó era também o administrador máximo, o chefe do exército, o primeiro magistrado e o sacerdote supremo do Egito (sendo-lhe, mesmo, atribuído caráter divino).
Em muitos casos, cabia ao faraó decidir, sozinho, a política a seguir. Na prática era frequente que delegasse a execução das suas decisões a uma corte composta essencialmente por:
  • Escribas, que registravam os decretos, as transações comerciais e o resultado das colheitas, funcionando como oficiais administrativos e burocracia de Estado.
  • Generais dos exércitos e outros oficiais militares, que organizavam as campanhas das guerras que o Faraó pretendesse empreender;
  • Um Tjati (Vizir), que funcionava como primeiro-ministro, e auxiliava o faraó nas mais variadas funções, da justiça as campanhas militares.
  • Sacerdotes, incumbidos de prestar homenagem aos deuses, no lugar do faraó;
De acordo com a mitologia egípcia, o próprio corpo do faraó tinha carácter divino, já que o seu sangue teria origem no seu antepassado mítico, o deus Hórus.
O estatuto e papel do Faraó são, portanto, hereditários, transmitindo-se pelo sangue. Apesar do papel subalterno das mulheres nesta sociedade, os egípcios preferiram, por vezes, ser dirigidos por uma mulher de sangue divino (como Hatchepsut) que por um homem que o não seja (sendo interessante que até Hatchepsut é representada em esculturas ostentando uma farta barba, símbolo de masculinidade e sabedoria). As linhagens faraónicas nunca chegaram, contudo, a prolongar-se durante muito tempo, interrompidas que eram por invasores e golpes de estado.
Quando o reinado de um faraó perfizesse um longo número de anos (em geral, trinta anos), era comum organizar-se uma Festa-Sed, com o fim, ritual, de restabelecer o seu vigor, de forma a mostrar ao povo que o seu governante ainda era capaz de comandar os destinos da nação.

[editar] A Festa de Opet

A Festa de Opet, rituais celebrados para o rejuvenecimento do faraó e dos deuses, era realizada todos os anos. Estas celebrações podem ter sido criadas pelo faraó Amenófis III e ampliado por Ramsés II, onde a estátua do deus Amon-Rá era levada de Karnak a Luxor e retornava em uma barcaça.
As referências disponíveis sobre a festa de Opet datam do início do Novo Império e afirmam que a celebração começava no segundo mês da época das cheias do Nilo e se estendiam por 11 dias. Ao final do reinado de Ramsés II passa a ocupar 27 dias.
Durante a 18ª Dinastia o itinerário da festa se deslocou da terra para o rio. O rei se deslocava para Luxor a bordo de sua barca cerimonial e cada estátua era transportada numa embarcação parecida. No fim da festa, as correntes do rio Nilo os traziam de volta a Karnak. E quanto mais os Faraós fortaleciam seu poder, mais recursos canalizavam para construção de seus túmulos e estas construções eram feitas em boa parte na época das cheias do Nilo.

[editar] Roma, e depois

O Egipto tornou-se numa província de Roma, sob a soberania de César Augusto, em 30 a.C., até 395. Desta data até 642, fez parte do Império Bizantino. É, depois, conquistado pelos muçulmanos.

[editar] Dinastias faraónicas

Antigo Egito
Faraós e dinastias
Período pre-dinástico
Período proto-dinástico
Época Tinita: I - II
Império Antigo: III IV V VI
1º Período Intermediário: VII VIII IX X XI
Império Médio: XI XII
2º Período Intermediário: XIII XIV XV XVI XVII
Império Novo: XVIII XIX XX
3º Período Intermediário: XXI XXII XXIII XXIV XXV
Época Baixa: XXVI XXVII
XXVIII XXIX XXX XXXI
Período Greco-romano:
Dinastia macedónica
Dinastia ptolomaica
Período Romano
Esta é uma lista das diversas dinastias. Veja lista de faraós para uma lista de indivíduos que usaram o título.

[editar] Período arcaico: até 2686 a.C.

[editar] Império Antigo: 2686-2181 a.C.

[editar] Primeiro período intermédio: 2181-2040 a.C.

[editar] Império Médio: 2134-1782 a.C.

[editar] Segundo Período Intermediário: 1782-1570 a.C.

[editar] Império Novo: 1570-715 a.C.

[editar] Império Tardio: 730-343 a.C.

[editar] Domínio Persa e Grego: 343-309 a.C.

[editar] Dinastia Ptolomaica: 305-30 a.C.

 FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.


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