sábado, 31 de julho de 2010

PAÍSES DO MUNDO ( Butão/ÁSIA)

Butão

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Brug rGyal-Khab.svg
Dru Gäkhap ou Brug rGyal-Khab (Wylie)
Reino do Butão
Bandeira do Butão
Brasão de armas do Butão
Bandeira Brasão de armas
Hino nacional: Druk tsendhen
("Reino do Dragão do Trovão")
Gentílico: Butanês,
butanense[1],
butani[1],
butâni[1]

Localização do Reino do Butão

Localização do Butão
Capital Thimphu
Cidade mais populosa Thimphu
Língua oficial Butanês (Dzonga)
Governo Democracia, Monarquia constitucional
 - Rei Jigme Khesar Namgyal Wangchuck
 - Primeiro ministro Lyonpo Jigme Thinley
Independência da Índia 
 - Data 8 de agosto de 1949 
Área  
 - Total 47000 km² (131.º)
População  
 - Estimativa de 1991 1.598.216[2]139.º) hab. (
 - Densidade 45 hab./km² 
PIB (base PPC) Estimativa de 2007
 - Total US$ 4,39 bilhões USD (160.º)
 - Per capita US$ 5.477 USD (117.º)
Indicadores sociais
 - IDH (2007) 0,619[3] (132.º) – médio
 - Esper. de vida 65,6 anos (133.º)
 - Mort. infantil 45,0/mil nasc. (131.º)
 - Alfabetização 47,0% (165.º)
Moeda Ngultrum; Rupia indiana (BTN; INR)
Fuso horário (UTC+6)
Cód. ISO .bt
Cód. telef. +975

Mapa do Reino do Butão

O Butão (em butanêstransl. Druk Yul, "Terra do Dragão") é um pequeno e fechado reino nos Himalaias, encravado entre a China, a norte e oeste, e a Índia, a leste e sul. A sua capital é Thimphu. འབྲུག་ཡུལ་,

Índice

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[editar] História

Mosteiro Taktshang (Ninho do tigre).
A tradição situa o início da sua história no século VII, quando o rei tibetano Songtsen Gampo construiu os primeiros templos budistas nos vales de Paro e de Bumthang. No século VIII, é introduzido o budismo tântrico pelo Guru Rimpoché, "O Mestre Precioso", considerado o segundo Buda na hierarquia tibetana e butanesa.
Os séculos IX e X são de grande turbulência política no Tibete e muitos aristocratas vieram instalar-se nos vales do Butão onde estabeleceram o seu poder feudal.
Nos séculos seguintes, a actividade religiosa começa a adquirir grande vulto e são fundadas várias seitas religiosas, dotadas de poder temporal por serem protegidas por facções da aristocracia. No Butão estabeleceram-se dois ramos, embora antagônicos, da seita Kagyupa. A sua coexistência será interrompida pelo príncipe tibetano Ngawang Namgyel que, fugido do Tibete, no século XVII unifica o Butão com o apoio da seita Drukpa, tornando-se no primeiro Shabdrung do Butão, "aquele a cujos pés todos se prostram". Ele mandaria construir as mais importantes fortalezas do país que tinham como função suster as múltiplas invasões mongóisEstêvão Cacella, o primeiro europeu a entrar no Butão. Este missionário jesuíta português, que viajou através dos Himalaias em 1626, encontrou-se com o Shabdrung Ngawang Namgyel e no fim de uma estadia de quase oito meses escreveu uma longa carta do Mosteiro Chagri relatando as suas viagens. Este é o único relato deste Shabdrung que resta[4]. A partir do seu reinado estabeleceu-se um sistema político e religioso que vigoraria até 1907, em que o poder é administrado por duas entidades, uma temporal e outra religiosa, sob a supervisão do Shabdrung. e tibetanas. O relato da época foi feito por
Desde sempre que o Butão só mantinha relações com os seus vizinhos na esfera cultural do Tibete (Tibete, Ladakh e Sikkim) e com o reino de Cooch Behar na sua fronteira sul. Com a presença dos ingleses na Índia, no século XIX, e após alguns conflitos relacionados com direitos de comércio, dá-se a guerra de Duar em que o Butão perdeu uma faixa de terra fértil ao longo da sua fronteira sul. Ao mesmo tempo, o sistema político vigente enfraquecia por a influência dos governadores regionais se tornar cada vez mais poderosa. O país corria o risco de se dividir novamente em feudos.
Um desses governadores, o "Penlop" de Tongsa, Ugyen Wangchuck, que já controlava o Butão central e oriental, conseguiria dominar os seus opositores de Thimbu e, assim, implantar a sua influência sobre todo o país. Em 1907 seria coroado rei do Butão, após consultas ao clero, à aristocracia e ao povo, e com a aliança dos ingleses. Foi assim criada a monarquia hereditária que hoje vigora.

[editar] Geografia

Mapa topográfico do Butão.
O Butão é uma nação muito montanhosa, de interior, situada na Ásia. Os picos do norte atingem mais de 7.000 m de altitude, e o ponto mais elevado é o Gangkhar Puensum, com 7.570 m, que nunca foi escalado. A parte sul do país tem menor altitude e contém vários vales férteis densamente florestados, que escoam para o rio Bramaputra, na Índia.
A maioria da população vive nas terras altas centrais. A maior cidade do país, a capital Thimphu (população de 50.000 habitantes), situa-se na parte ocidental destas terras altas. O clima varia de tropical no sul a um clima de invernos frescos e verões quentes nos vales centrais, com invernos severos e verões frescos nos Himalaias.

[editar] Demografia

A cultura do Butão já foi definida como sendo, simultaneamente, patriarcal e matriarcal e o membro que detém a maior estima é considerado o chefe da família. O Butão também já foi descrito como tendo um regime feudal caracterizado pela ausência de uma forte estratificação social.
Nos tempos pré-modernos existiram três grandes classes:
  • A comunidade monástica, a liderança da qual veio da nobreza;
  • Os empregados civis leigos, que dirigiam o aparato governamental e
  • Os agricultores, a maior classe, que vivia em aldeias autossuficientes.

[editar] Política

O Butão é uma monarquia constitucional. O chefe religioso do Reino, o Je Khenpo, goza de uma importância quase idêntica à do rei.
Depois de um histórico discurso do rei Jigme Singye Wangchuck, no dia nacional, em Dezembro de 2006, abdicando a favor do seu filho e anunciando a realização de eleições democráticas, os butaneses foram às urnas a 24 de Março de 2008, terminando assim mais de um século de monarquia absoluta [5].

[editar] Símbolos nacionais

O Vale Haa, na província de Haa.
A bandeira nacional está dividida diagonalmente desde a esquina inferior esquerda até à esquina superior direita, formando assim dois triângulos. O superior amarelo e o inferior cor-de-laranja. Ao centro está um dragão branco olhando para o exterior da bandeira. O dragão apresentado na bandeira, Druk o dragão do trono, representa o nome do Butão em tibetaniano, que é "A Terra do Dragão" (Druk Yul). O dragão possuí joias nas suas garras que representam a abundância. O amarelo por sua vez representa a monarquia secular e o laranja a religião budista.
O brasão de armas mantém vários elementos da bandeira do Butão, ligeiramente diferentes dos originais, e contém muito simbolismo budista. A designação oficial é: "O emblema nacional, contido num círculo, é composto por um duplo diamante-raio (dorji) colocado acima de um loto, encimado por uma joia e emoldurado por dois dragões. O raio representa a harmonia entre o poder secular e o poder religioso. O lótus simboliza pureza, a joia manifesta o poder soberano, e os dois dragões, macho e fêmea, defendem o nome do país que proclama com a sua grande voz, o trovão".
Druk tsendhen ("Reino do Dragão do Trovão") é o hino nacional do Butão. Com música de Aku Tongmi e letra de Gyaldun Dasho Thinley Dorji, foi adoptado em 1953.

[editar] Subdivisões

O Butão, para finalidades administrativas, está dividido em quatro dzongdeydzongkhang (distritos). Os distritos (20 no total) estão divididos em dungkhanggewog e são administrados pelo gup que é eleito pelo povo. Os distritos do Butão são os seguintes: (zonas administrativas). As zonas administrativas estão divididas em (subdistritos). No nível básico os grupos de vilas formam um círculo eleitoral chamado
Distritos do Butão.
  1. Bumthang
  2. Chukha
  3. Dagana
  4. Gasa
  5. Haa
  6. Lhuntse
  7. Mongar
  8. Paro
  9. Pemagatshel
  10. Punakha
  1. Samdrup Jongkhar
  2. Samtse
  3. Sarpang
  4. Thimpu
  5. Trashigang
  6. Trashiyangste
  7. Trongsa
  8. Tsirang
  9. Wangdue Phodrang
  10. Zhemgang

[editar] Economia

O Butão tem sua economia essencialmente baseada na agricultura, extração florestal e na venda de energia hidroelétrica para a Índia. A agricultura, essencialmente de subsistência, e a criação animal, são os meios de vida para 90% da população. É uma das menores e menos desenvolvidas economias do mundo.
Em 2004, o Butão foi o primeiro país do mundo a banir o fumo e a venda de tabaco.

[editar] Cultura

O estádio Changlimithang durante uma apresentação.
A cultura do Butão já foi definida como sendo, simultaneamente, patriarcal e matriarcal e o membro que detém a maior estima é considerado o chefe da família. O Butão também já foi descrito como tendo um regime feudal e caracterizado pela ausência de uma forte estratificação social.
Nos tempos pré-modernos existiram três grandes classes:
  • A comunidade monástica, a liderança da qual veio a nobreza;
  • Os empregados civis leigos, que dirigiam o aparato governamental;
  • E os agricultores, a maior classe, que vivia em aldeias autossuficientes.


FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.

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