segunda-feira, 20 de setembro de 2010

GRANDES OBRAS DA ENGENHARIA ( Usina Hidrelétrica de Tucuruí/Brasil-AMÉRICA DO SUL )

Usina Hidrelétrica de Tucuruí

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UHE Tucuruí

Usina de Tucuruí.jpg



Nome: UHE Tucuruí
Capacidade: 8 340 MW
Barragem
- Altura 78 m
- Extensão 8 005 m
Área alagada: 2 850 km2
Localização: Tucuruí, Pará
Rio: Tocantins
Período de construção: 1976-1984
Proprietário: Eletronorte
A Usina Hidrelétrica de Tucuruí é a maior usina hidrelétrica em potência 100% brasileira (8.370 MW), localizada a cerca de 400 km de Belémestado do Pará, município de Tucuruí, uma vez que Itaipu é binacional. Foi construída para a geração de energia elétrica e para tornar navegável um trecho do rio Tocantins cheio de corredeiras, ultrapassadas através de uma eclusa. A extensão total da barragem de terra tem 11 km. no

Índice

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[editar] Projeto

Por volta de 1957, começaram os primeiros estudos, realizados por equipes de engenheiros brasileiros, para a construção de uma hidrelétrica e assim aproveitar o potencial do rio Tocantins. Esses estudos iniciais continuaram pela década de sessenta. Mas os trabalhos para a construção da hidrelétrica só foram intensificados a partir da década seguinte.
Foi concebida segundo as estratégias estabelecidas pela política do Governo Federal para o desenvolvimento da região Norte, a partir da década de 60, em busca do crescimento econômico da região. Seu objetivo foi o de atender o mercado de energia elétrica polarizado por Belém e as elevadas cargas que seriam instaladas em decorrência da implantação de empreendimentos eletrointensivos, tendo como base o complexo alumínio-alumina. A linha de transmissão entre Presidente Dutra (Maranhão) e Boa Esperança (Piauí), promoveu a interligação com a região Nordeste.
A construção da Vila Permanente para abrigar os operários, engenheiros e demais funcionários da obra foi executada juntamente com um aeroporto moderno, um porto fluvial e um grande hospital para atender a todas as pessoas da região, funcionários da obra ou não.
As vilas da Eletronorte, verdadeiros condomínios fechados, são de excelente qualidade no meio da selva amazônica com água e esgoto tratados, ruas pavimentadas, supermercados, escolas de diversos níveis, inclusive escolas técnicas, e creches.
O seu vertedouro é o maior do mundo com sua vazão de projeto calculada para a enchente decamilenar de 110.000 m3/s, pode, no limite dar passagem à vazão de até 120.000 m3/s. Esta vazão só igualada pelo vertedouro da Usina de Três Gargantas na China. Tanto o projeto civil como a construção foram totalmente realizados por firmas brasileiras, o Consórcio Projetista Engevix-Themag e a Construtora Camargo Corrêa.
Os estudos hidráulicos em modelos reduzidos foram realizados no Rio de Janeiro no Laboratório de Hidráulica Saturnino de Brito, conduzidos pelos engenheiros André Balança e Jorge Rios. Alguns trabalhos técnicos importantes sobre esses estudos e sobre esse projeto foram publicados, por eles e por outros autores no ICOLD - Comitê Internacional de Grandes Barragens e ainda no Comitê Brasileiro de Grandes Barragens (CBGB).
Os estudos hidráulicos e o projeto das turbinas foram realizados na França pelo laboratório da NEYRTEC na cidade de Grenoble. Seis turbinas foram construídas no Brasil e as outras seis na França.

[editar] Construção

Sua construção foi iniciada em 1976. A obra principal, sendo uma barragem de terra, quebrou todos os recordes mundiais de terraplenagem. Pode-se destacar ainda as obras da casa de força, do vertedouro (o maior do mundo), da eclusa e da grande linha de transmissão que interliga Tucuruí à usina hidrelétrica de Sobradinho no Nordeste do Brasil, via Boa Esperança.
Finalizada a primeira etapa da construção da hidrelétrica, com 4.000 MW, em 1984, a desativação gradual das vilas temporárias propiciaram uma melhoria na infra-estrutura urbana da cidade de Tucuruí.
A usina hidrelétrica de Tucuruí foi inaugurada em 22 de novembro de 1984 pelo presidente João Batista de Oliveira Figueiredo. Com os royalties da produção de energia elétrica e da área inundada pela barragem, o município de Tucuruí só perde em arrecadação para a capital do Estado. Assim é que a cidade, a partir dos anos noventa, muda radicalmente a sua face. Passando a dispor de uma belíssima urbanização e a gozar de uma boa infra-estrutura governamental.
A construção da segunda etapa da usina elevou a capacidade final instalada para cerca de 8.000 MW, em meados de 2010.
É importante ressaltar que a construção da barragem interrompeu o curso da Hidrovia Araguaia-Tocantins, um trecho vital para o escoamento da produção do Centro-Oeste do Brasil. O desnível deve ser vencido pelas Eclusas de Tucuruí cuja construção foi iniciada em 1981 e por falta de recursos encontra-se ainda incompleta. Acredita-se que com a inclusão da obra no PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) sua conclusão se dê até 2010, criando uma alternativa para o transporte de produtos até o Porto de Vila do Conde.

[editar] Dados técnicos

A Usina constitui-se numa das maiores obras da engenharia mundial e é a maior Usina brasileira em potência instalada com seus 8.000 MW, já que Itaipu é binacional.
Quase toda a energia elétrica consumida nos estados do Pará, Tocantins e Maranhão é gerada na hidrelétrica de Tucuruí.
O seu vertedouro é o maior do mundo com sua vazão de projeto calculada para a enchente decamilenar de 110.000 m3/s, pode, no limite dar passagem à vazão de até 120.000 m3/s. Esta vazão só será igualada pelo vertedouro da Usina de Três Gargantas na China. Tanto o projeto civil como a construção foram totalmente realizados por firmas brasileiras, o Consórcio Engevix-Themag e a Construtora Camargo Correia.

[editar] Municípios

Foi com o advento da obra da hidrelétrica que fez-se a reforma agrária às margens do lago da hidrelétrica, onde foram construídas estradas vicinais e assentados milhares de pequenos agricultores. A inundação de vários povoados pelo lago da hidrelétrica obrigou a Eletronorte a construir dois povoados com infra-estrutura urbana: Novo Repartimento na porção sudoeste e Breu Branco a leste, emancipados de Tucuruí em 31 de dezembro de 1992. Deve-se ressaltar que diversas cidades e povoados deslocados pela ELETRONORTE (Jacundá, Jatobal e outras) já eram frequentemente inundados pelas enchentes do rio Tocantins, como está registrado no filme AGUAS DE MARÇO, efetuado pelos engenheiros Jorge Rios e Roneí Carvalho, sobre a grande cheia de 1980, a qual atingiu a vazão medida de 68.400 m3/s, considerada nos estudos de Hidrologia como a vazão de período de retorno de 100 anos.


FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.

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