Skinhead
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Skinhead (em inglês: Cabeça raspada) é uma subcultura originária dos jovens da classe operária no Reino Unido no final dos anos 60,  e mais tarde espalhada para o resto do mundo. Chamados desta forma  devido ao corte de cabelo, os primeiros skinheads se originaram dos mods britânicos, e foram fortemente influenciados pelos rude boys jamaicanos[1] que imigraram para a Inglaterra nessa época, em termos de moda, música e estilo de vida.
A subcultura skinhead era originalmente baseada nestes elementos, e não na política nem em questões raciais. No final dos anos 70,  entretanto, a raça e a política viraram fatores determinantes, gerando  divergências e divisões entre os skinheads. O espectro político dentro  da cena skinhead abange da extrema-direita a extrema-esquerda, apesar de que muitos skinheads sejam apolíticos.
A moda skinhead apresenta um estilo particular de se vestir (que  costuma incluir botas e/ou suspensórios), o culto à virilidade, ao futebol e ao hábito de beber cerveja. A cultura skinhead é também ligada à música, especialmente ska, skinhead reggae e streetpunk/oi!, mas também punk rock e hardcore punk.
 Índice[esconder] |  
[editar] Histórico
[editar] Início
Derivada da cultura mod, as primeiras manifestações desta cultura ocorreram por volta de 1967, alcançando o seu primeiro auge em 1969.  Este período é chamado nostalgicamente pelos próprios skinheads como  "espírito de 69" (ou "spirit of 69", termo cunhado na década de 1980  pela gangue Spy Kids). Eram majoritariamente formados por brancos e negros (estes últimos em sua maioria imigrantes jamaicanos) que frequentavam juntos clubes de soul e reggae, andavam em gangues e se vestiam de uma forma muito particular, em especial pelo corte de cabelo muito curto (daí o nome skinhead, que traduz-se grosseiramente como "cabeça pelada").
Os skinheads ganharam notoriedade nos jornais e na cultura popular da  época por muitos deles promoverem confrontos nos estádios de futebol (o  chamado hooliganismo) e alguns deles participarem de agressões contra imigrantes paquistaneses e asiáticos,  influenciados por manchetes xenófobas de jornais sensacionalistas  ingleses. No entanto, muitas das gangues xenófobas anti-asiáticos  detestavam os grupos neonazistas e repudiavam o racismoTilbury Skins, fundadora da Liga Anti-Paquistaneses e no entanto um grupo anti-nazista. Numa entrevista do livro Skinhead Nation, Mick, membro de uma das gangues skinheads Trojan, diz: contra negros, como foi o caso da gangue da década de 1970, 
[editar] Segunda geração
No final da década de 1970  houve uma "segunda geração" skinhead, chamados de bootboys, skinhead  oi!, punk oi! ou simplesmente skinhead (chamados pela imprensa inglesa  da época de grupos de anfetamina ou skinheads), decorrente da agitação provocada pela cultura punk e que acabou desencadeando um grande interesse por outros movimentos juvenis do passado, como os mods, teddy boys  e skinheads. A geração anterior ("espírito de 69") tinha como uma de  suas características a ligação com a música jamaicana, principalmente o  reggae, o rocksteady e o ska.
Com o surgimento da "revolução musical" do punk rock e sua ética de faça-você-mesmo, muitos skinheads se agregaram ao emergente streetpunk/oi!,  que abrange tanto os aspectos musicais quanto culturais. Isso no  entanto não significou o abandono do reggae e do ska. Nessa mesma época,  muitos skinheads tornam-se grandes adeptos do revival do ska chamado Two Tone ("dois tons", em referência às cores preta e branca — simbolizando a união de raças).
[editar] Fragmentação
A partir da década de 1980, a constante pressão da mídia  sensacionalista inglesa acerca da infiltração do preconceito racial  dentro da cultura skinhead (infiltração promovida por uma política  deliberada do partido de extrema-direita National Front), somada ao  surgimento de um engajamento político dentro desta cultura (tanto à  esquerda quanto à direita, além do anarquismo) resultou na fragmentação  em vários submovimentos rivais. Desde então, constantemente estes grupos  não reconhecem uns aos outros como verdadeiros representantes da  cultura skinhead, e é comum que cheguem a se enfrentar fisicamente.
Entre os principais atritos estão as divergências explícitas como entre esquerdistas e direitistas,  racistas e não-racistas, politizados e apolíticos. Mas também há grande  hostilidade entre um grupo de divergência sutil como os nazistas,  conservadores xenófobos e defensores de uma supremacia racial branca, anti-semitas e neonazistas.
[editar] Características
A cultura skinhead da década de 1960 era formada maioritariamente por jovens da classe operária britânica. O vestuário skinhead, com botas e suspensórios, reflete em certa medida a indumentária operária da Inglaterra  desta época. Existem diversas particularidades culturais e ideológicas  que definem diferentes tipos de skinheads, é impossível distingui-los  pela avaliação visual um skinhead de direita, tradicional, SHARP ou  RASH.
[editar] Grupos de skinheads políticos e apolíticos
[editar] Skinhead trojan
Skinhead trojan (também conhecido como skinhead tradicional ou apenas trad skin) é um indivíduo que se identifica com a subcultura skinhead original britânica do final dos anos 60, quando o ska, rocksteady, reggae e soul eram populares, e houvia uma forte ênfase na influência do estilo de vestuário mod. Nomeado após a gravadora Trojan Records, os skinheads se identificam com a subcultura rude boy jamaicana e com a classe trabalhadora britânica dos mod roots.[2][3]
Devido à sua apreciação da música tocada por negros, eles tendem a  não serem racistas ou mesmo anti-racista, estando associada a grupos  como o SHARP (Skinheads Against Racial Prejudice) contrário dos skinheads white powers (uma facção que se desenvolveu no final dos anos 70, com a ajuda do British National Front (Frente Nacional Britânica, NF).[4][5] Os skinheads trojan geralmente se vestem num estilo skinhead típico dos anos 60, que inclui itens como: camisas button-down Ben Sherman, camisas polo Fred Perry, cintas, ternos equipados, pulôveres, blusas sem mangas, jaquetas Harrington e casacos Crombie.[6] O cabelo é geralmente raspado entre 2 e 4 centímetrospunksanos 80. (curto, mas não careca), em contraste com os cabelos curtos dos  influenciados pelos Oi! skins dos 
The Spirit of '69 é a frase usada por skinheads tradicionais, para  comemorar o que eles identificam como auge da subcultura skinhead de 1969. A frase foi popularizada por um grupo de skinheads escocêses Glasgow Spy Kids.[4] Após ser usado no título do livro que conta a história dos skinhead, Spirit of 69: A Skinhead Bible, levou os skinheads a adotá-la em todo o mundo. O livro foi publicado no início de 1990 pelo autor George Marshall, um skinhead de Glasgow.[5] No documentário Spirit of '69: A Skinhead Bible  de Marshall mostra as origens e o desenvolvimento da subcultura  skinhead, descrevendo os elementos, tais como música, vestuário e  política na tentativa de refutar muitas percepções populares sobre  skinheads, como a mais comum que diz que todos eles são racistas.
Durante a primeira metade da década de 70, o movimento skinhead estava em declínio. É com o nascimento do punk 77 e o declínio da música jamaicana  que o skinhead volta à vida, trazendo de volta em voga, no entanto um  culto diferente do original, agora com a nova música classificada como Oi! uma espécie de punk rock ruaceiro da classe proletária. Enquanto o vestuário foram os traços do skinhead "trabalhador": botas, suspensórios, camisas xadrez, jaqueta, cabeça raspada e calças jeans. Na década de 80, alguns skinheads tentaram retornar às antigas raízes do movimento, influenciado pela cultura mod e os rude boys jamaicanos e a maioria sem influências da política, em oposição à nova geração de skinheads que tinham abandonado as raízes dos anos 60 e apoiado a música punk que ia surgindo, muitas vezes proclamando ativistas políticos.  Daí o termo skinheads trojan é atribuído também para aqueles indivíduos  que posteriormente preservam a cultura original e não apenas ao  movimento original sessentista.
Foi precisamente por causa destes ocorridos, que nasceu em Nova York, em torno de meados dos anos oitenta, a organização SHARP (Skinheads Against Racial Prejudice),  com a intenção de restaurar as antigas raízes, identificando-se como  apolíticos e reagrupamento skinheads com diferentes pontos de vista  políticos, mas só anti-racistas, em oposição ao racismo e aos skins neo-nazistas. A organização foi mais tarde também exportada para a Europa, graças a Roddy Moreno, líder do Oppressed.
Esta organização optou por se identificar com o logotipo de capacete troiano, que pertencia à mesma gravadora Trojan Records (selo inglês de música negraanos sessenta e parte dos anos setenta. Também por esta razão, eles decidiram mudar o nome "skinhead tradicional" para "skinhead trojan".  que se caracterizou no primeiro movimento skinhead politizado),  desejando assim simbolizar a ligação entre a organização e não de idade,  as origens político e anti-racista dos 
[editar] Suedehead
Suedehead ou sued foi uma tendência skinhead surgida entre 1970 e 1973.[7]smoothies, os crombie boys entre outros. Assim como os suedeheads havia outros grupos que também tiveram uma curta existência como os 
Os suedeheads é outra dessas tendências, formada por skinheads freqüentadores das festas de ska, reggae, rocksteady e northern soul que lotavam as entradas dos clubes e bailes, e como 1969 ainda era recente, havia uma enorme influência do universo mod, tanto no seu lado musical, visual e no seu estilo de vida.[7]
O estilo de vida dos suedeheads tinha um certo sentido revival, mais de maneira bem mais moderna que ajudou a fundar costumes no meio skinhead. Assim como os mods, eles cultuavam scooters Lambretta e Vespa,  gostavam de cultuar a imagem, estavam sempre arrumados, alinhados,  botas e sapatos bem polidos. Também estavam sempre em festas, envolvidos  na vida noturna.[7]
Os suedeheads foram responsaveis por popularizar muitas das marcas de  roupas conhecidas hoje em dia como marcas tradicionais da cultura  skinhead. Enquanto os bootboys saquavam lojas e usavam roupas como  Lonsdale, Warriors e Adidas, os suedeheads usavam camisas polos Fred Perry, Ben Sherman, roupas e acessorios da Merc,  sueters sem manga, sobre-tudo alinhado. Com a popularização do reggae  na Inglaterra em 1970, os suedeheads viram um sinal de que sua cultura  podia continuar moderna e viva nas festas de ska/reggae.[7]
A gravadora Trojan Records que foi uma das responsaveis pela difusão e propaganda do reggae na Inglaterra, chegou a lançar em 1971 um box com 50 músicas em homenagem aos suedeheads londrinos. A box mostra faces do ska/reggae mais moderno, como Lee Perry ("Jungle Lion" e "Black Ipa") e Toots & the Maytals ("Louie Louie").[7]
[editar] Redskin
Redskin no contexto da subcultura skinhead, é um skinhead esquerdista comunista ou socialista. Este movimento surgiu em oposição ao movimento bonehead que estava se desenvolvendo no mesmo período.
  Skinheads em Cuba, 1994
O termo é uma combinação da palavra red (uma gíria usada para socialista ou comunista) com a da palavra skin que é um termo curto usado para skinhead. Os redskins tomam uma posição anti-fascista e militante (por vezes revolucionários) da classe pró-trabalhadorada. A mais bem conhecida organização associada aos redskins é a Red and Anarchist Skinheads (R.A.S.H.). Outros grupos que tem membros redskins incluem a Anti-Fascist Action (AFA), Red Action e a Red Skinheads Against Racial Prejudice (S.H.A.R.P.) (embora não tenham uma ideologia oficial de esquerda). Bandas redskins associadas incluem: The Redskins, Angelic Upstarts, Blaggers I.T.A., Skin Deep, Kortatu,  Skalariak, Banda Bassotti, The Burial, Negu Gorriak, Núcleo Terco,  Brigada Flores Magon, Inadaptats, Opció k-95, Los Fastidios e The Press .  Uma gravadora associada com a subcultura é a Insurgence Records.
Cintas vermelhas e laços às vezes são usados pelos redskins para  indicar suas tendências de esquerda, embora em algumas áreas geográficas  este itens são usados para indicar as convicções da extrema direita.  Alguns redskins têm cabelos curtos raspados mais atrás e dos lados,  deixando-os mais evidendes no centro da cabeça, por oposição ao  tradicional de toda cultura, enquanto os nazi skins costumam raspa-lo  totalmente. Este estilo era usado por vários membros redskins, embora  fosse mais popular entre os redskins franceses  no final dos anos oitenta. O que também era popular entre os redskins  franceses foi o hábito de virar as jaquetas do averso, para que o forro  laranja de suas jaquetas fossem mostrados e os diferenciassem  especialmente durante os confrontos freqüentes com os boneheads.  Símbolos e slogans esquerdistas são geralmente usado em adesivos,  buttons e camisetas.
[editar] S.H.A.R.P
S.H.A.R.P (abreviatura de Skinheads Against Racial Prejudice, em português: skinheads contra o preconceito racial) é uma organização anti-racista que não está envolvida com partidos e organizações políticas, formada por skinheads.
Em 1986, um grupo de Minneapolis chamado Skinheads Against RacismAnti-Racist Action (ação anti-racista) para congregar skinheads na luta contra o racismo e a xenofobia.[8] (skinheads contra o racismo) deu origem ao projeto 
Inspirados na idéia, um grupo de skinheads de Nova Iorque fundou a organização SHARP, organizada em sedes regionais.[8] Embalados pelo hardcore punk americano, tinham mais um sentido de unidade do que de revival da cultura skinhead, bandas como Iron Cross e Agnostic Front foram influência e conseqüência de sua formação, inclusive esteticamente. Notou-se também a influência do hardcore punk e a presença de Straight Edges na SHARP, assim dando origem ao skin edge.
  Protesto de pessoas e skinheads anti-fascistas na estação de metrô de Marlborough na cidade de Calgary em Alberta no Canadá.
Os SHARPs são patriotas, pregam a distância da cultura skinhead dos  partidos e organizações políticas, sejam elas de direita ou de esquerda e  pregam uma atitude positivamente anti-racista, num argumento de lógica,  já que sem o skarude boys jamaicanos, o skinhead nem existiria.[8].  Estão mais voltados para o lado de seu convívio social no dia-a-dia,  que inclui não somente estereótipos como punk ou skinhead, mas também  uma unidade social e urbana. e os 
Essas posições têm o objectivo de diferenciar skinheads não-racistas  que sempre foram a maioria, de skinheads racistas (conhecidos como boneheads), evitando assim a generalização da cultura skinhead como racista. Outros objectivos são "informar  a opinião pública sobre a verdadeira cultura skinhead, desmascarar os  impostores boneheads e expulsá-los dos bairros por todos os meios  necessários".
Roddy Moreno, vocalista da banda galesa The Oppressed, conheceu a idéia ao visitar Nova Iorque em 1988 divulgando-a e incentivando a criação de secções na Europa.
Devido a posição da SHARP de se distanciar de políticas de esquerda, em 1993 ocorreu uma divisão que deu origem aos RASH (Red and Anarchist Skinheads).
Atualmente a SHARP é mais uma designação pessoal de uma atitude  anti-racista, existem pessoas que se afirmam SHARPs sem serem filiados a  uma secção. No Brasil, apesar de não existirem secções reconhecidas  muitos indivíduos se dizem SHARPs.[8] Em Portugal, a SHARP tem uma secção desde 1995.
[editar] R.A.S.H.
|   |  
R.A.S.H (abreviação de Red and Anarchist Skinheads, em português: skinheads comunistas e anarquistas) são skinheads ligados ao anarquismo ou ao comunismo. Se posicionam abertamente contra o fascismo, o neonazismo e todo tipo de preconceito como o racismo e a homofobia.[9] Alguns membros da RASH fundaram torcidas organizadas como as Ultras Contra o Racismo  em Portugal, como uma forma de se posicionar contra o racismo e o  neonazismo presente nas torcidas organizadas de futebol. Os RASHs fazem  campanhas e organização de concertos. Eles também atacam skinheads de  extrema-direita (os boneheads) tentando expulsá-los das ruas. Sua luta atinge as principais causas da justiça e da luta global contra o capitalismo.
Foi fundada em Nova York nos Estados Unidos em 1993,[9] e em Montreal e Quebeque em 1994. Apareceu pela primeira vez na França em Le Havre antes de se espalhar para as cidades de Marselha e Bordeaux e no resto do país. A R.A.S.H. é de um grupo relativamente recente do final dos anos 90 de redskinsanarquismo.  Os skinheads estão comprometidos com a extrema-esquerda, ou mesmo o que  os cientistas políticos chamam de ultra-esquerda (discurso  revolucionário) ou grupos de autonômos, isto é, não vinculados a grandes  partidos políticos. O termo "red", que remete para o comunismo, que  literalmente significa "vermelho" e "redskins" pode parecer em desacordo  com o "anarquista". comunistas e skinhead da nova geração influenciados pelo 
O anarquismo  é, estritamente falando, uma doutrina libertária socialista (baseado no  ideal de liberdade), que tende a criar uma sociedade sem um estado ou  propriedade privada (veja os escritos de Proudhon, Bakunin, Kropotkin...). O comunismo é outra doutrina socialista, construído principalmente por Karl Marx, que observou uma luta de classes que existe entre a burguesia, por um lado e do proletariado,  por outro. Ele defende a tomada do poder pelo Partido Comunista em nome  do proletariado, para estabelecer a aquisição por parte do  proletariado, o único esquema considerados aptos a realizar as reformas  que levariam a uma sociedade ideal, sem um estado ou propriedade  privada. Em resumo, podemos dizer que os comunistas e anarquistas tendem  para o mesmo ideal, mas estão divididos sobre como chegar lá.
Os RASHs são animados pela convicção de que os skinheads são um  movimento juvenil verdadeiramente proletário e internacional. Composição  do movimento skinhead é um complemento lógico à política ou sindical.  Os RASHs franceses são próximos das seguintes organizações: a CNT (Confederação Nacional do Trabalho, sindicalista revolucionária), FA  (Federação Anarquista), l'UA (União anarquista), l'OCL (Organização  Comunista Libertária) e LCR (Liga Comunista Revolucionária, um partido  trotskista), SCALP. Outro exemplo é a internacional Anarchist Black Cross (organização anarquista revolucionária) ou Internacional Socialismo (movimento trotskistas anglo-saxónica).
[editar] F.A.S.H.
F.A.S.H (abreviação de Federación Anarco Skinhead, em português: Federação Anarquista de Skinhead) é uma federação criada entre o fim de 2002 e início de 2003 em Madrid na Espanha formada em sua maioria por skinheads[10][11] e também por pessoas ligadas ao movimento, diferenciando-se da R.A.S.H. e S.H.A.R.P. por possuir membros exclusivamente anarquistas.[11] Teve início através de debates entre skinheads antifascistas e anarco-punks,  o intuito era expandi-lá para o resto do país e também para outras  partes do mundo, seus objetivos são coletivos e permitem que novos  indivíduos forneçam novas ideias. Acreditam que com luta combateram a  manipulação do movimento skinhead feita pela mídia burguesa.[10] A F.A.S.H. Zona Norte,  surgiu para organizar e estabelecer vínculos com indivíduos e grupos,  eles tem uma visão comum da vida que é a luta para que skinheads e  anarquistas cresçam o mais rapidamente possível, mudar o mundo em que  eles vivem e transformar suas próprias vidas.[12]
[editar] Carecas
[editar] Carecas do Brasil
Surgido no início dos anos 80, como uma dissidência do movimento punk na zona leste de São Paulo e no ABC paulista. Inicialmente sem nenhuma informação e ligação com a cultura skinhead do final dos anos 60 e início dos anos 70, foram influenciados pelo punk oi! que existia na Inglaterra dos anos 80.
A proposta original era um retorno às origens do movimento punk paulista, aliada à uma ideologia baseada na violência e no vandalismo, no patriotismo, no anti-racismo, no anti-militarismo, contra os políticos e seus partidos, contra a polícia, contra a igreja. Com o passar do tempo, foram se desvinculando dessa proposta original e adquiriram um caráter conservador, que levou a se posicionar e promover ações contra esquerdistas, diferentes tribos urbanas (em especial àquelas ligadas ao pensamento de esquerda), drogados e homossexuais. Facções ligadas a neonazistas também agridem, em alguns casos, judeus, prostitutas, e outras minorias.
As principais gangues e a maioria dos indivíduos são anti-racistas  uma vez que defendem a tese de que a identidade e raça original da  população brasileira é a miscigenação de todas as raças, mas existem  carecas indiferentes ou simpatizantes de ideais nazi-fascistas e  racistas, em especial na região Sul e Sudeste do país, onde há um  movimento de independência de caráter muitas vezes branco-separatista.
Atualmente, sua postura ideológica é fundamentada, numa mistura de nacionalismo, homofobia, anti-racismo, anti-comunismo, anti-anarquismo e anti-drogados. Sua postura ideológica é confusa e cheia de contradições. Embora assumam uma postura anti-racista, além de bandas do estilo musical punk oi! (não envolvidas com ideologias racistas), ouvem bandas internacionais ligadas a ideologia white power, cujo estilo musical é denominado de RAC  (envolvidas em países europeus e norte-americanos com ideologias  racistas) e as bandas de carecas brasileiros se auto-rotulam dentro  desse estilo. Sua postura anti-drogados entra em contradição com o  problema do alcoolismo dentro do movimento careca.
As gangues paulistas Carecas do Subúrbio e sua dissidência, Carecas do ABC, se tornaram famosas na cultura popular devido a episódios de violência amplamente divulgados pela mídia.
Alguns integrantes dos Carecas do Subúrbio nas comemorações de 1 de maio1988, unidos a membros da extinta Ação Integralista Brasileira e do Movimento Participativo Nacionalista Social,  além de mais três entidades políticas de extrema-direita, entraram em  confronto com manifestantes da organização sindicalista de esquerda CUT.  Isso gerou divergências dentro do movimento careca na época, pois  alguns não queriam a entrada de ideologias associadas à movimentos  políticos dentro do movimento careca e nem serem usados como massa de  manobra por esses movimentos. Ainda no final dos anos 80, esse e outros  episódios provocaram a fragmentação do movimento careca em várias  facções devido à divergências ideológicas. de 
Em 6 de Fevereiro de 2000, o adestrador de cães e homossexual Edson Néris da Silva  foi espancado até a morte por membros da gangue Carecas do ABC, a  policia apurou o envolvimento de 18 indivíduos, por estar andando de  mãos dadas com seu companheiro, Dário Pereira Netto, que conseguiu  fugir.
Em 7 de Dezembro de 2003  os Carecas do ABC se tornam novamente notícia quando três de seus  membros, no caminho de volta de uma reunião da gangue, ameaçaram com  armas brancas dois adolescentes (Cleiton da Silva Leite, 20 anos, e  Flávio Augusto Nascimento Cordeiro, 16 anos, motivados pelas camisetas  com estampa de bandas de punk rock),  e os forçaram a pularem pela janela do trem em movimento em que  estavam, resultando na morte de Cleiton e no amputamento do braço  direito de Flávio.
[editar] Grupos de skinheads neo-nazistas
[editar] White powers/Boneheads
Skinhead white power (também conhecido como nazi-skin, skin 88, skinhead nazista ou ainda, bonehead que é uma denominação pejorativa utilizada pela maioria dos skinheads não-racistas, que significa algo como "cabeça dura" ou "parvo" na gíria inglesa) é uma ramificação da cultura skinhead que possui individuos anti-semitas da supremacia branca.[13][14]  Muitos deles são filiados com organizações do nacionalismo branco. Eles  são conhecidos por seus ataques, especialmente contra imigrantes  paquistaneses (paki bashing o "linchamento de paquistaneses"), contra hippies  e contra militantes ativistas de extrema-esquerda (comunistas em  particular). A radicalização de alguns skinheads de extrema-direita foi  iniciada pelo desvio da banda inglesa Skrewdriver, que inicialmente era uma banda de street-punkBritish National Front foi responsável na transformação de parte do movimento skinhead neo-nazista nos anos 70 e 80. apolítica. A 
[editar] Hammerskins
Hammerskins (também conhecido como Hammerskin Nation) é um grupo da supremacia branca formado em 1988 em Dallas, Texas.[15] Os hammerskins assim como os boneheads fazem parte dos "skins-neonazista" e tem uma ideologia totalmente contrária aos dos demais grupos da subcultura skinhead como os trad skins, os R.A.S.H.s, os S.H.A.R.P.s, os redskins entre outros subgrupos anti-fascistas que não toleram racismo, homofobia, xenofobia entre outros tipos de preconceitos.
O foco principal dos hammerskins é a produção e divulgação da música do poder branco que é mais conhecida como Rock Against Communism e muitas bandas de white power são afiliados com eles. Os Hammerskins são afiliados com a gravadora 9% Productions. Eles idealizam aqueles que consideram guerreiros históricos para a raça ariana, como os vikings e nazistas. Muitos de seus membros foram condenados por assédio, assaltos e assassinatos de pessoas não-brancas.[15]
Os Hammerskins são considerados nos Estados Unidos  como o grupo mais conhecido e organizado de skinheads racistas. A luta  pelo poder acabam dividindo o grupo em várias facções, alguns dos quais  estão agora defuntos[16],  mas os membros reorganizam e fortalecem a organização. Os Hammerskins  também têm torcidas organizadas e a maioria dessas nações são conhecidas  como Crew 38. O Hammerskins host several e vários outros concertos anuais, incluindo Hammerfest, um evento anual, tanto nos Estados Unidos como na Europa caíram em homenagem a Hammerskin Joe Rowan, vocalista da banda Nordic Thunder.
O logotipo dos Hammerskins é representados por dois martelos  atravessados um no outro, assemelhando-se ao passo de soldados, é  baseado em uma organização neo-nazi fictícia retratada no filme "Pink Floyd The Wall" de 1982.  No entanto, o retrato do grupo fictício do filme foi a intenção de  mostrar o nazismo negativamente. O logotipo dos Hammerskins e seu lema "Hammerskins Forever, Forever Hammerskins" (HFFH) frequentemente aparecem em seus apetrechos e tatuagens.
[editar] Carecas de Portugal
Em Portugal o termo Carecas também é empregado por skinheads patriotas, nacionalistas e conservadores de extrema direita, no entanto o nacionalismosupremacia branca e ao neonazismo, uma vez que estes indivíduos afirmam ser a raça branca a origem e verdadeira identidade portuguesa. defendido pelos carecas portugueses, está profundamente ligado à ideologia da 
Um caso de violência ligado aos carecas portugueses, é o assassinato de Alcíndo Monteiro, em Agosto de 1995, no Bairro Alto, em Lisboa, apenas por ser negro.
[editar] Simbologia dos skinheads neonazistas
| Principais símbolos | Descrição | 
|---|---|
 
  |  
[editar] Música
A subcultura skinhead era originalmente associada a gêneros de músicas como o soul, ska, rocksteady e reggae.[18][19] A ligação entre skinheads e a música jamaicana levou ao estilo reggae original ser chamado na Inglaterra de skinhead reggae, têrmo este utilizado por artistas como Desmond Dekker, Derrick Morgan, Laurel Aitken, Symarip e The Pioneers.[20]
  Laurel Aitken ao vivo em 2000, um dos mais influentes artistas da música jamaicana, considerando padrinho do ska.
No começo da década de 1970, alguns suedeheads também ouviam bandas britânicas de glam rock como Sweet, Slade e Mott the Hoople.[21][22]
O estilo de música mais popular entre os skinheads no final da década de 1970 era o 2 Tone, que era uma fusão musical do ska, rocksteady, reggae, pop e punk rock.[23] O gênero 2 Tone, recebe esse nome como referência a uma gravadora em Coventry, Inglaterra que trabalhava com bandas como The Specials, Madness e The Selecter, pregando uma atitude anti-racista, ja que os dois tons são o preto e o branco.[24][25][26]
Alguns skinheads dos anos 70 também gostavam de algumas bandas de street-punk como Sham 69 e Menace, e por fim dos anos 70, o gênero Oi! foi aceito por muitos punks e skinheads.[27] Musicalmente o Oi! combina elementos do punk rock, cânticos de futebol, pub rock e glam rock britânico.[28]Herberts).  O Oi! não é exclusivamente um gênero musical só para skinheads, pois  muitas bandas incluem skins, punks e pessoas que não se encaixam em  nenhuma subcultura (algumas vezes chamadas de 
  The Business em concerto ao vivo.
O Oi! norte-americano começou na década de 80 com bandas como The Press, Iron Cross, The Bruisers, Anti-Heros and Forced Reality.[29][30][31] Os skinheads da costa leste norte-americana criaram uma ligação entre a sua sub-cultura e da música hardcore punk com bandas como Warzone, Agnostic Front, Murphy's Law e Cro-Mags.  O estilo Oi! também se espalhou para outras partes do mundo, e continua  sendo muito popular entre os skinheads. Mais tarde muitas bandas Oi!  combinaram influências do hardcore americano dos anos setenta com street-punk britânico.
Embora muitos skinheads white powers ouviam Oi!, eles também desenvolveram um gênero separado conhecido como Rock Against Communism[32] A banda mais conhecida do cenário RAC foi a Skrewdriver, que começou como uma banda de street-punk  apolítica no final dos anos 70, e algum tempo depois encerrou suas  atividades, voltando no início dos anos 80 somente com o vocalista da  antiga formação e com novas músicas contendo letras fazendo apologia ao racismo e ao neo-nazismo.[33][34][35] O RAC começou musicalmente semelhante ao Oi! e ao punk rock, e adotou alguns elementos do heavy metal e outros gêneros do rock. Outro gênero que também é ligado aos nazi-skins é o hatecore. (RAC).
FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre. 

Um comentário:
Of course we can exchange links!! I've introduced you to my list of blogs
Postar um comentário