quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

15 EVENTOS QUE AMEAÇAM A HUMANIDADE ( Artigo Científico ) 'PARTE VX"

Inteligência artificial

 
Causa: Tecnológica
Tipo: Global e terminal
Já aconteceu antes? Não

Em 1997, os programadores da IBM desenvolveram um computador chamado Deep Blue. A máquina foi criada exclusivamente para jogar xadrez, e com a intenção de vencer qualquer ser humano que a desafiasse no jogo. No mesmo ano, ela disputou seis partidas contra o campeão mundial humano, Garry Kasparov. Com a capacidade de prever quase qualquer jogada e se defender de uma variedade enorme de ataques do oponente, o Deep Blue perdeu um jogo, empatou três e venceu dois. Ele se tornou, naquele momento, o primeiro computador a superar um campeão mundial de xadrez. 

Mais do que um simples jogo, a história do Deep Blue mostra a capacidade que o homem tem de cavar sua própria cova, construindo máquinas capazes de superá-los nas mais cotidianas atividades. Em 1965, Gordon Moore, fundador da Intel, previu que número de transistores capazes de serem armazenados em chips de computadores dobrariam a cada dois anos, diminuindo seu tamanho e aumentando de forma continuada sua capacidade de processamento e memória. A previsão se mostrou bastante acertada. Se ela continuar funcionando, a criação de uma superinteligência – capaz de superar qualquer ser humano em qualquer atividade lógica – inevitavelmente vai acontecer. Alguns pesquisadores preveem que isso vai ocorrer ainda na primeira metade deste século. 

Essas máquinas – as derradeiras invenções humanas - tornariam a humanidade obsoleta. Mais inteligentes que qualquer engenheiro ou programador, esses computadores seriam capazes de desenvolver novos computadores cada vez mais potentes, no que o matemático inglês I. J. Good chamou, em um estudo publicado em 1965, de explosão de inteligência. Esse momento, no qual as máquinas superam definitivamente seus criadores humanos, seria chamado de singularidade. 

Em 2000, cientistas, programadores e futuristas se reuniram para fundar o Instituto da Singularidade, com a intenção de estudar modos seguros de desenvolver a inteligência artificial, impedindo os piores prognósticos. Um momento particularmente importante no desenvolvimento dessas máquinas seria sua programação. Dependendo de seu objetivo – e de sua interpretação do objetivo – o computador poderia fugir ao controle humano e se tornar implacável. Como no jogo de xadrez, ele seria capaz de prever qualquer ação humana, e impedir qualquer tentativa de pará-lo. 

Pesquisadores apontam avanços recentes na inteligência artificial como sinais de que o momento da Singularidade está cada vez mais perto. Um exemplo particularmente importante é o desenvolvimento, com fins de guerra, de drones autônomos, robôs capazes de escolher, de modo independente, quais alvos atacar e matar. Uma tecnologia dessas, fora do controle, poderia provocar reais.
 
FONTE: Revista Veja/Ciência

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