domingo, 20 de janeiro de 2013

MAIS DE TRÊS MIL RENAS SERÃO "SACRIFICADAS" NA ANTÁRTIDA ( "Comportamento Humano"/Meio Ambiente ))

Ambiente
Hayne/Wikimedia Commons

espécie invasora


O grave problema das espécies invasoras, que gera inclusive prejuízos econômicos, acaba de fazer novas vítimas: mais de três mil renas que vivem na Antártica serão abatidas para evitar danos ao meio ambiente local. A espécie foi introduzida na região há um século por caçadores de baleias


Débora Spitzcovsky
Planeta Sustentável - 11/01/2013

Problema antigo e recorrente em todo o mundo, as espécies invasoras seguem causando prejuízos ambientais e econômicos. Em alguns lugares, a questão é tão grave que o abatimento dessas espécies acaba sendo a única solução. É o caso das mais de três mil renas que vivem, atualmente, na ilha de Geórgia do Sul, próxima à Antártica.

Uma equipe de 16 especialistas, coordenada pelo Departamento Norueguês de Inspeção à Natureza (SNO), desembarcou nesta semana no lugar para reunir os animais e sacrificá-los, por conta dos danos que estão causando ao meio ambiente local. Entre eles:
- pisoteamento das plantas nativas;
- erosão do solo e
- destruição dos ninhos dos pinguins reis e outras aves locais que vivem na ilha.

Renas, naturalmente, vivem em regiões árticas e sub-árticas. Ou seja, do outro lado do planeta. Os cervídeos foram parar em Geórgia do Sul por culpa de um grupo de baleeiros noruegueses, que levou um pequeno rebanho da espécie para o local, no início do século 20, para alimentação. Os animais começaram a se reproduzir e, sem predadores naturais, tornaram-se verdadeiras pragas, sendo classificados pela equipe do SNO como "muito destrutivos" para o meio ambiente local.

O problema é recorrente em todo o mundo. Estimativa feita pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) em 2010 apontou que o prejuízo global causado por espécies invasoras é de cerca de US$ 1,4 trilhão, todos os anos.

Os profissionais da SNO já estão construindo cercas e um curral para reunir as renas da ilha de Geórgia do Sul, que pastam no local apenas esperando o momento do abatimento.

FONTE: Revista Planeta Sustentável

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